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História A Bruxa e a Polícial - Conexão - História escrita por SteepQueen - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Bruxa e a Polícial - Conexão


Escrita por: SteepQueen

Notas do Autor


Me sigam ❤

Capítulo 3 - Conexão


Fanfic / Fanfiction A Bruxa e a Polícial - Conexão



Pov

Márcia


09:02 AM


Fui para o meu apartamento assim que sai da casa de Inês,tomei um banho gelado e coloquei uma roupa nova. Faço minha higiene pessoal e fico pensando seriamente em voltar para minha cama.

Infelizmente meu celular tocando me faz revirar os olhos e esquecer da idéia.
Fico preocupado assim que vejo o nome de Erick na tela,depois das coisas que aconteceram com o corpo seco tudo ficou muito estranho.

Erick se mudou para a Vila Toré,Luna e Januária continuam na mesma casa e as vezes vou lá para brincar com a menina.

Meu melhor amigo não fala comigo a alguns dias e uma ligação dele a essa hora,me deixa extremamente preocupada.

- Ligação -

- Alô,Erick ?

Erick - Sou eu,desculpa não te mandar mensagem nesses dias Márcia !

- Tá tudo bem,você tinha que resolver as coisas e sei disso ! Oque aconteceu para me ligar a essa hora?

Erick - Acharam um corpo na floresta do cedro,não quero que a polícia se envolva nisso...Camila e Iberê acham que pode ser uma nova entidade !

- Me manda a localização,tô indo imediatamente !

- Ligação off -

Desligo o celular e busco pela minha arma,pego minha chave do carro e vou para a garagem do prédio.
Não demora nem vinte minutos e já estou parando meu carro na estrada de terra,a localização parece estar certa.

Saí do carro e suspiro,só queria ter dias mais calmos e normais.

Inês - Bom dia policial  ! - Pulo de susto e saco minha arma,apontando para a bruxa.
Ela sorri e vejo Camila segurando a risada ao lado dela,reviro meus olhos vendo a cena.

Márcia - Eu deveria prender vocês duas por desacato. - Inês ri,chegando mais perto de mim.

Inês - Pode tentar,mas vai ter consequências ! - Eu sorri vendo a entidade me provocar. Balanço a cabeça e começo a andar floresta adentro seguindo as duas mulheres.

Chegando no local vejo Erick,e se fosse em outro momento eu correria para abraçá-lo,mas agora é realmente horrível para isso.

Um corpo está despedaçado no chão,sangue por todos os lados e o cheiro está péssimo ! Com certeza uma pessoa não faria isso,talvez um animal de grande porte.

Vejo Inês se ajoelhar muito perto do corpo,ou oque sobrou dele. Ela coloca as mãos um pouco acima do peito do homem,e parece se perder nos pensamentos,deve estar tentando achar alguma pista.

As demais pessoas estão em volta,se olhando e esperando alguém começar a falar.

Erick — Achamos que pode ser uma entidade...por isso,não denunciamos o corpo a polícia ! — meu amigo fala,quebrando o silêncio agonizante.

Olho para o lado vendo Ciço e seu filho,eles estão claramente abalados com a morte horrível. Comecei a analisar tudo,como uma investigadora preciso ficar atenta ao que ninguém enxerga.

Ciço - Oque acha que pode ter acontecido Márcia ? — O mais velho me olha,confuso e com um certo medo no olhar.

Márcia  – Ele véio do outro lado da floresta...– Aponto para alguns galhos de árvore que tinham marcas de mãos ensanguentadas. — Não deve ter vindo da vila...então,só pode ter vindo do lado sul...talvez tenha fugido do animal por muito tempo,por isso está tão longe  !


Erick — Márcia pode ter razão,não sabemos oque aconteceu para ele ser morto e nenhum animal que conhecemos poderia fazer um estrago desse... — O homem vem até mim,ficando no meio de Camila e eu.

Inês - Lobisomem ! - A bruxa praticamente sussurra a palavra,e sinto minha espinha arrepiar com tal possibilidade.

