S/n Yang.
Agora ela estava surpresa com o rumo que tudo aquilo se tornou.
Domingo, Terça e quinta você ficaria com Satoru, já na Segunda, Quarta e Sexta com Nanami e no sábado seria um dia com os dois, já que eles insistiram em querer passar um dia passeando com você.
Toda essa insistência era para que eles pudessem competir discretamente, lutando por sua atenção e amor no dia livre, claro que você não sabia desta parte e nem iria saber.
Voltando a sua rotina normal, você iria arrumar as coisas em seu apartamento, ele era novo então ainda tinha muita coisa para se acostumar. Completada sua maioridade e chegada sua formatura na escola jujutsu, agora você estava trabalhando por ela, como uma feiticeira de grau especial.
— Eu disse que hoje eu tinha que arrumar as coisas e não podia sair... – Encarou os dois adultos no pé da porta e suspirou rindo fraco. — Entrem antes que eu desista...
Viu as duas figuras passarem pela porta e entrarem na residência, ambos tinham algo em suas mãos.
— Eu trouxe chocolates para você. – Nanami falou entregando uma linda caixa dourada com detalhes vermelhos, tinha um cheiro ótimo.
— Obrigada. – Sorriu deixando um selinho nele e vendo sua expressão surpresa.
— E EU trouxe essas flores e esse urso para você! – Satoru falou estirando os presentes e você sorriu aceitando-os de bom grado. — Sei que você odeia rosas por serem clichê, então trouxe girassóis.
— São lindos. – Sorriu apreciando as flores e encarou ele, vendo sua feição de esperança, como se esperasse algo. — Obrigada.
Se aproximou colando os lábios rapidamente e sentindo ele sorrir quando o fez, logo deu as costas e foi arrumar as coisas.
Colocou os girassóis na janela, deixou o urso de pelúcia em cima da cama e guardou os chocolates na geladeira, não querendo que eles derretessem. Sentia seu coração descompassado e vibrante, estava extremamente nervosa agora.
Se encarou no espelho e suspirou, estava usando um short de ginástica e uma blusa branca regata, mostrando as faixas do top que usava. Não estava nem um pouco arrumada e isso te incomodava demais.
— S/n... podemos entrar? – A voz de Satoru soou pelo outro lado da porta e você deu um pulo de susto, logo abrindo a porta e saindo, encarando-os mais uma vez. — Você demorou...
— Eu ia trocar de roupa... – Falou cruzando os braços abaixo dos seios.
— Para quê? Não tem que arrumar as coisas aqui? – Nanami falou encarando você como se fosse obvio, mas não era e você não queria falar.
— Sim, mas eu não sabia que vocês viriam... – Comentou e eles se entreolharam, entendendo aonde você queria chegar.
— Você...ficou com vergonha? – Agora seu rosto era uma cópia exata de um pimentão, se pudesse ver sairia fumaça de sua cabeça.
— NÃO! – Se perdeu em seus pensamentos e reagiu mal. — CLARO QUE NÃO!
— Então o que era? – O loiro perguntou se encostando na parede ao seu lado. — Essa roupa me parece muito boa...
— Concordo plenamente... – Agora podia sentir sua alma escapar do corpo, com o olhar dos dois te secando fixamente.
— A O SHERLOCK PRECISA DE COMIDA! – Correu até a sala com o coração pulando do seu peito e as pernas fraquejando.
— Que bicho é esse? – A voz de Satoru apareceu ao seu lado e sentiu sua presença atrás de seu corpo, seu rosto perigosamente perto do seu.
— Esse é um axolote. – Falou encarando o bichinho branco com brânquias vermelhas. — Mas eu o chamo de Sherlock.
— Por que não um cachorro ou um gato? – Nanami surge do outro lado e você respira fundo, sentindo a respiração dos dois em seu ombro.
— Porque ele é capaz de se regenerar, igual eu. – Sorriu vendo o bicho dar as costas e sair andando pelo aquário. — Ele é uma espécie de salamandra do México, a única que pode ter em casa.
— Interessante. – Os dois te encararam surpresos e você sorriu.
— Podemos assistir um filme, que tal? – Se sentou no sofá e cruzou as pernas procurando algo pela tela plana e avistou os dois se juntando a você.
Satoru usava uma calça jeans de lavagem clara e uma blusa preta lisa, não usava as vendas de sempre e sim um par de óculos, já Nanami usava uma calça social mais despojada na cor cinza e uma blusa social cinza escuro com os últimos botões abertos, para mostrar seu horário de descanso, ambos estavam muito lindos.
Havia colocado um filme de suspense, e feito pipoca, já que era de tarde o clima foi esfriando então pegou uma coberta e cobriu o colo de vocês, segurando a pipoca por cima e se encostando no sofá.
Tudo bem que os dois eram dois adultos com a vida atarefada, mas foi muito bom tirar um tempo para relaxar, especialmente estando com você. Satoru descansava a cabeça em seu ombro e brincava com sua coxa por debaixo do cobertor, já Kento mantinha uma mão em sua cintura e o rosto em seu ombro também. Ora ou outra você sentia Satoru desviar o olhar e dar um pulinho no lugar, escondendo seu rosto em seu pescoço e aspirando o lugar.
O outro feiticeiro não demostrava reações, ele somente assistia o filme junto de você e às vezes comentava algo, sempre acariciando a pele por baixo de suas roupas e cobertas. Sentiu o corpo pesar e as pálpebras caírem, suspirando quando sentiu o aroma agradável que ambos os homens exalavam.
Acordou com leves fungadas e uma respiração descompassada perto de seu rosto, abriu os olhos e viu fios platinados caídos em seu peito e um feiticeiro muito desconsolado.
— O que houve? – Perguntou preocupada e viu os orbes azuis celestiais se voltarem contra você.
— O filme... a mãe nunca pôde encontrar a filha mais uma vez, antes dela virar uma assombração. – Falou secando as lágrimas e mantendo a feição triste. — Aí eu olhei para o lado, buscando seu consolo e você estava agarrada com Nanami e eu fiquei de vela, não é justo.
— hm?... – Ainda estava sonolenta, mas sentiu a presença do loiro atrás de você e seus braços rodeados em sua cintura, olhou ao redor e percebeu que estava no meio das pernas de Kento, e ele dormia tranquilamente te segurando. — Eu posso te abraçar ainda...quer vir?
Só viu a grande figura se encolher no móvel e buscar consolo em seus braços, respirando fundo e sentindo a maciez de seu peito, ele conseguira o que queria.
— Pronto, senhor dramático. – Falou e riu levemente com a carranca dele, que logo se suavizou e levantou o rosto selando os lábios com um fino sorriso.
— Bem melhor assim, gatinha...
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