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História 1933 - É recíproco - História escrita por JaeBolinha - Spirit Fanfics e Histórias
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História 1933 - É recíproco


Escrita por: JaeBolinha

Notas do Autor


Ooooooin <3
/Foge das pedras
Eu sei... eu sei.... querem me matar pelo capítulo anterior e onde parei IUAHSUHSAIUHASIH Mas garanto que hoje vcs irão me amar para todo o sempre... ou até certos capítulos UIAHSSUAHASIH
Agradeço again pelos favoritos e comentários <3 continuem assim que fico cada vez mais feliz UIAHSIASH
Bom, minha internet está um lixo, então provavelmente a formatação da fanfic fique uma porcaria pq aqui não está aparecendo as ferramentas de escrita, mas postarei mesmo assim e logo arrumarei ^^ Espero que entendam <3 Mas... se não ficar... apenas ignorem essa parte das notas IUAHSIAUSHASH

Boa leitura e não se esqueçam de comentar ^^

Capítulo 11 - É recíproco


Fanfic / Fanfiction 1933 - É recíproco

CAPÍTULO 10 - É RECÍPROCO

ALEMANHA – 1933 – ORFANATO FEMININO DE BERLIM

Novamente eu estava lá, naquela sala de aula que me entediava todos os dias, a professora passava algo no quadro e minha curiosidade me atiçou. Permiti olhar para a janela e fitei a árvore velha, ele não estava ali, nem mesmo na parte mais visível do jardim, eu deveria sair às ruas hoje?
Continuei copiando o que estava no quadro e fitava o relógio, esperando que aquilo acabasse logo. Enquanto copiava o texto, diversas vezes eu me perdia em pensamentos, quem eu seria quando saísse dali? Ou o que Bang pensava sobre mim, eu estava confusa. Sentia que queria estar com ele a todo momento e, ao mesmo tempo, tudo parecia tão errado.

- É apenas isso por hoje. Podem ir para o café. – A mulher falou e nós guardamos nossos livros, dessa vez eu me permiti ir comer alguma coisa antes de sair.

Peguei alguns biscoitos salgados e o leite comum, me sentei perto de outras garotas e observava o movimento, eu não era de falar muito, porém era bem educada e me dava bem com todos. Observei Melitta e Naomi tomando seus cafés enquanto conversavam com outras garotas, decidi não incomoda-las e partir logo. Algumas meninas também saiam e iam para a sala de música estudar, ou apenas vagar pelos corredores, pelo menos de dia, éramos permitidas a andar pelo orfanato sem compromisso, desde que não saíssemos dele, esta ai a minha preocupação em ir para o jardim e as ruas quase todos os dias.

Desci as escadas e senti o vento bater em meu rosto, andei de forma rápida até o muro quebrado e o pulei, mas a confusão tomou conta de mim quando vi certo caos do outro lado. Crianças chorando, pais tentando acalma-las, carros com grande quantidade de famílias e soldados gritando por grande parte da rua. Os Judeus estavam sendo pegos novamente? Para onde os levavam? O que queriam com o meu povo?

O pânico tomou conta de mim, era como se eles soubessem quem era Judeu e quem não era, de certa forma me assustou, mas a curiosidade me deixava mais atiçada, então me encorajei a andar pela calçada, ainda devagar, conhecendo o território que eu estava entrando. Eu observava, observava as crianças com seus pais confusos, talvez meus avós pudessem me explicar o que estava acontecendo.

- Aqueles, peguem seus pertences! – Eu ouvi um soldado gritar e me assustei mais, seria melhor ter ficado no orfanato?

Continuei observando e vários carros saiam carregados com malas, pessoas, crianças. Era tudo muito assustador.Não tive opção se não voltar para o principio, pelo que parecia, eu andei em círculos pela rua e cheguei ao muro quebrado novamente. Pulei para dentro novamente e um arrepio passou em meu corpo, eu seria pega assim como os outros Judeus? A chamada de Madame Berg tinha algo a ver com isso?

Olhei para os lados e não vi a figura de Yongguk, me perguntava por que eu me importava em vê-lo, eu estraguei tudo. Suspirei pesadamente e imaginei que não estava ali, se não estava na árvore de manhã, quem garantia que estava agora? Apenas caminhei até a porta do orfanato e decidi esperar até o almoço, era o que se tinha de melhor para fazer.

