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História 5 Dias a Bordo (Vondy) - Cap. 7 - Maldição hereditária - História escrita por ELITERBD - Spirit Fanfics e Histórias
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História 5 Dias a Bordo (Vondy) - Cap. 7 - Maldição hereditária


Escrita por: ELITERBD

Notas do Autor


Mídia do capítulo: 🎶 Lady Antebellum - Need you now 🎶

Capítulo 8 - Cap. 7 - Maldição hereditária


DULCE MARÍA

Não consegui ter uma boa noite de sono. Considerando tudo o que rolou entre mim e Christopher no jantar de ontem, isso era de se esperar. Acordei várias vezes durante a madrugada. O meu medo do barco ser sugado por um redemoinho no Triângulo das Bermudas nem se compara ao medo de ter que enfrentar o passado novamente. Christopher teve a ousadia de me beijar, ignorando completamente todos os anos em que me machucou, me ofendeu e destruiu o meu coração. Ele pensou que um simples beijo apagaria tudo, como se fosse um passe de mágica? 

Fiquei intrigada com o seu pedido pra se explicar. O que poderia justificar a maneira hostil como passei a ser tratada ao longo dos anos pelo meu melhor amigo de infância? Christopher fez questão de nos transformar em inimigos. E eu me odeio por ter me apaixonado por ele. Odeio ter que admitir que ainda existe um resquício de sentimento ardendo aqui dentro do meu peito. O nosso reencontro foi como uma faísca reacendendo uma chama já apagada há mais de uma década. Eu me odeio por não conseguir odiá-lo da maneira que eu gostaria. Uckermann está mudado, mas mesmo assim a mágoa permanece acesa em mim. 

Odeio encarar o fato de que essa atual personalidade dele dificulta um pouco as coisas. Eu gostaria de poder odiá-lo com mais força. Por que ele tem que ser legal? Levando em conta que me apaixonei pela sua versão babaca, tenho certeza que é ainda mais fácil me encantar pela sua nova versão. Eu sou uma idiota! Como pude me apaixonar pelo garoto que mais me machucou? É revoltante não termos controle do nosso próprio coração. 

Acho que já passava das 5 horas da manhã quando senti sede. Tive que sair do quarto pra pegar um copo de água e vi Christopher deitado no sofá. Fiz o mínimo de barulho possível para não acordá-lo. Embora o sofá pareça confortável, creio que não seja tanto quanto a cama. Os pés de Christopher ficaram um pouco de fora, pois ele é maior que o móvel onde estava repousando. Nós sequer discutimos pra disputar a posse da cama. Nos livros que a minha mãe escreve, isso daria um bom conflito de romance clichê. O homem simplesmente cedeu o conforto da cama pra mim, como um perfeito cavalheiro. 

― Dulce, aquele menino era o seu melhor amiguinho quando morávamos em São Petersburgo. Christopher. Se lembra dele? {A voz da minha mãe me vem à cabeça. Me recordo do dia da reunião de pais no colégio} 

― Ãm... Acho que sim. Será que é ele mesmo? {Fiquei na dúvida. Eu não tenho muitas lembranças com Christopher na infância, mas me lembro dos momentos mais marcantes e vagamente de outros}

― Claro que é! Aquela ali é Alexandra, a mãe dele. {Apontou} ― Esse mundo é tão pequeno! Fale com ele, querida. Pergunte se ele também se lembra de você. {Ela riu e ficou chocada pela enorme coincidência de termos ido parar na mesma cidade e escola}

― Outro dia eu falo, mãe. Talvez ele nem se lembre de mim. {Foi aí que eu me iludi primeiro. Pensando que poderíamos voltar a antiga amizade}

[●●●]

― Eu acho que ela usou uma bomba de encher pneu de bicicleta. Por isso eles ficaram grandes. {Um dos amigos de Christopher zombou do tamanho dos meus seios, assim que viu que ele estava me desenhando} 

― Eu acho que ela teve cachumba e aí desceu. {Christopher sussurrou, mas eu pude escutá-lo perfeitamente} 

[●●●]

― Olhem só! Agora a Dulce tá com freio de égua. {Outro amigo de Christopher zombou} 

― Pelo menos ninguém vai roubar os dentes dela, porque tá usando cerca elétrica. {Foi a vez de Christopher debochar} 

[●●●]

― Ha-ha! A Dulce deixou o Uckermann pelado! {Um garoto, que estava no dia da festa na piscina, berrou e todos puderam visualizar o pênis de Christopher}

Eu abaixei a sunga até os pés, portanto, demorou até ele subir e colocá-la de volta no lugar. Isso deu tempo para qualquer um dar uma conferida nos documentos do meu colega de turma. 

