Josué observou a mulher ficar eufórica diante do encontro dos filhos e do Rei dos Diamantes de Roraima. Marta havia agarrado seu braço tão forte que o machucaria se não fosse pelo tecido de suas vestes. Andando rapidamente, o motorista acompanhou os passos de Marta, sem entender o motivo de tamanha preocupação.
- Mãe! - Clara gritou, um sorriso brilhante nos lábios ao lado de seu irmão. - Estávamos aqui nos apresentando para o Comendador.
- Clara é muito parecida com você, Imperatriz. - José Alfredo disse, seus olhos nunca deixando os gêmeos. - Pedro também. Fiquem arrumados a noite, vamos jantar na vila.
- Isso é um convite, Rei? - Clara perguntou, entusiasmada.
- É um comunicado, menina, vou apresentar tudo que há de melhor pra vocês. Faço questão!
Josué sentiu um suspiro baixo de alívio escapando da mulher, suas mãos em volta do quadril de Marta atraíram o olhar escuro de José Alfredo. Algo sobre como esse homem olhava sua mulher o irritava profundamente, embora ele soubesse que Marta odiava demonstrações de possessividade fora do leito.
- O almoço já vai ser servido, gente. - Cristina falou, ajudando o pai a tirar o casaco grosso do corpo. - É o tempo de vocês tomarem um banho pra tirar a poeira do Monte.
- Realmente, hein... Nunca vi um morro ser tão sujo. - Marta respondeu caminhando em direção a casa, seus ombros tensos e seu nariz torcido.
- É Monte, Maria Marta, monte. - Disse José Alfredo, arrancando risadas dos demais.
- Com licença... - Ísis murmurou, fazendo todos a encararem. - Vou mostrar os quartos que vocês vão ficar, Imperatriz. - A ruiva caminhou para dentro da mansão, fazendo os demais a acompanharem.
Josué escutou Clara puxando Cristina e Pedro pelo braço, jogando uma desculpa ao ar de que eles precisavam conversar, completamente risonha. Pedro bufou enquanto acompanhava as mulheres.
Marta caminhou atrás da ruiva pela escada, perdida observando os detalhes da mansão, não notando os olhos lascivos que o Rei dos Diamantes lhe lançava, olhares que não passaram despercebidos por Josué.
Na porta do quarto, Ísis fez sinal para a mulher entrar, apresentando a vista de uma cama enorme coberta por lençóis negros, algumas malas da Imperatriz e uma janela grande atrás da cama. Josué suprimiu qualquer olhar questionador, não sabendo se devia comentar que eles sempre ficavam no mesmo quarto.
- O banheiro é naquela porta e suas malas estão aqui, Dona Maria Marta. - Ísis falou suavemente, seus olhos pulando a figura feminina e pousando no corpo parado no meio do quarto, analisando o homem. - O quarto do Senhor Josué fica no final do corredor.
Josué segurou a risada ao notar o olhar de espanto da Imperatriz, observando a mesma colocar as mãos na cintura de forma indignada.
- E quem deu essa ordem? - Marta questionou, levantando a sobrancelha. - Josué vai ficar comigo, no meu quarto.
- Não sabíamos, Imperatriz. Não fazia ideia de que vocês estavam juntos. - Ísis respondeu, cruzando os braços sob os seios.
- Pois agora sabe! - Marta caminhou até invadir o espaço da jovem ruiva, seus olhos correndo pela figura menor que a encarava. - Meu marido e eu ficaremos no mesmo quarto.
Ísis concordou relutante antes de murmurar um pedido de desculpa e caminhar para fora do quarto, fechando a porta em seguida. Josué sorriu ao se aproximar da Imperatriz, seu desejo aumentando quando a escutou reiterar sua posse sobre si .
Como era possível que depois de tantos anos ele ainda continuasse irrevogavelmente apaixonado por essa mulher linda de olhos claros? Tantos anos, tantas brigas, confusões, situações impostas pela vida aos dois e o gaúcho ainda a amava profundamente e duvidava que esse sentimento genuíno mudasse.
Lembranças do primeiro encontro com a Imperatriz dançavam diante dos olhos do gaúcho, Marta notou o sorriso que formou no rosto do "marido" enquanto reclamava da petulância da ruiva. Era sempre assim, ele a olhava e desligava do mundo e Marta não reclamaria. O sentimento de ser a única na vida de alguém era enervante.
- Você ouviu alguma coisa do que eu falei? - Marta questionou, desabotoando a camisa. - Josué!
- Não escutei nada, estava admirando você... - O homem falou, observando os dedos habilidosos da Imperatriz trabalharem para livrar a mulher da peça de roupa.
Ele ficou de frente para ela na cama, sua mão acariciando para cima e para baixo a sua coxa coberta pela calça. Ele a queria, mas se recusou a ceder aos seus próprios desejos. Eles não podiam se atrasar para o almoço e precisavam conversar.