Camila - O quê ? - A sereia pergunta confusa,vendo Inês abrir os olhos e se levantar frustada.

Inês - Oque atacou esse homem,é um lobisomem...Não posso nem cogitar a idéia de ser outra entidade ! — Ela fala fria,limpando as mãos no vestido preto.

Ciço - Como tem tanta certeza ? — O velho de barba branca pergunta,eu só consigo ficar perplexa. Um lobisomem? É sério?

Inês - Olhei a mente da vítima não consegui ver oque fez tudo isso,mas foi um ataque animal...ontem foi lua cheia,oque me preocupa mais ainda  ! — A bruxa revira os olhos,suspirando e parece pensar.

Camila — Um lobisomem atacando um humano? Se fosse um animal eu até entenderia,mas uma morte assim...não está certa  ! — Olho para a mulher,lembrando que ela é uma sereia e me dou conta que sou a única discordando da hipótese.

Ainda é difícil para mim acreditar nos mitos e lendas,que agora são mais reais que nunca.

Ciço — Camila tem razão...ele não atacou para comer,ele atacou para matar ! - Todos concordam com àquilo,afinal pareceu mais uma caçada por diversão do que por instinto.

Erick - Oque vamos fazer  ? — Ele pergunta preocupado,passando a mão no rosto.

Inês - Ciço,peça um toque de recolher para os moradores da vila,principalmente em dias de lua cheia ! Todos precisam estar em casa quando o sol se for,não quero perder mais nenhum humano.

O homem concorda balançando a cabeça.

Camila — Oque faremos com esse corpo aqui ? — A sereia pergunta preocupada,desviando o olhar da morte a sua frente.

Inês - Vou pedir para o Iberê arrumar essa bagunça e tentar fazer rondas a noite,precisamos saber quem está fazendo isso...e descobrir se é um inimigo.

Eu respiro fundo,olhando nos olhos de Inês e balançando a cabeça. Resolvo tomar uma atitude e deixar a realidade de lado.

Márcia - As pessoas vão começar a perguntar sobre esse corpo...vou até a delegacia e vou ver se tem algum registro de desaparecimento nas proximidades !

Erick - Parece que temos um plano...não quero ver ninguém mais morrendo depois do corpo seco ! - Todos nos concordamos silenciosamente,saindo do lugar aos poucos.

Comecei a pensar em como estou nessa situação,não consigo achar que Erick é culpado e talvez eu teria vindo parar aqui de qualquer jeito.

Erick - MÁRCIA  ! — Paro de andar e vejo meu amigo correr até mim.

Márcia -  Tudo bem ? - Sei que é uma pergunta péssima,mas ele sorri.

Erick - Sim,não te vejo tem um tempo ! Desculpa por tudo,depois do corpo seco acabei sendo treinado pelo Iberê e aprendi a controlar alguns coisas com Inês...ainda não sei se vou ter sabe algum poder específico...mas e você ?

Márcia - Estou sem dormir a alguns dias e agora parece que vai ficar pior...achei que tudo voltaria ao normal ! - Abaixo minha cabeça,estou cansada demais.

Erick - Eu também...porém esse é o novo normal ! Senti sua falta,sabia ? - Ele me dá um meio sorriso,e se aproxima.

Márcia - Esse é um péssimo pedido de desculpas e sim eu ainda sou sua melhor amiga seu idiota ! - Ele finalmente solta uma risada,oque me faz sentir muito melhor.

Não vejo Erick sorrir des que a Gabriela morreu,acabo sorrindo também e o abraçando. Senti falta do meu melhor amigo,ele me perguntou sobre Luna e Januária.

Márcia - Elas estão bem na medida do possível,Luna tá meio confusa...mas vai fica melhor ! Acho que Inês está ajudando elas a dormir melhor.

Erick - Sim,ela tem me ajudado muito! Agora que sou um deles,tudo mudou e entendo boa parte das coisas...sei que é confuso para você.

Márcia - Realmente é uma bagunça ! Tenho que ir,vou para delegacia...não se esqueça da gente.

