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História 50 Shades Of Larry - Capítulo - Dois - História escrita por Natsume_Yuuko - Spirit Fanfics e Histórias
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História 50 Shades Of Larry - Capítulo - Dois


Escrita por: Natsume_Yuuko

Notas do Autor


oeoeoe, eu ia postar esse capítulo só sábado, mas daí a minha mãe avisou que sábado (dia 21) é meu aniversário (sim, eu tinha esquecido :v )

Enfim, talvez tenha alguns erros, estou com sono demais para corrigir, ignorem se tiver alguma palavra no feminino, estou lendo o livro e escrevendo, então né. XD


Boa leitura :3

Capítulo 2 - Capítulo - Dois


O elevador se fecha e logo eu já estava descendo no terro novamente, passo pela primeira moça loira e entrego meu crachá para ela, na verdade, eu só o largo em cima do balcão. Por alguma razão minhas mãos estão tremendo, mas eu não entendo isso.

Qual é a desse cara? Só porque ele é bonito, rico, poderoso, jovem e... Porra, ele é muita coisa. Acho que ele pode ser tão convencido, afinal de contas, ele deixa qualquer pessoa hipnotizada. Mas eu me saí bem, não quero que ele pense que sou um dos seus bonequinhos que vai fazer tudo o que ele desejar sempre.

Saio do prédio e olho para a chuva refrescante que cai, suspirando longamente. Não posso negar que ele é atraente. Sinto minhas roupas ficam molhadas aos poucos, olho para cima, encarando por alguns momentos o ultimo andar, talvez eu deva subir lá novamente...

Não. Eu não devo. Não tenho motivos.

Vou até meu carro, ignorando a ajuda do motorista que ficava ali. Abro as portas e sento no banco, ligo o carro e parto em direção à minha casa.

Quando chego aos limites de Seattle percebo que eu poderia ter sido melhor naquela entrevista, sinto um pouco de vergonha cada vez que me lembro de quando eu entrei e ele estendeu a mão para mim, ou quando ele passou seu indicador pelos lábios, quando arrumou os cabelos... Tudo bem que ele é um completo babaca, arrogante, parece ser frio e tem uma incrível vontade de querer dominar tudo e todos, mas...

Céus, eu sou muito imbecil. Qual expressão estava em meu rosto enquanto eu o encarava?

 Se aquele maldito Zayn tivesse me dito um pouco sobre esse cara eu teria ido preparado para a entrevista ao invés de chegar lá e me surpreender com aquele homem. Homem? Ele é um pirralho ainda. Muito bem sucedido, mas não deixa de ser mais novo do que eu. Aliás, eu deveria ter perguntado sua idade.

Eu ainda estou surpreso pelo empenho dele em triunfar, parece até que tem o dobro de sua idade!

Olho para o velocímetro e percebo que estou dirigindo devagar demais, talvez seja por estar pensando muito nele...

- Eu estou dirigindo com cuidado, senhor Styles... – Falo sozinho dentro do carro, totalmente irônico. Eu não consigo parar de pensar naqueles olhos verdes tão determinados, na voz séria me dizendo para ter cuidado...

Tento afastar essas besteiras da minha mente e ligo o MP3 do carro, relaxando mais no banco enquanto ouço o rock me fazendo companhia. Acelero mais, quero chegar em casa logo e poder me livrar dessa maldita entrevista. É bom saber que nunca mais vou precisar ver aquele otário na minha frente.

Estou dirigindo mais rápido em direção à pequena comunidade de apartamentos dúplex em Vancouver. Eu tenho sorte dos pais do Zayn terem comprado aquele lugar, porque já faz uns quatro anos que eu pago o aluguel com amendoins, acho que ele gostar tanto daquele negócio é sorte minha também.

Finalmente chego em casa, estaciono o carro, desligo o som e pego minhas coisas, indo direto para o nosso apartamento. Durante o curto caminho eu me lembro de que vou ter que contar tudo sobre a entrevista, ele definitivamente não vai me deixar em paz enquanto não souber o que aconteceu, ainda bem que eu tenho o gravador. Abro a porta e vejo Zayn sentado em nossa sala de estar, cercado por livros.