Mas seus pensamentos evaporaram quando Marta colou seus lábios. Os beijos que compartilharam oscilavam de quentes e pesados para suaves e lentos, ambos cheios de paixão e desejo. Ele estava sendo incrivelmente delicado com ela, mas Marta não estava recuando, procurava mais. A mão dela em seu rosto o puxou ainda mais perto, sua boca se abriu mais, encorajando-o a continuar sua exploração.
Josué começou a empurrar sua camisa para tirá-la do corpo, as mãos empurrando também a calça da mulher. Marta gemeu baixinho em seu beijo. O gaúcho sempre ficava absolutamente emocionado por ter tanto efeito sobre ela. As pontas dos dedos dele desenhavam pequenos círculos em sua pele pálida, avançando cada vez mais alto.
Josué recuou, sem fôlego.
- Você tem certeza de que quer fazer isso? Aqui? - O homem perguntou. - Porque eu posso parar e nós precisamos conversar sério.
- Não, por favor, não pare. - Marta disse, suavemente. - Eu estou com tanta saudade de você...
Havia desespero em sua voz, um desejo de tocar e ser tocada. Josué queria conceder a ela aquele prazer mais do que qualquer coisa no mundo inteiro, mas aquela dúvida martelando em sua cabeça o impedia.
- Eu tô preocupado com você, Marta. - Josué falou, suas mãos esfregando contra a pele da mulher.
- Eu quero você, amor. - Ela disse, com firmeza. - Por favor, por favor, eu só preciso estar com você.
Sua mão deslizou ainda mais por sua coxa, retirando qualquer peça que separava seu toque da seda de sua carne, agarrando-a e puxando-a sobre seu quadril. Os dedos dele mergulharam entre suas pernas e Marta engasgou e suspirou com a familiaridade de seu toque.
Josué gemeu ao encontrá-la quente e úmida. Ele acariciou para cima e para baixo seu sexo antes de mover seus dedos lisos até seu clitóris. A ponta do dedo dele esfregou em círculos lentos e deliberados e os quadris dela instantaneamente se moveram para frente em seu toque.
- Do jeito que você gosta, amor...
- Sim... - Marta resmungou através de gemidos estrangulados. - Eu amo seus dedos em mim.
O gaúcho lambeu os lábios.
- Apenas os dedos, Imperatriz? - ele perguntou, deslizando o dedo para cima e para baixo em seu sexo escorregadio.
- Ai... Eu amo você dentro de mim, Josué. - Marta gemeu e Josué a empurrou de costas sobre a cama.
- Meu Deus, você é a mulher mais linda que eu já coloquei os olhos.
- E estou incrivelmente molhada para você. - Seus olhos brilharam nos dele. - O que você vai fazer a respeito?
O dedo do gaúcho girou em torno de sua entrada. Ela estava inchada de antecipação. E pingando. Seu corpo praticamente implorou para que ele a tocasse. Ele empurrou dois de seus dedos dentro dela e seu corpo os agarrou com avidez.
- Você é a porra de uma provação, Marta...
- Deus, sim, assim mesmo. - Ela não conseguia parar os pequenos gemidos que saíam de seus lábios. - Porra, Josué! Mais...
Seus dedos se moviam para dentro e para fora dela com mais força e rapidez, seu polegar acariciando seu clitóris. Ele podia senti-la começando a ceder ao prazer, ceder ao seu toque. Ele puxou os dedos para trás e os curvou, pressionando seu ponto G com forte pressão.
- Caralho... - Os quadris de Marta se sacudiram para frente e um fluxo constante de palavrões seguiu enquanto ele a levava direto para o precipício.
- Você se sente tão bem. - Ele disse a ela. - Tão quente e úmida.
- Você vai me fazer gozar, amor. - Marta gemeu manhosa.
- Eu quero sentir você gozar nos meus dedos. - Josué pressionou o polegar com mais força contra seu clitóris. - Eu quero você gozando gostoso pro teu homem.
- Oh, oh, sim. - Marta ofegou. - Assim... Tão bom.
Quando a primeira vibração do orgasmo começou, suas paredes aveludadas começaram a apertar em torno dos dedos de Josué. Ela estava se tornando mais escorregadia a cada estocada. Gemidos suaves escaparam de seus lábios quando o prazer intenso dominou seu corpo. Seus quadris arquearam em direção a ele e ele pressionou os dedos dentro profundamente enquanto ela cavalgava o resto de seu orgasmo.
- Você é gostosa pra caralho! - O gaúcho lambeu os lábios. - Você tá se sentindo melhor?
- Sim... Isso foi incrível. Obrigada. - A imperatriz ofegava pesadamente quando respondeu.
