História A Alma de um Ghoul - Demônios

Havia exatamente um mês e nove dias que eu não ouvia falar de Leryk um Investigador ghoul, que era namorado da minha melhor amiga. A minha vida continuava a mesma, nada havia mudado, somente o meu comportamento. A cada vez que eu saia eu tomava mais cuidado, mudei meus hábitos, parei de escolher minhas presas na tentativa de tirar Leryk da minha cola, mal sabia eu que ele estava caminhando ao meu lado.

- Victor, Victor você está aí?

Voltei minha atenção para Louis, depois olhei ao meu redor. Eu estava na cafeteria do campus, era o lugar predileto de Louis pois era perto do prédio principal e ficava enfrete o jardim principal que embora estivessemos no fim do outono ainda era um lugar muito colorido pelas frores.

- O que você estava dizendo mesmo?

- Nada deixa pra lá. Você está tão pensativo ultimamente. Você está bem? 

- Eu, pensativo? Desde quando? - perguntei com um leve sorriso.

-  Faz mais ou menos um mês, para falar a verdade desde que você conheceu meu namorado. Por acaso você está pensando em um jeito de mata-lo? Deve ser qualquer um mataria pela chance de ficar comigo. - Disse Louis com uma voz orgulhosa enquanto mexia em seus cabelos longos e dourados como o mel.

- Por favor, eu prefiro comer lixo do que ter que te beijar. - falei com uma voz de desdenho.

- É como diz um ditado popular; "Quem desdenha quer comprar".

-  Nem se fosse de graça!

Levantei enquanto pegava minha bolsa e olhava no relógio.

- É melhor eu ir, minha aula já vai começar. Tchauzinho Louis.

- É melhor você ir mesmo antes que eu te parta no meio.

Estava a caminho da minha última aula do dia, depois era ir para casa e organizar as coisas para mais um noite de caça.

Chegando eu casa me deitei e descansei até umas onze e meia, era um noite fria, peguei minha máscara um sobre tudo negro e fui a caça. Já tinha matado umas cinco pessoas sem seguir o meu padrão. Decidi voltar as raízes e procurar uma vítima ao meu gosto, como se fosse um prêmio pelo meu esforço em sair dos radares de Leryk, não que eu tivesse medo dele, mas é melhor evitar a fadiga.

Após umas duas horas de busca encontrei uma garota, linda, magra, uma pele cor de chocolate, olhos negros e cabelo cacheado na altura dos ombros. Fiquei vigiando ela do topo dos prédios como sou acostumado a fazer, esperi até que a garota se encontrasse em algum lugar bom para que eu a abordasse.

Ela estava passando por uma rua deserta quando eu surgi atrás dela.

- É muito perigoso para moças como você vagar pela rua a essas horas. 

- Moças como eu sabem se defender! - disse a garota com uma voz séria enquanto tirava um tazer de dentro da bolsa.

- Não sabia que tazers matavam Ghouls! - falei enquanto colocava minha máscara.

Pulei no pescoço dela e a joguei no chão após ela se virar para ver se eu realmente era um ghoul. Levei ela para um beco escuro e estreito, lugar perfeito para uma fuga caso acontecesse alguma coisa.

Quando estava terminando minha refeição vi três vultos pairando sobre o beco. Subi até o topo do prédio para ver o que estava acontecendo, haviam dois investigadores e um ghoul. O Ghoul era John, um dos investigadores era magro, tinha um cabelo loiro, e estava trajado de roupas pretas, o outro era alto, forte, tinha um cebelo prateado e olhos verdes esmeralda, usava um sobretudo branco e uma espada, não havia dúvidas era Leryk. 

Era certo que John não iria escapar vivo, por mais que ele fosse escroto ele era meu amigo, eu tinha de ajudá-lo. Pulei alto e caí ao lado de John.

- Resolveu dar as caras de novo? - disse Leryk.

- Obrigado por aparecer. - disse John.

- Dois coelhos com uma cajadada só, hoje é meu dia de sorte. - disse o outro investigador.

A minha kagume era do tipo Rinkaku. Liberei três tentáculos e corri para o espaço entre Leryk e o outro pombo, chutei as costas de Leryk o mandando para o outro lado do telhado e no mesmo movimento usando minha kagume joguei o outro pombo para o lado oposto.

- Eu cuido do da espada! - disse para John. Ele também é do tipo ukaku, mas com a experiência de John ele vai levar a melhor.

- Já que sou eu que vou te matar Corvo, vou te contar ao menos meu nome. Eu sou O Expurgador, aquele que vai expurgar todos os demônios desde mundo, inclusive você, Corvo.