História 2 Faces - Plano em ação

          Suzy On

Já era hora do almoço, eu consegui comer um pouco mas não foi muito, os meninos me convenceram a almoçar porque se eu ficasse fraca, teria que ser hospitalizada e não poderia ajudá-los no que fosse preciso. Depois de comer, ligamos a televisão e a única notícia nos noticiários eram o sequestro dos meninos, a notícia de ontem sobre o nosso namoro foi totalmente deixada de lado, todos pareciam estar atentos em qualquer informação que pudesse levar ao local onde os meninos pudessem estar:

- Eu já não aguento mais, ficar sem saber dele, sem saber como ele está, se comeu, se dormiu, se está sendo mal tratado -eu desabei no chão mesmo sendo acudida por Johnny.

- Eu sei que esse momento está difícil não só para você como para todos -ele falou.

- Mas garanto que tudo vai passar, e eles vão voltar sã e salvos, eu garanto -disse Jisung.

- Queria muito ser positiva assim mas esses finais só acontecem em filmes -falei fraca e senti meus olhos se encherem de lágrimas.

- Não fala isso Suzy! -Mark pegou na minha mão.

- Desculpa, vou ter pensamentos otimistas a partir de agora -olhei para ele e Johnny me ajudou a levantar.

17:30 da tarde 

Já estava anoitecendo nenhuma notícias nos jornais, o Manager tinha ligado dizendo que ainda estavam na delegacia dando todas as informações que tinham e ainda estávamos presos em casa sem saber de quase nada. 

Eu estava tomando banho, um longo e quente banho porque minha cabeça latejava é meu corpo pedia arrego, os meninos faziam de tudo para se distrair, mesmo que de vez em quando todos ficassem em silêncio pensando em como tudo isso ia se resolver e em como os meninos estava passando essas horas com essas malditas. Depois do banho, vesti umas roupas leves e confortáveis, tomei um remédio para aliviar a dor mas a imagem de Taeyong e dos meninos passando sufoco me deixava super nervosa. Já estava anoitecendo e ouvimos batidas na porta. Todos nós entreolharmos preocupados e Lucas pegou uma faca na cozinha e foi em direção a porta:

- Tu tá pensando que isso é novela? -Ten olhou para ele.

- Melhor prevenir! -ele respondeu.

- Se for alguém armado tu não vai se prevenir de nada -eu disse cruzando os braços.

- Não se preocupem, não estou aqui pra fazer mal, vim dar informações -ouvi uma voz feminina desconhecida.

- Porque acha que vamos confiar em você? -Renjun perguntou.

-Por favor, confiem, não estou com nada, é sobre os meninos, só vou contar para vocês -a menina falou.

- Tudo bem, vamos abrir, deixe as mãos levantadas que vamos revistar você -disse Taeil abrindo a porta devagar.

  A menina entrou, usança roupa pretas, máscara é um boné. Eu revistei ela e vi que não estava com nada. Indicamos o sofá para ela e a mesma sentou, ficamos observando a mesma por longos minutos e ela olhava o chão fixamente como se procurasse palavras pra começar a falar:

- Eu era uma delas - ela começou.

- Uma das Sasaengs? -arregalei os olhos.

- Sim mas eu desisti do plano, elas estavam planejando sequestrar o Taeyong fazia uma semana antes do anúncio do namoro de vocês, perseguimos vocês por dias e vimos vocês juntos por diversas vezes mas não contamos nada pra a imprensa porque não queríamos dinheiro, a Yuna disse que se ele não poderia ser dela, não seria de ninguém -ela falou calmamente.

- Quem é Yuna? - Kun perguntou.

- É a comandante dessa operação maluca. Ela planejou sequestrar somente o Taeyong depois do ensaio de vocês anteontem mas os planos foram mudados depois que vocês anunciaram o relacionamento -explicou.

- Primeiro, quem é você? Porquê você desistiu do plano? E Como sabe que estamos aqui? -a olhei apontando o dedo.

- Me chamo Chaelyn, era fã Sasaeng do NCT e claro, por ser esse tipo de fã, sabemos muitas coisas e principalmente onde vocês moram -ela sorriu de lado. - E desisti do plano porque nunca fui sasaeng nesse nível de sequestrar alguém, eu só queria ficar perto de vocês, ver vocês como ninguém via -ela disse.

- Isso é assustador - Jungwoo suspirou.

- Eu sei, mas mudei, quando tentei sair desse mundo, Yuna proibiu, disse que era um pacto que só me largaria quando eu morresse. Não quero morrer então resolvi fugir já que agora elas iam estar mais preocupadas com os meninos, não iam ligar para mim. - ela se levantou.

- E você veio aqui para...? -Chenle perguntou cruzando os braços.

- Bom, quero acabar com isso de uma vez por todas, se for para eu pagar quero que seja com a consciência limpa. Sei onde eles tão, como eles estão e posso levar vocês até lá -ela disse.

- Vamos para lá agora -disse ajeitando meu cabelo.

-Calma Suzy, vamos pensar em um plano! -Taeil disse.

- Certo, temos que pensar em o que vamos fazer, se elas estão armadas e muito mais, não é simples assim -completou Mark.

- Vocês estão certos mas vamos rápidos porque já estamos perdendo muito tempo! -apressei eles.

Passamos a noite planejando tudo! Como chegaríamos até o local onde eles eram mantidos em cativeiro, como iríamos nos separar e o que faríamos quando estivéssemos lá. Decidimos deixar os mais novos em casa e avisamos que se até de manhã não entrássemos em contato, era para eles ligarem para a polícia e contar onde era o local para que tudo se resolvesse da melhor forma. 

Eram 2:21 da manhã e já estávamos prontos para sair, Chaelyn disse que não estávamos sendo observados porque só tinham 3 meninas por trás de tudo isso é todas estavam com os meninos em uma casa abandonada em Busan. Taeil pegou a outra van do grupo e todos fomos até lá, todos estavam ansiosos, preocupados e com medo, o caminho todo foi em silêncio, as vezes ouvia alguma voz mas nada que fizesse eu me distrair. 

As 3:46 chegamos ao local, estacionamos em um lugar mais deserto é longe da casa e nós dividimos em três grupo, em um estava eu, Chaelyn, Johnny, Dooyong, Taeil e Cheng, e os demais se dividiram nos outros dois grupos. Nosso plano era o seguinte, eu e o primeiro grupo iríamos entrar e fazer o máximo para sermos descobertos "acidentalmente" assim que fôssemos descobertos, elas iriam me ter como alvo porque pra Yuna, eu era o principal da operação, ela só tinha pego Taeyong para que eu fosse atrás e para que ela pudesse colocar as mãos em mim. Os outros grupos iam ficar escondidos para que na melhor hora, quando elas estivessem distraídas conosco, eles pudessem atacar e desarma-las para conter a situação. Sei que não foi muito bem pensando já que podemos nos  atrapalhar e tudo sair totalmente ao contrário do que desejamos, mas como eu disse para Mark mais cedo, temos que ser otimistas.