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História A Arte da Conquista-Snames, Snack, Snupin - Extra 3: Não importa o que digam, não importa o que pensem - História escrita por debbieMall - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Arte da Conquista-Snames, Snack, Snupin - Extra 3: Não importa o que digam, não importa o que pensem


Escrita por: debbieMall

Notas do Autor


Último extra, galera!
Eu espero que vocês tenham gostado da história e que os extras tenham sanado as dúvidas e curiosidades de vocês:)

Capítulo 23 - Extra 3: Não importa o que digam, não importa o que pensem


Remus bufou quando largou o jornal no banco e soltou uma risada alta logo em seguida. Sirius, sentado ao seu lado no trem, retirou o jornal do banco e leu o motivo da risada. 

    –Porcaria!--Soltou uma exclamação lotada de humor.--Minha adorável mamãe escreveu sobre o nosso relacionamento, Severus. 

    Snape parou de beber de sua garrafa de água, para olhá-lo de sobrancelhas arqueadas. 

    –E o que ela escreveu? 

    Sirius estendeu o jornal para Severus, que o pegou com um medo um tanto engraçado. Se aquela vaca quisesse infernizar a vida dos quatro, era provável que tentaria. 

    Não tenho qualquer ligação com aquela asquerosidade. 

    –Só isso?

    –Ela deve ter pensado que era o suficiente.--Sirius soltou uma risada áspera.--Aposto que está se remoendo por dentro. 

    –Pois bem.--James sorriu.--A minha mãe ficou super feliz. Ficará encantada em receber nós quatro lá em casa. 

    Severus sentiu uma sensação gélida subir por sua espinha. Conhecer os pais de James parecia demais. 

    –Bem… Eu fico umas duas semanas na sua casa, mas depois gostaria de levar Severus para conhecer os meus pais.--Remus falou e um chute forte pareceu contrair as entranhas de Severus. 

    Tinha duas famílias para conhecer. Tentara não pensar muito nisso na noite anterior enquanto se despedia da comunal da sonserina, mas, no final das contas, não havia dormido mais do que duas horas. James e Remus haviam conversado consigo há algumas semanas atrás sobre os familiares e o quão bom seria se Severus os conhecesse. Desde aquele fadigo momento, o simples pensamento de conhecer aquelas pessoas o fazia tremer. 

Felizmente não teria que conhecer os Blacks. 

    –Como seus pais reagiram quando você contou a eles sobre nós?--Perguntou para Remus, que sorriu para acalmá-lo. 

    –Eles disseram tudo bem, embora eu imagine que estejam receosos. Sendo sincero, quando eles o conhecerem, perderão qualquer preconceito! Meu pai é mais difícil de lidar, mas mamãe aceitará numa boa!

    Sirius, que havia pegado o jornal das mãos de Severus, soltou um arquejo engraçado. Severus olhou-o, esperando que dissesse alguma coisa. 

    –O que foi?--Perguntou quando notou que Sirius não o olharia e que estava ocupado lendo algum texto da última página. 

    –Lucius Malfoy, aquela anta, falou sobre a gente!

    Todo o ar pareceu deixar o corpo de Severus, que se sentiu tremer da cabeça aos pés. 

    –E o que ele disse? 

    –Que essa é a maior asquerosidade que ele poderia ter ficado sabendo e que nós somos nojentos. 

    O silêncio a seguir foi preenchido por um pigarreio de James. Os três olharam para a figura descabelada, Severus com a testa enrugada e uma raiva descomunal por Lucius Malfoy e a sua mania de meter a mão onde não é chamado.  

    –O que foi, James? 

    –O coitadinho está com ciúmes.--James largou-se em uma risada de aparência ensaiada.-- Foi imbecil ao ponto de perdê-lo, meu caro amado Severus, e agora quer falar mal da gente. Sendo sincero, Lucius Malfoy amaria estar sentado onde eu estou. 

    E era a mais completa verdade. Severus aproximou-se e deixou um selinho na boca de James, que sorriu da maneira que só ele sabia sorrir. 