Ele certamente está estudando para as provas finais, mesmo que ainda esteja usando seu pijama favorito com um S de Superman.

- Louis! Você voltou! – Ele se levanta do sofá e vem na minha direção, fica ao meu lado e passa um dos braços sobre meus ombros. – Eu já estava ficando preocupado, pensei que voltaria mais cedo.

- Era óbvio que eu ia demorar, mas em compensação trouxe o material pra você. – Pego o gravador na mochila que está pendurada no meu antebraço e entrego para ele.

- Valeu por isso! Mas e aí, como foi? Como ele era? – Oh droga, vamos começar. Agora sim estarei sendo entrevistado por Zayn Malik. O que vou dizer para ele?

- Ele é um babaca! Aquele filho da mãe fica se achando e tentando dar uma de todo poderoso. Ainda bem que não vou mais precisar aquele... Aquele garoto! – Zayn me olhou como se fosse inocente naquela história toda, então eu olhei seriamente para ele. – Não se faça de inocente! Por que não me deu a biografia dele? Ele deve ter pensado que sou um idiota por fazer só aquelas perguntas. – O vejo colocando a mão em sua boca, mas é certo que ele está rindo por dentro.

- Oh droga! Eu não pensei nisso antes. Foi mal! – Estou morrendo de vontade de dar uns tapas nesse imbecil, mas estou tão cansado que apenas bufo.

- Pelo menos ele foi cortes e formal na maior parte do tempo, até um pouco sufocante. Ele parece ser mais novo que eu, mas sua personalidade parece ser de um velho... Quantos anos ele tem afinal?

- Vinte e quatro. Louis, desculpa, sério mesmo. Eu deveria ter dito pelo menos a idade dele, mas eu estava em pânico. Vou começar a ouvir a entrevista e escrever ela.

- Você parece melhor, descansou e se alimentou? – Espero que com isso ele mude de assunto, não quero continuar falando naquele cara.

- Sim, estou melhor. – Ele sorriu pra mim e se afastou, segurando o gravador enquanto caminhava para o sofá novamente. Então eu olho para meu relógio, ainda bem que não está tão tarde e ainda posso trabalhar.

- Eu preciso correr, ainda posso fazer meu turno na Clayton.

- Louis, você não está exausto?

- Eu vou ficar bem. Até logo. – Eu trabalho na Clayton desde que eu comecei na universidade, é a maior loja de ferragens de Portland, e durante os quatro anos que trabalho aqui eu acabei conhecendo um pouco do que vendemos. Mesmo que eu não seja muito bom nisso.

Saiu de casa e pego meu carro, indo para a loja trabalhar. Chego em pouco tempo, já que é bem perto. Estaciono e entro na loja, olhando para a senhora Clayton que parece contente por me ver ali.

- Louis! Eu pensei que você não fosse vir hoje.

- Meu compromisso não durou muito tempo, consegui terminar em algumas horas. – Respondo de forma gentil, porque é assim que ela me trata. Ainda bem que tenho bons patrões.

- Estou contente por ver você. – Parece que o trabalho não atrasou muito, então ela me manda para o depósito para que eu comece a reabastecer as prateleiras, pelo menos assim eu posso manter minha mente ocupada.

As horas parecem passar mais rápidas enquanto eu trabalho, o que é bom, porque quando vejo já está na hora de voltar para casa novamente. Despeço-me da senhora Clayton e vou para meu carro, seguindo para casa logo em seguida.

Quando eu chego em casa o Zayn está com os fones no ouvido trabalhando em seu laptop. Seu nariz ainda parece um pouco rosado, mas ele está tão envolvido e concentrado no que faz, digitando furiosamente.

Eu estou exausto, a viagem drenou minha energia, sem contar que a entrevista me cansou, ainda fiquei de pé o tempo todo na loja. Vou até o sofá e sento ali mesmo, me afundando no estofado macio e confortável. Droga, eu ainda nem estudei e muito menos terminei minha redação, tudo isso por causa dele...

- Tem um bom material aqui, Louis. Você fez um ótimo trabalho. Por que não aproveitou a oferta e deixou que ele te mostrasse o lugar? Ele queria ficar mais tempo com você. – Ele me olha rindo, então eu pego uma almofada e jogo nele. Isso é constrangedor!

