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História 4th Generation - PARK JIMIN - Regrets - História escrita por efffy - Spirit Fanfics e Histórias
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História 4th Generation - PARK JIMIN - Regrets


Escrita por: efffy

Notas do Autor


esse capítulo é o maior da fanfic até agora, que já possui 11 completos
então me perdoem kkk
/provavelmente/ não voltará a acontecer

Capítulo 2 - PARK JIMIN - Regrets


 

Meus dedos entravam pelos fios negros, que eu puxava com força e sem dó, porque sabia que ele gostava. Com meus lábios cheios, beijava e mordiscava seu pescoço calmamente, sem me importar em deixar marcas – ao menos no calor do momento, essa era a última coisa para qual eu ligava. Podia escutá-lo ofegar e sentir seu corpo se mover conforme eu tateava o que havia dentro de suas calças, ainda por cima das mesmas.

Jungkook grunhia e eu me aproveitei de seu momento de volúpia para prender suas mãos acima da cabeça com a minha destra, começando a desabotoar o jeans que ele usava, que foi parar no chão. Com os dedos, contornei seu membro teso sobre a cueca box preta. Ele continuava a gemer com os olhos fechados e a jogar seu peso sobre meu joelho, que o sustentava quase sentado ali.

– Você quer? – Perguntei enquanto descia sua cueca.

– S-Sim, mas...

Ele parecia desesperado, e não só pelo meu toque. Pude contemplar pequenas gotas de suor escorrerem do topo de sua testa e seus lábios rosados trêmulos, enquanto ele tentava me encarar. Movi minha mão de cima abaixo em seu falo e ele gemeu, fazendo sua cara de prazer que eu tanto gostava, apesar de não admitir em voz alta.

– Mas o quê, Jungkook?

– Eles podem chegar... – O mais novo parou para puxar um pouco de ar e nesse meio tempo eu aproveitei para pressionar sua glande úmida com meu polegar – Ugh... A qualquer momento... – Voltou a ofegar e dei um pequeno sorriso de lado, unindo nossos narizes para que ele me fitasse.

– Ah, Kook, relaxa. Nós temos... – Me virei para observar o relógio de pulso – 40 minutos.

O moreno me lançou um olhar cúmplice, como se estivesse tentando acreditar – ou ao menos transparecer que o fazia – e eu sorri, porque ambos sabíamos que não era o suficiente.

– Então não aqui.

Embora eu realmente quisesse continuar contra a arquibancada, eu entendia que era de frente para uma das entradas, portanto seguimos para o vestiário e essa oportunidade ficaria para outra hora.

Faltavam dez minutos e tudo o que passava pela minha cabeça era a visão de Jeon rebolando sobre o meu colo enquanto eu estava sentado num dos bancos entre os armários. Não só a memória, era real. Apalpava a lateral de seu corpo, o segurando, embora suas unhas já estivessem fincando nos meus ombros há alguns minutos. Engolia meus gemidos enquanto observava seu abdômen definido se contrair e o sentia fazer o mesmo, provavelmente ele estava perto de gozar, o que me fez acelerar o movimento da minha mão em seu pênis. Kook gemeu fino e entreabriu os lábios, buscando ar enquanto sentava com mais força, então comecei a me movimentar, estocando-o para ir ainda mais fundo. Envolvi sua cintura com meu braço e num impulso me ergui, o jogando contra a parede e metendo com mais força, sentindo seu interior se alargar e queimar ao redor de mim.

Nossas testas se uniram e eu apertei suas coxas, abrindo mais as suas pernas. Ele parecia fora de si, com os olhos revirados e gemidos cada vez mais altos – se tivesse alguém ali fora, eles saberiam o que estava acontecendo aqui – e o fato d’eu ter parado de estimulá-lo não o impediu de gozar junto comigo. Um calor maior entorpeceu meus sentidos e meu baixo ventre, eu tropecei nos meus próprios pés, jogando meu corpo nu sobre o de Jeon, que segurou minha cabeça rente ao seu peito. Nossas mentes estavam inebriadas e tentávamos voltar a respirar decentemente. Todo o esforço que fiz com meu corpo pareceu pesar agora e quando dei por mim, ainda estava sustentando o corpo de Kook, que tirava umas mechas dos meus olhos. O encarei e o mesmo parou o que estava fazendo, segurando em meus ombros para voltar ao chão. Três minutos.

