Sarada PoV
As palavras de Abraham ficaram na minha cabeça durante toda a noite de ontem até hoje de manhã, elas foram a primeira coisa que pensei ao acordar, vesti meu uniforme que consiste em uma saia acima do joelho, uma blusa social branca e uma gravata preta com um blazer preto com jm detalhe de corrente no lado esquedo que se prende proximo ao ombro, o sapato é escolha do aluno e eu optei por uma bota preta de cano alto já que está frio, é um uniforme bem diferente da maioria por ser de uma escola de elite, o dos meninos consiste em uma camiseta social branca, uma calça social preta, gravata preta além do blazer preto é claro, também pode usar alguma coisa por cima, por exemplo Keisuke está usando um sobretudo preto, e seus costumeiros coturnos.
- O que o moleque abusado queria com você ontem? Perguntou Keisuke curioso e desconfiado.
- Não chame ele assim! Repreendi o mais velho que revirou os olhos coloridos. Ele não queria nada, apenas tinha uma dúvida. Menti e ele acreditou.
- Então porque Kawaki ficou tão estressado? Perguntou Daisuke plantando a sementinha da discórdia.
- Ultimamente o Kawaki está sendo um perfeito babaca, se quer saber o que ele tem pergunte a ele. Me estressei e peguei uma maçã saindo de casa ouvindo eles me chamarem.
Fui andando e comendo a fruta, mas podia ouvir os passos de meus irmãos atrás de mim, chegamos na escola e a primeira pessoa que vi foi Kawaki, o que é bem estranho já que ele sempre chega atrasado.
- Sarada! Podemos conversar? Ele perguntou se aproximando.
- O que você quer? Perguntei impaciente.
- Me desculpe! Ele disse arrependido
- Não é a mim que você deve desculpas Kawaki. Falei irritada. Você deve desculpas ao Abraham. Completei e ele revirou os olhos.
- Desde que esse garoto chegou você se afastou de mim. Disse o cínico.
- Eu me afastei?! Perguntei incrédula e ele engoliu em seco, ouvi passos se aproximando mas ignorei. Você quem se afastou de mim depois da noite em que dançamos juntos! Não venha dar um de coitadinho pra cima de mim que isso não cola. Disse aumentando o tom de voz aos poucos e ele ficou envergonhado, senti um braço rodeando meus ombros e uma voz firme falar.
- Está tudo bem por aqui pequeña? Algum problema? Perguntou Abraham encarrando Kawaki, que ao mesmo tempo fechou a cara.
- O problema acabou de chegar! Disse o Uzumaki debochado.
- O que foi que você disse garoto?! Perguntou Abraham irritado e deu um passo a frente encarrando o mais alto. Por que não repete para que eu possa arrebentar você?! Disse o Espanhol sorrindo maligno.
- Calma crianças, para que essa energia negativa? Perguntou Daisuke abraçando os dois pelo pescoço, enquanto Keisuke encarava os dois entediado.
- Não segura não! Eu quero ver o circo pegar fogo. Disse meu irmão mais velho que adora uma briga.
- Keisuke! Exclamei indignada. Kawaki, você não tem nada a dizer? Perguntei olhando sugestivamente para o Uzumaki.
No começo ele fez uma careta, mas ao notar meu olhar sério suspirpu derrotado.
- Me desculpe ter te zoado ontem. Disse irritado surpreendendo meus irmãos e Abraham, o Espanhol apenas acenou com a cabeça e o Uzumaki saiu irritado.
- Você vem pequeña? Perguntou ele para mim ainda com o braço em meu ombro.
- Vamos parar com essa intimidade toda garoto? Perguntou Keisuke tirando o braço do moreno de meu ombro. Pode nos dar licença? Preciso falar com minha irmã. Disse o bicolor e Daisuke acompanhou Abraham. Você está bem maninha? Perguntou a mim e eu acenei concordando. Se aquele garoto te incomodar me avisa que eu resolvo. Disse ele.
