Taehyung
Depois daquela conversa que tive com (S/N) na cozinha fui dormir pensativo. A situação entre nós não me agradava de forma alguma e eu sabia que precisaria fazer algo para mudar aquilo.
Não fazia sentido eu continuar pensando na mãe do Henri, pois nada entre nós poderia ser recuperado, uma vez que ela, infelizmente, partiu. A verdade é que desde que ela se foi eu me fechei totalmente para minha vida amorosa, mas isso não era certo.
(S/N) era uma pessoa incrível e ela gosta de mim exatamente como sou. Ferir seus sentimentos não era justo de forma alguma.
Talvez eu estivesse perdendo uma oportunidade única...
Foi então que decidi que precisava fazer alguma coisa nesse respeito. A mudança teria que partir primeiramente de mim, ou seja, antes de procurá-la eu precisaria primeiro dar um jeito nos meus pensamentos e prioridades.
Uma semana depois...
"- Tae... Mais rápido, por favor! - ela gemeu em meu ouvido.
Fechei os olhos por alguns segundos e aproveitei a sensação do que se aproximava. Acelerei ainda mais os movimentos e senti suas unhas cravando minhas costas.
Que mulher perfeita!
- (S/N)...!
Ela segurou meu rosto com as duas mãos e me fez abrir os olhos. Encarei seu rostinho suado, corado e seu sorriso de canto.
- Eu te amo, Kim Taehyung.
Meu coração errou algumas batidas ao ouvir aquilo. Um enorme sorriso brotou em minha face e não pude deixar de responder a altura:
- Eu também te amo, (S/N)!
Unimos nossos lábios em um beijo caloroso e demorado. Ela me abraçou forte e rebolou contra meu corpo.
Meu orgasmo estava pronto para ser liberado, mas por algum motivo, eu não consegui. O que estava acontecendo? Tentei novamente, mas foi em vão. De repente toda aquela cena pareceu se distanciar e eu comecei a abrir os olhos."
Isso foi apenas um sonho? Não acredito!
E eu... Eu broxei no sonho? O que houve?
Sentei-me na cama e olhei para minha calça. Percebi o enorme volume formado ali e senti latejar. Se eu o tocasse, por pouco que fosse, iria gozar.
Definitivamente eu não broxei, eu apenas não consegui me aliviar porque não havia tido nenhum impulso manual direto.
- Porra, (S/N)... Olha os sonhos que você me faz ter! - comentei baixinho para mim mesmo.
Já era dia, e pela altura do sol, talvez um pouco tarde. Embora eu quisesse levantar dali e ir trabalhar não conseguiria. Precisaria me aliviar, pois nem mesmo um banho gelado conseguiria mudar o que eu estava sentindo.
Eu estava tentando a todo custo evitar pensar em (S/N), mas isso era totalmente em vão, pois todas as vezes em que fechava meus olhos ela era a primeira a aparecer. Até mesmo durante meu sono eu pensava nela, e pensamentos nada apropriados diga-se de passagem.
Eu sei que não fazia sentido nenhum ficar assim, afinal, foi eu quem decidiu por um ponto nessa história, mas a falta que eu estava sentindo de (S/N) e dos momentos em que estivemos juntos era singular para mim.
Acho que nunca senti isso por nenhuma outra mulher antes...
Nos dias em que se separam nós dois ainda estávamos distante, conversando apenas o básico, mas a mudança em mim já havia se iniciado. Eu tinha certeza que precisava reconquistar (S/N) o quanto antes e provar que as coisas poderiam ser diferentes.
- Espero que hoje seja um dia com oportunidades. - comentei
Respirei fundo e levantei-me da cama. Abri as janelas, arrumei tudo e fui me aprontar para ir ao trabalho.
Depois de "relaxar" um pouco no chuveiro vesti minhas roupas sociais, como nos demais dias, e desci para cumprimentar meu filho.
Henri e (S/N) estavam tomando café quando cheguei na cozinha. Sentei-me ao lado dele e de frente para ela.
- Bom dia. - os cumprimentei.
Ela estava tão linda!
- Bom dia, papai. Seu despertador não tocou hoje?
- Eu não uso despertador.
- Então como consegue sempre acordar cedo? - perguntou curioso
- Meu cérebro já está programado.
Peguei umas torradas e passei um pouco geleia nas mesmas.
- E a programação falhou hoje? - riu - Você acordou tarde, papai!
- Bem, eu até sabia que tinha que levantar cedo, mas sabe... Eu estava num sonho tão bom! - comentei olhando meu prato. Foi inevitável um sorriso de canto surgir em meus lábios.
- Com o que sonhou, papai? - Henri pergunta inocentemente.
Ergui o olhar e encarei o pequeno. Em seguida, desviei meus olhos para (S/N) e percebi que esta já fazia contato visual antes, porém desviou assim que eu correspondi.
- Sonhei que estava acontecendo algo muito bom, mas eu acordei antes da melhor parte.
- Isso não é muito específico, pai...
- Eu sei. É melhor assim.
- Está quase atrasado, Henri. Termine logo seu café da manhã. - (S/N) disse chamando a atenção do menor.
- Está bem, babá.
- Se quiser, posso levar você até a escola, Henri. - o olhei
- Acho uma ótima ideia!
- Não precisa se incomodar, senhor Kim. - (S/N) interrompeu - Eu preciso ir ao mercado, então aproveito para fazer tudo de uma única vez.
- Papai pode te levar até o mercado, não é? - ele me olhou seriamente.
Isso Henri! Ajude seu pai a ter oportunidades!
- É claro! Posso sim. Tenho pouco trabalho hoje...
Ela assentiu sem contestar. Levantou-se e pegou as louças que estavam sujas as levando até a pia.
(...)
