A voz suave de Tsunade acordou o casal. O rosto de Sakura estava pousado no ombro de Naruto, enquanto suas pernas descansavam no colo dele. As orbes verdes encararam a loira, que sorria carinhosamente. A Haruno se ergueu, ainda tentando despertar na totalidade. O loiro esfregou o rosto e se focou na médica.
- Estamos preparando a senhorita Uzumaki para regressar a casa. Tem aqui os medicamentos necessários. É indispensável repouso absoluto e a qualquer dor, pode entrar em contacto comigo.
- Obrigada tia! – A rosada abraçou a mulher mais velha.
- Ora essa. Podem ir ter com a senhorita. – Ambos respiraram fundo. A adrenalina do dia anterior estava demasiado presente. Caminharam até ao quarto da morena e entraram. Hinata sorriu levemente, ainda afetada pela anestesia. Naruto a envolveu em seus braços e, automaticamente, a morena depositou um beijo em seus lábios.
- Vamos para casa. – Hinata se aconchegou nos braços do esposo. Enquanto Naruto continuou apoiando o corpo da morena, Sakura tratava da documentação necessária. Entraram no carro da Haruno e partiram, em direção à mansão Uzumaki. Naruto já tivera informado os empregados do acontecimento. Tinha ordenado uma limpeza extrema de todas as divisões, especialmente do quarto do casal.
Sakura e Naruto carregaram Hinata até o quarto, certificando-se que a morena estava confortável e ausente de dor. A Uzumaki adormeceu após alguns minutos e o casal se retirou do quarto, deixando a porta entreaberta. Tenten se aproximou deles, visivelmente abatida.
- Precisa de algo mais, senhor? – A morena falou, limpando uma lágrima.
- Pode ficar com minha esposa? Preciso de ir buscar a medicação.
- Claro. – Tenten sorriu, melancolicamente.
- Obrigada. – O loiro fitou seu celular. Sasuke tivera lhe enviado uma mensagem, desejando as melhoras da Hyuga. Julian provavelmente estava o ajudando em sua ausência. Sakura seguiu seu percurso, sem pronunciar uma palavra. Antes de entrar em seu carro, Naruto segurou sua mão. – Pode dormir aqui? Sei que é egoísta lhe pedir algo desse tipo, mas você é a pessoa em quem confio mais.
- C-Claro. Hinata é minha melhor amiga. – Forçou um sorriso. – Vou a casa buscar uma troca de roupa.
- Combinado. Eu vou ter com você assim que conseguir.
A rosada assentiu e adentrou seu carro. Assim que chegou a casa, respirou fundo. Eram tantas emoções ao mesmo tempo, não sabia como era suposto agir perante uma situação como aquela. Deixou seu corpo caiu no sofá, exausta. De seguida, seu celular vibrou, o nome de Julian piscando no ecrã.
- O-Oi… - Murmurou.
- Como você está? – O moreno questionou.
- Sobrevivendo… acho eu.
- E Hinata?
- Lhe deram alta. Mas a gravidez é de risco. Repouso é obrigatório. – Relembrava as palavras da tia.
- Já sabem o que desencadeou o sangramento?
- A-Acho que eles discutiram… - Falou, chorosa.
- Sakura…? – O francês falou, sabendo que a rosada precisava de aliviar a culpa que sentia.
- A c-culpa é minha, Julian. S-Se não ti-tivesse aceitado-o, Hina est-taria bem… - As lágrimas rolavam pelo rosto feminino. – S-Se eu negasse s-seu c-convite, e-ele escolheria e-ela…
- Foi Naruto que falou isso?
- N-Não… - A Haruno soluçava alto.
- Então não tire conclusões precipitadas. – Julian falou, seco. – Vocês enfrentaram tanta merda, quer mesmo desaproveitar tudo, dessa forma?
- M-Mas… - O moreno interrompeu.
- Sakura, você o ama?
A rosada estranhou a pergunta do moreno. Era óbvio que estava apaixonada, prisioneira de seus sentimentos. – S-Sim…
- Então acredite que ele está falando a verdade.
Sakura não conseguiu forçar mais sua voz. Após alguns segundos, desligou a ligação, mas agradeceu as palavras do francês. Quando finalmente reuniu suas forças para se erguer do sofá, as batidas em sua porta avisavam a chegada do Uzumaki. Assim que abriu a porta, sentiu uma pontada em seu coração ao analisar o semblante cansado do homem. Envolveu seus braços no pescoço masculino. Naruto deixou que o aroma da rosada desconcentrasse sua mente. Fechou a porta do apartamento da Haruno e selou seus lábios.
