História A Babá - Imagine Kim Taehyung - Que mal poderia acontecer?

(S/N)

Só pode ser brincadeira...

- É sério? - perguntei.

- Muito sério! - Seokjin disse rindo.

Pensei em pouco e coloquei os prós e os contra na balança.

Taehyung é um lindo e muito gostoso. Provavelmente, se não fosse por isso nunca nos beijaríamos. Contudo, se continuássemos com essas mentiras essas história poderia custar caro.

- Taehyung eu...

Ele me pediu "por favor" baixinho. Eu queria muito dizer não, mas quando ele começou a se aproximar eu acabei não reagindo.

Nossas bocas estavam praticamente se encostando. Meus olhos já estavam fechados e eu podia sentir sua respiração. 

- O que vocês estão fazendo? - a voz de Henri nos fez afastar bruscamente.

- Ah, filho! - Taehyung coçou a nuca.

- Papai, você não estava pensando em beijar a babá, não é?

- Eu...

- Babá? - Seokjin nos olhos confuso - Chama sua madrasta de babá?

- Madrasta? Nunca! - revirou os olhos.

- O que está acontecendo?

- Isso é um mal-entendido. - Taehyung começou - Me deixe explicar tudo.

- Comece. - o Kim nos olhou atentamente.

- É que...

Taehyung normalmente era bem seguro de si, mas pelo visto, quando se tratavam de relacionamentos ele acabava travando.

- Deixe que eu explico. - tomei a liderança - Basicamente, desde o começo você entendeu errado e não explicamos as coisas. Eu sou sim a babá do Henri e nada mais que isso. Eu e Taehyung somos apenas patrão e empregada.

- E por que não disseram isso antes?

Taehyung parecia bem desconfortável com o situação, mas foi obrigado a continuar o diálogo:

- Porque eu não sabia como reagir. Achei que você me acharia um fracassado por não ter acompanhante em um evento desses.

Ver meu chefe admitindo aquilo era realmente surpreendente. Ele se fingia de forte, eficaz, absoluto, mas ainda assim tinha suas fraquezas.

- Taehyung, não seja bobo! - Seokjin tocou no ombro do mesmo e riu - Eu não me importo quanto a isso.

- Tem certeza?

- Não é só porque eu gosto de fazer umas festinhas e atrair mulheres que eu sou esse tipo de pessoa.

Franzi a testa e cruzei os braços.

É sério? Não é esse tipo de pessoa?

- Que bom! - Taehyung suspirou aliviado - Não acontecerá mais nada do tipo.

- Não se preocupe! Está  tudo bem. - disse risonho.

Os dois saíram da sala e foram até o escritório. Provavelmente, iriam falar de negócios e contratos da empresa.

- E então...? - olhei Henri.

- O que?

- Obrigada por ter me salvado dessa.

- Salvei meu pai! Ele estava prestes a ser beijado por uma bruxa!

- Se eu sou a bruxa, você é o duende.

- Duende?

- Sim!

- Até parece, babá! - riu - Você e meu pai... - fez careta.

- O que tem?

- Seria estranho.

Pensei um pouco. Realmente, eu não me imaginava como namorada de Taehyung.

- Sim, muito estranho. - comentei.

(...)

Seokjin foi embora algum tempo depois. Taehyung não falou nada comigo durante o jantar, mas percebi seu olhar em mim vez por outra.

Em seguida, eu e Henri ficamos vendo desenho. Daí, eu fui colocá-lo para dormir.

- Até amanhã, Henri.

Desliguei às lâmpadas e puxei a porta para fechá-la, porém Henri me chamou antes que eu pudesse sair.

- Babá...?

- Sim?

- Boa noite.

Era a primeira vez que ele me dava boa noite. Embora fossem apenas duas palavrinhas, era bom ver que o mesmo tinhas as dirigido para mim.

- Boa noite, Henri.

Fechei à porta e voltei até a cozinha. Ainda haviam algumas louças sujas e eu precisava dar um jeito nisso.