– Acho que não vai dar para você tomar banho aqui. – Comentei, girando meu corpo para acompanhar seus passos, que foram buscar as próprias roupas jogadas no chão.

Ele colocou sua calça sem dificuldades, tal como a camisa de uma banda que meu pai provavelmente também gostava. Deu de ombros antes de me responder enquanto colocava a jaqueta:

– Tudo bem, eu já sabia que não ia dar.

Após ajeitar a gola, Jungkook me deu as costas e começou a se retirar, me deixando com cara de tacho perante sua indiferença que, de certa forma, quem exigia era eu.

– Tchau.

– Tchau, Jeon.

Rumei ao chuveiro que ficava no fim do corredor, seguindo a direção oposta dele, tirando proveito do fato que já estava nu. Girei o registro e a água gelada caiu sobre mim, me fazendo tremer de frio a princípio, porém como já era de costume, foi questão de alguns minutos até que me acostumasse – exceto pelos arranhões, que agora ardiam.

Comecei a pensar – provavelmente pela ausência de música – sobre como todo esse lance com o Jeon começou. Foi no fim do nono ano para o início do primeiro que aquilo aconteceu, e agora estávamos no segundo. Eu via todo o perrengue que ele passava por... Bem, ser gay. Mas é claro que não me aproximaria porque não queria ser taxado de viadinho. Ser zoado por algo que eu não sou é certamente a última coisa que preciso, principalmente quando não consigo ignorar as coisas como Kook, sendo bem impulsivo. Já me imagino facilmente fazendo alguns rostos sangrarem e usando talvez até mesmo o dinheiro dos meus pais para fazer alguns sumirem.

No meio dessas brincadeiras babacas, – que eu achava graça quando não envolviam agressão física – acabei conseguindo o seu número de telefone e comecei a conversar com ele. Claro que ele estava recebendo inúmeras propostas e mensagens babacas, então eu tive que ser diferente. E se tem algo diferente é Park Jimin sendo sério. Fiz a ele uma proposta em que oferecia sexo em troca de nada além de sigilo: ninguém poderia saber que nos conhecíamos, mas foderíamos inclusive – e principalmente – na escola sempre que possível. Obviamente, como já sabem, Kook aceitou. Creio eu que foi porque ele queria que aquela escola fosse algo além das implicâncias e eu acabei me tornando sua distração.

Nossas interações, além das mensagens para encontros, eram monossilábicas ou se tratavam dentro do próprio sexo. Jeon não falava nada da própria vida e nem eu da minha, perfeitamente como havia pedido a ele. Contudo, acho que a sua extrema indiferença e frieza acabaram me surpreendendo – porque com as garotas é totalmente ao contrário – e acho que isso me incomodou, acaba me fazendo sentir... Não desejado, sei lá. Porém na hora do sexo eu faço questão de saber que é o contrário.

Bem, os meus devaneios foram interrompidos porque os meus companheiros de time começaram a entrar berrando no vestiário e um sorriso brotou em meu rosto ao ver Chanyeol e Sehun rumando em minha direção. Não, não era um sorriso divertido – tudo bem que eu estava feliz em vê-los – e sim um de desespero porque sabe-se lá o que esperar desse dois malucos.

Pois bem, o ruivo veio correndo de braços abertos para mim e literalmente me abraçou embaixo do chuveiro, aparentemente numa pequena corrida contra Sehun.

– JIMIIIIN!

– Você é doido?

Comecei a gargalhar, abraçado ao outro Park, que tinha não só sua camisa do time como toda roupa sendo molhada e não demonstrava se importar com isso, o que me fez realizar que ele iria tomar banho, tal como todos os outros.

– Se você queria o chuveiro menos frio era só me falar, não se fingir de amigo.

Fingi estar irritado e dei um soco fraco no peitoral de Chanyeol, que gargalhou alto e começou a tirar suas roupas, jogando-as no azulejo à sua frente como se fossem panos de chão. Não sei se sou muito fresco ou apenas rico e fui criado desta forma, mas eu não teria a mínima coragem de recolocar aquelas roupas.

Peguei minha toalha, que estava pendurada na divisória entre o que foi o meu chuveiro e o de Sehun, que já se banhava pacificamente. A coloquei ao redor do meu quadril e virei as costas, até que ouvi o Oh se pronunciar:

– Jimin, Jimin... A noite foi boa, hein? Dá pra ver pelas suas costas.