Aquele imbecil certamente queria me mostrar tudo o que ele havia adquirido em tão pouco tempo de vida! Percebo que estou mordendo o lábio quando sinto um pouco de dor, talvez eu esteja estressado demais, espero que o Zayn não perceba isso, mesmo que ele pareça tão absorvido no que faz.

- Ele foi bem formal. Tem alguma anotação? – Ele pergunta enquanto me olha e logo depois se foca novamente na tela do aparelho.

- Hmm... Eu deveria ter feito?

- Não, está tudo bem. Posso fazer um bom artigo com isso. Pena que não temos fotos dele. É bonito aquele desgraçado, né?

- Tanto faz se é bonito ou não. -- Me recuso a admitir que Harry seja bonito pra caralho, porque ele é, com certeza é. Mas ainda assim é um imbecil, outro imbecil é o Zayn que fica perguntando essas porcarias.

- Admite logo, Tomlinson. Você achou o cara bonito. – Ele fala rindo de novo, me olhando de forma sugestiva. Não preciso esconder nada dele, é o meu melhor amigo. O problema é que eu não quero dizer que o Styles é bonito.

- Acho que você teria conseguido mais dele. Ouvi dizer que babacas sempre se dão bem.

- Eu duvido. Ele praticamente te ofereceu um emprego, mesmo depois que você perguntou s ele tinha esposa, aliás, por que trocou a pergunta? Eu queria saber se ele era gay! – Reviro os olhos ao o ouvir dizendo aquilo, me levantando e indo para a cozinha.

- Ele podia pensar que eu estava afim dele!

- Ah, então você pensou nisso? – Esse maldito sabe ler pensamentos? E daí que eu pensei nele? Não era nada agradável o que eu pensava.

- Não! Ele é mandão, controlador, arrogante, quase assustador! O pouco do carisma dele some no meio de tantos defeitos. Agora entendo porque você é fascinado nele. – Espero que ele desista desse assunto, estou sendo sincero nas minhas respostas, mas sinto que cada vez mais ele quer saber de outras coisas.

- Eu não sou fascinado por ele, mas... Acho que você está...

Apenas olho para ele de maneira séria e começo a juntar ingredientes para fazer meu sanduíche. – Você deveria calar essa boca e fazer o meu sanduíche. – Falo rindo um pouco, tentando esconder a expressão de confusão no meu rosto. Eu não estou fascinado por aquele babaca, com certeza não. Só que ele tem olhos bonitos... Os cabelos caem perfeitamente sobre seu lindo rosto, ele é alto, enfim... Tanto faz. – Por que você queria saber se ele é gay? Acho que ele percebeu que eu mudei a pergunta, mas mesmo assim não gostou...

- É que ele nunca aparece acompanhado em revistas, jornais ou em qualquer outro lugar usado pela mídia. Por isso achei estranho...

Ótimo, ele fala isso como se fosse a coisa mais natural do mundo, olho incrédulo pra ele, quase bufando novamente.

- Aquilo foi ridículo. Tudo aquilo foi ridículo.

- Oh Louis, não pode ter sido tão ruim. Ele parece ter ficado interessado no pequeno rapaz de olhos azuis e indefeso. – Olho para o Malik, que se levanta de onde estava e vem para a cozinha. Como ele consegue ser tão idiota?! Acho que é pior que o Styles.

- Vai se foder. Quer um sanduiche ou não? – Apenas o vejo concordar e então começo a preparar o dele também. Logo eu termino de preparar o lanche, nos sentamos à mesa e começamos a comer.

Por sorte não falamos mais naquele assunto, até porque ele estava completamente concentrado naquele tal artigo. Depois que comemos eu começo a trabalhar na minha redação sobre Tess de D’Ubervilles. Droga, essa mulher estava no lugar errado, na hora errada e no século errado. Quando eu finalmente termino já é meia-noite, o Malik já tinha ido para a cama, então resolvo ir para meu quarto também. 