― Parece uma minhoquinha. {Outro garoto continuou a inflamar as zoações} 

― Ou uma salsicha. {Todos riram do comentário de outro aluno} 

― Ele também tem hemorroida. {Complementei} ― Na semana passada eu escutei a inspetora ligando pra mãe dele pra avisar que ele estava indo embora porque estava com dores naquele lugar. {Todos riram} ― Aí a mãe dele disse pra liberá-lo por causa do problema de hemorroida. 

Desde então, Christopher foi zoado por mais alguns dias, tanto pela hemorroida quanto pelo tamanho pequeno do seu pênis. Porém, logo o ano letivo acabou e todos esqueceram desse episódio. 

[●●●]

Uma amiga minha, aliás, minha única amiga na escola comentou sobre Christopher estar quieto naquele terceiro e último ano. Ele não passou um dia sequer tirando sarro da minha cara, desde que o ano letivo começou. Ele mal conversava com os próprios amigos. Ficava isolado, apenas na companhia do seu inseparável skate, surpreendendo os professores por entregar todos os trabalhos e lições de casa dentro do prazo. As feições dele transmitiam um pouco de tristeza, sofrimento e era até digno de pena. A partir daí, a minha empatia por ele foi despertada, embora eu ainda sentisse raiva por todas as vezes que me fez chorar. 

― Posso te ajudar? {Se ofereceu, se colocando de pé ao meu lado e tomando a folha de papel das minhas mãos trêmulas}

O meu nervosismo era evidente e fiquei ainda mais nervosa quando Christopher se pôs do meu lado. Eu estava tendo dificuldade para apresentar um trabalho diante da turma.

― Christopher, o trabalho é da Dulce. É ela quem deve apresentá-lo e fazer a leitura para nós. {O professor disse. Ele era um pouco chato e rígido} 

― Mas ela está com vergonha! O senhor não pode obrigá-la a fazer algo que não quer! {Christopher exclamou em tom meio rude} 

― A aula de sociologia serve para ajudá-los a serem bons cidadãos na sociedade e também a superarem as dificuldades pessoais. Sei que a maioria de vocês tem vergonha de falar em público... {Foi interrompido} 

― Ela fez o trabalho. O senhor pode ler depois. {Christopher continuou me defendendo} 

― Infelizmente terei que tirar uns pontos da sua nota, Dulce. {O professor avisou} 

― Tire da minha também, porque não tô afim de falar muito hoje. {Ele foi até a sua mesa, pegou o seu trabalho do meio do caderno e o colocou em cima da mesa do professor} 

Esse ocorrido ficou bem gravado na minha mente. Até hoje eu não sei se Christopher realmente não estava afim de apresentar o trabalho, ou se fez aquilo só pra não me deixar sozinha, como a única da turma que se recusou a falar em público. 

[●●●]

O baile de formatura não estava ruim e confesso que eu nem queria ter ido. Pensei que alguém faria uma brincadeira de mau gosto comigo, só pra fechar aquele ciclo com "chave de ouro". Quando vi Christopher se aproximar de mim e me convidar pra dançar uma música romântica, o meu coração bateu freneticamente dentro do peito. Cada batimento era uma explosão de energia, como se ansiasse para liberar todo o amor, a alegria e a excitação que me preenchiam. 

Minha cintura foi envolvida pelos braços de Christopher e os meus ficaram ao redor do seu pescoço. Ele manteve o olhar fixo no meu, às vezes parecendo que queria dizer alguma coisa que estava presa em sua garganta. A cada movimento sincronizado e lento que nossos corpos faziam, era um vendaval de emoções que sacudia as fibras do meu ser. Por outro lado, o meu coração dançava uma dança frenética no peito, um frenesi de paixão que o fazia vibrar e palpitar como se estivesse prestes a saltar para fora. A intensidade do sentimento que me dominava naquele momento era assustadora e ao mesmo tempo gostosa. 

Eu sentia que algo estava prestes a acontecer. Algo que ecoaria através das minhas veias e ecoaria na minha memória para sempre. O meu sexto sentido não falhou. Lembro-me perfeitamente, como se fosse ontem, do momento em que Christopher segurou o meu rosto com as mãos e levou a boca até a minha. Nossos lábios roçaram suavemente em um selinho que evoluiu para um beijo molhado, leve e macio. Seus lábios eram sedosos, me causaram o meu primeiro tesão através de contato físico. Foi também o meu primeiro beijo de verdade. Eu apenas tinha dado um selinho em um garoto aos doze anos, em um jogo de verdade ou desafio.

Com isso, me senti segura para abrir o meu coração.  

― Christopher, eu estou apaixonada por você. {Separei nossas bocas apenas para lhe dizer isso} 

Fiquei esperando a sua resposta, ou outro beijo como resposta. Mas o que escutei, foi a última coisa que eu queria ter escutado e sequer imaginei que ouviria naquele momento. Christopher ficou me encarando durante alguns segundos, como se estivesse formulando a frase certa pra dizer. Na minha cabeça, achei que ele quisesse ter cuidado pra não estragar o momento.