Eu me virei e o vi se apoiar na mesma divisória de plástico, cutucando o outro para que ele também visse os arranhões.

– E você nem me contou nada! Quem foi? A loirinha do terceiro ano ou a novata da nossa sala? – Ele pareceu extremamente empolgado porque pude ver seus olhos brilharem e realmente achei que ele viria me abraçar.

– Não é porque eu dou em cima de todas que eu vou contar quem foi. Sabe como é, quem come quieto come duas vezes.

E pisquei para eles, indo me vestir. Apesar de a situação poder ser considerada perigosa, eu andava tranquilamente, pois sei que se Jungkook dissesse algo eu poderia simplesmente dizer que ele estava mentindo. Seria injusto? Sim, seria. Mas me preservar está sempre em primeiro lugar e eu o faria a todas as custas.

– VAI LÁ, MEU APRENDIZ! ESTOU ORGULHOSO!

Ouvi Chanyeol gritar e só me restou rir. De fato, a gente começou com essa coisa de ver quem pegava mais garotas e não paramos até hoje. O fato é que estamos empatados porque paramos de contar e só continuamos nisso pela diversão e pelo sexo, que por sinal é muito frequente.

Não é porque eu transo com Jungkook, que é um garoto, que eu não sei transar com mulheres, muito pelo contrário. De início... Ugh... Era um pouco complicado porque eu não me sentia naturalmente empolgado, vamos dizer assim. Porém com o tempo eu aprendi a me controlar e “motivar”, então foi se tornando... Comum, e mais fácil. Transava com as garotas e me certificava que elas gozassem para não saírem por aí dizendo que eu fodo mal, não ligando muito para a minha parte porque eu me certificava de que era mais difícil – mas não impossível, pois já aconteceu.

E falando em garotas, meu celular começou a tocar dentro do armário. Parei de secar o cabelo e o peguei em mãos, vendo que era Lisa. Atendi.

– Ei, gata, quanto tempo. Como você ‘tá?

– Oppa! Que bom que atendeu! – O aegyo em sua voz era perceptível – Para não tomar muito o seu tempo de treino, vou falar logo. É que a Rosé vai dar uma festa hoje à noite e eu queria saber se você vem. Chama os meninos também, você sabe que ela é super a fim do Sehun.

– Claro que eu vou. Estou feliz que tenha me chamado. – Disse sorrindo, imaginando sua reação – Vou ver com os meninos assim que eles terminarem o banho, ok? Mas conte com nossa presença e reserve o nosso quarto.

Pude ouvir os gritinhos eufóricos de suas amigas do outro lado da linha e, satisfeito, desliguei. Digam o que quiser, isso é meu hobby. Não me lembro de ter prometido meu coração, no final das contas. Se bem que... Não tenho tanta certeza. Sou apenas um garoto que faz de tudo pra conseguir o que quer.

Nós treinamos; eu levei alguns tombos, Chanyeol também; Sehun fez uns bons passes e um gol, eu e o outro Park – que também é ruivo – brigamos de novo, eu joguei ele no chão e ele mordeu meu pulso, o treinador deu esporro na gente e logo voltamos a nos comportar normalmente – se bem que isso era nosso normal –, fiz dois gols, chutei a bola na cara do goleiro, ele quebrou o nariz e o treino acabou.

Agora estava na minha casa, escolhendo que roupa usar enquanto estava no telefone com Namjoon, um amigo de infância que está no terceiro ano, vende trabalhos e é muito bom em matemática. Coincidência? Garanto-lhe que não.

– Oi Namjoon, como tem passado? – Perguntei presunçoso, enquanto tirava algumas roupas do cabide e jogava sobre a cama.

– Ei, Jimin – Escutei uma barulheira. Presumi que o loiro estava dormindo sobre a mesa do computador e eu tivesse o acordado. – Me deixa adivinhar, precisa de um trabalho de matemática? – Novamente um som, desta vez do seu isqueiro de metal.

– Sim. – Não pude evitar senão ser sincero. Se bem que adoraria barganhar um pouco agora.

– Sobre o quê? – Som de vidro quebrando. Provavelmente ele arruinou mais um copo e isso só constituía mais um dia normal na vida de Kim Namjoon.

– Parábola, acho. Sabe que odeio essa merda de matemática, sei nem pra quê existe.