Tomo um banho rápido e troco de roupa, colocando uma mais confortável para dormir e deito na minha cama de ferro branco, me enrolando na colcha que ganhei da minha mãe. Meu corpo está tão cansado, não acredito que fiz tantas coisas em uma segunda-feira. Aos poucos meus olhos se pesam e eu durmo, finalmente relaxando.

Pelo menos foi o que eu pensei. Por alguma razão meu sono foi repleto de sonhos com olhos verdes, lugares frios, pisos brancos e uma voz sexy falando comigo. Mesmo que eu não faça ideia do que isso possa significar.

Nos outros dias eu consigo me dedicar tranquilamente aos meus estudos e meu trabalho na Clayton. O Zayn também ficou bastante ocupado durante esse tempo, compilando sua ultima edição na revista estudantil antes de ter que passar o cargo de editor para outra pessoa, mas mesmo assim ele consegue estudar para as provas finais.

Quarta-feira ele já parece estar bem melhor da gripe, eu já não preciso mais aguentar seus pijamas de super-herói. Resolvi ligar par aminha mãe que mora na Geórgia, eu só queria saber se ela estava bem, mas então ela começa a me contar que está fazendo vela. A ligação dura alguns minutos, minha mãe também conta que na próxima semana vai partir em uma nova aventura, não posso deixar de ficar preocupado com isso. No final ela me deseja sorte, espero que o Mark esteja cuidando bem dela enquanto eu não estou lá, esse terceiro marido dela é tão legal quanto os outros dois.

- Como você está, Louis?  Aconteceu algo de novo? – Eu pensei que ela não ia perguntar isso, já estava até preparado para desligar, mas não estava preparado para responder.

- Eu estou bem... – Respondo após pensar um pouco no que dizer. Não tinha acontecido nada novo na minha vida, tudo o que eu fiz de diferente foi entrevistar o poderoso Harry Styles.

- Você encontrou alguém, meu filho? – Parece que ela percebeu alguma coisa, mas eu não entendo o sentido dessa pergunta, então apenas dou risada.

- Mãe, quando eu encontrar você será a primeira a saber. – ela aceita aquela resposta e logo trocamos de assunto, ficando mais algum tempo conversando com ela pelo celular. Quando desligamos, eu volto aos meus afazeres.

Na sexta à noite eu e o Zayn resolvemos descansar um pouco de todos os estudos, trabalhos, revistas e tudo mais quando ouvimos a campainha tocar. Eu abro a porta e vejo nosso amigo Niall parado ali.

- Niall! Como está? – Sorriu para ele e lhe dou um rápido abraço, convidando-o para entrar. Ele foi a primeira pessoa que eu encontrei na universidade, parecia tão perdido quanto eu naquele lugar tão grande. Depois disso nos tornamos amigos, até descobrimos que o pai dele e o meu segundo padrasto estiveram juntos na mesma unidade do exercito quando eram mais novos. Niall estuda engenharia e é o primeiro de sua família a para a faculdade. Ele é inteligente e apaixonado por fotografias, ele manda muito bem nisso.

- Eu tenho novidades pra vocês! – Ele disse com um grande sorriso nos lábios, seus olhos claros brilhando.

- Vai ser suspenso de novo? – Questiono brincando, convidando ele para sentar com nós.

- Não! A galeria Portland Place vai exibir minhas fotografias no próximo mês!

- Parabéns, isso é incrível! – Dou dois tapas leves nas costas dele, cumprimentando-o por ter conseguido algo tão legal. O Zayn também parece bem feliz por ele.

- É isso aí, cara! Eu deveria colocar isso no jornal, nada como mudanças editorias nos últimos minutos de uma sexta-feira. – Olhei para o Malik e ele estava sorrindo, com certeza ele é doido por querer mudar o jornal na ultima hora.

- Vamos comemorar! Eu quero que você venha para a minha abertura. – Não entendo porque o Niall fala isso olhando para mim, mas confesso que fico um pouco sem jeito quando ele fala assim. – Vocês dois, é claro. – Ele adiciona o Zayn ao ver que não recebeu uma resposta imediata.

Eu gosto do Horan, ele é um bom amigo, mas apenas isso. Zayn me diz às vezes que está faltando alguém na minha vida e que se eu quiser o Niall vem correndo pra mim, mas ele não me atrai. Aliás, não encontrei ninguém que realmente me atraia.

