Depois de tomar um banho, fomos assistir um filme e comer bolo com sorvete.
- Que filme vamos assistir? - pergunto.
- Eu quero assistir ' A Proposta '. -
- Esse filme chato de novo não Nataly. - Rodrigo reclama.
- Então o que você quer assistir bonitão? - ela retruca.
- 'Corra'. Lee é aquele filme top que eu estava te falando. -
- Ah, esse aí eu quero assistir. -
- Que filme é esse? - Naty e eu perguntamos.
- É super legal vocês vão amar. - Rodrigo diz.
- Eu não sei não em. - fico duvidosa.
Faço pipoca doce e salgada, pegamos umas almofadas e cobertores e jogamos na sala. O tempo tinha começado a fechar e querer começar uma tempestade de verão.
- Esse filme não é de terror não né Rodrigo? - Naty pergunta.
- Ah que nada, é só de suspense. Fica quietinha aí e assiste o filme. - ele diz enquanto deita no sofá e abraça ela.
- Posso me sentar aqui ? - Lee pergunta.
- Pode sim. - digo sorridente.
Ele se senta atrás de mim, e me puxa para deitar no peito dele. Pego a bacia de pipoca e coloco no colo. O filme começou e eu não consigo prestar atenção, só penso nas mãos dele acariciando meus cabelos.
Ao decorrer do filme, Naty da vários gritos de susto. Assim como ela eu estava morrendo de medo do filme, porém fazendo o impossível para não demonstrar.
- Ah pra que um filme desse Rodrigo, é tortura psicológica. - Naty reclama profundamente
- Calma docinho, é só um filme. Eu tô aqui com você. - ele diz romanticamente.
- Eles brigam mas são românticos e carinhosos, e o mais incrível é que tudo isso em menos de três minutos de conversa. - Lee diz baixinho.
- Verdade. - falo baixinho.
Um tempinho depois Naty levanta rapidamente.
- A não, eu não quero mais assistir esse filme já deu, é muito agoniante Rodrigo. Põem outro. - ela reclama.
- É verdade meninos, esse filme não dá. -
- Af, vocês duas são duas maricas. - Rodrigo reclama levantando para trocar o filme.
Levanto e vou fazer mais pipoca, pensando no Lee fico sorrindo igual uma boba.
- Eai decidiram que filme vamos assistir? - pergunto voltando pra sala.
- Vamos assistir intocáveis. - Naty responde.
Sento novamente no sofá e me cubro. O tempo estava fechado e tinha começado a chover bastante.
- Liv já são umas oito horas, será que teria problema de dormirmos aqui? - Naty pergunta.
- Não, sem problemas. - digo pegando o celular. - Só vou avisar meu pai, ele vai chegar jajá do hospital. -
- Tem janta pronta pra ele? - ela pergunta
- Tem uma marmita já pra ele. - Respondo
- Seu pai não vai achar ruim que eu esteja aqui? - Lee questiona.
- Não, pode ficar tranquilo. - digo.
Quando o filme já estava pra acabar, vejo que Naty e Rodrigo estavam dormindo, e Lee também. Levanto bem devagarinho para não acordar ninguém e desligo a tv, vou para a cozinha limpar a bagunça e esquentar a marmita do meu pai. Meu celular toca e vou ver o que é.
Mensagem :
- Oi Liv, o Tony vai ter alta amanhã depois das quatro da tarde.
- Oi mãe, que ótima notícia. Estou ansiosa pra ver ele, vou deixar o quarto dele arrumado.
- Ok, se der faz o prato favorito dele pra janta.
- Vou fazer. Ah eu esqueci. Naty, Rodrigo e Lee vão dormir aqui, a chuva está muito forte para eles irem pra casa.
- Tudo bem, depois arruma a bagunça em.
- Pode deixar, beijo.
Finalmente meu irmão iria sair do hospital, a casa sem ele era um tédio. Eu sabia que iria ser difícil no começo, mas tinha certeza que ia dar o meu melhor para ajudar ele a se recuperar. Vou arrumando a cozinha enquanto penso em como vou fazer o macarrão com almôndegas que o Tony ama. De repente Lee entra na cozinha enquanto eu estava de costas.
- Aí que susto Lee. - digo derrubando alguns talheres no chão depois de ter virado e visto ele.
- Desculpa, não foi a intenção. - ele diz morrendo de rir.
- Tudo bem. - digo abaixando pra pegar as coisas do chão.
- Liv, eu preciso conversar com você. - ele diz se abaixando.
O tom sério dele me assusta.
- O que foi Lee? - pergunto olhando nos olhos dele.
- Eu... Eu não sei exatamente como dizer isso, mas quero que você saiba. - ele dá uma pausa, e eu fico ainda mais agoniada e ansiosa. - Eu estou gostando de você, e não consigo mais guardar isso pra mim. - ele encosta na pia.