- Relaxa Keisuke, eu sei me virar. Falei sorrindo e ele bagunçou meus cabelos.
- Está bem, mas fica esperta, esse garoto está escondendo alguma coisa, eu não confio nele ainda. Disse meu irmão sério e me puxando para dentro da escola.
Avistei Boruto conversando com o irmão mais velho, Naoto e Daisuke conversando animados com Abraham e Shikadai dormindo na mesa do pátio como de costume desde a creche.
- Sobre o que estão falando? Perguntei curiosa abraçando Naoto pelas costas.
- Sobre como você é irritante! Disse o Hyuga divertido e eu dei um tapa em sua cabeça.
- Irritante e bruta! Disse o Hyuga mostrando a língua de um jeito infantil e o sinal tocou
Felizmente nosso primeiro tempo de hoje é a aula de música, que antigamente na época de meus pais era apenas um clube de música, mas como a escola foi meio que a "responsável" pelo nascimento de uma banda famosa a instituição resolveu incestir mais na área musical, entramos na sala de música e nos sentamos nos puffs como de costume, logo um ser de cabelos brancos entrou saltitando na sala.
- E aí minhas crianças! Como vocês estão?! Perguntou parando na frente da turma e nós ficamos em silêncio digerindo a cena. Credo, qie baixo astral. Disse ele se jogando em um puff que havia. O negócio é o seguinte crianças, eu vou dividir vocês em duplas, e quero que façam as suas próprias músicas para apresentar daqui a um mês, vai valer nota. Disse ele sério dessa vez e os alunos começaram a conversar entre si para definir as duplas. Eu disse que EU irei separar as duplas. Disse o professor e eu pude ouvir as reclamações.
Ele começou a dizer as duplas até chegar em mim e meus amigos.
- Naoto e Kaito. Começou ele e parou por um instante. Teremos apenas um trio, Daisuke, Keisuke e Kawaki. Disse ele. E por fim Sarada e Abraham. O moreno em questão me olhou sorrindo e eu devolvi o gesto. O restante da aula vocês podem usar para começar a discutir sobre suas músicas. Disse o professor e se encostou no puff.
- O que acha de cantarmos em Espanhol? Perguntei animada e o moreno sorriu concordando. Tem alguma coisa em mente? Perguntei a ele que corou levemente.
- B-bem, eu t-tenho uma música que nunca cantei. Ele disse me surpreendendo.
- Você compõe músicas? Perguntei animada.
- Eu tenho meus segredinhos. Disse ele divertido e sorrindo misterioso me deixando intrigada. Quem sabe um dia eu te conte. Disse ele sorrindo e eu concordei com a cabeça.
Ficamos de ensaiar a música em um lugar separado, talvez em minha casa ou na dele, já que o moreno está com vergonha de apresentar sua música agora, as aulas se passaram rapidamente, tivemos matemática com Shino novamente, biologia com Orochimaru, e por fim chegou o intervalo, eu estava andando sozinha já que meus amigos foram até o refeitório e eu fui até o banheiro, saí do banheiro distraida e me assustei ao sentir uma mão forte segurar meu pulso de maneira firme mas sem apertar.
- Sarada, vamos conversar por favor. Disse Kawaki com uma feição triste e eu suspirei.
- O que você quer Kawaki? Perguntei a ele.
- Eu estou com saudades de você Amendoim, não sabe como me arrependo de ter me afastado de você. Ele disse suspirando e bagunçando os próprios cabelos, meu coração falhou uma batida ao ouvir o antigo apelido que ele costumava me chamar.
- Só me diz o porque, porque você se afastou? Perguntei séria e ele suspirou e abriu a boca para falar mas a fechou logo em seguida.
- E-eu... n-não posso... não agora pelo menos, peço que espere até eu ter a coragem de te falar. Disse ele abaixando a cabeça.
- Isso eu não posso prometer, o tempo não espera ninguém Kawaki, você precisa ser sincero consigo mesmo, ou quando você perceber pode ser tarde demais. Eu falei e vi seus olhos se encherem de lágrimas. Eu realmente espero que você se resolva logo. Completei começando a me afastar.