Eu já fiquei com algumas pessoas, homens e mulheres, embora os homens sempre acabassem me atraindo mais, mas não a ponto de me levar para a cama. Talvez tenha algo de errado comigo, sinto vontade de transar, mas não sinto desejo por ninguém.

Eu acho que fico tempo demais lendo e acabo me envolvendo em histórias mirabolantes. Atualmente imagino que para me levar para a cama tenha que ser alguém decidido, bem resolvido, confiante, mas também tem que ser gentil, carismático, saber tratar alguém. Por aparência eu diria que gosto de olhos verdes, cabelos não muito grandes, uma pessoa alta e... PUTA QUE PARIU! Por que eu estou pensando nisso? E por que estou descrevendo Harry?! Eu não quero foder com aquele desgraçado.

Tento afastar isso da minha mente quando vejo o Niall abrindo o champanhe. Ele é muito bonito, mas acho que finalmente está entendendo que nós somos só amigos. A rolha faz um barulho alto, ele nos serve e passamos boa parte da noite bebendo e jogando conversa fora até que ele fosse embora.

Quando o sábado chegou, eu fui para o serviço. É um dia agitado aqui na loja, o senhor e a senhora Clayton, eu e os outros empregados não paramos de trabalhar. Só temos uma trégua na hora do almoço, e a senhora Clayton me pede para verificar algumas ordens enquanto eu como minha rosquinha atrás do balcão. Fico absorto na tarefa de olhar para os pedidos e para a tela do computador, conferindo se os itens batem com o que foi vendido e o que precisaremos encomendar. Por alguma razão eu resolvo olhar para frente, juro que por alguns segundos eu penso estar tendo uma alucinação, porque não é possível que Harry Styles esteja na minha frente agora.

-Senhor Louis Tomlinson, que surpresa agradável...  – Seu olhar é firme e intenso, assim como sua voz grave.

Droga, o que ele está fazendo aqui? E que roupa é essa? Nunca pensei que eu ia ver o senhor eu tenho tudo com os cabelos bagunçados, vestindo uma calça jeans e uma camiseta branca com algumas escritas pretas que eu não quero nem ler.

- Senhor Styles... – Minha voz sai mais baixa do que eu pensava, acho que estou realmente surpreso. Eu já tinha até esquecido esse cara, o que ele veio fazer aqui? Okay, eu não tinha esquecido ele, mas isso não importa agora.

- Eu estava andando por essa área, preciso comprar algumas coisas... – Ele está se explicando para mim, é isso mesmo? – É um prazer te ver novamente, senhor Tomlinson... – Sua voz é rouca e calma, ele apoia os braços no balcão e fica me encarando, não posso negar que aqueles olhos verdes podem deixar qualquer pessoa hipnotizada. Certo, não é o momento para pensar nisso, ele é um cliente e eu preciso atendê-lo.

- Louis. Meu nome é Louis. – Não sei por que estou dizendo meu nome para ele, mas admito que não me sinto confortável com o jeito que ele me chama. – Em que posso ajuda-lo, senhor Styles?

Ele sorri novamente, qual é o problema desse babaca?! Pior é que eu tenho que tratar ele bem. É o meu trabalho, preciso e posso fazer isso.

- Eu preciso de alguns itens, mas para começar eu quero algumas braçadeiras... – Pelo seu olhar ele parece estar se divertindo com aquilo, acho que eu tenho cara de palhaço, porque ele olha pra mim e parece se divertir.

- Temos de vários tamanhos, quer ver? – Questiono sendo o mais formal possível, ainda bem que eu tinha comido minha rosca antes de ele chegar, não que eu me preocupe com isso.

- Sim, por favor. – Ele parece ter achado a ideia interessante, mas ignoro isso, talvez seja melhor pedir para outra pessoa fazer isso no meu lugar. – Pode ir na frente, Louis...

Porra, meu nome sendo dito pela voz sexy dele é algo completamente diferente, é uma pena que esse babaca seja um... Babaca.

Saiu de trás do balcão, caminhando tranquilamente para onde as braçadeiras ficam. Pelo menos estou vestindo o meu melhor jeans hoje e uma camiseta azul claro, assim não vou parecer um pobre coitado.

