Feyre
Desde nosso casamento, Rhys e eu temos nos acostumado a viver naquela casa enorme que agora chamávamos de lar. Dois anos atrás, quando nos casamos, a casa tinha acabado de ser inaugurada e tinha apenas a pouca mobília que ficava no nosso quarto.
E agora, todos no círculo íntimo moravam ali.
Os illyrianos tiravam algumas horas por dia e treinavam no jardim. Rhys, é claro, coordenava toda a brincadeira. Enquanto isso, Mor, Elain, Amren e eu sentávamos na varanda e observávamos.
Na primeira vez que vi Rhys treinando com Cass e Azriel, acabei ficando molhada ao vê-lo todo suado, com a camiseta colada ao corpo, e agarrei meu parceiro – envolvendo minhas pernas por sua cintura – com todas as minhas forças, levando-o para o quarto.
Agora, mesmo já podendo dizer estar acostumada com a visão, os ombros largos de Rhys e seu peitoral definido ainda me tiram o fôlego. Vê-lo treinar ainda me tira o fôlego. De vez em... quase sempre, os treinos terminam em gargalhadas vindas – geralmente – de Cassian, que implica com Rhys sobre alguma coisa. Os dois ficam atazanando um ao outro e essa é uma das melhores partes dos meus dias.
- Pensativa, esposa? – Rhys me tira de meus devaneios sentando ao meu lado e dando um tapinha em sua perna, indicando para que eu sentasse em seu colo.
Esposa.
O termo ainda me deixava encantada. Eu não era apenas parceira de Rhys, eu era sua esposa.
- Apenas pensando em você, marido. – respondi, levantando-me e sentando no colo dele, jogando meus braços ao redor de seu pescoço.
- Hmm... É sempre bom ser o centro de seus pensamentos, meu amor.
Ele roçou o nariz no meu, dando-me um beijo em seguida. Um beijo que começou tranquilo, inocente, mas que foi esquentando...
Montei em Rhys, encaixando-me com ele. As mãos dele agarravam meus cabelos, desciam para minhas costas, apertavam minhas coxas, minha bunda, e subiam de volta. Enquanto isso, eu explorava seus cabelos, sua nuca, seu pescoço, seus ombros e seu peitoral com as minhas mãos, em movimentos imprevisíveis de sobe e desce.
- Mor, Amren e Elain... – sussurrei, ofegante, enquanto recuperava meus sentidos.
- Foram andar por Velaris. – ele respondeu.
- Cassian e Azriel...
- Mandei os dois vigiarem as fronteiras, pedi que voltassem em duas horas.
- O que nos dá algum tempo... – sorri maliciosamente, vendo que ele retribuiu o sorriso.
Continuamos o que estávamos fazendo. A troca de carícias, de puxões, de beijos, de línguas e dentes tomaram conta da nossa casa e, em duas horas, conseguimos aquilo que queríamos. Várias e várias vezes.
۞
Estávamos no quarto, nos preparando para jantar. Eu coloquei um par de calças confortáveis, uma camiseta qualquer e pantufas forradas por lã. Rhys usava preto, como de costume. Seu traje era tão descontraído quanto o meu, e fazia com que ficasse óbvio que estávamos em casa, com nossa família, e não planejávamos ir a lugar algum além dali.
Assim que me sentei, procurei entender sobre o que Mor e Elain conversavam. Azriel, Cassian e Rhys já discutiam algo sobre as fronteiras de Velaris. Amren estava recostada em sua cadeira, olhando com tédio para a comida em seu prato. Olhei para Mor e notei que ela pensava o mesmo que eu.
- O que houve com Varian? – Elain perguntou, dando voz a pergunta que espreitava nas mentes de todas nós.
- Brigamos. – Amren respondeu simplesmente. – Fizemos as pazes. – desviou o olhar do prato para as janelas. – E brigamos de novo. – concluiu, voltando seu olhar para o prato.
- Sinto muito – minha irmã disse, colocando sua mão sobre a de Amren.
- Não sinta, menina. Se não deu certo, é porque não era para dar.
- Talvez... – Mor interrompeu. – Talvez não. Talvez vocês só não estejam numa fase muito boa.
- Criança – Amren riu. –, Varian e eu estamos juntos desde antes de vocês saberem. Desde muito antes de vocês saberem. Posso assegurar que, qualquer fase pela qual poderíamos passar, já passamos.
Sempre achei irônico o fato de Amren nos chamar de coisas como “menina” e “criança”, sendo que a única entre nós que tinha o tamanho de uma criança, era ela.
Naquele momento, Rhys acariciou meus escudos mentais. Eu os abaixei, deixando ele entrar. Meu parceiro riu do meu pensamento sobre Amren, mas achou outra coisa mais interessante: as coisas que eu estava pensando antes de virmos jantar.
Eu pensava em meu parceiro, no corpo dele sobre o meu, nossos dedos entrelaçados, nossas respirações ofegantes misturadas, nossos corpos encaixados. O peitoral exposto de Rhys ao alcance de minhas mãos, suas asas illyrianas sensíveis também. Sua boca unida a minha, seus dentes puxando de leve meu lábio inferior, sua língua dançando com a minha.
Você está muito agitada hoje, Feyre querida. Ele disparou pelo laço, sorrindo maliciosamente.
Ah, você acha? Retribuí seu sorriso.
Vou fazer questão de realizar todos os seus desejos mais eróticos nesta noite, minha amada esposa. Farei de você meu banquete pessoal.
Ele mandou pelo laço uma lembrança. A primeira vez que eu fui o banquete pessoal dele. Quando estávamos na cabana... Logo depois de eu aceitar a parceria.
Mal posso esperar.
Foram minhas últimas palavras. Não precisava falar mais nada. Ele sabia exatamente o que eu queria. E ele me daria.
۞
As horas foram passando, até que todos já tinham se retirado. Rhys e eu ficamos sozinhos. Nossos olhares se cruzaram, sorrimos um para o outro. Levantamos e fomos até nosso quarto, trancando a porta depois de entrarmos.
Quando me dei conta, Rhys estava tirando minha roupa. Peça após peça, ele as tirava devagar.
Suas mãos encontraram meus seios expostos, depois minha cintura, minha barriga, meus quadris, minhas coxas... e entre elas.
Rhys me guiou até nossa cama, eu me deitei e ele ficou entre minhas pernas. Ele me encarou, seus olhos violeta brilhavam. Lançou-me um sorriso safado e beijou minhas coxas. Um beijo em cada uma. Traçou uma trilha de beijos até chegar ao lugar que realmente queria. Ele me beijou ali também e, depois, sua língua percorreu o lugar, demorando-se em alguns pontos. Então ele se ergueu um pouco, sorrindo, e, sem qualquer aviso, penetrou dois dedos.
Arquejei o corpo, minha respiração já descompassada.
Rhys retirou os dedos, enfiando-os na própria boca, sentindo meu gosto.
- Amo você – ele sussurrou antes de encaixar seu corpo com o meu.
Os movimentos de Rhys eram rápidos e precisos e profundos. Ele sabia exatamente o que estava fazendo.
Atingimos o prazer ao mesmo tempo, e ficamos ali, um nos braços do outro, durante o resto da noite.
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