E mais uma quarta-feira ele estava lá, com seus lábios deliciosamente avermelhados que batiam um contra o outro enquanto ele direcionada palavras ao atendente da vez. E como meu coração errava as batidas quando seus olhos sorriam juntamente com seus lábios, suas bochechas concentravam a carne embaixo das olheiras levemente arroxeadas de seus olhos; toda vez fazia com seus dedos miúdos a quantidade que queria para a compra, pedia uma considerável quantidade de carne de bisteca, falava com a voz baixa que queria a mais sangrenta para aproveitar bem da maciez da peça. Eu roçava meu membro contra a mesa de ferro com a enorme tábua manchada de sangue, sujando assim todo o avental branco; minhas mãos apertavam com ânsia o pedaço de costela de porco, imaginando meus dedos marcando em tons esverdeados a sua pele tão branquinha.
Batia com apetência o cutelo contra os ossos rígidos do porco já despedaçado, fantasiava que as batidas seriam minha pélvis tocando fundo em seu interior, os pensamentos faziam minha respiração ficar pesada o suficiente para rasgar minha garganta. Tentando dissipar os pensamentos da minha mente, tendo que ouvir sua voz massacrante ao meu psicológico, passei as costas da mão coberta pela luva de borracha encardida de vermelho, sabendo que iria deixar o rastro gosmento do sangue em minha pele suada. Meu membro latejava entre as pernas quando sua risada estourou em meus tímpanos, como uma tortura poderia durar por tanto tempo?
Será que o jovem de cabelos dourados sabia que durante as noites, eu criava em meu consciente sua imagem para gozar firme, elaborando o quanto o seu rabo poderia ser guloso em me engolir por inteiro. O quanto minhas pernas tremiam em observar seu desfilar de quadris pelas ruas quentes daquela primavera infernal; talvez passasse por sua mente todas as madrugadas em que fiquei embaixo de sua janela, sabendo de seu exibicionismo, para salivar em degustar do seu gosto deleitável para os meus olhos.
Ou que em uma das noites de apreciação, tive que cortar uma garganta como eram feitas com as galinhas nos dias de segunda-feira, só para encontrar outro ângulo perfeito de suas pernas empalidecidas abertas na beirada de seu colchão, ao mesmo tempo em que friccionava seu caralho no lençol, tingindo com o líquido amargo de sua porra – tal gosto que eu precisava sentir adormecer minha garganta. Deve ser fora do natural, contar às vezes em que você jogou seus cabelos para o lado, tirando de sua testa coberta de sua transpiração; na mesma proporção, deve ser a quantidade de vezes que eu apertei o botão da câmera pesada para captar suas curvas, seu jogar de cabeça para trás ao atingir o orgasmo e registrar seus dedos agarrando o lençol fino de sua cama.
Queria saber o que você sonha, pois no dia em que te observei dormir seu sorriso não saia dos cantos dos lábios, e o seu semblante tinha uma fisionomia angelical. Não consegui deixar de passar de um lado para o outro as fotos, vendo em câmera lenta cada movimento seu contra os travesseiros afundados em sua cabeça. O seu cheiro doce ficou fundido ao meu cheiro de sangue seco, mas que fazia meus pelos se eriçarem ao tocar minhas papilas gustativas – meus olhos reviravam em deleite afirmando que esse deve ser o gosto do seu caralho, batendo em meus dentes de forma afoita, pedindo para que eu logo te fodesse.
Eu queria poder te comer vivo.
Em dado momento eu sabia que você estaria no mesmo bar, bebendo o álcool de tom azulado e chuparia provocante pelo canudo dobrável, estaria trocando olhares com qualquer desconhecido que fizesse seu tipo carnal. Estaria como uma presa fácil para qualquer caçador não tão habilidoso. E nessa mesma data foi que você trocou o olhar de felino manso contra o meu de leopardo indomado, deixava seus lábios tomarem o canudo entre eles pintando o mesmo de cor anil, jogando sua cortina dourada para o seu lado mais fotogênico – eu sabia bem disso, era o ângulo que eu mais gostava de te observar. Como eu conhecia o fato de suas pernas falharem quando via um olhar ameaçador de seu detentor, quando eu estava tão perto de você minhas narinas detectaram seu cheiro de sexo, e seu corpo não demonstrou o diferente. Seus dentes mordiam ferozmente seus lábios fartos e seus dedos pequeninos amassavam em êxtase o canudo plástico.