Parei o carro em frente à escola de Henri. (S/N) pegou a mochila dele e o acompanhou até a entrada da sua sala.
Em seguida, ela voltou e entrou no carro sentando-se novamente no banco ao meu lado.
- Em qual mercado você vai?
- Naquele de sempre. Só preciso comprar umas frutas e algumas coisas aleatórias que acabaram.
- Isso significa que você quer que eu te espere?
- Não, não foi isso que eu disse...
- Você pareceu dizer que seria rápido.
- Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra, Sr. Kim. - me olhou seriamente.
- Por que está me chamando assim?
- É assim que eu deveria te chamar. - olhou para a paisagem ao lado.
- É Taehyung.
Ficamos em silêncio por um pouco. Me concentrei no caminho até chegarmos no supermercado que ela costumava comprar.
- Obrigada pela carona.
- Como vai voltar para casa?
- Eu posso pedir um motorista.
Respirei fundo e a encarei:
- Eu sei que estamos distantes por tudo aquilo que aconteceu, mas se estiver a minha altura te ajudar de alguma forma eu farei isso.
- Então, se quiser me acompanhar, tudo bem. - deu de ombros
Desci do carro e a segui. Fiz questão de levar o carrinho de compras para ela.
- Não sei porque está agindo assim, Taehyung. Você realmente é um mistério para mim! - disse pegando algumas coisas na prateleira.
- Por que está dizendo isso?
- É bipolar, claramente. Você demonstra ser atencioso, depois me ignora, depois é atencioso novamente. Esse ciclo fica se repetindo e embora eu já saiba o que vai acontecer ainda fico surpresa pela que forma que acontece. - suspirou
Engoli seco. Não havia o que fazer, ela realmente estava certa.
Entramos em um corredor com produtos menos procurados e, consequentemente, ele estava vazio.
- Já pode ir para o caixa, se quiser. Vim apenas pegar um produto de limpeza que acabou.
- (S/N)... - a chamei
Ela virou-se e me encarou com os olhos pesados:
- Sim?
- Você está certa sobre tudo que disse sobre mim. Eu realmente estou sendo uma pessoa horrível pela forma que estou agindo com você.
- Nenhuma surpresa até agora...
- É só que eu... Eu quero fazer diferente. - me aproximei um pouco mais da mesma.
Essa é a hora!
- Do que você está falando? - ela desviou o olhar.
- Estou falando que sei dos meus erros, mas que quero mudar e corrigí-los. Se você me der mais uma chance eu prometo que tudo será diferente.
- Taehyung, caso você não tenha entendido, você mesmo "terminou" comigo, pois disse que estava pensando na sua ex. E agora está aqui me dizendo que as coisas serão diferentes? Nesse curto período de tempo você a superou? É isso mesmo?
(S/N) cruzou os braços e encostou-se em uma prateleira.
- Não é sobre superar exatamente, mas saber lidar com meus traumas e seguir em frente. Eu... Tenho pensado bastante, entende? - bufei - Cheguei a conclusão de que se ela não vai voltar e o que tínhamos acabou eu não preciso ficar me sentindo culpado por estar tendo sentimentos por outra pessoa.
Me aproximei um pouco mais dela e esta continuou me olhando nos olhos.
- Não posso evitar o que eu sinto por você. Todos os momentos que passamos juntos foram ótimos e eu tenho certeza que ainda podemos construir boas lembranças juntos. Então, é por isso que estou te pedindo para reconsiderar. Eu quero que as coisas sejam diferentes.
- Quem me garante que amanhã você vai ter esquecido tudo isso que disse e voltar a me pisar? - riu forçadamente, parecendo triste.
- Eu, eu te garanto. - segurei em seus ombros e a fiz me olhar - Já estou pensando nisso a dias e eu finalmente encontrei uma boa oportunidade para te dizer.
- Estamos no meio de um supermercado, essa definitivamente não é uma oportunidade tão boa assim...
- Mas eu preciso aproveitar qualquer brecha. (S/N)... Eu estou tão apaixonado por você! Passo o dia inteiro pensando em você, no que nós vivemos nas semanas anteriores. Eu até mesmo sonho com você!
- Então, o sonho de hoje... Era comigo?
- Sim. E foi perfeito! Melhor ainda será colocar em realidade. - acariciei sua bocecha e ela sorriu minimamente.
- Acho que eu sou uma verdadeira trouxa, mas eu vou confiar em você mais uma vez. Não me decepcione, por favor!
- Eu não irei!
Inclinei meu rosto e a beijei. Ela retribuiu o gesto e permitiu que eu explorasse toda sua boca.
Aquele beijo que misturava saudade, sentimentos e desejos foi um dos melhores de toda minha vida.
Só nos separamos quando o ar começou a faltar. Olhei em seus olhos e sorri de orelha a orelha. Ela devolveu o sorriso e me deu mais um selinho rápido.
- Você é patético, Sr. Kim.
- E você é perfeita, (S/N)!
Ouvimos uma tosse forçada e viramos para o lado para saber de quem se tratava. Era uma senhora bem idosa que olhava a cena um pouco irritada.
- Estão atrapalhando! Preciso pegar um produto que está aí atrás!
- Me desculpe. - (S/N) disse se afastando da prateleira.
- Será que ela viu o beijo? - perguntei baixinho
- Acho que sim. - respondeu no mesmo tom - Mas tudo bem.
Passei a mão por seus ombros a abraçando e seguimos juntos até o caixa.
Eu estava aliviado em finalmente poder dizer tudo aquilo que estava preso em minha garganta. E, de fato, eu faria tudo que fosse preciso para reconquistar ela e fazer as coisas funcionarem.
- Só vamos devagar, está bem? - ela pediu
- No seu tempo. Não precisa se preocupar. - confirmei e ela sorriu.
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