***

    Severus estava tremendo quando o trem enfim parou na estação. James, Sirius e Remus retiraram as bagagens, junto às de Severus, e saíram para a King's Cross. Era a última vez que estavam desembarcando do trem. Não pisariam mais em Hogwarts como alunos, tampouco embarcariam no Expresso de Hogwarts. Não eram mais adolescentes. O peso da ficha caindo fez os olhos de Severus arderem. 

James tocou em seu ombro e apontou em direção a um homem e a uma mulher de aspectos sorridentes. Pareciam apreensivos, apesar de felizes, e isso  assustou a Severus. 

Os quatro andaram até os dois, que, ao os verem aproximando-se, sorriram graciosamente. 

–Você deve ser o Severus!--A mulher o puxou para um abraço apertado, que retirou todo o ar do corpo de Severus.--Meu nome é Euphemia e esse é o Fleamont.--Ela apontou para o marido, que estendeu a mão para Severus. 

--Estamos felizes por conhecê-lo.--Fleamont falou.--James nos mandou cartas falando muito bem de você. 

Severus queria conseguir dizer alguma coisa, mas estava travado. James, percebendo o seu desconforto, interrompeu os pais antes que eles fizessem o pobre do namorado desmaiar de nervosismo. 

–Pai, mãe, estou faminto. Vamos? 

–É claro!--Euphemia falou.--Viemos aparatando, tudo bem? 

Severus olhou meio desesperado para James, lhe estendendo o braço como se temesse que eles o esquecessem. O namorado segurou em sua mão e, segundos depois, estavam parados em frente a um casarão de aparência confortável. 

–Bem-vindo à minha casa!--James cantarolou e Severus achou a melhor cantoria do mundo. 

Julgando pela aparência feliz daquela casa, James havia tido uma infância magnífica. A infância de Severus havia sido um caos, um belo de um caos! Tobias, um carrasco adorável, conseguia transformar até os cafés da manhã de Eilen, com panquecas feitas com grande esforço e falta de dinheiro, em um desastre. No final, as panquecas sempre acabavam no teto e seu coraçãozinho partido. 

Severus esperava que a mãe estivesse feliz, onde quer que estivesse. A morte da mulher não havia sido amigável, Eilen havia se matado jogando-se do telhado da casinha velha. Tobias, Severus esperava, deveria estar devendo até o último fio de cabelo e sendo caçado por algum homem de apostas. 

–Ela é linda.--Severus comentou, com os olhos estranhamente aguados. Lembrar da mãe era difícil.

–Eu fiz torta de amora, querem?--Euphemia disse quando adentrou a casinha, carregando no rosto um sorriso maternal. 

–Eu amaria, tia Euphemia!--Sirius correu para dentro da casa como se fosse a dele e jogou-se no sofá da sala. Severus se perguntou se, quando enfim se acostumasse com os Potters, faria como Sirius. 

–Fico encantado.--Remus falou, ajeitando as malas na entrada da casa com educação.--Posso utilizar o banheiro? 

--Terceira porta à esquerda, querido.--Euphemia apontou para o corredor e Remus seguiu até lá--Severus, você quer a torta? 

    Severus meneou a cabeça, um tanto quanto atarracado. Não estava esperando que ela perguntasse diretamente a ele. 

    –Aceito de muito bom grado, senhora Potter!

    –Vamos, Severus, você pode me chamar de Euphemia!--A mulher deu uma batidinha em seu ombro. 

    –E me chame de Fleamont.--Senhor Potter saiu da cozinha, carregando nas mãos a torta enquanto levitava alguns pratos.--Depois de tudo o que James nos contou a seu respeito, garanto que cordialidade não é necessário!

    E Severus imaginava exatamente o que James deveria ter contado a seu respeito. 

    Era uma família adorável. Os pais de James eram os pais que Snape gostaria de ter tido. Abertos, amorosos e seguros do filho que tinham. 

    Uma lágrima solitária deslizou pelos olhos de Severus, mas ele a limpou com um sorriso. 