A curva de seu pescoço pálido era a minha parte favorita em seu corpo, como eu desejava afundar meu rosto nela, aspirar seu cheiro de luxúria e marcar sua carne. Suas pernas se cruzaram com força quando tentei impedir a caída de saliva da minha boca com a ponta da minha língua, seu odor era o suficientemente intenso para encontrar minha língua e permitir saborear um pouco de seu todo. Toda a luz avermelhada que deixava seu rosto queimar, me fazia remeter a minha mente aos momentos no quarto abafado com cheiro de química, lá eu mergulhava as suas fotos para criar sua imaginem no papel de filme branco; aquelas fotos possuíam toda a sua essência, era como roubar sua alma com elas.
Não pude deixar de sorrir quando você disse em voz branda e trêmula o quanto precisava sair dali comigo, e o quanto estava louco para ser comido por mim. Também não deixei de sorrir quando observei seu corpo jogado na cama em que alguns dias atrás eu tinha me escondido embaixo. Minha mente vem martelando a figura de seu olhar pedindo por mais um metida funda, durante o tempo em que passei com meus dedos em sua entrada seca; meus lábios chegam a tremer quando senti seu gosto frouxo depois de chupar sua entrada que piscava excitada, e minha língua parece um enxame de abelhas quando remeto minha mente ao seu gosto adocicado.
Do quanto a sua carne deve estar marcada com os meus dedos, principalmente sua cintura tão fina que era o meu ponto de equilíbrio para enfiar meu caralho dentro de você. Minha orelha pinica ao remeter, em minha memória, os fios de seus cabelos roçando nela e de seus dedos agarrando meu maxilar; e quando eu pude sentir o sabor da sua carne do pescoço, deixando na fina camada da epiderme a mordida raivosa de meus dentes de caçador.
O quanto eu amava sentir entre os meus dedos o seu membro que tão bem deslizava em minhas mãos fartas, podia chegar aos seus testículos com a sabedoria de quem fazia aquilo todos os dias, tendo em mente que seria, na verdade, o seu. No momento em que você gemia manhoso como um gatinho, deixando a respiração falhar em seus pulmões. No toque dos meus dedos em sua glande gotejante, que aquecia minha pele e dava espasmos em meu consciente esquizofrênico; te ver ardendo em febre escarlate do seu ápice, derramando o seu interior em minhas mãos, que foram saboreadas com devoção por meus lábios. Seu rosto contorcido por desconforto de cada enterrada mais forte em suas nádegas – meus ouvidos ainda cantarolavam o bater da minha pélvis na carne de suas bandas.
Seus lábios entreabertos de forma provocativa que engoliam por inteiro dois de meus dedos, arrastando sua língua pela pele áspera, vagaram por minha memória durante meses. Como você era um provocadorzinho de merda, rebolando essa bunda em minha pele e deixando meu caralho tocar seu fundo com precisão; eu sabia que todas as vezes que eu tocava sua próstata seu corpo estremecia, e então eu fazia questão de estocar com força em seu ponto. Meus dedos ainda formigam ao relembrar do toque de seus mamilos tão bem estimulados por minha respiração ao pé de sua orelha; não imagina o quanto eu ainda anseio por voltar a murmurar em seu ouvido o quanto eu queria te ver assado de tanto meter em você. Meus rosnados de prazer eram como um estimulante natural para sua entrada dilatar, e deixar ser preenchida por minha porra viscosa e escorregadia.
Não imagina o quanto eu admirei suas costas nuas que brilhavam com seu suor, o quanto minha pupila distendeu, quando seu gosto salgado se fundiu com a minha saliva, não pude deixar, naquele momento, de afundar a unha em sua lasciva e afundá-las com afinco – no final da noite eu tinha pedaços dela entre minhas unhas e carne. Era uma obra de arte, como quando você gemia baixo, todas as vezes que espalmava minha mão contra sua nádega farta, e sempre me deferia um olhar domável entre ombros, para enfim, sussurrar por mais. Se eu fechasse os olhos neste segundo, teria em minha mente a lembrança vívida de seus pulsos finos roçando em luta contra minhas mãos, e em como suas mãos agarravam a cabeceira para controlar os espasmos após mais uma estocada contra seu interior ardido.
Naquela mesma noite registrei seu último semblante adormecido, sua última curva nua contra o lençol acetinado e a sua última caída de fios dourados em seu rosto; e me atentava ao fato de que Park Jimin poderia encontrar outro caçador habilidoso para domar sua alma camaleônica, mas que no final o destino era que eu não poderia ficar longe de mim. Porque você pode tentar se esconder, contudo, eu posso sentir seu cheiro de longe, como um bom rastreador.
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