História 11 motivos para amar Izuku Midoriya - 4 - Izuku ama animais e plantas.

Esse motivo já não é novidade, eu comentei um pouco sobre isso aqui se eu não me engano, porque ele sempre vai pro jardim da escola e fica lá, no meio das plantas, debaixo de uma árvore ou vendo algumas flores que plantaram recentemente. Eu acho que esse é um bom motivo para amar ele, afinal, alguém que gosta da natureza é algo bem legal no meu ponto de vista, e eu vejo ele falando o quanto quer um cachorro, e em como ele já sabe das melhores raças pra se ter em casa. Aí você fica "mas como você sabe disso?", pode se dizer que eu sou alguém que ouço muito bem, e eu me aproximo dele às vezes, sabe, como quem não quer nada? E eu não faço nada, apenas olho pra ele e o escuto.

Eu não tô estalkeando ele pra início de conversa, essa porra não significa nada porque eu não fico atrás dele igual um cachorro, eu só sou alguém apaixonado por ele que não sabe como demonstrar em palavras e nem com ações, eu só não tenho coragem de chegar nele e falar: "eu te amo, vamos ter dois filhos e um cachorro" tá achando que é fácil assim? Claro que não porra, certeza que assim que eu chegasse perto ele se afastaria como se não tivesse me visto, porque todo mundo faz isso, mas o fato que me faz ainda gostar dele é pensar que ele é diferente dos outros, que ele iria me notar não só quando rirem de mim, igual quando éramos crianças, quando éramos amigos.

Mesmo com esse pensamento sobre o Izuku eu ainda tenho medo da rejeição, então prefiro ficar assim, apenas o vendo de longe. E quando mais novos ele falava de animais também, a gente até brincava com o gato da minha vizinha, aquele nojento que me arranhou uma vez, e o verdinho ficou muito preocupado comigo, o que tornou aquele arranhão algo especial porque foi o momento que eu percebi que estava gostando dele, justo com seis anos (gado desde cedo).

Não ria do que eu vou escrever aqui, porque é fantasiosamente e idiotamente bobo, mas eu quero muito anotar para jamais esquecer caso dê tudo certo.

— Ter uma casa com um jardim cheio de flores e um cachorro pro Izuku gostar de ficar lá.

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De todas as formas possíveis que eu tinha de me foder essa foi a pior. O professor Aizawa leu tudo o que eu escrevi no meu caderno antigo, porque ele pegou pensando que era o atual pra poder ver as minha atividades e olha só, ele leu tudo o que eu escrevi, e puta merda. Ele me chamou no final da aula pra gente conversar, e aqui estamos nós, de frente um pro outro logo depois dele me devolver o caderno. Eu fiquei um tanto corado pois havia atualizado os motivos de manhã e estou um pouco envergonhado por causa disso, já que o senhor Shota provavelmente viu.

— Olha, Katsuki, eu não posso me meter na sua vida amorosa, até porque eu acho esses relacionamentos de adolescência sem futuro algum, mas após ler o que você escreveu eu vou te dar o melhor conselho que eu posso: se declare. É o melhor que você pode fazer, porque pode ser que quando você tomar coragem já vai ser tarde demais. - Assim que eu ouvi aquelas palavras eu me senti um tanto enfurecido e tímido. Afinal, quem ele acha que é pra opinar sobre isso?! Dizer o que eu devo ou não fazer em relação a quem eu gosto. Pelo menos não foi homofóbico como a maioria dos professores são, todos conservadores de porra nenhuma que só querem espalhar o seu preconceito de merda e julgar as pessoas sem nem ter culhão pra falar deles.

— Professor, não é fácil pra mim, tá?! Eu não consigo! Eu já tentei, mas eu travo, porque eu não não sei o que ele pensa de mim! Se é que ele pensa algo porque atualmente eu devo ser um total desconhecido pra ele, já que ele nem sequer se lembrou de mim que fui amigo dele na creche quando éramos crianças. - Falei e suspirei, abaixando a minha cabeça. Talvez eu nunca terei nada com o Izuku pois nem falar com ele eu consigo. Eu tenho um forte medo da rejeição. — Eu prefiro continuar assim.. Talvez tudo mude depois e eu o esqueça. - Me levantei, evitando olhar para o professor. — Eu vou indo, obrigado por devolver o caderno professor. - Disse por fim e comecei a andar pra fora da sala rapidamente, apertando o caderno com força nas minhas mãos.

Eu não iria conseguir dizer as coisas que eu escrevo para o Izuku, eu nunca conseguiria fazer isso, talvez seja falta de coragem, mas eu consigo ter coragem para tudo, literalmente, mas porque dizer o que eu sinto é tão difícil?

Eu só queria ser como um cachorrinho peludo, ele se aproximaria de mim pra me acariciar e me daria atenção, mas como eu não sou um cachorro de verdade ele nem sequer olha pra mim.

Malditos sejam esses animais peludos.

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