Revirei os olhos e observei os cinco possíveis pares de roupa em cima da cama. Comecei a caminhar em círculos ao redor da minha king size e eliminei o segundo, que se constituía de uma camisa de palmeiras e fundo amarelo com uma bermuda branca. Bem óbvia a razão.

– Watch your mouth, kid.

– Obrigado Namjoon, estou mandando a foto. Espero que você me entregue amanhã às sete horas, ok?

– Falou.

Desliguei a ligação e joguei meu celular sobre a escrivaninha que estava atrás de mim. Estava usando uma bermuda branca e tirei a camisa que antes usava para experimentar a social rosa que havia escolhido. Antes de fechar os botões, caminhei para mais perto do espelho e observei o meu corpo definido, meu belo rosto, meus olhos naturais e meus cabelos tingidos. Cara, eu sou bonito pra caralho. Com um sorriso confiante no rosto, fechei os botões e já estava decidido: era com isso que eu iria mais tarde.

Voltei a pegar o meu telefone e me joguei na cama sobre as outras peças, já que tínhamos empregadas e elas tratariam de passar isso de novo depois. Abri o Facebook e mandei para Namjoon a foto do exercício que o professor havia passado. Após poucos segundos ele me respondeu: “Qual é cara, isso é fácil demais. Você não tem vergonha?”.

Revirei os olhos e estiquei meu corpo pela cama, abrindo os braços e observando o teto, enquanto ignorava o fato do meu smartphone ter parado no chão. Por incrível que pareça, o Kim não é um desses nerds viciados em jogos e que passa o dia todo no computador – ao menos eu acho. Se bem que... Eu não estou em condições de falar sobre ele agora – até mesmo eu, que sou um tirano, reconheço isso pois não sou inteiramente burro.

Nós crescemos juntos nesse mesmo local onde eu continuo residindo e ele não. Nossos pais eram sócios, os negócios só melhoravam a cada ano e como consequência enriquecíamos mais. Na verdade, o pai de Namjoon era subordinado do meu. O problema era que conforme ascendíamos, oportunidades mais perigosas e “desonestas” – como descritas pelo loiro, não por mim – começaram a surgir. Seu pai não quis mais fazer parte disso e quando eu tinha cerca de treze para quatorze anos, eles se mudaram e nosso contato praticamente se extinguiu.

Pouco tempo depois eu o reencontrei na escola e me tornei seu cliente. Calculei que precisasse de dinheiro para fazer tais coisas, o que me levou a presumir também a situação em que ele se encontrava. Coisa que é indelicada de se questionar, até para um cara de pau como eu. Por fim, eu não o conheço mais. Só sei que continua sendo bom e matemática e em quebrar objetos – e acho que a si mesmo – como sempre foi. Também tenho sob meu conhecimento, tal como toda escola, que ele namora um garoto chamado Seokjin. Só que o que não é nenhum segredo é que eles se põem tantos chifres que daqui a pouco nenhum dos dois passa nem no metafórico viaduto da esquina. É.

Devido cansaço acabei adormecendo por algumas – muitas – horas e acordei com o meu telefone tilintando sem parar pouco abaixo de mim. Era Lisa, provavelmente. No susto levantei meu tronco e me abaixei para pegar o celular. Pressionei os olhos para tentar ver melhor as horas e... Caramba. Eu estava realmente atrasado pra caralho. A festa começava às nove horas e já eram nove e quarenta e oito.

Meio que contra a minha vontade porque esporro era a última coisa que eu queria levar, atendi ao telefone meio zonzo de sono.

– Alô? Lisa?

– Oppa! Cadê você? – Ela gritava porque a música estava alta – Os meninos acabaram de chegar e falaram que acharam que você já estava aqui.

– Ah, meu amor, me desculpa. Eu passei um pouco mal e acabei me atrasando porque tive que tomar banho de novo. – Minha voz realmente estava boa para o papel de doente, então tirei proveito. Vi que ela ia começar uma nova sentença e, portanto acabei interrompendo, propositalmente. – Mas não se preocupe o oppa já está a caminho, okay? Vou desligar para não me atrasar mais, beijos.

Nem preciso dizer que nessa hora já tinha pulado para cama e corrido para o banheiro, certo?

Claro que como eu ainda tinha que tomar banho, secar e pentear o cabelo, colocar a roupa, perfume e todas essas coisas, essa única desculpa não seria suficiente e eu teria que bolar mais uma. Pensei em dizer que estava trânsito, mas morávamos na mesma rua, com uma diferença de quatro quarteirões. Então... É Park Jimin, talvez você esteja um pouco ferrado.

