Pov America
Nunca pensei que eu iria pedir um tempo a Maxon o amor que sinto por ele é inexplicável, mesmo assim aprendi a mim amar acima de qualquer coisa. Só faltam 2 meses para voltarmos para nossos países, deveríamos estar aproveitando, porém não vou deixar passar o que ele fez, não consigo, posso não sentir o mesmo por Aspen, mais também gosto dele, passamos ótimos momentos juntos. Será que se Aspen tivesse vindo comigo eu teria me apaixonado por Maxon assim mesmo? Acredito que não. Ou poderia? Eu sinto que nossas almas são ligadas, como não o encontraria.
Balancei a cabeça não iria me atormentar com isso, amanhã vou vim vê-lo, essa noite deve ser o suficiente para ele pensar sobre o que fez.
Liguei o carro, quando eu ia saindo vi Daphne entrando no prédio de Maxon. E a ficha caiu deve ter sido ela em colocar o bilhete pela minha porta, só pode ter sido. Mas como ela descobriu? E isso vou descobrir agora, se ela pensa que vai conseguir o que quer, está muito enganada.
Flash on
Quando abro a porta, não tem ninguém, olho para os lados e ninguém, quando eu ia fechar a porta, vejo de relance um papel no chão. Me abaixo e pego.
- Quem é America?
- Ninguém, deixaram esse papel aqui. Deixa eu ler.
“EU SEI QUEM VOCÊ É PRINCESA”
- Alguém me descobriu Marlee, descobriram quem eu sou. Não acredito.
- Deixe-me ver. Puxa Marlee o papel das minhas mãos.
Eu fiquei paralisada, isso quer dizer que tenho que voltar para o Brasil antes do tempo. Não posso e Maxon, e nós. Não, não, não, isso não pode está acontecendo.
- Calma America, você ainda quer ir à festa? Eu entendo se não quiser.
Eu respirei fundo me reergui, nem percebi que já estava sentada na cama.
- Não nos vamos sim. Nenhum papel vai fazer com que eu me retraia. Se essa pessoa pensa que sou dessas de se sentir ameaçada. Ela está terrivelmente enganada. Eu vou descobrir quem escreveu isso, pode ter certeza. Agora vamos estamos atrasadas. Amanhã penso melhor sobre isso. Não podemos contar isso a ninguém certo Marlee. Eu vou resolver isso.
Flash off
Desci do carro batendo a porta com força, no susto ela se virou para olhar.
- Você quer me matar do coração garota? Falou com seu sotaque, e a mão no coração.
- Quero falar com você. Fui atravessando o carro em direção a ela.
- Não tenho nada para falar com você.
- Mas eu tenho. O que está fazendo aqui?
- Não lhe interessa. Mas se quer saber Maxon me ligou pedindo para vir. Falou com orgulho para me provocar ciúmes. Essa garota não se toca, pelo amor, isso não cola comigo.
Maxon, tão rápido como pode. Ele sempre me disse que ela era sua amiga, mas a chamá-la assim tão rápido. Ciúmes o que estou sentindo é ciúmes. Não isso não vai me dominar.
- Olha aqui eu sei que foi você. Se pensa que vou ficar intimidada com aquelas palavras está muito enganada. Não sou de brigar puxando cabelo, isso posso lhe garantir, que você sairá com o nariz quebrado ou um olho roxo.
A encarei chegando bem próximo a ela. Ela percebeu que eu não estava brincando e seus olhos passaram a refletir medo. Ela não respondeu, tirou a vista e olhou para longe. Eu nunca tinha intimidado alguém, não era do meu feitiou, mas me sentir muito bem. Como posso ter mudado tanto?
- Do que você está falando? Não estou entendendo.
- Não se faça de desentendida. Avancei um pouco para cima dela que recuou. – Está avisada.
Dei meia volta entrei no carro e sai cantando pneu.
.........
Eu estava furiosa com Maxon, com Daphne, comigo mesma por ter tomado aquela atitude. Aquela garota ficou com medo e de mim. E eu me senti bem? Essa não sou eu. Foi então que percebi que era forte, não mais aquela menina sentimental e boba, tinha crescido e conseguia resolver meus próprios problemas e ainda mais sozinha.
Mas parando para pensar na conversa que tive com Daphne, ela não parecia estar entendendo aqui eu me referia. Se não foi ela quem terá sido? Preciso da ajuda de Aspen.
Estacionei o carro e fui falar com o porteiro.
- Boa noite sra. America no que posso ajudar?
- Você tem a gravação do dia de ontem?
- Algum problema?
