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História A Coroa De Sangue - Summer days - História escrita por Ultraviolenc - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Coroa De Sangue - Summer days


Escrita por: Ultraviolenc

Notas do Autor


Oi, primeiro capítulo da fanfic espero que gostem e comentem pra eu continuar

Capítulo 1 - Summer days


Fanfic / Fanfiction A Coroa De Sangue - Summer days

Summer Days:

"Em uma terra de deuses e monstros, eu era um anjo vivendo no jardim do mal" -Lana Del Rey.
Era o dia do teste de sangue, onde vermelhos, apenas vermelhos participavam, a cidade estava abafada e quente pois, todos estavam abarrotados na Praça Principal do vilarejo.
-É tão engraçado a cor de suas bochechas, elas não ficam vermelhas!-
Diz minha mãe apontando para o meu rosto já que quando calor (ou quando eu coro) minhas bochechas aderem
uma colocação alaranjada.
Eu odeio dias assim, sempre no começo e meio do ano fazem um exame de sangue, mas não são toda a parte da população, apenas aqueles que trabalham ou irão.
Sangue o motivo do caos do mundo, o motivo de nossas diferenças.
Os assistentes prateados nos falaram que o exame é para nos dar empregos e detectar alguma doença que pode nos prejudicar no trabalho, e se encontrarem perdemos nossos empregos... Pois a elite não quer  para trabalhadores fracos mesmo que fiquemos com os piores trabalhos , e quando isso acontece ficamos sem empregos, trabalhamos para alguns vermelhos ou pior vamos para a guerra.
O sol escaldante queimava o meu rosto enquanto eu estava sentada no meio fio da calçada, três pessoas na minha frente até a tenda de exames. 
-Todos os anos fazemos isso querida, tenha calma- 
Diz meu pai, percebendo minha insegurança e medo...Nunca gostei de agulhas, hospitais e médicos, porque isso me lembra guerra.
E guerra me lembra perdas, mortes.
E encarando as pessoas na fila percebo o quão cansados estão, não possuem férias, dinheiro o suficiente e nunca saberão o que é ter alguma coisa, independente de sua casta.
Porque vivemos pra sustentar uma elite, somos seus escravos e é isso o que eles querem.
-Senhora?-
Ouço uma voz masculina e grossa de um dos seguranças da tenda, era a minha vez (e eu não tinha para onde correr já que era obrigada a fazer o exame, todos eram a partir dos 16 anos). Entro e logo um assistente de medicina, ele não era como os outros... Era um vermelho, não um prateado e isso é muito difícil de acontecer mas deve ser porque ele conheça alguém que possa ter o ajudado a chegar onde está hoje.
-Nome?
Ele olha pra mim com uma caneta na mão.
-Gracie Lancaster Southwest-
Respondo e vagamente me lembro que,  dois séculos atrás o Rei Adam II ordenou que todos os cidadãos deveriam possuir apenas um sobrenome e o ultimo deveria ser o nome de nosso país. O assistente pesquisa o meu nome em um tipo de equipamento que eu nunca tinha visto e logo depois, se levanta da cadeira e pega algumas coisas na qual eu tive a conclusão que poderia ser ferramentas para usar em mim.
-Deite-se senhorita- 
Ele diz apontando para uma espécie de cama. Faço o que me pede e ele levanta a minha blusa e eu o fuzilo com os olhos.
-Calma senhorita Lancaster, é um procedimento médico.-
É então o assistente coloca um objeto no meu peito, no meu coração e sorri.
-E então?-
Pergunto séria, sem nenhum sorriso no rosto.
-Ah! Você tem um coração forte, não se alimenta de muita gordura... Não é mesmo? Faz muitas atividades físicas?-
Ele diz com um orgulho nos olhos.
Sinto uma vontade de chutar a cara dele, nunca estive em uma tenda, hospital ou com um médico isso era um
LUXO QUE APENAS PRATEADOS POSSUEM
Então com um sorriso grande e falso, que não me pertence respondo:
-Não, não me alimento de gorduras ou algo delicioso que sempre tive vontade pois, não sou uma prateada e não possuo luxos e mimos como deve estar acostumado, aliás não sei o que estou fazendo aqui.-
O sorriso dele logo se desfaz e ele continua me examinando friamente
É palavras machucam, mas atitudes muito mais.
-Por favor. Sente-se aqui-
Seus olhos cheios de ira, raiva e magoa se direcionam a mim. Faço o que ele manda, essa é a hora e reconheço a agulha que está em suas mãos.
VAI DOER, EU QUERO CORRER PORQUE SOU UMA COVARDE E IGNORANTE.
A agulha entra até a metade e meu sangue não é coletado, e minha pele que estava alaranjada já está pálida, o sangue não aparece e o mundo começa a girar. E então ele faz outro furo e diz algo para tentar me acalmar.
-Acho que não furei uma veia certa, perdão.-
E outro furo, segundos depois o sangue começar a fluir em um potinho transparente. 
Ele enche vários, e retira a agulha alguns minutos depois. E logo vejo os objetos que transportam meu sangue sendo levados para uma análise e me deixam sozinha.
Olho para o teto e para o meu machucado IMPACIENTE por respostas, aquele exame seria o resultado do MEU FUTURO.
E então o assistente se senta na cadeira, com um envelope nas mãos e com a cara fechada e séria.
-Há algo de errado.-
Ele diz.
Meu mundo acabou. Irei para a GUERRA.



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