Sakura roçou suas línguas enquanto os conduzia até o banheiro. Lentamente começaram retirando suas roupas e adentraram a box. Continuaram se beijando enquanto a água escorria por seus corpos. Num movimento rápido, a mulher entrelaçou suas pernas no quadril do homem. Naruto encostou uma das mãos na parede, procurando um apoio extra e com a outra, conduziu seu sexo até a intimidade feminina.
A rosada ainda estava extremamente sensível depois dos dois dias que tivera estado com ele. Gritava pelo prazer que percorria suas veias. Gritava pela frustração que sentia. Suas mãos cravavam a pele bronzeada do loiro, que estocava cada vez mais rápido. Puxou Naruto pelos cabelos, selando seus lábios num beijo faminto. Queria estimular suas sensações ao máximo. Rapidamente atingiu seu auge, juntamente com o loiro.
Depois de terminarem, saíram do banheiro, abraçados. O loiro depositou beijo no rosto de Sakura antes de colocar um conjunto moletom preto. A rosada prendeu os cabelos molhados num coque desalinhado. Colocou um suéter cinza oversized, que diminuía sua estrutura corporal, um jeans rasurado e uns Nike Air Force brancos. Queria estar completamente confortável, em caso de emergência. Os únicos acessórios que usava era o anel do loiro e a pulseira de Julian.
Naruto tinha percebido que Sakura estava abatida. Se aproximou da amada e beijou seu pescoço, delicadamente. – A culpa não é sua, Saky. – Ela o odiava por a conhecer tão bem. – Se é para culpar alguém, sou eu, apenas.
A rosada se virou, fitando as orbes azuis. – Você não me obrigou a nada. Eu fiquei com você de livre e espontânea vontade, apesar de tudo. Somos ambos culpados.
- Teimosa… - Sorriu suavemente, beijando os lábios dela mais uma vez. – Eu te amo.
- Eu também.
***
O silêncio assombrava a mansão Uzumaki. Sakura sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Naquele momento estava sentada na poltrona ao lado da figura de Hinata, que ainda dormia, serenamente. Naruto tivera aproveitado o momento para ir até sua empresa, apenas para avisar Sasuke e Julian formalmente. Tenten entrou no quarto, trazendo uma bandeja com comida.
- Aqui tem, senhorita Haruno. – A morena pousou a bandeja sobre o criado mudo ao lado da cama.
A rosada sorriu suavemente, sem retirar seus olhos de Hinata. – Não tenho fome. – Apertou os joelhos contra seu peito.
A empregada sorriu melancolicamente. Sem nada a acrescentar, decidiu se retirar do quarto, deixando a Haruno sozinha, novamente. Após alguns minutos, Hinata começou se mexendo. Automaticamente, Sakura se ergueu e tomou o lugar ao lado da Hyuga, segurando sua mão. Os olhos cinza se abriram lentamente. O coração da mulher batia alto.
- H-Hina...? – A morena apertou a mão da rosada.
- Sakura… - Murmurou, sorrindo.
- Como se sente? – Forçou sua voz.
- Fraca… como se tivesse corrido durante horas… - A rosada soltou uma risada leve, relembrando as memórias de infância que guardava de ambas.
- É… você sempre odiou esportes. – A Hyuga sorriu, sincera dessa vez. – Tem de tomar seus medicamentos. – Sakura pegou no cálice com água e nos fármacos receitados para a amiga. Hinata os ingeriu com dificuldade. – Sente alguma dor?
- Não… onde está o Naruto?
- Aqui mesmo. – A voz do loiro sobressaltou a rosada. Caminhou até a esposa e a amante, se sentando no lado aposto a Sakura. Pegou a mão de Hinata e depositou um beijo cálido, forçando um sorrido.
- Meu amor… vai ficar tudo bem, prometo. – Naruto sabia que estava sendo egoísta, mas sua mente continuava se dissipando, imaginando como Sakura estaria se sentindo ao assistir aquilo tudo. Ele apenas queria ficar com a mulher que amava.
- Você tem de descansar… para nosso filho se recuperar. – Forçou sua voz. Hinata sorriu quando o esposo depositou um beijo em sua testa. Sentia que ao lado do Uzumaki, seria capaz de enfrentar tudo. Seria forte. Por ele. Por ela. E, acima de tudo, pelo filho que carregava em seu ventre. Caiu num sono profundo, novamente.
O resto do dia foi pacífico. Cada vez que a morena acordava, era apenas para a medicação. Ainda exausta, as tentativas de conversar com a mesma não eram muito longas, uma vez que adormecia rapidamente. A Haruno conseguia interpretar a aura do amado. Naruto estava se consumido com culpa. Queria envolver o homem em seus braços, sussurrar palavras de apoio e consolo, mas não podia. Não ali. Então tentava fazer seu melhor com olhares carinhosos e firmes, lhe afirmando que continuaria a sua espera.