- Elas estão no corredor oito, junto com os elétricos. – Aponto para onde o corredor oito fica, mas vejo sua mão sendo estendia.

- Depois de você. – Quem ele pensa que eu sou? Uma mulher? Aliás, por que ele está aqui? Começo a andar na direção do corredor oito, algo dentro da minha mente está me dizendo que ele veio me ver, mas isso com certeza é impossível. Mesmo que seja possível, ele não parece ser gay, se bem que eu não estou interessado nele.

- Você está em Portland a negócios? – Questiono um pouco alto demais, maldita voz fina que não sai no tom certo, acho que preciso treinar mais em casa.

- Eu estava visitando a divisão agrícola da universidade, eu estou financiando algumas pesquisas por lá sobre rotação de colheita e ciência do solo. – Não vou contar pra ele que não entendi droga nenhuma do que ele está falando, mas ele fala essas coisas com tanta naturalidade. Com quantos anos será que ele terminou os estudos para começar a trabalhar tanto assim?

- Tudo isso para dominar o mundo ou alimentá-lo? – Questiono rindo, me lembrando do quão controlador ele é e também do desejo que tem de querer ganhar mais dinheiro do que já tem.

- É, algo assim... – Pelo menos ele reconhece isso. Olho para ele e vejo um sorriso em seus lábios rosados, deixando-o ainda mais bonito do que já é.

Finalmente chegamos onde estão as braçadeiras, ele começa a olhar para elas até que se inclina e pega um dos pacotes.

- Essas aqui servem... – Ele olha para mim e sorri, parece que está escondendo alguma coisa.

- Precisa de mais alguma coisa? – Pego o pacote de suas mãos, tentando ignorar o sorriso em seu rosto.

- Sim, tem fitas adesivas? – Será que ele está redecorando a casa ou arrumando alguma coisa quebrada?

- Está redecorando sua casa? – Questiono sem perceber, não queria me intrometer na vida dele, mas agora já foi.

- Não, eu não estou redecorando minha casa... – Ele riu novamente, será que está me achando engraçado? O que tem de engraçado numa pergunta como essa?

- Por aqui... – Começo a andar na direção do corredor de materiais para decoração, quando olho para trás ele está me seguindo e... Me olhando demais! Esse cara deve ter algum problema comigo.

- Você trabalha aqui há muito tempo? – Sua voz é baixa, e ele continua me seguindo e olhando para mim. Talvez ele queira que eu me torne uma peça do seu joguinho imbecil de controlar o mundo.

- Quatro anos. – Respondo de forma firme e natural quando finalmente chegamos ao nosso objetivo. Mostro as fitas para ele, que olha atentamente para todas, escolhendo a mais larga. Ergo a mão para pegar a fita, mas ele faz o mesmo. Nossos dedos se tocam, eu olho para ele e recolho minha mão. Se ele quer pegar, então ele que pegue. O que é bom, porque ele é mais alto e eu não vou precisar me esticar para pegar.

Ele pega a fita e volta a me olhar, me entregando o rolo antes que eu o tirasse de suas mãos.

- Precisa de mais alguma coisa? – Questiono evitando olhar para ele, não quero continuar sendo observado por esses olhos verdes tão lindos...

- Algumas cordas, eu acho... – Peço para ele me acompanhar novamente, andando na direção onde as cordas ficam.

- Que tipo de corda você precisa? Nós temos com filamento sintético e natural, barbantes, fios de corda... – Começo a dizer todos os tipos de cordas que nós temos, olhando para elas enquanto falo.  Oque será que ele vai fazer com tudo isso?

- Cinco metros de cordas de filamentos naturais, por favor. – Eu espero ele responder e começo a medir os cinco metros na régua fixa que tem na parede. Após fazer isso eu pego a faca que tem no meu bolso de trás e a corto, enrolando-a logo em seguida e dando um nó para que ela não soltasse.

- Você era escoteiro? – Ele pergunta em um tom divertido, aquela boca perfeita dizendo aquelas palavras como se fossem as coisas mais sensuais que alguém poderia dizer. É, acho que eu preciso encontrar alguém logo, está na hora de iniciar minha vida sexual ao invés de ficar babando por um cara mais novo que eu.