- Não vai querer legumes? – A cozinheira perguntou e eu apenas assenti, pelo menos nisso nós tínhamos escolha. Peguei o meu prato e sentei-me à mesa mais ao fundo, Naomi e Melitta se aproximaram e logo dividíamos a mesma mesa.

- Não ficou muito tempo nas ruas hoje, o que há? – Naomi perguntou enquanto cortava seus legumes e dava garfadas na boca.

- O sol está muito quente. – Eu insistia em não dizer nada para elas, embora já soubessem de algumas coisas, mas não queria assusta-las.

Talvez possa entender como o meu dia é tedioso, acordávamos, estudávamos, tomávamos café e ficávamos vagando até a hora do almoço, as vezes tínhamos aulas de música ou de arte, até que era divertido, mas eu não me interessava. Deve ser melhor ficar sem fazer nada o dia todo, até o jantar.

~

- O jantar está servido! Todas para o refeitório. – Madame Berg chamava pelos corredores e observava todas as garotas, eu estava lendo um livro da velha biblioteca.

O livro contava sobre um escritor Russo, sobre a vida dele, era uma vida linda. O livro se chamava ‘’Sonhos possíveis’’, ele me fazia sair da realidade de minha vida, o escritor tinha uma linda esposa, filhos invejáveis e um jardim bem cuidado, era talvez uma vida que eu invejava. Coloquei o livro no lugar e me dirigi até o refeitório, andei pelos corredores mal iluminados e já me misturava com as outras meninas.

Peguei alguns pães, carne, legumes e outras coisas, sentei-me na mesma mesa e me coloquei a comer, mas por um momento, a imagem de Bang apareceu em minha mente novamente. Eu não havia visto ele o dia inteiro, talvez estivesse com fome? Eu deveria me desculpar de forma mais polida?
Continuei comendo e, no final, apenas dois pães restaram em meu prato, pensei e repensei se deveria ir até o jardim, eu corria risco de apanhar novamente, mas se isso significava poder me desculpar com ele e puder vê-lo pelo menos uma única vez, eu aceitaria correr o risco. Peguei os pães e os coloquei nos bolsos do vestido, andei pelo refeitório ainda com algumas meninas e passei por Madame e Senhora Mode que conversavam.

Parei na porta do quarto e repensei, engoli seco ao pensar em continuar caminhando ou em simplesmente ir dormir, mas talvez a vontade de vê-lo fosse maior, olhei para trás e não vi movimento, só então tomei coragem em começar a andar em direção as escadas.

Abri a porta e, por milagre, a lua estava a pino, aquilo me assustou de certa forma, porém achei magnífico. Suspirei e fechei a porta, andei até os fundos do jardim e comecei a diminuir meus passos, eu estava pronta para encara-lo depois do que houve ontem? Devagar eu pude ver sua face, Bang estava encostado na arvore velha, a luz da lua me permitia observar suas roupas, usava um casaco acinzentado e uma calça preta, as mãos nos bolsos e os olhos fitavam o céu.

Andei com mais cautela e peguei os pães, fiquei com a cabeça baixa e acho que ele percebeu minha aproximação. Levantei o olhar rapidamente e o percebi me fitar, estendi as mãos com o alimento e tomei coragem para falar.

- Imaginei que estivesse com fome. – Minha voz soou quase com um sussurro e minha cabeça ainda continuava baixa. Senti a mão de Yongguk pousar sobre as minhas e ele pegar os pães. Pensei ter ouvido um ‘’obrigado’’ vindo dele, Bang pareceu guardar os pães e só então eu me permiti falar novamente. – Me desculpe por ontem, eu apenas... – Fui interrompida com pelo menos dois dedos masculinos em meus lábios.