― Apaixonada por mim? Sério? {Riu} ― Eu jamais me apaixonaria por você. {Foi bem aqui que recebi o maior balde de água fria da minha vida. O meu coração se estilhaçou em mil pedaços e acho que até Christopher escutou o barulho dos caquinhos} 

― Eu... eu pensei que... {Minha voz saiu embargada e meus olhos embaçaram com a cortina de lágrimas. Fiquei completamente desnorteada com a reação negativa dele}

A primeira coisa que me passou pela cabeça é que ele tivesse feito uma aposta com os amigos. 

― Acha que eu me apaixonaria por uma garota como você? Uma garota boba e... {Ele engoliu em seco, pestanejou várias vezes e me pareceu que ele estava tendo dificuldade pra continuar me ofendendo} ― Feia. {Concluiu, desviando o olhar} 

Por uma fração de segundo, pensei que ele estava sendo obrigado a dizer aquelas coisas pra mim. No início ele riu, mas depois o seu semblante se fechou. Posso jurar que até vi ele usar a dobra do dedo pra secar o canto dos olhos, como se tivesse deixado uma lágrima escapar. No entanto, às vezes a gente vê o que a gente quer ver, causando uma ilusão em cima de outras ilusões. 

Christopher me deu as costas e voltou para o lugar onde estava sentado: em uma mesa vazia e sozinho. Aí eu pude concluir que não se tratava de uma aposta, pois se tivesse sido, ele teria se juntado aos amigos. A confusão se instaurou na minha cabeça e eu nunca entendi o que se passou naquela noite do baile. Uckermann me beijou, demonstrou que correspondia os meus sentimentos, mas de forma repentina, ele mudou completamente. Riu e depois se isolou de novo, parecendo chateado. Ele foi embora primeiro do que eu. Apesar de ter levado um fora gigantesco e doloroso, agradeci por não ter sido em público. 

[»»»]

Finalizando a minha higiene matinal, saio do banheiro e não encontro Christopher por aqui. Provavelmente ele está lá em cima fazendo qualquer coisa. Me acomodo na mesa e vejo coisas de café da manhã sobre a mesma. Acho que o meu companheiro de bordo já fez o seu desjejum. Decido usar a pasta de amendoim que não é minha. Espero que Christopher não se importe. E pensando nele, ele surge no meu campo de visão, descendo a pequena escada. 

Ucker ― Bom dia! {Me cumprimenta gentilmente, vindo em minha direção} 

Dulce ― Bom dia! {Cumprimento-o da mesma forma} 

U ― Dormiu bem? Ou teve pesadelos por causa do medo de sermos sugados por um redemoinho? {Senta do meu lado, dando um leve sorriso, creio que seja para quebrar o gelo que se formou entre nós na noite passada} 

D ― Tive um pouco de insônia sim, mas não por causa do Triângulo das Bermudas. {Digo e dou uma mordida no pão} 

U ― Gostosa, né? 

D ― O-o q-que? {Arregalo os olhos} 

U ― A pasta de amendoim. {Pega o pote e chacoalha} ― É uma marca nova e comprei para experimentar. 

D ― Ah, é. {Sorrio sem graça} ― Peguei porque imaginei que você não fosse se importar. 

U ― De jeito nenhum, Dulce! Pode comer o que quiser. Gosta de uvas? 

D ― Uhum. {Murmuro de boca cheia} 

U ― Tá ali na geladeira. Fique à vontade. 

D ― Fala sério! {Solto um suspiro e Christopher arqueia as sobrancelhas} ― Você está se fazendo de simpático, ou realmente se transformou em um? Sem ofender, é uma pergunta séria. 

U ― Dulce, sem querer ofender também, mas eu não preciso provar nada pra você. Não estou querendo te impressionar. {Ele mantém o tom calmo} ― Eu nem imaginava que iria te reencontrar e muito menos que o seu noivo tinha falecido. Tudo o que sei sobre você eu vi no seu perfil da rede social. Tem apenas duas fotos lá e não dá pra descobrir muita coisa com isso. 

Faço menção de responder, mas ele me corta.

U ― Se a minha companhia está sendo desagradável, nós podemos voltar. Aliás, eu posso ir e você fica. {Um gosto amargo me vem na boca e engulo a saliva com dificuldade} ― Sei exatamente o que aconteceu no nosso passado e não estou querendo passar por cima disso. Eu só... {Aperta a mandíbula e desvia o olhar} ― Tenho vergonha. Vergonha do que fiz e ódio de mim mesmo por ter te perdido. 

