História A conquista de uma paixão. - As palavras que saem do coração

 E este era o grande plano de Sasuke, ficar ali naquele quarto com Sakura, ele poderia se permitir a esse grande capricho, ainda nu levantou-se e foi na frennte de um espelho que tinha a frente da escrivaninha, precisava fazer a barba e seus cabelos estavam crescendo muito rápido. Sentiu o cheiro de perfume que inalava do banheiro e ficou com vontade de se juntar a rosada, queria provar mais um pouco daquele desconhecido. Porém, quando estava voltando para a cama sentiu um chakra conhecido, era o de Kisame, tinha certeza. ‘'Aquele desgraçado deve estar aqui!’’, trocou-se rapidamente e sumiu do quarto.  

 Sakura saiu do quarto e se assustou ao não o ver aqui ‘’Ué, onde ele está? Ele parecia estar tão tranquilo aqui... Esse Sasuke é maluco!’’  

 Ela se trocou ainda pensando no jovem, mas resolveu descer para tomar o seu café da manhã bem merecido, um bom banho a deixou muito mais relaxada, sentou-se em uma mesa mais distante, quando o seu prato chegou, ela ficou maravilhada, era lâmen com ovos e alguns legumes, sentiu um aperto do no coração ao se lembrar de Naruto, o seu amigo, nunca a deixara ao contrário de Sasuke. E lá estava ela, grande ingrata e pior... dormindo com o cara! Tentou afastar esses pensamentos para não azedar o prato.  

-Você tem olhos muito cativantes!  

 Era um homem que parou ao vê-la, a beleza de Sakura era algo que despertava a curiosidade de qualquer homem, ela ao o olhou e agradeceu ainda séria, ela não queria problemas, logo de manhã. Para sua sorte o homem saiu sorrindo e sentou-se em uma mesa próxima. Ao terminar, ela se dirigiu a saída, precisava conhecer aquela vila melhor, mesmo com a chuva e como o esperado, a vila estava cheia. Notou os estranhos formatos dos cilindros que se espalhavam pela cidade e como o ar era rarefeito, deveria ser por causa das grandes montanhas que a envolviam. Não era muito diferente de Konoha, logo a chuva começou a se dissipar e uma nevoa esquisita entrou em seu lugar, mas não atrapalhando sua visão. Mas ela não se importava, apenas queria sair daquele lugar para recomeçar em outro, longe de sua queria Konoha. Observou algumas vitrines onde vendiam lindos Kimonos, numa outrora compraria algum com certeza, não poderia mais usar essa roupa em qualquer lugar, pois poderia ser atacada. Pela primeira vez em dias que conseguiu sentir o chakra do time de Sasuke, estavam espalhados pelo lugar, mas aonde estava aquele homem? ‘’Provavelmente arrumando alguma briga... Ou fugindo de mim’’, ela suspirou tristemente. Ele se aproximou dela, a observava vendo os Kimonos, será que havia gostado de algum deles? Então, a chamou. 

-Sakura. 

 Ela levou um susto ao ouvir sua voz, então disse colocando as mãos no coração. 

-Nossa Sasuke, eu não o senti! Parece até um fantasma, que susto! 

 Ele permaneceu do mesmo jeito, para ele era muito fácil manipular o seu chakra e como esperado, Sakura por ser uma ninja mais fraca não conseguia senti-lo. Foi ao lado dela, enquanto ela voltava a olhar as vitrines, sempre foi acostumada com o silêncio do jovem. Mas depois de um certo tempo, ele continuou a andar e logo o seu time juntou-se a ele, após um momento percebendo que estava sozinha, Sakura o seguiu rapidamente ‘’Pelo amor de Deus Sakura, você não está aqui para fazer compras!’’ pensou ela corada, ela preferia não se manter tão perto, pois ela não era do time dele, aliás, ela ainda não sabia quais eram os planos que Sasuke tinha para o futuro dela, mas tinha medo de fugir e ele a machucasse ou pior, machucasse alguém que ela amasse. Então preferia resolver tudo na velha e básica conversa, por mais que o Uchiha fosse silencioso como uma planta. Observando de longe, realmente, ele era um homem maravilhoso e pensar que ele estava em sua cama horas atrás, aumentava o seu rubor. Desde a noite que passou, Sakura não conseguia se concentrar como o habitual, ela se sentia nas nuvens? Mas logo foi puxada e derrubada com um balde d’gua ao ver que nada mudara, Karin ainda ficava se agarrando no braço de Sasuke e lhe falando coisas obscenas, vendo que o jovem não reagia aos seus caprichos, Sakura sorriu vitoriosa, mas uma pontada de ciúmes a invadiu, será que já haviam dormido? Partilharam o mesmo Leito? Sentiu raiva ‘’Droga Sasuke, para que me quer aqui? Por que não tira essa insonsa do seu pé logo?’’, ela pensou decepcionada preferindo ficar ainda mais atrás do grupo, tentou então prestar mais atenção nas coisas da vila. 