  ***

Severus imaginou que fosse ter mais confiança quando chegasse para conhecer os Lupins, mas mudou de ideia no momento que desaparatou com Remus em frente à casa. Conhecer os Potters havia sido um caos, mas imaginou que, por saber como era e por ter tido dias tão amigáveis em contato com eles, que conseguiria ter mais confiança conhecendo os pais de Remus. 

    –Não se atraque, querido.--Remus sorriu, apertando a mão de Severus com carinho.--Vamos? 

    A porta foi aberta antes que Remus batesse e uma mulher de sorriso bondoso puxou Severus para um abraço apertado. Snape não teve reação, de forma que não o devolveu. A alguns passos, um homem os olhava de aspecto indiferente, mas Severus imaginou que seu semblante puxasse mais para o irritado. 

    –É um enorme prazer conhecê-lo, Severus!--A mulher permitiu que os dois entrassem.--Já estávamos pensando que não fossem vir. 

    –Desculpa mãe, o senhor e a senhora Potter nos lotaram de comida. Foi difícil despistá-los.--Remus brincou e a mãe revirou os olhos.

    –E a transformação?--A voz de Lyall, pai de Remus, soa impregnada do que Severus não conseguiu identificar. 

–Foi tudo bem, pai.-- Remus respondeu de maneira vaga.--Como estão? 

–Felizes que você se formou, querido!--Hope, a mãe, o abraçou.--E felizes que está namorando. Como estão Sirius e James? 

–Quando saímos estavam discutindo por uma fatia de bolo, mas estão bem. 

A mulher riu do comentário do filho e o puxou em direção à cozinha. Severus não os seguiu, preso com os olhos em Lyall, que o olhava de volta. Quando pensou que o homem fosse parar de fita-lo, ele aproximou-se. 

–Poderia conversar com você, Snape? 

Snape… O homem não parecia feliz. Severus olhou para a cozinha, escutando a voz de Remus, que discutia com a mãe de forma amigável sobre algum assunto que Severus desconhecia ou apenas não conseguia entender. 

Meneou a cabeça e acompanhou o homem em direção à uma sala de estar de aspecto amigável, mas estranhamente melancólica e escura. 

–Ele te contou que é licantropo?--O homem irrompeu a falar e Severus sentiu-se confuso por ele tocar no assunto de forma tão irritada. 

–Contou, por quê? 

A resposta pareceu irritar e assustar a Lyall, que apenas fitou Snape por longos segundos, parecendo incerto ao futuro daquele diálogo. 

–Então por que você está com ele?--Seu tom é impregnado do que parecia preocupação, mas Severus não acreditava que fosse esse o caso. 

–Porque amo a companhia dele.--Respondeu com sinceridade.--Porque ele me faz sentir amado e feliz. 

Lyall pareceu não acreditar que Severus estivesse com Remus por aqueles motivos. Pareciam tão pequenos perto do que Lyall pensava a respeito da relação. 

–E se Remus o atacar? 

–Remus não faria isso e eu também não me aproximaria dele em uma situação que ele não quer que eu esteja perto.--Severus deu de ombros.--Já conversamos sobre. 

Lyall ainda não se dava a entender. Parecia fechado a qualquer entendimento. 

–Severus?!--A voz de Remus o chamou.--Onde você está?

–Na sala com o seu pai!

Remus adentrou o recinto, olhando desconfiado para a figura nervosa do homem prostrado em frente à lareira desligada. 

–O que vocês estão fazendo? 

–Seu pai estava me mostrando algumas fotos.--Severus mentiu, apontando para as fotos em cima da lareira, uma delas sendo a de um Remus bebê, ainda sem as cicatrizes que ganhara aos cinco anos.--Muito bonitas. 

Remus não pareceu acreditar, sabendo exatamente o que o pai havia tentado fazer. Olhou profundamente nos olhos do pai, que não fez mais do que abaixar a cabeça. 

Remus voltou a olhar para Severus, sorrindo bondosamente, tão igual a mãe dele. 

–A minha mãe fez biscoitos, quer? 

Severus sorriu, pegando na mão estranhamente áspera de Remus Lupin. 

–É óbvio que eu quero. 


Notas Finais


Até mais, gente.


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