D ― Me perder? Como se perde algo que nunca chegou a ser seu? {Murmuro quase inaudível} 

U ― Se você quiser me escutar, posso te contar o que aconteceu no baile. Por que agi daquela forma escrota e ridícula com você. 

D ― Nada justifica. {Mordo minha bochecha do lado de dentro, lutando contra as lágrimas que insistem em se formar} 

U ― Sei que não. Mas quero que ao menos você entenda e saiba o que eu senti naquela noite. 

D ― Tudo bem. {Dou uma leve balançada com a cabeça em afirmação} 

U ― Meu pai não agredia apenas a minha mãe. {Franzo a testa e entendo o que ele quer dizer} ― Nada justifica também uma pessoa virar um monstro. Mas às vezes o oprimido acaba se igualando ao opressor. Cresci em um lar com violência. Minha mãe apanhando sem motivo algum e meu pai me agredindo só pra ferir ela ainda mais. 

D ― Sinto muito. {Sussurro} 

U ― É horrível. Você não ter a capacidade de se defender e nem de defender a pessoa que você ama. Quando o pesadelo acabou, eu achei que ficaria traumatizado, mas a minha maneira de lidar com o trauma foi diferente. Eu não fiquei só na defensiva. Eu agredia, antes que pudesse ser agredido, pra evitar passar pelo mesmo pesadelo de novo.

D ― Eu nunca fiz nada pra você. {Murmuro com voz embargada} 

U ― Eu sei, eu sei. {Aperta os olhos marejados, segura o meu rosto e encosta a testa na minha} ― Reconheço que eu errei com você. Fui um completo imbecil. Você não merecia. Não tem um só dia que eu não me arrependa e me odeie por isso. {Acaricia o meu rosto} 

D ― Por que você me beijou? {Me rendo ao choro} ― Foi só pra se divertir uma última vez? 

Christopher também se deixa dominar pelo pranto, negando com a cabeça enquanto passa a mão pelo rosto e cabelos. 

U ― Eu agredi os meus dois amigos no colégio. Por um motivo tão estúpido que nem me lembro. 

D ― O que isso tudo tem a ver..? {Ele não me deixa concluir} 

U ― Tive medo de fazer o mesmo com você! {Exclama exaltado} ― Eu não entendia que estava apaixonado. Eu respondia a isso fazendo piadinhas idiotas com você. Sim, adolescentes são burros e não sabem lidar com os próprios sentimentos. 

D ― Mas você... {Sou interrompida de novo} 

U ― Agredi os meus amigos por conta de uma idiotice. Por isso achei melhor me afastar de todas as pessoas, pra não correr o risco de feri-las como fiz com eles. Principalmente você

Minha garganta se fecha e fico com dificuldade de respirar devido ao choro intenso. 

U ― Eu já tinha aceitado que ia me tornar um monte de merda igualzinho ao meu pai. Um agressor sem escrúpulos. Como uma maldição hereditária. Quando te beijei no baile, cedi aos meus mais profundos desejos, mas logo me dei conta do que estava fazendo. Nunca senti tanto medo na minha vida. {Sua voz falha} ― Eu nunca... nunca ia me perdoar se te machucasse. {Acaricia minha bochecham com o polegar} ― E eu sei exatamente que palavras não doem tanto quanto uma agressão física, porque vivi isso na pele. Um coração partido é mais fácil de superar do que a violência. A violência deixa marcas e feridas mais difíceis de serem curadas. É um trauma mais difícil de superar. 

D ― Então, você... 

U ― Sempre te amei, Dulce. {Segura o meu rosto com as mãos e me olha fixamente nos olhos} ― Sabia que te amava porque nunca senti tanto medo de machucar alguém. Amei tanto, que preferi partir o seu coração do que correr o risco de te agredir fisicamente. Eu jamais iria me perdoar e sei que você também não perdoaria, porque eu não perdoei o meu pai. A última coisa que eu suportaria seria agir como um monstro com você e nunca conseguir o seu perdão.  

A luz do conhecimento ilumina o meu rosto como um raio de sol rompendo as nuvens escuras. Absorvo a revelação como uma esponja sedenta em busca de água. O peso de tudo o que acabei de escutar se acomoda em meus ombros. As peças do quebra-cabeça se encaixam perfeitamente em minha mente. Um arrepio percorre minha espinha. Tenho a sensação de uma venda sendo tirada dos meus olhos.

Nesse momento, o mundo ao meu redor parece desfocado e distante, enquanto mergulho na profundidade dos sentimentos que Christopher expõe para mim. É como se uma porta secreta tivesse se aberto diante de mim, revelando um novo caminho que nunca imaginei que existisse. 

 


Notas Finais


• No próximo capítulo as coisas vão começar a ficar mais leves 🤧❤️ eles também vão terminar essa conversa

• Faltam só 2 capítulos para o final do conto, mas teremos um bônus 😍


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