Quase quarenta minutos depois, já estava pronto e resolvi pedir para que Mr. Choi, o segurança pessoal do meu pai, me levasse de moto à terceira quadra, e o resto eu andaria a pé. E eu diria exatamente isso: vim a pé e por isso demorei, não posso dirigir bêbado e blá-blá-blá. Não seria totalmente mentira, seria?

Por ser um bairro nobre, o caminho era tranquilo e agradável. A grama era perfeitamente aparada e as casas belas, inclusive sem muro por confiarem em seus vizinhos, mesmo quando tinham cachorros enormes, como era o caso dos Lee, que tinham um enorme pastor alemão, preso por uma mísera corrente no quintal aberto. Se não confiasse em minhas pernas, estaria com medo agora.

Cheguei até o final do quarteirão e já podia ver a casa vinho com luzes coloridas saindo pelas janelas, a música extremamente alta e a quantidade exacerbada de carros ao lado de fora deixavam evidente que havia várias pessoas ali. Pude ver os cabelos neon de longe, numa rodinha com suas amigas Rosé, Jisoo e Jennie, e meus meninos do time. Isso ficou meio gay, mas ignorem. Como Chanyeol era tão alto quanto um poste, foi o primeiro a me ver e já estava acenando aos ventos – e berrando – a minha chegada. Claro que o fato do meu melhor amigo ser escandaloso não me incomodava tanto, já que eu sempre gostei dos holofotes focados em mim. Lisa abriu um belo sorriso em me ver e assim que me aproximei, toquei sua cintura com a minha destra e lhe dei um selinho.

– Você está linda. – Sorri, pondo uma mecha detrás de sua orelha e vendo suas bochechas avermelharem. Ponto do Jimin. – Olá meninas, meninos.

O ruivo além de escandaloso era extremamente e desnecessariamente afetivo, então se aproximou vagarosamente antes de me dar um abraço de urso que foi capaz de estalar minhas costas.

– Também amo você, Chanyeol. – Dei dois tapinhas em suas costas antes de me soltar.

Quatro garotas e três garotos – sim, Sehun estava presente, contudo quieto até demais como de costume – sei que pode parecer algo realmente promissor, mas não era. Jisoo e Jennie são um puta dum casal. Sério, que casal do caralho. Desculpem o palavreado, só que eu não consigo me conter perante a isso: duas mulheres gostosas que tem um caso. Se tiver algo que eu quero mais do que estar no meio dessas duas, eu sinceramente não sei o que é. E se vocês acham que o fato d’eu estar com Lisa, que é a melhor amiga delas, me impede de dar em cima das duas, estão enganados.

– O casal mais bonito da festa está magnífico hoje. – Pisquei para elas e Jennie agradeceu num murmúrio. – Saibam que se precisarem de qualquer coisa, nem que seja ajuda pra trocar uma lâmpada no quarto de vocês, eu estou aqui.

Todos obviamente riram, inclusive Lisa – pude sentir o movimento de seu tórax já que segurava sua cintura – e os olhos de Channie brilhavam de orgulho de seu prodígio. Oh, que sempre mantinha a expressão fechada, deu um sorriso de canto. Ele dizia que ficava incomodado quando eu era tão cara de pau ou inconveniente e que por mais que fizesse o que fosse, Lalisa parecia inconfortável com isso também. Dei de ombros, ninguém paga minhas contas e duvido que tenham dinheiro para fazê-lo.

A festa passou regada a músicas e bajulações, basicamente. Mas isso não significa que não estava sendo excelente, pois estava. Poucas eram as casas que eu considerava tão belas e boas quanto a minha e essa era uma delas, talvez por algum fetiche por madeira da minha dona de casa interior ou algo assim. Parecia uma daquelas casas de campo, no meio da floresta, geralmente encontradas em filmes de terror. Antigas, porém conservadas, sabe? A lareira inclusive estava acesa e algumas pessoas se aconchegaram ao redor da mesma, inclusive eu e Lisa em certo momento. Não estive a festa toda ao seu lado – por mais que eu achasse que quisesse, a mesma não deixou explícito. Houve os perdidos, – principalmente um chamado Seolhyun – mas nada que me tirasse do meu eixo.