- Sim, deixaram algo em minha porta, queria saber quem.
- O prédio está passando por uma renovação no sistema de segurança. Não sei se estão funcionando. Porém devido a festa que aconteceu no campus, tivemos várias pessoas circulando por aqui de fantasias e mascarás, acho difícil consegui identificar.
- Ok obrigada pela informação. Depois procuro o pessoal da segurança.
......
Assim que entrei fui procurar Aspen. A porta estava meio aberta, bate levemente e entrei. Ele estava deitado sem camisa lendo um livro. O fiquei observando, acho que nunca o tinha visto daquele jeito tão à vontade.
- America? America?
Quando subir os olhos, aquele verde intenso estava me encarando me deixando um pouco constrangida, pois tinha percebido que estava o admirando. Ele se levantou e se aproximou de mim mantendo uma pequena distância. Então tocou nos meus cabelos e seus dedos descendo delicadamente pela minha face até chegar nos meus lábios. onde tocou com mais suavidade possível. Eu não conseguia me mover sabia que ele queria me beijar, mas não consegui me mover para longe dele.
Mas ele não o fez, não me beijou apenas ficou me olhando. Ele não me beijou? Eu estava esperando isso? Eu queria isso? Minha cabeça estava martelando a presença de Aspen assim tão perto mexeu comigo. Depois que voltei a mim, sentei em sua cama, pois minhas pernas estavam bambas. Aspen continuou de pé me observando.
Quando eu consegui pronunciar alguma palavra.
- Desculpe. Falei em um sussurro.
Aspen me deu mais um tempo para voltar à terra, porque até agora eu estava perdida em pensamentos.
- America você está bem?
- Hã....sim...é.....o que?
- Eu ainda mexo com você. Falou afirmando, o que eu podia falar depois dessa patética cena minha.
- Não......sim......não sei. Coloquei minhas mãos no rosto.
- Tudo bem America é normal isso acontecer, o que tivemos foi intenso. E ficamos um tempo longe um do outro e da forma que terminamos foi difícil.
- Você terminou. O acusei. - Eu queria que tivesse vindo lembra?
- Sim. E me arrependo disso a cada dia que ficamos separados. Mas na época achei melhor assim.
- Sabe o que é engaçado. Falei irônica – Eu não vou poder ficar com nenhum dos dois.
- Se você está dizendo.
- O que você sabe que eu não sei Aspen? E sei que não se referiu a maldita seleção. Falei me deitando em sua cama, estava cansada disso tudo. Aspen se aproximou e deitou ao meu lado.
- Quando voltei ao Brasil, decidir que iria pedir para sair da guarda. Eu não seria capaz de ver você se casando com ninguém. O meu objetivo era não estar lá quando você voltasse. Então quando fui falar com seu pai, ele não permitiu que eu fizesse isso.
Assenti com a cabeça para que continuasse.
- Ele sabe agora America. Aspen respirou fundo. – Que eu amo você.
- O que? Como assim ele sabe?
- Ele me questionou porque eu queria sair. Seu pai sempre foi muito bom para mim, não quis mentir. Disse que tinha me apaixonado por você e que não suportaria vê-la sofrer se casando com outra pessoa. Seu pai já sabia do nosso relacionamento. E pensávamos que éramos cuidadosos. Ele tinha outras pessoas nos observando na Amazônia por segurança.
- Estou surpresa Aspen. O que mais ele disse?
- Que amava muito você e a queria ver feliz.
- Só isso?
- Não. Que para quer serviria um rei se não poderia mudar leis.
- O que? Como assim, o que ele quis disse com isso? Não me esconda nada Aspen.
- Que deixaria você se casar comigo.
Eu fiquei perplexa, não consegui falar nada.
- Ele me promoveu ao cargo maior que um oficial poderia ter, e você não é a primeira filha em sucessão ao trono. Quando você voltar vai anunciar oficialmente, mas já anunciou aos conselheiros e decretou a lei que apenas o primeiro filho ou filha que iria participar de seleção, o segundo e o terceiro estavam livres, contudo, devem se casar com alguém com cargo alto dentro na sua nação com aprovação do rei.
Eu perdi o chão, era patético esse decreto, ele fez apenas por amor a mim. Eu sempre amei meu pai, mas isso, ele demostrou em atitudes o que senti, o que represento para ele.
- Estou sem palavras.
- Eu também fiquei assim quando decidiu isso.
- E a seleção?
- A seleção você terá que participar, pois seu pai já tinha confirmado. Mas depois disso, só depende de você querer se casar comigo.
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