A meio da madrugada, Sakura sentia o peso do cansaço dominar seu corpo. A imagem da figura feminina se embaciava com o tempo, por mais que tentasse lutar contra seu esgotamento. O loiro reparou na luta da Haruno e caminhou até ela.
- Pode ir dormir, eu ficarei aqui. – Murmurou, enquanto pegava a mão da rosada e depositava um beijo. O Uzumaki queria sentir o gosto da mulher, mas não podia. Continuou massajando a mão delicada de Sakura, fitando o anel em sua mão. Naquele momento, aquela imagem era motivação.
- Tem a certeza? Eu aguento. – Seu corpo lhe traiu assim que bocejou. O loiro riu, silenciosamente.
- Durma bem Sakura. – Puxou a mão da rosada e a encaminhou até a saída do quarto. Antes de encostar a porta, seus lábios deixaram escapar um Eu te amo silencioso. A Haruno sentiu seu rosto arder e sorriu. Caminhou até seu quarto e adormeceu, sem tirar suas roupas. No quarto principal, o Uzumaki se obrigava a ficar acordado. Não queria que nada acontecesse com Hinata ou o filho.
Acompanhou o nascer do sol, iluminando o cómodo. Suspirou forte. Sua enxaqueca estava se alastrando rápido demais. Esfregou o rosto, visivelmente desgastado com a ausência de descanso. Seus olhos marejaram quando se apercebeu que tudo o que tinha planeado com a Haruno iria ter de esperar, por tempo indefinido. Porque Naruto sabia que tentar conversar com a esposa poderia levar ao aborto espontâneo. Porque sabia que não era, de todo, correto, abandonar a morena dias depois do parto.
Por quantos anos terei de continuar mentindo?
Seu maior medo?
Perder a coragem que demorara anos a acumular.
A Haruno entrou no quarto, juntamente com uma das empregadas. O loiro sorriu. Simultaneamente, Hinata também despertou.
- Hina! – A rosada caminhou até a cama. A morena se ergueu, visivelmente melhor. Uma lágrima solitária desceu pelo rosto de Sakura. O loiro se aproximou de ambas as mulheres. – Tenha cuidado! – A morena se retirou da cama lentamente. A rosada agarrou a amiga, lhe oferecendo suporte.
- Estou cansada de estar deitada. – Murmurou.
- Vai ser assim nos próximos meses. – O esposo falou. Sakura sentiu um aperto em seu peito, mas escolheu ignorar suas inquietações pela recuperação da morena. Após insistir, o loiro e a Haruno carregaram Hinata até a sala, a colocando no sofá. Vários empregados iam até o trio, celebrando a recuperação da patroa.
- Tenho de ir buscar o medicamento para você tomar, depois de jantar. – O loiro falou, perto da esposa. Depositou um beijo na testa da mesma. – Volto rápido.
A Uzumaki assentiu, sorrindo. Suavemente, puxou o esposo pela nuca, unindo seus lábios. – Eu te amo. – Naruto forçou um sorriso e se retirou, prometendo regressar.
A Hyuga se ergueu, de seguida. Sakura entrou em alerta. – Calma Sakura. Vou apenas ao banheiro.
- Não quer ajuda? – A mulher questionou, apreensiva. A Hyuga negou e saiu, caminhando em direção a outra divisão. Sakura permaneceu sentada no sofá. Queria chorar, praguejar os sete mundos. Finalmente, quando estava tão perto de ficar com o loiro, tudo se desmoronou. Apesar de Naruto falar que lhe amava e que não ia desistir deles, era consumida por uma angústia terrível. O receio de se desiludir. De eles realmente não funcionarem juntos. O maior de todos?
Naruto se arrepender de sua decisão.
Ficaria destroçada, se isso acontecer.
- Sakura! – O grito de Hinata alertou todos seus sentidos. Quase tropeçando, se ergueu, correndo em direção ao banheiro. Seu sangue gelou quando viu a morena, sentada no chão, encharcada em seu próprio sangue.
- Hinata! – A Haruno se agachou, envolvendo seus braços em volta da mulher. – V-Vamos! Ajuda! – Gritou por alguém. A morena chorava compulsivamente.
- Meu bebé! Não quero perder meu bebé! – Chorou, desesperada, enquanto segurava o ventre. Ela queria ser positiva, ter esperança, mas a quantidade de sangue era muito superior ao dia anterior. Sakura, com as mãos ensanguentadas, discou o número de Naruto.
Tenten adentrou o banheiro, informando que já tivera pedido ajuda. Pegou um cobertor e envolveu a Uzumaki. – Sakura, o meu bebé! – A Hyuga gritava. E a rosada não conseguia segurar suas lágrimas.
- R-Respire Hina, por favor! – Tentou erguer a amiga, mas tinha medo de piorar o sangramento. Rapidamente, as sirenes no exterior da mansão alertaram as mulheres, juntamente com a voz grossa do loiro.