Me despedi dele e fui para o meu carro,dirigindo bastante até chegar na delegacia. Passei a tarde e início da noite pesquisando sobre pessoas desaparecidas,nada ainda foi notificado.

Aquele corpo na floresta tem que ser de algum morador da vila Tore...porquê alguém da cidade iria até lá ? Não faz sentido  !
Ivo — Márcia,na minha sala agora ! — Revirei meus olhos pelo chamado indelicado e pelos pares de olhos me acompanhando,assim que Erick se tornou procurado,meu trabalho foi colocado em jogo e principalmente em perigo.

E eu sei exatamente oque iria acontecer agora,mas não estou preparada nem um pouco. Entrei dentro da sala do chefe e fechei a porta,sentando na cadeira em frente a mesa.

Ivo - Acho que você sabe porque estou te chamando...

Márcia - É sobre o Erick ? - Me finjo de desentendida.

Ivo - Sim...Márcia depois de tantos anos trabalhando aqui,não achei que você poderia ajudá-lo e sei que não ajudou  ! Caso contrário não teria investigado ele.
Só que você,é muito próxima ao Erick e do resto da família dele.

Márcia - Então eu sou uma suspeita? Vai me investigar ? - Pergunto controlando aa raiva e tentando ficar calma.

Erick - Não,Márcia vcoê está suspensa dessa delagacia,até segunda ordem !

Naquela hora me enfureci passei 6 anos lutando aqui,passei por muita coisa para ter o respeito que tenho. Para me ouvirem,e para ser uma detetive boa.

Márcia — Eu não acredito nisso ! Sabe o quanto lutei ? para AGORA ter meu trabalho tirado de mim em um único dia?

Ivo - Seu distintivo e arma por favor...

Tirei o cordão do pescoço e joguei a arma na mesa. Saindo da sala batendo forte a porta,pegando minhas coisas e colocando tudo em uma caixa.

Saí daquela delegacia ambiental de cabeça levantada e não olhando para trás,mas foi só chegar no meu carro que as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto.




Pov
Inês

17:48


Passei metade do dia na floresta,resolvendo os problemas com Iberê e Camila.

Iberê conseguiu dar um jeito no corpo na floresta e em todo aquele sangue.
O curupira avisou que a floresta está movimentada e que as árvores sentem uma presença diferente.

Tenho quase certeza que é uma entidade e se for...um lobisomem está a solta nessas matas. Quando voltei para o cafofo bar já era tarde,e fui tentar me acalmar.

Entrar na mente de uma pessoa morta e lidar com todo aquele estresse está me deixando nervosa. Algumas lembranças passam pela minha cabeça...Turu,Manaus e Isac...não aguento perder mais ninguém !

Acendi algumas velas e deixei meu espírito relaxar assim como meu corpo.
Não quero abrir o bar essa noite,tenho que ficar atenta com um novo possível ataque.

Com a noite chegando e nenhuma notícia também,acabei me transformando em borboleta,indo vistar a antiga casa de Erick.

Fiquei feliz por ver Luna dormindo serena e Januária também,as duas estão ficando melhores. Sei que a menina e esperta e alguma hora vai começar a fazer perguntar demais,espero que isso demore um certo tempo.

O vento está forte hoje,já se passa das nove da noite. Minto para mim mesma,dizendo que só estou dando uma volta para relaxar...mas sei até onde vou.

Entrei pela janela no quarto andar,entrando no quarto de Márcia. Passei algumas noites por aqui,vindo verificar se a policial está bem.

Normalmente ela está dormindo profundamente ou acordada vendo TV.
Meu dever é cuidar das entidades,mas de alguma forma,me peguei cuidando de Márcia um pouco mais do quê deveria.

Voltei a minha forma normal,adentrando o quarto dela e estranhando a mulher não estar aqui. Tem muita coisa bagunçada,uma caixa e muitos papéis espalhados em cima da cama.