- Sou organizado. Não gosto de atividades como essa... – Respondo tentando olhar para qualquer lugar, menos para seu rosto. Consigo ver rapidamente quando ele mexe nos cabelos castanhos que caíam sobre seu rosto, seu sorriso ainda em seus lábios.

- E do que gosta?

- Eu gosto de livros. – Não vou falar tudo o que eu gosto, ele não precisa saber sobre a minha vida. Mas ele não está sendo um imbecil hoje, então acho que não tem problemas eu trata-lo bem, só hoje.

- Que tipo de livros? – Ele inclina a cabeça para o lado, não posso negar que mesmo sendo sexy, ele consegue ser adorável.

- Ah, aqueles clássicos, principalmente literatura britânica. – Ele passa os dedos pelo queixo, não sei se está entediado pela minha resposta ou realmente se interessa pelo assunto. – Precisa de alguma outra coisa? – Questiono para mudar de assunto, não quero ficar enrolando muito aqui.

- Não sei... O que mais você me recomenda? – Ele pergunta como se eu soubesse que droga ele vai fazer com tudo isso.

- É um trabalho manual? – Ele apenas movimenta a cabeça num sinal positivo, por alguma razão tem um sorriso perverso em seus lábios, o que me deixa bem confuso com aquilo.

- Macacões? – Sugiro sem pensar direito na resposta, apenas dizendo algo aleatório e sugerindo o que estava por perto. – Assim não vai sujar sua roupa... – Ele com certeza deve ter muitas outras calças, percebo isso quando ele ri, arrumando os cabelos mais uma vez.

- Eu sempre posso lavar minhas roupas, mas vou levar alguns macacões, não quero estragar nenhuma peça de roupa. – Eu suspiro e reviro os olhos ao ouvir aquele tom de ironia quando ele respondeu aquilo. Justo agora que eu estava começando a pensar que talvez ele não fosse tão babaca quanto eu pensava.

- Precisa de mais alguma coisa? – Questiono ao pegar um macacão e entregar para ele.

- Como está indo o artigo? – Ele ignora minha pergunta e faz outra, mas pelo menos dessa vez é algo normal.

- Eu não estou fazendo isso. O escrito é o Zayn, sabe, meu colega de quarto. Ele ficou um pouco triste por não poder te entrevistar pessoalmente, também disse que seria muito melhor se tivesse uma fotografia sua. – Se aquele desgraçado do Zayn não tivesse ficado doente, eu não estaria passando por esse interrogatório agora.

- Que tipo de fotografia ele quer? – Okay, não sei como responder a isso. Nem me interesso muito pelo tipo de foto, mas é para o Malik, então não posso recusar a chance de talvez conseguir uma. Balanço a cabeça, mostrando que eu não sei que tipo de fotografia pode ser essa. – Bem, eu estou por perto, amanhã talvez... – Eu não entendo muito bem o que ele quer dizer com isso, ele fala algumas coisas que não fazem sentido.

- Você aceitaria participar de uma sessão de fotos? – O Zayn não vai acreditar quando eu contar isso pra ele, vai ficar louco se souber que vai encerrar sua carreira de editor da revista com fotos de Harry Styles! – O Malik ficaria contente se nós pudéssemos achar um fotografo para fazer isso...

Eu não entendo quando os olhos dele se abrem, parece que por um segundo ele parece perdido no assunto, até seus lábios se abrem mais. Talvez eu tenha exagerado. Mas esse garoto fica sexy até com esse olhar confuso.

-Avise-me sobre amanhã... – Ele coloca a mão no bolso de trás e retira de lá sua carteira. – Aqui está meu cartão, tem o meu numero. Me ligue antes das dez da manhã. 

- Okay, obrigado por isso. – Pego seu cartão e sorrio, é, talvez esse cara não seja tão ruim quanto eu pensei que fosse, até porque ele vai ajudar o Malik.

- Louis! – Escuto meu nome sendo chamado e olho para o final do corredor, vendo o Liam parado lá. Eu não esperava o ver agora. Ah sim, Liam é irmão mais novo do senhor Clayton, eu soube que ele estava na casa que fica em Princeton, então foi uma surpresa vê-lo agora.

