Megumi levantou a cabeça imediatamente ao ouvir o que Gojou disse, sentindo as orelhas esquentarem mais ainda com o sorriso cheio de divertimento que recebeu.
“Você gosta dele, não gosta?”
Era uma pergunta inocente. Claro, poderia ter sido inocente, contudo o tom de voz e a forma como a cabeça de seu sensei maneou em seguida disseram a Megumi que não havia nada puro ali — ele conhecia Satoru melhor que isso. Nada vindo de um homem cujas intenções eram envergonhá-lo a todo momento poderiam ser inocentes.
“Quer dizer, não é que seja difícil de perceber. Eu sei.” continuou a falar, vendo que Megumi não tinha a mínima intenção de responder “Eu deveria perguntar como Itadori não percebeu ainda.”
O queixo da psicóloga caiu, tamanho choque que sentiu ao ouvir as palavras de Fushiguro.
— Quando eu penso que nada mais vindo de ti pode me surpreender, você me aparece com essa, Megumi — disse incrédula.
Afinal, quantas vezes na vida ouviria um paciente contar sobre como reagiu a um assalto beijando o bandido e, no fim, ainda pegando o número dele?
A pior parte de quando chegava o fim de ano era, para Fushiguro, ter que ir às confraternizações que seu pai adotivo, Gojo, era convidado. E, acreditem, eram muitas. Era estressante e sem graça quando você não bebia, comia carne ou dançava forró adoidado quando já não estava mais em pleno estado de sobriedade. Mas talvez, só talvez, após perder as esperanças depois de horas comendo farofa e pão de alho com coca-cola, o filho de um convidado recém-chegado despertasse seu interesse.
Sukuna precisava de um casamento falso que pudesse convencer sua família a não tirar sua tão amada presidência sobre as empresas da família. Alfa arrogante, frio e calculista, ele não queria amor, apenas uma mentira que seguiria as estrelas e noites sem vida durante um ano.
Megumi precisava de dinheiro a qualquer custo, se recusava a pedir ajuda a sua família, preferia morrer a ter que aceitar os olhares superiores deles, ainda assim não podia viver debaixo da ponte, sem comida, sem um mínimo de conforto e não queria trancar a faculdade.
Os dois tinham seus problemas e objetivos, além de um conhecido em comum.
Yuji Itadori.
Nobara sempre foi alguém que se meteu em diversas confusões. Sua personalidade briguenta a coloca em situações um tanto quanto inusitadas, e muitas vezes levando o melhor amigo junto. E agora a garota queria saber porque sua veterana estava a encarando com aquele sorrisinho
Ou onde Maki tem uma quedinha pela novata do curso de moda e não consegue parar de a encarar. Só não esperava uma reação como aquela
Não. Ele, Okkotsu Yuta, não estava com ciúmes. É claro que não. Não importa o que Maki ou Panda dissessem, Yuta era apenas um amigo protetor, simplesmente zelando pela segurança de Inumaki.
E naquele momento, aquele garoto, Itadori Yuji, era uma grande ameaça no seu ponto de vista.
Sukuna nunca imaginou que se apegaria tanto a um mero humano. Seu foco, primeiramente, foi no poder dele. Não demorou muito até se estender aos detalhes que o cativou aos poucos.
Ou
Ryomen tinha seu passatempo: enxergar todos os detalhes de Fushiguro Megumi, até os que ele próprio não via.
Aquela onde Sukuna podia listar três bons motivos para odiar Itadori. Pois uma parte de si estava, lentamente, pôde perceber, se afeiçoando pelo garoto.
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