 Sasuke notando que a rosada já não estava os seguindo, começou a prestar a atenção em seus movimentos, então disse. 

-Karin, siga para a pousada onde eu lhe disse e logo estarei junto com vocês. 

Soltando-se da jovem, voltou-se para a rosada e caminhava lentamente prestando atenção nas lojinhas que estavam abertas, se não olhasse para frente provavelmente teria esbarrado em Sasuke que a esperava, com o coração acelerado, ela se aproximou dele e disse. 

-Desculpe Sasuke-Kun, eu acabei me deixando levar ao ver as vitrines.  

Então ele respondeu friamente. 

-Está achando que está de férias aqui, Sakura? Podemos ser atacados a qualquer momento e eu não quero poder me preocupar com você em uma luta. 

 Ela ficou vermelha de raiva, mas quando iria responder, apenas soltou um suspiro tentando se concentrar, ele estava certo. Então para a surpresa do jovem que esperava uma série de reclamações, ela apenas assentiu e ficou ao seu lado, o que estava acontecendo com Sakura? Sentiu algumas energias vindo da rosada, tristeza era uma delas, gostaria de perguntar, mas foram pegos de surpresa pela chuva forte que apareceu repentinamente. Vendo que seguiam um caminho totalmente contrário da pequena estalagem em que se hospedaram na noite anterior, Sakura continuou em silêncio, até que perguntou ao chegarem na frente de uma grande e luxuosa pousada totalmente diferente daquela que ela escolheu anteriormente. 

-Sasuke-Kun, por quê estamos aqui? Eu já tinha um quarto alugado para hoje ainda!  

Ela tentou argumentar, irritado com as perguntas da rosada, ele pensou seriamente em ativar seu sharingan e deixa-la dormindo pelo menos uns dois dias, mas vendo que sairia perdendo nisso, segurou sua raiva. Então disse. 

-Porque Sakura, aquela estalagem fica muito perto da entrada da vila e não conheço as pessoas dali e aqui eu conheço todos. 

 Sakura o olhava curiosa enquanto ele falava, até que algumas prostitutas passaram e piscaram para ele, ‘’sim, provavelmente ele conhece esse lugar’’ pensou ela com raiva, ele queria humilha-la de todas as formas, mas por quê? Por que fazia amor com ela com tanta intensidade e quando ficavam juntos fora do leito a tratava com desdém e até olhava para outras? Ela mordeu os lábios pensando em uma verdade ‘’Não estamos juntos... Bom, não convencionalmente... Ele pode ficar com quem quiser! Não sou a mulher dele, mas que saco Sakura, por que você ainda cai nas tentações desse cara!’’, ela estava em conflito e discretamente Sasuke sorriu. Esperou mais uma pergunta dela, enquanto ela encarava as prostitutas, que ele sim as conhecia de muito tempo. Então entraram na estalagem, onde ela pôde ver que apenas tinham bandidos, ela ficou em choque, aquilo não era um lugar adequado para uma moça igual a ela. ‘’Você já deixou de ser uma moça desde que decidiu se deitar com ele naquela gruta suja, Sakura!’’, mas ela não concordava com aquele pensamento, então sentiu as mãos dele em sua cintura a conduzindo ir na frente, o cheiro de bebida emanava no ar, juntamente com o cigarro a deixando um pouco tonta, o lugar mais parecia uma taberna do que uma estalagem.  

 Chegou próximo ao balcão onde Karin e os demais os esperavam, se deparou com o olhar de raiva da morena, que ainda não estava acreditando que Sasuke escolheu ficar em uma pousada por causa de Sakura! ‘’Estou com ele a muito tempo, sou sua companheira e confidente e mesmo assim nunca quis ficar em pousada nenhuma, pelo menos por minha causa!’’, ela não queria acreditar que algo estava realmente acontecendo, mas olhar as mãos de Sasuke em volta da cintura da jovem, a fez morrer de ódio e inveja, ao contrário de Jugo e Suigetsu que pareciam se divertir como dois rapazes normais para sua idade, provavelmente não descansariam esta noite. Então Suigetsu disse para Sakura. 

-Sakura, é o nome de uma flor, não é?  

