1 – ONE RING
Harry POV
Estava deitado na cama quando a porta se abriu, e ele passou por ela radiante, com um olhar muito empolgado.
Sorri ao ver isso, deixando o livro sobre o criado mudo, vendo-o puxar a coberta, subindo na cama e sobre meu colo, sentando de frente para mim sobre minhas pernas.
— O que houve? — Questionei afagando o rosto bonito, vendo ele se esticar para me beijar com fervor, parecendo muito animado.
Correspondi ao beijo intenso e profundo, deslizando as mãos pela cintura dele, puxando-o contra mim, gostando de ouvir ele soltar um gemido baixinho, passando os braços ao redor do meu pescoço, com um sorriso nos lábios.
— Eu consegui fechar aquele negócio. Desculpe chegar tarde.
— Tudo bem — Afirmei, afastando os fios claros do rosto — Como foi?
— Realmente estávamos com dificuldade, mas parece que houve uma queda muito grande nos investimentos, e eles venderam por bem menos do que eu esperava. Então... a rede de indústrias apenas cresceu com isso. Agora eu sou dono de todas as fabricações de vassouras que existem ativamente.
Sorri, não deixando de me sentir feliz por ele.
Fazia muito tempo que Draco havia colocado na cabeça que iria fazer de tudo para se tornar dono daquele ramo da indústria, afirmando que por gostar tanto de vassouras e de voar, nada mais justo do que assumir esse pedaço.
Ele tinha um grande dom para negócios, e sabia fechar acordo como ninguém.
Era um alívio vê-lo assumir essas coisas, afinal tive receio quando os pais dele faleceram, deixando todo o império Malfoy, que Draco fosse torrar tudo.
Ele sempre teve aquela mania, jeito de não conseguir segurar.
Se ele via alguma coisa, ele tinha que obter, não importava o preço.
Se ele via, gostava e queria... ele comprava.
Era muito ambicioso, e isso só aumentava com o tempo, para ser sincero.
— Fico feliz por você — Falei por fim, vendo ele assentir.
— Isso me faz o homem mais rico do país — Falou parecendo adorar do gosto das próprias palavras.
— Você adora, não é?
Ele deu de ombros.
— E pensar que não queria ter que cuidar da sua fortuna, hã?
— Descobri que eu gosto disso. Dessa sensação... de ter — Explicou e eu revirei os olhos.
— Você sempre gostou disso, hã? Sempre se gabou por ser rico e ter tudo o que quer.
— Mas é diferente — Admitiu — Antes eu fazia isso, me gabava para as pessoas... Agora eu não ligo para o que elas pensam. Eu faço por mim. Porque eu quero.
Sorri, porque eu reconhecia como ele parecia pensar grande. Draco estava cada vez mais ambicioso, tinha fome em se provar.
Um pouco disso começou com o fim da guerra, essa vontade de mostrar que não era apenas um comensal.
Por algum tempo trabalhamos juntos como aurores, e a convivência me mostrou um Draco diferente do que eu conhecia. E é claro que isso nos aproximou muito e foi em uma dessas missões loucas que duravam muito tempo que acabamos na cama.
E Merlin, depois daquilo eu nunca mais consegui parar.
Havíamos descoberto tantas similaridades entre nós, tanto em comum, e nos vimos naquele ciclo vicioso, que é claro, acabou em um relacionamento.
Mesmo depois que ele saiu do esquadrão de aurores, para cuidar das cosias da família após a mãe falecer um pouco depois do pai dele, continuávamos cada vez mais juntos.
— E agora que conseguiu o que queria... O que vai fazer? — Questionei e ele sorriu abertamente.
— Eu quero investir em arte.
— Arte?
— Hoje, enquanto fechava o acordo, fiquei sabendo que uma das empresas tem um tipo de museu com a história do quadribol. E... pensei que arte era uma coisa legal.
— Já quer triplicar a fortuna? — Falei e ele revirou os olhos, dando de ombros.
Me virei, derrubando-o deitado na cama, sorrindo quando ele passou as pernas ao redor da minha cintura, me puxando contra si, e voltamos a nos beijar.
Eu simplesmente adorava o gosto dos lábios de Draco.
Era uma coisa viciante, e sempre me fazia querer mais, mais e mais. E meu desejo só aumentava quando ele parecia tão fervorosamente animado, começando a me provocar movimentando o quadril contra o meu.
— Você está animadinho — Observei ao sentir que ele já estava duro, me apoiando nos joelhos para ter mobilidade e conseguir abrir a camisa dele.
— Só de lembrar o quanto de dinheiro que eu tenho...
Sorri, puxando a camisa dele para os lados, revelando o peito lisinho, descendo os lábios para lamber a pele leitosa e macia, gostando da forma como ele se arrepiou.
Ele puxou meu rosto, me fazendo voltar a lhe beijar.
— Isso não te excita? — Sussurrou contra meus lábios, deslizando uma das mãos por dentro da minha camisa, arranhando minhas costas de forma provocativa, deslizando a língua por todo o contorno da minha boca enquanto esfregava o quadril contra o meu — Você está prestes a foder o cara mais rico do país.
Sorri, me inclinando para morder aqueles lábios que eu tanto gostava, vendo-o sorrir malicioso.
— Quando você coloca dessa forma, realmente fica muito excitante, hum? — Falei vendo ele rir, fechando as pernas ao redor da minha cintura, nos fazendo gemer pelo contato e fricção.
Lambi o pescoço macio, vendo ele gemer baixinho, e puxei as mãos que se contorciam e repuxavam minha camisa, derrubando ambas no colchão, vendo ele me olhar cheio de fogo, o que me fez arrepiar, mas voltar o corpo para trás, me sentando sobre as panturrilhas entre as pernas dele.
— Eu quero adicionar uma coisa ao seu patrimônio — Avisei, me esticando para pegar debaixo do travesseiro, uma vez que tinha deixado ali para quando ele chegasse, e ele franziu o cenho com confusão ao pegar o molho de chaves.
— O que?
— As chaves daqui — Falei por fim — Eu sei que pode entrar com feitiço, mas... quero que tenha as chaves — Falei por fim, vendo-o parecer surpreso.
— Você tem certeza?
—Estamos juntos há bastante tempo. Eu... realmente quero que as tenha. Agora fica subintendido que eu te quero aqui ao máximo de tempo, hã?
Ele riu, assentindo.
— Dono da maior fortuna do país, e de Harry Potter . Eu estou realmente muito duro agora — Constatou ao passar a argola do chaveiro ao redor do dedo, olhando para as chaves, e voltou a erguer o rosto para mim.
E Merlin.
Aquele sorriso foi tão bonito e espontâneo, que eu ri quando ele passou os braços ao redor do meu pescoço, me puxando de forma quase bruta para me beijar.
Pareceu tão empolgado que girou o corpo, me derrubando na cama, soltando as chaves próximo ao travesseiro, voltando as mãos para meu corpo, parecendo agora muito apressado em se livrar da minha roupa.
Sorri comigo mesmo.
Eu realmente havia me apaixonado por cada pedaço rico, esnobe e poderoso daquele cara.
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