- O prazer foi todo meu. - Josué puxou os dedos de seu corpo e Marta soltou um gemido. Ele os lambeu até ficarem limpos. - Mmm... Você tem um gosto tão bom.
- Você sempre diz isso, amor. - Marta respondeu, observando o homem se aproximar lentamente.
Josué lambeu seu lábio inferior e então deslizou sua língua dentro de sua boca, enredando-a com a dela.
- Você está bem? Quero a verdade, Maria Marta. - O gaúcho perguntou, envolvendo o corpo feminino sob o seu.
- Não. - Marta respondeu, puxando-o contra ela, beijando seu queixo e depois seu pescoço, afogando-se em um abraço forte. - O Zé Alfredo é o pai dos gêmeos...
Um momento de silêncio passou entre os dois, Josué finalmente raciocinou sobre o que a fez ficar tão nervosa durante a manhã. Ficar cara a cara com o homem que a deixou e que não sabia da existência dos próprios filhos deveria ser aterrorizante.
As mãos calejadas do gaúcho acariciaram a pele sensível da mulher enquanto ela se recuperava do orgasmo e das emoções do dia. Um suspiro de alívio escapou dos lábios de Marta, o rosto feminino enfiado na curva do pescoço de Josué, apenas sentindo e apreciando o cuidado do homem.
- Eu estou com medo... Medo do que ele pode fazer quando descobrir, da minha reputação perante a sociedade... Medo da reação dos meus filhos, Josué. - A Imperatriz choramingou, um soluço se fez presente nessa hora.
- Marta... Ter medo da reação das crianças é duvidar da criação que você deu a elas, isso está completamente fora da realidade. Você é uma mãe excelente, não duvide do amor de seus filhos... - Josué falou, esfregando o braço da mulher para em seguida ajustar-se sobre a cama e puxando Marta para o casulo confortável de seus braços.
- Eu não consigo pensar direito sobre isso, sabe...
- Eu nunca vou deixar algo acontecer com você, Marta. Nem com nossos filhos, eu prometo. - Josué encarou o topo da cabeça da Imperatriz, apertando o corpo desnudo forte com o próprio. - Rei ou não, ele não vai machucá-la de novo e se tentar, eu o farei pagar.
Antes que a Imperatriz pudesse responder, uma batida forte na porta interrompeu o momento do casal. Josué puxou o lençol para cobrir parte do corpo de Marta enquanto questionava quem estava incomodando.
- Sou eu, Papai. - Clara gritou do outro lado, girando a maçaneta e empurrando a porta para entrar e encontrar a mãe deitada nos braços do gaúcho. - Eu vim avisar que o almoço já tá servido, só estamos esperando o dono da casa.
- Eu já falei inúmeras vezes para você parar de entrar sem ser autorizada, filha. - Josué repreendeu a jovem, observando Clara caminhar em direção a cama. - Sua mãe tá nua.
- Meu Deus, que informação desnecessária! - A jovem esticou as mãos cobrindo os olhos, arrancando risadas do casal sobre a cama. - Mamãe sempre foi muito esclarecida sobre o sexo conosco, mas a minha mãe não faz esse tipo de coisa!
- E como você acha que nasceu, Maria Clara? - Marta perguntou, encolhida contra Josué, sorrindo da reação da filha. - Cegonha?
- SIM!
- Ok, senhorita filha da cegonha, deixe sua mãe tomar um banho e nós já vamos descer. - Josué respondeu, dando risada da jovem.
Enquanto Clara caminhava para fora do quarto, o homem admirou a costa nua de Marta quando a mesma sentou na cama, cedendo ao desejo de beijar a nuca da mulher.
- Você está melhor? - Josué perguntou afastando seus cabelos da nuca, inclinando-se para ficar próximo ao seu rosto, curvado sobre seu ombro direito.
- Estou... - Marta respondeu, sentindo os lábios do gaúcho em seu pescoço, a língua molhada deslizando sobre sua pele sensível. - Você vai ficar comigo, não vai?
- Eu nunca vou deixar você ou as crianças. - O homem respondeu contra a pele de Marta, sentindo a essência da mulher misturada com a sua. - Eu amo vocês...
- Eu amo você, Josué. - Marta respondeu sorrindo abertamente, seus olhos encontrando os do gaúcho e brilhando com a troca.
- Vá tomar banho pra descermos, vai. E antes que eu esqueça... Coloca aquele vestido preto de zíper mais tarde. - O homem observou enquanto a mulher caminhava completamente nua pelo quarto, agradecendo aos céus por ter o prazer de desfrutar inteiramente desse corpo delicioso.
- E eu posso saber o motivo? - Questionou Marta, parada em frente a porta do banheiro, com as mãos apoiadas na cintura.
- Pela facilidade de tirar do teu corpo, mulher... Agora vai que eu tô com fome.
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