Encontrei o Kim fazendo um chá para isso à beira do fogão.

- Taehyung?

- Ah, oi. - sorriu de canto - Eu estou terminando, já sairei.

- Poderia ter falado comigo, eu faria o chá para você.

- Não precisa. Você já cuida do Henri e isso é de bom tamanho.

- Eu não me importaria, de verdade. - sorri de canto.

Taehyung terminou o chá e foi tomá-lo sentado à bancada.

- Que bom que tudo se resolveu, não é? - disse simplista.

- Sim, que bom. - sorri minimamente.

Haviam alguns papéis junto dele à mesa. E o mesmo parecia um pouco confuso com relação a leitura destes.

- Muito trabalho? - perguntei.

- Um pouco. - passou a mão pelo cabelos - São novos contratos.

- E o que te deixa confuso? Se me permite a pergunta.

- São as decisões que devo tomar. Sobre o que é melhor ou não para a empresa neste momento.

Terminei com as louças e sequei as mãos.

- Eu posso dar uma olhada?

Taehyung

Eu não imaginava que (S/N) se interessaria em assuntos da empresa, muito menos que poderia entender sobre esses, mas eu estava completamente enganado.

- Então, na minha opinião, se fizer deste modo todos sairão beneficiados. - disse após me mostrar um esquema rápido no papel.

- Como não pensei nisso antes? - disse baixinho - Sua ideia é ótima.

- Obrigada. - sorriu.

- Como você sabe tanto sobre organização? Sobre finanças?

- Eu sou formada em administração.

- Mesmo?

- Sim, tenho a graduação.

- E por que não trabalha nisso?

(S/N) afastou-se um pouco e respirou fundo.

- Não é tão fácil. Acho que o mercado está um pouco saturado.

- Quer dizer que você nunca trabalhou com isso antes?

- Não, nunca. Mas também não faz tanto tempo assim que me formei.

- Acho que sempre haverá uma boa oportunidade para aqueles que são bons profissionais.

- O problema é que eu ainda não provei em nenhum lugar que posso ser boa. - expliquei.

- E daí você precisou de dinheiro e achou que trabalhar como babá seria uma boa?

- Na verdade, ser babá não estava em meus planos. Mas acontece que eu estava prestes a ser expulsa do meu apartamento por conta do aluguel atrasado e com um cartão totalmente cheio de dívidas.

- Então, como exatamente decidiu?

- Como você sabe, foi o Hoseok que me recomendou. Ele e Chloe, a esposa dele, disseram que poderia ser uma boa momentaneamente.

- Entendi. - assentiu - Espero que possa arrumar um emprego na sua área em breve.

- Eu também.

- Quem sabe, talvez até mesmo na minha empresa.

- Me contrataria? - sorriu largo.

- Por que não?

- Eu vou cobrar, viu?

Ri e assenti.

- Pode cobrar. Mas saiba que terá que me apresentar projetos tão bons quanto esse que vi agora.

- Com certeza!

Enquanto ela sorria reparei no quão bonita era. (S/N) tinha um charme diferente, algo que eu nunca tinha visto antes em outras mulheres.

- Bem, Taehyung, eu estou indo dormir.

- Já?

- É mais tarde do que você que pensa, sabia?

Poderia até ser, mas eu estava completamente sem sono e conversar com ela me parecia uma boa.

- Que tal... Tomar um vinho comigo?

- Vinho? - franziu à testa - Não sei se é uma boa ideia.

- Por que?

- Você tem um péssimo gosto para comidas e bebidas, Taehyung! - disse diretamente.

- Às vezes, me assusto com sua sinceridade.

- Ah, não é para tanto! - riu - Eu aceito tomar um vinho.

Peguei um que estava guardado no armário. Era um dos melhores que eu já havia tomado e meu preferido.

- Aposto que não irá se arrepender.

- Bem, eu e você tomando vinho... Que mal poderia acontecer? - riu do seu próprio comentário.

Enchi uma taça para ela e tomei a outra.

- Pois é, que mal poderia acontecer...? - ri.