Eram três ou quatro da manhã, aproximadamente, quando convidei minha hostess para um quarto localizado no andar superior, reservado apenas para nós. Havia uma quantidade talvez... Um pouquinho grande, de álcool em minhas veias, então enxergar corretamente os degraus não foi tão fácil assim. Whatever, o que importa é que cheguei aqui em cima e agora encontrávamos recostados na parede de frente à suíte, que por sua vez é ao lado da cama.

Lalisa parecia tensa ou nervosa, apreensiva pelo fato d’eu estar bêbado. Sorri e mexi nos meus fios ruivos já bagunçados pela dança e banhados em suor. Claro que, sendo quem eu sou, já me encontrava sem camisa – e nem sabia onde ela estava. Pus-me de frente à loira e dei outro sorriso, observando-a franzir a sobrancelha.

– O que foi? – Questionou, movimentando a mão esquerda.

– Você parece tensa, Lalisa.

Dei um passo à frente, grande o suficiente para recostar meu corpo no dela. Com o braço direito, tampei a possível saída e ergui seu queixo com a outra mão, fazendo-a olhar pra mim.

– Está com medo?

– Não. – Respondeu em murmúrios.

Sabia que estava mentindo. Dei novamente um sorriso esbranquiçado e fingi que tinha crido em sua palavra, mordiscando meu lábio inferior com as ideias malignas que vinham à mente.

– Então você não vai se importar se eu fizer isso...

Seus olhos grandes me encararam com apreensão e eu lhe mostrei meus dentes, movendo meus lábios para a curva de seu pescoço, onde beijei com calma e senti-a se arrepiar. Com a mão esquerda, removi todos os resquícios de cabelo que havia ali e me aproveitei para puxar de leve, aumentando a intensidade dos beijos e inclusive mordiscando o local após deixar um chupão.

– O-Oppa... – Senti suas mãos espalmarem em meu peitoral

– Fiz algo de errado? – Parei imediatamente e a mesma tirou um tempo para refletir, negando com a cabeça. Peguei uma de suas mãos e beijei a palma. – Tudo bem estar nervosa, é normal.

Recebi um sorriso de resposta e em seguida fui puxado para um beijo, que recebi voluptuosamente. Movi minhas mãos à sua cintura e lhe dei impulso para que se prendesse ao meu quadril, apertando com força as coxas grossas que estavam em minhas mãos.

 

Nem preciso dizer que essa noite gastei muita energia. E que, como consequência, acordei extremamente atrasado com o sol a entrar pelas janelas da casa de Rosé enquanto abraçava Lalisa e cheirava à lavanda.

 

Foi necessário respirar fundo até que pudesse refazer na minha cabeça uma listinha de tarefas, até que o desespero foi mais forte e eu olhei logo para o relógio de cabeceira, percebendo que estava mais do que atrasado. Claro que eu me lembrei do trabalho que pedi para Namjoon fazer e que eu deveria chegar em... Vinte minutos? Gemi em frustração e em birra chacoalhei meu corpo na cama de solteiro, empurrando-me para baixo para que não a acordasse, acho que será melhor assim porque aí evita toda a baboseira sentimental que geralmente acontece. Assim que consegui pôr os pés no chão, comecei a correr e dei um sorriso aliviado por achar o dinheiro que serviria para a passagem no chão que estava pra lá de grudento. Peguei minha camiseta social e minha bermuda, encaixando de forma meio torta as peças amarrotadas e, claro, correndo como se a minha vida dependesse disso.

Ao chegar ao colégio, a única alma viva que avistei em todo o corredor foi Yoongi e isso era um péssimo sinal. Ele é o presidente do conselho estudantil e às vezes, para se mostrar “prestativo” – já eu acho que é por pontualidade –, fecha os portões do colégio. Fui a última pessoa a entrar e a reação que obtive dele não foi lá uma das melhores: fez uma careta, o que me levou a crer que provavelmente estava horrível ou extremamente bagunçado... Ou os dois? Neguei com a cabeça, era melhor isso não estar acontecendo. O segurei pelo pulso para que não entrasse na sala antes de falar comigo:

– Viu Namjoon? – Eram da mesma sala, eu acho. Yoongi é aquela pessoa que se não fosse representante, não saberíamos que existe.

– Na verdade sim. Ele passou por aqui mais cedo procurando por você e depois não o vi mais.