- Com licença, senhor Styles. – Percebo que Harry não pareceu muito contente com isso, mas mesmo assim eu me afasto, indo encontrar com o Liam, que aperta a minha mão e logo em seguida me dá um rápido abraço.

O Payne sempre foi meu amigo, então é bom conversar com alguém normal, ainda mais após atender o tão importante Harry Styles.

- Louis, há quanto tempo! – Ele fala sorrindo, soltando um pouco o abraço, mas ainda ficando próximo.

- Sim, faz bastante tempo! Veio para o aniversário do seu irmão?

- Sim. Você está parecendo muito bem, Louis! – Ele diz enquanto me observa, se afastando mais então. Quando eu volto a olhar para o Harry, ele parece um falcão, que observa o outro predador para que ele não roube sua presa. Ele parecia mais legal antes do Liam chegar.

- Ah, eu estou atendendo agora, Liam. Acho que você deve conhecer ele. – Falo tentando ver se a expressão de Styles melhora, levando o Liam até ele. – Senhor Styles, esse é o Liam. Liam, esse é Harry Styles. O Liam do dono dessa loja. – Faço uma breve apresentação dos dois, olhando de um para o outro.

Mas que porra está acontecendo aqui? Parece até que isso foi ódio à primeira vista! Se bem que qualquer odeia o Styles quando o olha pela primeira vez, e sinto que até na segunda ele continua sendo insuportável.

- Senhor Clayton... – Harry aperta a mão de Liam, mantendo seu olhar firme.

- É Payne, senhor Styles. – Ah, eu tinha me esquecido de dizer o sobrenome do Liam, bem, tanto faz, agora ele já sabe. – Espere, Harry Styles? Da Styles Enterprises Holdings?  -- A expressão no rosto de Liam vai de séria para surpresa, o que é bem estranho. Harry apenas lhe dá um sorriso cortes. – Posso ajuda-lo em algo?

- Não precisa. O Louis tem sido muito atencioso comigo. – Ele parece mais calmo, mas tenho a ligeira impressão de que ele está tentando dizer outra coisa.

- Legal. – Liam solta a mão do outro e volta a me olhar. – Te vejo mais tarde, Louis.

- Certo, até logo. – Aceno brevemente, dando um pequeno sorriso enquanto ele se afasta. Me viro novamente para onde Harry está, pronto para terminar de atendê-lo. – Precisa de mais alguma coisa, senhor Styles?

- Não, é só isso. – Porra! Que mudança foi essa? Será que eu disse alguma coisa errada? Volto a caminhar em direção ao caixa enquanto ele me segue, deixo as coisas sobre o balcão para poder somar tudo.

- Quarenta e três dólares, senhor Styles. – Aviso ao terminar de somar os itens, já os guardando dentro de uma sacola plástica. Ele tira o cartão de crédito da carteira e me entrega.

- Você me liga se quiser as fotos? – Agora ele voltou para o assunto de negócios mais uma vez. Logo eu passo o cartão e concluo a conta, entregando tudo para ele enquanto aceno positivamente sobre sua pergunta. – Ótimo, então até amanhã, talvez. – Ele pega as coisas para partir, mas logo se vira e me olha novamente. – Ah, Louis. Eu estou feliz que o senhor Malik não pôde ter ido fazer a entrevista.

Ele fala aquilo de forma tão natural e se vira, me deixando ali, com cara de otário! Que ele pensa que é pra falar desse jeito?! Eu preferia que o Zayn tivesse ido, assim eu não seria obrigado a ter que conviver com a lembrança de sua voz grave e rouce, nem conheceria aqueles olhos tão determinados. Certo, penso bastante nele, mas isso é normal.

Acho melhor eu ligar pro Zayn e contar o que eu consegui, talvez ele consiga um fotografo logo.


Notas Finais


Confesso que esse capítulo foi muito difícil por causa do que acontece com a Ana no livro, então precisei fazer o Louis um pouco mais dócil, talvez até porque ele estava trabalhando.
O próximo será semana que vem, mas não sei o dia certo, depois de domingo eu já começo a escrever :3
Beijos <3


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