Eu não acredito no que acabei de ouvir, aquele momento não parecia real. Ele realmente tinha dito em alto e claro som que sim que gostava de mim, sinceramente eu estava pronta para dizer o que sentia também.
- Eu... - paro e respiro. - Também gosto de você. Desde o dia que te vi, você mexeu comigo. -
Ele me olha e sorri alegremente.
- Vem cá, me dá um abraço. -
Vou até ele e abraço ele com força, meus braços em volta da sua cintura e os braços dele em volta das minhas costas.
- Eu me sinto protegida quando estou com você Lee. -
Ele me aperta ainda mais forte quando eu digo isso.
- Que bom, era isso o que eu queria. -
Ele me solta e segura minhas mãos.
- Olívia Moretti você aceita namorar comigo? -
Corada de vergonha e com as bochechas doloridas de tanto sorrir digo:
- Sim Lee Jong-suk, eu aceito namorar com você. -
Eu nunca pensei que iria dizer essas palavras novamente, depois do Maurício pensei que não iria conseguir me apaixonar novamente, Lee me provou que eu estava errada.
Ele coloca minhas mãos em volta da nuca dele e ele abraça minha cintura e me beija firmemente.
- Eu preciso conhecer os seus pais Lee. - paro de beijar ele.
- Aí, verdade. - ele fica um pouco sério. - Mas eles são bem tranquilos. Você vai de dar bem com eles. - ele me garante. - Liv, eu prometo te fazer feliz, o resto da minha vida. - ele diz olhando nos meus olhos.
- Eu também, prometo fazer você feliz a vida inteira. - digo baixinho, enquanto o abraço.
- É melhor a gente esperar pra falar pra todo mundo. - ele diz passando a mão no meu cabelo.
- Puts Verdade, você precisa conhecer mais meus pais. - fico preocupada. - Quando eles souberem acho que vão ter um troço. -
Ele ri.
- Vou esquentar a comida pro meu pai. - digo soltando ele.
- Eu lavo a louça. -
- Ah, além de carinhoso é prestativo. - digo brincando.
- Precisa ser né. - ele ri.
Vou esquentando a comida e ele arrumando a cozinha, era linda a forma como arrumavamos as coisa, e como trabalhávamos juntos. Ele vinha até mim me abraçava e beijava meu pescoço.
- Faz cócegas. - digo rindo.
- Bom saber. - ele retruca.
Finalmente terminamos, já era umas nove e meia.
- E seu pai vai demorar muito? Já era pra ele ter chego. -
- Não sei vou mandar mensagem pra ele. -
- Vamos deitar, estou morrendo de sono. -
- Vamos, ainda preciso arrumar a cama. - digo indo em direção a escada. - Meu pai disse que está preso na empresa por causa da chuva, o centro está um caos completo, ele achou melhor esperar melhorar para vir pra casa. -
- É melhor, assim ele não se estressa mais no trânsito. Tem cobertor aí em cima? Se quiser posso levar esse aqui. - ele diz alegre.
- Oi? Cobertor pra que? - digo olhando pra trás bruscamente.
- Pra gente dormir. - ele diz surpreso.
- Ah, então. - vou descendo a escada. - Você vai dormir aqui, no sofá. - digo rindo.
- No... No sofá? Por que? - ele gaguejou.
- Porque a gente acabou de começar a namorar. - dou risada. - E você não quer que meu pai veja a gente junto ainda né? -
- Verdade. Mas só pra deixar claro que não gostei disso. - ele fica meio bravo, mas ainda fofo.
- Eu sei que não, quem sabe na próxima. -
- Mas no sofá? Sério? - ele teima.
- Sim, ele é confortável. Pergunta pro meu pai, ele também dorme aí de vez em quando. - digo brincando.
- Sua chata. - ele cochicha virando de costas.
- Também te amo Lee. - beijo o ombro dele e subo rápidinho.
- Também te amo leãozinho. - ele diz baixinho.
Assim que entro no quarto deixo a porta semi aberta. Seria difícil dormir com toda essa emoção tomando conta de mim. Peguei meu livro apaguei a luz e acendi apenas um abajur, li o livro até pegar no sono.
Narração de Lee
Foi difícil me manter calmo naquela noite, eu nem acreditei que ela aceitou o meu pedido. Eu queria estar abraçado com ela agora, olhando ela dormir num silêncio e só ouvir a respiração ao dela. Assim que achei uma posição confortável no sofá, o que não foi difícil, começei a repassar a cena do pedido na cabeça. O olhar e o sorriso dela eram marcantes, me fizerem sentir o homem mais feliz desde mundo. Eu com certeza quero ficar com ela o resto da minha vida, e dar a ela toda a felicidade do mundo, e ter o cuidado dela que é algo surreal pra mim.
Naquela noite eu não consegui dormir, o ronco do Rodrigo me incomodava de forma absurda.
No meio da noite ouvi um barulho estranho de choro, corri assustado para o quarto da Liv.
Narração da Liv.
Naquela noite eu tive um pesadelo horrível, parecia incrivelmente real.