Min puxou seu braço de volta e eu o soltei, o vendo entrar na sala embora não me encontrasse satisfeito. Dei alguns passos para frente e percebi que o meu velho amigo não estava ali e comecei a ter esperanças falsas de que poderia pertencer à outra classe. Meus planos foram por água abaixo quando uma mão masculina tocou meu ombro e me chamou para entrar na sala. É, o professor. Estava pra lá de fodido.

Passei a aula toda na última cadeira, recostado na parede com meu cérebro fritando de tanto ouvir Sehun ponderar preocupado por mim e Chanyeol gargalhar feito hiena. Juro que já tinha pedido a Deus para que ele explodisse minha cabeça, porém não chegou a acontecer. Não conseguia parar de mexer minhas pernas e estalar meus dedos, o que era um péssimo sinal porque meu stress está ultrapassando os limites saudáveis e provavelmente irei acabar fazendo alguma merda.

– Jimin, devo perguntar o porquê não fez seu trabalho?

E todo mundo olhou para mim. Em momentos normais eu apreciaria isso, mas agora minha vontade era de deteriorar os ossos de todos eles, um por um.

– Bem, professor, na verdade eu fiz, mas...

Tentei enrolá-lo, não sei exatamente o motivo. Observava meus próprios dedos porque não conseguia sequer receber aquele olhar glacial que com certeza já havia me julgado há séculos.

– Nós fizemos juntos. Só que eu me esqueci de colocar o seu nome. – Falou Jungkook e a mistura de risadinhas e homofobia começou a pairar pela sala, logo Chanyeol já perguntou algo sobre eu ser um viadinho, mas eu estava ocupando demais congelando de nervoso para isso.

 – É verdade, Jimin?

Ele perguntou, parecendo considerar e não pude evitar senão concordar.

– S-Sim, professor.

– Então tudo bem, está com 10 neste trimestre.

Em condições usuais, estaria feliz por ter “tirado” uma nota totalmente impossível para a minha capacidade mental, contudo a única coisa que eu conseguia pensar agora era: por quê?

O outro Park e também outro ruivo cutucou meu ombro e murmurou próximo ao meu ouvido para ter garantia de que eu escutei:

– Fodeu ele por esse trabalho, Jiminie?

Ah, como já disse estava estressado e esse orelhudo de três metros de altura e cérebro nenhum me dava nos nervos. O puxei pela gola da camisa e sussurrei encarando-o, sem sequer piscar os olhos:

– Quer que eu foda você também, seu filho da puta?

E o larguei, rumando para fora da sala onde Jeon já se encontrava. Em passos furiosos e rápidos, consegui alcançá-lo no corredor e segurei seu antebraço, fazendo com que se virasse para mim:

– Por que você fez isso? – Meu sangue estava quente demais e acabei gritando, o que não foi nada bom porque algumas pessoas já olhavam.

Seus olhos escuros foram de direto encontro aos meus e ele transparecia uma calma que me fazia ficar ainda mais irritado. Soquei o armário atrás dele e nada mudou. Respirei fundo e gritei de novo:

– O que você quer, Jungkook? – E quando percebi que estava sério demais, ao ponto de até as meninas ficarem boquiabertas ao invés de estarem tirando fotos ou sabe-se lá o quê, me afastei em alguns passos. – É um interesse ou algo assim, da sua parte? – Sorri, afastando meus cabelos da testa.

– Dinheiro. – A única palavra que ele disse foi essa, com suas mãos no bolso da típica jaqueta de couro que sempre usava. – Quero... 34.000 won. (aproximadamente cem reais), acho que isso vale sua aprovação em matemática, já que você não conseguiria fazer melhor.

Engoli seco, pois ele estava certo e por algum motivo que eu não sei, não conseguia tratá-lo mal. Afastei-me de novo, acabando praticamente na parede oposta e dando de ombros:

– Ok, já que é isso o que você quer, te dou o dobro.

Estava aliviado, de certa forma; mesmo que devido ao meu stress tudo tenha se tornado uma peça teatral para quem estivesse em volta. Queria poder dizer que estava pouco me fodendo, entretanto não estava. Algo como... Raiva ainda permanecia em mim. Estava aborrecido por Jungkook ter feito aquilo e não pude fazer uma cena verdadeira ou maior porque... Alguma coisa dentro de mim não permitia. Eu estava com medo de machucá-lo.

E isso quer dizer, Park Jimin, que você foi longe demais.


Notas Finais


that's it (ノ´ヮ`)ノ*: ・゚
eu e minhas vontades random de atualizar mesmo que isso vá me ferrar depois


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