Pego um dos papéis e começo a ler,são coisas de trabalho e a maioria sobre casos antigos. Escuto um barulho de passos e olho para a porta,ouvindo uma voz leve cantando algo baixinho.

Sorrio já imaginando oque acontecerá,e como sempre a policial está distraída e quando me vê,toma um susto.
A morena coloca a mão no peito e solta um grito agudo,me olhando assustada.

Eu soltaria uma risada irônica,mas o fato dela estar só com uma toalha branca envolvendo o corpo e os cabelos molhados,me deixou sem reação por alguns segundos.

Nem tentei disfarçar e passei meu olhar dos pés a cabeça,o corpo escultural me fez morder os lábios.

Márcia — Você não sabe oque é uma porta ? — olho no fundo dos olhos da mulher.

Inês - E você é distraída demais ! — Me sentei na cama dela,dando um sorriso para a morena desconcertada a minha frente.

Consigo ouvir os pensamentos dela tão claramente,como ela está preocupada com o trabalho e com o novo corpo encontrado mais cedo...mas no fundo ouço baixinho suas idéias mais impuras.

Márcia - Para de ler meus pensamentos ! Odeio quando faz isso ! - Ela revira os olhos,me fazendo só ficar mais curiosa.

Inês - Ainda estou esperando... — Sorrio vendo ela me olhar confusa.

Márcia — Esperando o quê ? - Me levanto e caminho lentamente até ela. Fazendo a mais nova dar passos para trás,meu olhar está quente sobre o corpo dela.

A policial bate as costas na parede e se vê completamente sem saída. Minhas mãos foram para o pescoço dela,passando as pontas dos dedos levemente,sinto a mulher se arrepiar sobre meu toque.

Inês — Você disse que se eu te desse mais um susto...eu séria presa,estou esperando minha voz de prisão polícial !

Márcia - Ficou louca ? Inês... - Olho tão profundamente em seus olhos cor de mel,como se eles fossem minha salvação.

Inês — Você acha que não está preparada,mas seu corpo me dá todos os sinais em confirmação  ! — Sussurro no ouvido dela,mordendo o lóbulo dá orelha dá mais nova e a ouço suspirar.

Márcia - Qua-ais confirmações  ? - Ela fala trêmula,só me fazendo ter mais coragem ainda.

Inês - Que seu corpo sente algo pelo meu...que sua mente se conecta com a minha,que todo seu ser sente oque tá acontecendo ! E oquê você vai fazer a respeito? O que quer Márcia ?

Sorrio entre os beijos no pescoço dela,não consigo prever oque aconteceu dessa vez.
Quando abro meus olhos já estou na parede e a outra avança para me beijar.

Como uma invasão que eu esperei por um bom tempo,acabo cedendo a sua língua e nosso beijo se torna mais que um encontro de bocas.

Iria abraçá-la pelo pescoço e a puxar para mais perto,mas suas mãos seguram as minhas com força e ela saí do beijo.

Márcia — Posso não ser poderosa como você e os outros...mas vou te mostrar um universo diferente hoje ! — Sorrio descaradamente vendo a policial soltar a toalha e deixando a cair entre seus pés.

O corpo forte me abraça e ela me levanta,fecho minhas pernas contra a cintura dá mulher e sinto a me carregar.

Os papéis são jogados para o chão e ela me coloca no colchão e sobe em cima de mim com rapidez.

Inês — Qual universo séria esse ? — Ela me puxa contra si e me beija,acabo me rendendo aos braços dela.

Márcia — Minha cama  ! —Ela fala baixo no meu ouvido,sorrio contra a boca da agente. Quando iria voltar a beijá-la,sinto a delicadeza em sua mão ao segurar meu rosto e fazer nossos olhares se encontrarem.

Inês — O que foi  ? — perguntei confusa pelo olhar dela,algo mais amoroso...que eu nunca recebi antes e que de certa forma me assusta.

Márcia — Obrigada,por me deixar ver sua mente e seu passado...não sabe o quanto àquilo significou para mim ! Eu amo sua escuridão Inês e amo cada cicatriz sua !









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