Eu adoraria dizer que ele veio até mim e me impediu de ir mas não, ele não veio e eu continuei até entrar no refeitório, avistei meus amigos e fui até eles.
- Que cara é essa maninha? Perguntou Daisuke preocupado.
- A única que eu tenho. Respondi rispida e ele se calou.
- Isso aí é TPM. Disse Boruto debochado fazendo um sinal de cruz com os dedos.
- O que foi que você disse? Perguntei irritada e quando iria me levantar senti braços fortes envolvendo minha cintura.
- Cálmate pequeña. Disse Abraham me segurando e eu me sentei novamente. Quer ir dar uma volta pelo pátio? Ele perguntou e eu rapidamente concordei.
Nos levantamos sentindo os olhos observadores de Keisuke em nossas costas e nos afastamos.
Começamos a andar pelo pátio e quando menos esperei estava no terraço novamente, nos sentamos na borda do local observando em volta, dessa vez a escola estava meio vazia, talvez por conta do frio.
- O que você tem pequeña? Perguntou Abraham preocupado.
- É o Kawaki, ele está estranho, antes ele estava se afastando de mim, e agira ele me quer por perto, e-eu não entendo o porque ele está fazendo isso. Desabafei sentindo um nó na garganta, Abraham me abraçou de lado e me puxou contra seu peitoral.
- Acho que eu sei o porque, mas não cabe a mim dizer. Disse ele enquanto eu me segurava em suas roupas deixando algumas lágrimas escaparem. Mas quero que saiba que eu estou aqui com você. Disse ele acariciando meus cabelos, e senti um beijo ser depositado no topo da minha cabeça.
- Abraham me desculpe, e-eu não sei se um dia poderei retribuir seus sentimentos. Fui clara com ele, e ouvi um sorriso.
- Não vou obrigá-la a me amar, vou cercá-la com meu amor enquanto... rezo por sua felicidade. Ele disse de maneira calma, fazendo eu me sentir mal, tudo seria muito melhor se eu o amasse ao invés do Uzumaki, mas como minha mãe diz, ninguém manda ni coração.
Ficamos um tempo daquele jeito e logo voltamos até o pátio, Keisuke foi o primeiro a me ver e se assustou, provavelmente por conta de meus olhos inchados pelo recente choro, ele se levantou irritado e veio até nós.
- O que foi que você fez para a minha irmã? Ele perguntou com uma voz assustadora, olhando dentro dos olhos de Abraham que apesar de ter ficado parado, tremeu levemente.
- Ele não fez nada Keisuke, não se preocupe ele apenas me ajudou. Eu rapidamente expliquei e meu irmão me olhou desconfiado.
- Você não chora sem motivos. Disse ele me olhando e eu sorri triste mas me recusei a falar e ele se sentou ainda me olhando preocupado.
- Pequeña! Disse Abraham chamando minha atenção. Quer sair comigo hoje a noite? Perguntou ele sorrindo e eu pensei por um momento.
- Claro, eu preciso me distrair um pouco. Eu falei sorrindo e ele concordou.
- Eu não conheço muito aqui, mas podemos ir até o parque das cerejeiras, o que acha? Ele peeguntou receoso.
- Maravilhoso! Eu adoro aquele parque. Respondi animada e ele suspirou aliviado enquanto anotava meu endereço.
Fiquei o restante das aulas pensando em meu primeiro encontro, talvez esse tenha sido o motivo de as aulas terem passado rapidamente, mas quando menos esperei estava voltando para casa acompanhada de meus irmãos, que eetranhavam o fato de eu estar tão sorridente.
- O que você está aprontando Sara? Perguntou Keisuke desconfiado e eu não respondi, quando chegamos em casa vi que meus pais já estavam lá.
- Olá crianças! Disse meu pai nos abraçando. Como foi o dia de vocês? Ele perguntou sorrindo.
- O nosso foi normal, mas a Sara está aprontando alguma coisa! Acusou Keisuke.