Naruto sentiu que uma parte de si morreu ao ver aquela cena. Hinata estava completamente ensanguentada, juntamente com Sakura, que segurava o corpo da mulher, murmurando palavras de conforto. Tenten gritava, fora de si. Os enfermeiros adentraram o banheiro, repetindo todos os procedimentos de antes.
***
Todo o corpo de Sakura tremia. Sua roupa estava repleta de sangue. Sua tia tivera lhe oferecido algumas trocas, mas se recusou, ainda em estado de choque com a situação. Hinata tivera entrado na sala de cirurgia horas atrás. A rosada encostou a cabeça na parede. Estava sentada no chão do corredor, esgotada. Apesar de suas lágrimas terem cessado, ainda se sentia indisposta, atormentada.
Naruto caminhava de um lado para o outro, fitando o vazio. Tal como Sakura, suas roupas também estavam ensanguinhadas. A espera por uma resposta estava acabando com a pouco energia que lhe restava. Queria saber como Hinata estava. Queria saber como seu filho estava. Ambos se mantinham em silêncio, combatendo seus demónios pessoais, sozinhos.
- Senhor Uzumaki? – A voz de Tsunade atraiu a atenção de ambos os adultos. Sakura apenas ergueu seu rosto. Se arrependeu no segundo seguinte. O semblante da loira era depressivo, como quem se preparava para cometer alguma atrocidade. – Ocorreram algumas complicações. – Naruto ficou mais pálido do que o normal. – Lamento. O feto não estava bem alojado no útero da senhorita. Era inevitável, iria acontecer mais tarde ou mais cedo.
Sakura soltou um grito abafado por sua mão, enquanto as lágrimas voltavam a ensopar seu rosto. Puxou os joelhos contra o peito, quebrando sua postura por completo. Naruto se permaneceu estático, completamente mudo.
Eu matei meu filho.
Sentia nojo de si. Raiva, ódio, o maior filho da puta que existia na Terra. Apesar de escutar Tsunade referindo que o aborto era inevitável, não conseguia ignorar a culpa que o estava consumindo. Seu semblante se quebrou quando sentiu os braços da amada lhe envolverem. Involuntariamente, retribuiu o abraço, escondendo o rosto do pescoço da Haruno.
Sakura afagava os fios loiros, procurando acalmar o Uzumaki. Apesar de seu coração estar doendo, sabia que o psicológico de Naruto sofria muito mais, uma vez que era sua criança que tivera falecido. Lentamente, sentiu as lágrimas do homem ensoparem sua roupa ensanguentada. Não se preocupou, de todo, e continuou apertando o corpo do loiro, enquanto murmurava o seu amor no ouvido dele.
Horas depois, era Sakura que estava agarrada a Julian, chorando em seu peito. O francês e a rosada tinham acabado de assistir Naruto contando a Hina sobre o aborto, através do vidro que os separava da pequena divisão hospitalar. Foi aterrorizante ver a morena gritar, chorar, bater no esposo, completamente fora de si. Precisaram de sedar a mulher, não querendo arriscar piorar os ferimentos da pequena cirurgia.
Naruto terminava de falar com a enfermeira, enquanto fitava suas mãos. Ainda conseguia distinguir algumas manhas de sangue, apesar de as ter esfregado freneticamente. Depois de terminar, os três caminharam para o exterior do hospital, procurando respirar algum ar puro. No estacionamento, Sakura estava apreensiva, enquanto discutia com o namorado.
- Eu fico com você. – Repetiu, fitando o loiro.
- Sakura, por favor, vá embora. – O Uzumaki segurou as mãos da amada. – Eu fico bem.
- Concordo com ele… - O moreno falou.
- N-Naruto… - Choramingou.
- Eu preciso de saber que você está bem… vá descansar. – Acariciou a bochecha da mulher. Aproximou seus lábios, num beijo calmo, mas intenso. – Julian, certifique-se que ela fica no apartamento. – O francês assentiu.
- Vou buscar o carro.
O casal observou Julian se retirar. Sakura encostou suas testas, suspirando. – Vou voltar a falar com Hinata, assim que ela se recuperar.
- Não! – As palavras saíram antes que as conseguisse controlar. O loiro ergueu uma sobrancelha, confuso. – Ela precisa de você… não pode a abandonar…
- Sakura…
- Já falei que acredito em você, vamos superar isso meu amor. – Puxou o amado para um beijo faminto. As mãos de Naruto em sua cintura lhe obrigaram a arfar. Estavam tão focados no parceiro, que não escutaram Julian bizinando várias vezes. Finalmente o grito do francês quebrou a ligação entre eles.
- Eu te amo. – O Uzumaki murmurou antes de deixar a rosada partir.
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