Ela assentiu rapidamente, pois não estava esperando este tipo de pergunta. Então Suigetsu riu descontraidamente e ela pôde observar que ele segurava um enorme copo de cerveja em uma das mãos, Sasuke possessivo, não queria que ela conversasse com ninguém, então a puxou para um canto mais reservado e a empurrou na parede.  

-Ai Sasuke! Machucou!  

 Então ele disse tentando controlar suas emoções. 

-Não quero que converse com Suigetsu, eu o conheço a muito tempo e esses inícios de papinhos que ele tem, são para atrair presas e eu não quero que você seja uma delas. 

 Sakura ficou de boca aberta, Sasuke havia demonstrado um sentimento? Estava com ciúmes? Ela sorriu gentilmente e assentiu e disse divertida. 

-Na próxima vez que quiser conversar comigo, não precisa me empurrar, Sasuke-Kun, eu consigo escuta-lo... Bom, não aqui, com essa barulheira.  

 Depois que ambos voltaram aonde todos estavam, exceto os meninos, encontraram Karin bebendo alguns copos de cerveja, Sasuke pegou em seu pulso e disse. 

-Preciso que você se concentre, esta bem? 

 Com essa proximidade, Sakura ficou com quase certeza que ambos compartilhavam o mesmo leito, o seu ciúmes apertou seu estômago, Karin por sua vez sorriu e piscou para ele. Enojada com tudo isso, pediu licença e se afastou, ela não era um brinquedo dele, uma marionete! Tinha sentimentos por ele e ele sabia disso! Para que fazer esses joguinhos? Saiu da pousada correndo e foi para a sua estalagem sem olhar para atrás, entrou em seu quarto e trancou a janela e a porta, ela não queria surpresinha dele esta noite. Após sua higiene noturna, não ficou surpresa ao vê-lo sentado na cama, a olhando de forma possessiva, não aguentando sua ira, ela começou a praticamente gritar com ele. 

-Porra Sasuke! Você brinca comigo! Quando estamos aqui em nosso leito, você é totalmente diferente, me trata muito bem e quando estamos fora você me ignora, não me quer por perto! Me leva para um lugar sujo e cheio de bandidos e prostitutas! Eu estou lhe acompanhando, mas não sou sua prisioneira não! Pode sair, saia daqui, por favor! Fica lá com a... a... a... sua nova companheira de time, a Karin babona que fica se esfregando em você de tempo em tempo! Eu não quero te privar das coisas, afinal, não estamos juntos...Não somos casados e muito menos namorando! Mas já que você fez a questão de roubar algo meu...Me dê a chance de recomeçar! Saia daqui... 

 Movido pela cega paixão, ele a agarrou a desequilibrando, ambos cairam no chão, ela começou a gritar dizendo-o que o odiava, mas sabia que ela estava falando isso da boca para fora. Quando ela se retirou, logo ele foi atrás dela e viu que ela havia entrado dentro da estalagem novamente, sentiu-se culpado? Aquele lugar não era para meninas igual a ela, Sakura, ainda vivia em um mundo totalmente diferente, casa, trabalho, amigos... Ela poderia ter escolhido alguém para amar, entregar a sua virgindade para alguém decente, mas não como Sasuke, um traidor bandido e pior, não ligava para os sentimentos de ninguém. Mas a rosada para ele, era como um ar de respiro no meio de toda aquela vida desgraçada que levava, não permitiria que ela se afastasse, primeiro analisou enquanto ela gritava com ele, fazendo algumas poses engraçadas quando falou de Karin, mas vê-la tão dolorida e machucada, o deixou constrangido, precisava mostrar de alguma forma o quanto a queria. Após alguns momentos, ela ficou em silêncio e lágrimas começaram a rolar em seu rosto, ele a olhou e disse sorrindo pela primeira vez, fora de um ato sexual. 

-Como sempre...Chorona.  

-Se eu choro é por você, Sasuke-kun... Eu não admito que me trate como uma qualquer, pois eu não sou.  

 Ele assentiu e saiu de cima dela, aquele não era um lugar adequado para ficarem, o chão frio. Se bem que tinha boas lembranças do chão gelado. A ajudou se levantar e disse totalmente esgotado. 

-Tudo bem Sakura, vou me banhar, não faça nada de imprudente, ficaremos aqui esta noite, mas depois temos que voltar para a outra pousada, lembre-se, não está aqui de férias. 

 Ela assentiu agradecida e sentou-se na cama, sentindo-se feliz, era a primeira vez que ambos conversaram e ela ficou aliviada de falar as coisas que estavam presas em sua garganta e coração.