- Amendoim Fofinho, o que você vai aprontar? Perguntou meu pai e eu corei.
- N-nada. Falei abraçando minha mãe e a olhei tentando passar um pedido de socorro a ela.
Por sorte ela entendeu e afastou meu pai e os meninos de mim de um jeito discreto, fomos até meu quarto e eu me joguei na cama.
- O que foi minha filha? Ela perguntou se sentando ao meu lado.
- U-um menino me chamou para sair. Eu falei timidamente e ela soltou varios gritinhos animados.
- Quem foi? Foi o Naoto? Ou o Kawaki? Perguntou ela animada.
- O Naoto é praticamente mais um irmão para mim, e Kawaki está estranho. Eu falei e ela ficou confusa, então a expliquei tudo.
- Acho que ele deve estar confuso, vocês praticamente foram criados juntos, e talvez ele sinta algo por você mas tem medo de dizer. Disse ela dando ênfase no "talvez". Mas isso apenas ele pode te dizer, mas voltando ao assunto, quem te chamou para sair? Ela perguntou.
- Um aluno novo da minha turma, Abraham Mateo, ele é Espanhol. Expliquei rapidamente e ela me olhou com um sorrisinho malicioso.
- Minha filhinha está arrasando corações. Disse ela ainda com o sorriso no rosto. Mas minha filha, como sua mãe eu tenho que te alertar sobre certas coisas. Disse ela e eu a olhei desconfiada.
- Que coisas? Perguntei mas me arrependi logo em seguida.
- Sempre use camisinha minha filha! Ela não evita apenas bebês, como também doenças. Disse minha mãe e eu escondi o rosto no colchão da minha cama.
- MÃÃÃEEE! Gritei envergonhada em um tom de advertência. Pelo amor de Kami pare! Implorei e ela gargalhou alto.
- Desculpe, mas eu tinha que avisar. Disse ela. E você quer ir nesse encontro? Perguntou ela séria e eu concordei.
- Sim, só não sei o que vestir, e nem como pedir ao papai. Falei coçando a nuca e minha mãe acenou concordando.
- Com seu pai eu me resolvo, agora roupa vamos procurar uma. Ela disse indo até meu closet e eu a segui. Pode usar essas botas, com essa meia calça, e qual roupa você sugere? Ela perguntou para mim, depois de separar uma bota de cano alto na cor preta, e uma meia calça fina.
Eu olhei um pouco e logo avistei um vestido curto preto no estilo sobretudo, e por baixo usaria um short curto já que o vestido fica um pouco menor no corpo, minha mãe concordou e saiu do quarto para conversar com meu pai, e eu fui tomar banho.
Assim que saí vesti minha roupa e joguei meus cabelos de lado, e desci as escadas lentamente, meu pai estava emburrado no sofá assim como Keisuke, já minha mãe e Daisuke sorriram ao me ver.
- Está linda maninha. Disse o rosado me olhando e eu agradeci.
- Seu irmão tem razão, você está perfeita. Disse minha mãe e eu ouvi a campainha tocar, corri para atender e abri a porta rapidamente.
- Até que enfim Dais- Começou Kawaki mas logo parou me olhando boquiaberto. Nossa! Você está parecendo uma estrela. Ele disse chocado e eu o olhei inclinado a cabeça para a esquerda.
- E o que eu fiz para merecer uma comparação com as estrelas? Perguntei divertida sem esperar muito do Uzumaki, ele apenas deve ter se lembrado da minha paixão pela lua e as estrelas.
- Você está brilhando como uma! Ele disse encantado e meu coração quase parou, eu apenas dei espaço e ele entrou deixando o rastro de seu perfume amadeirado por onde passava.
- Sarada! Meu pai disse sério atrás de mim me tirando de meus pensamentos.
- S-sim p-papai. Respondi receosa.
- Assim que o garoto chegar quero falar com ele. Disse meu pai e se virou para entrar.
A única coisa que sei é que neste momento eu não iria querer ser o Abraham.
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