Meu olhar se levantou rapidamente e me permiti fita-lo, a luz da lua fazia seus olhos brilharem enquanto me encaravam, Bang acariciou meu rosto e eu senti este queimar como brasa, acariciou minha bochecha com o polegar e deu mais um passo, ficando mais próximo de mim. Meu corpo congelou novamente enquanto nos encarávamos, era como se ele tentasse ler meus pensamentos ou minha alma. O maior se aproximou e eu senti seu hálito quente entrar em contato com o meu, era como um ritual, era como uma cenas das novelas antigas de minha avó. Yongguk se aproximou mais, de forma lenta, nossos lábios se roçaram e eu me permiti fechar os olhos e sentir aquele toque que se tornou um beijo completo.

Meus lábios levemente abertos se moldaram aos fartos dele, meu coração se acelerou e eu pensei que poderia ter um infarto ali mesmo. Bang parecia gentil e ainda não movia seus lábios, senti minha cintura ser tocada pelas mãos masculinas e nossos corpos se juntaram de forma mais quente, eu estava sendo vulgar? Não era o que ele achava, senti minhas bochechas serem trocadas por meus cabelos enquanto os lábios dele começaram a conhecer os meus, ainda de forma lenta.

Era como se o mundo tivesse parado, como se nada me importasse agora, como se talvez a surra de mais tarde não me fizesse diferença. Senti a língua dele passar em meus lábios e um calafrio passar por meu corpo, eu jamais havia feito isso. Aos poucos eu parecia me deixar levar, o nervosismo passava e eu me entregava ao amor que sentia e que ele também deveria sentir. Minhas mãos afagaram seus cabelos e eu me permiti ficar na ponta dos pés, o vestido parecia se mover com o vento que ali passava e Bang parecia me transmitir confiança e segurança ao segurar minha cintura com firmeza. O beijo se tornou intensivo quando senti nossas línguas se tocarem pela primeira vez, eu aos poucos repeti os movimentos e sentia a língua dele se moldar, se trançar e entrar em sincronia com a minha.

E assim eu poderia dizer que tive meu primeiro beijo, sentia as mãos dele conhecer parte de meu pequeno corpo e sua língua explorar cada canto de minha cavidade, interrompemos aquele ritual com alguns selos e eu me permiti olhar nos os olhos dele, Yongguk sorria, sorria de uma forma que me fez corresponde-lo.

- Seus olhos ficam lindos durante a noite. – Talvez ele não tivesse nada melhor para dizer? Aquilo me pegava cada vez mais de surpresa e eu continuei sorrindo abobada.

- Não diga bobagens. – Sussurrei e o abraço entre nós ainda era intenso.

Yongguk sorriu mostrando as gengivas e selou meus lábios novamente, porém de forma demorada, até finalmente cessar e me encarar.

- Bobagem seria eu ignorar isso. – Eu continuei sorrindo e pensava em como estava feliz naquele momento, em como tudo isso aconteceu em poucas semanas.

Só então a ficha caiu e eu percebi que estava encrencada, a hora de dormir já havia passado e eu poderia ficar em uma situação ruim.

- Eu tenho que ir. – O desespero tomou conta de mim e percebi minha mão ser segurada com firmeza, antes mesmo de começar a andar. Olhei para ele que me encarava.

- Fique, passe a noite no jardim. – Seu pedido fez meu corpo gelar, como poderia dizer isso? E no dia seguinte? Como eu ficaria?

- Não posso fazer isso. A Madame pode... – Fui interrompida por sua voz novamente, o que me fez repensar.

- Por favor, eu lhe imploro. – O olhar de Bang me pedia isso, eu poderia ficar de castigo, apanhar até sangrar mais que o necessário, mas se para prolongar minha felicidade eu tivesse que fazer isso, então eu faria, por Yongguk.

Yongguk sentou-se encostado na arvore velha, fiz o mesmo, porém fui puxada par seus braços, senti o coração palpitar e optei por relaxar, me aconcheguei em seu peito e, juntos, olhamos a lua cheia que já deveria ter desaparecido há alguns dias, mas talvez o destino quisesse me ajudar pelo menos uma vez.

Não sei dizer quem dormiu primeiro, mas talvez, antes de fechar os olhos, eu tenha ouvido um sussurro de Yongguk dizendo:

‘’Durma bem’’. 


Notas Finais


Podem me amar pq agora teve um beijo digno AIUSHASIUHSAIHASIASH
Espero que tenham gostado e não deixem de comentar <3
Até a proxima :D


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