Eu estava no assalto novamente, só que sozinha. Os assaltantes me bateram e me levaram para um lugar molhado e escuro, onde não tinha saída de ar direito, mais uma vez senti aquela surra e aquela tortura toda. Foi assustador, e o pior de tudo é que eu estava amarrada de novo e via meu próprio sangue escorrendo pelo chão, eu realmente achei que isso seria o fim. Então eu chorava e gritava o máximo possível, o que era difícil por que minha voz não saia.
De repente sinto duas mãos me sacudindo e me apertando.
- Liv, acorda. Eu tô aqui, eu tô aqui. - Lee diz me levantando e sentando na cama.
Suspiro absurdamente, e soluço muito a ponto de quase não conseguir falar.
- Calma Liv, respira devagar eu estou aqui. - ele me abraça com força
Eu não aguento e começei a chorar mesmo, como criança. Aquele sonho foi muito real, o sequestro, a dor, o sufoco foi extremamente real. Lee tentava me acalmar ao máximo.
- Calma minha leoazinha, eu tô aqui. Vou cuidar de você. -
- Do que você me chamou? - digo engolindo o choro e a saliva.
- Leoazinha. - ele ri.
Eu ainda estava soluçando de tanto chorar e Lee me abraçando, quando meu pai entra no quarto.
- Liv? O que aconteceu? - ele diz assustado.
Empurro Lee rapidamente e ele quase caí da cama.
- Ah, é... Oi.. pai, é que... Eu tive um pesadelo, e acordei assustada. - ainda soluçando de chorar.
- Ela estava chorando muito, então eu subi pra ver o que estava acontecendo. - Lee complementa.
- O sequestro de novo? - meu pai pergunta.
- Sim, mais uma vez. - respondo.
Meus olhos ainda estavam inchados de chorar, achei melhor ir lavar o rosto.
- Já passou pai, está tudo bem. -
- Certeza? -
- Sim. - respondo.
- Tudo bem, qualquer coisa me chama. -
- Tá. -
- Vou jantar, boa noite filha. - ele beija minha testa.
- Boa noite pai. -
Ele e Lee saem do meu quarto e vão para a cozinha enquanto vou para o banheiro lavar o rosto. Penso: - eu não consigo mais dormir, não dá pra ficar sozinha de novo. - meu coração começa a acelerar.
Assim que meu pai e Lee chegam na cozinha meu pai diz:
- Eu sei que é um pedido um pouco absurdo e estranho. Mas você poderia ir dormir com ela, depois desses pesadelos ela nunca consegue dormir sozinha, e se ela ficar sozinha vai acabar indo arrumar o quarto e não vai conseguir descansar. E eu não quero me oferecer pra dormir no quarto dela por que acho que seria desconfortável. Então você poderia fazer isso? -
- Posso sim senhor Christian, vou cuidar bem dela. - Mas Lee percebeu que meu pai não queria isso, mas mesmo assim tinha pedido.
- Obrigado Lee, qualquer coisa estarei no meu quarto. -
Lee subiu a escada e bateu de leve na porta.
- Leãozinho? -
- Oi Lee. - digo saindo do banheiro e tremendo um pouco ainda.
- Seu pai pediu para que eu viesse dormir com você. - ele entra e deixa a porta aberta.
- É sério? - digo surpresa.
- Sim, seríssimo. - ele ri de nervoso.
Vou deitando na cama.
- Não acredito que meu pai pediu isso pra você. E a Naty e o Rodrigo? -
- Estão lá largados no colchão no chão. - ele senta do meu lado. - Posso dormir aqui, ou eu pego um cobertor e deito no chão? - ele me olha carinhosamente.
- Pode deitar aqui. Mas só hoje tá. - digo sorrindo.
- Tá bom. - ele se acomoda debaixo do cobertor e eu viro de costas. - É sério? Você vai ficar de costas pra mim? - ele fala meio revoltado.
- Ah, é que eu acho esse lado mais confortável ué. - digo olhando pra ele.
Ele chega um pouco perto de mim, porém não estávamos encostados um no outro, e ele faz carinho no meu cabelo.
- Confortável agora? - ele diz ironicamente.
- Sim muito confortável. - respondo me ajeitando.
- Por que você tem medo de dormir sozinha? - ele cochicha.
Eu suspiro e receio responder.
- Bem... Eu... Eu tenho medo de ficar em coma de novo e nunca mais acordar. As vezes é difícil dormir a noite por conta disso. - respondo triste.
- Mas isso não tem mais chance de acontecer. -
- Eu sei, mas ainda sim. É difícil controlar esse medo Lee. -
- Você não precisa mais ter medo, eu tô aqui e vou cuidar de você. -
Aquele momento foi marcante, estar ali com o Lee me fazia sentir muito melhor, me fazia sentir coragem para deixar tudo o que passou pra trás, e continuar vivendo as coisas boas de casa dia.
- Tenta dormir um pouco, você precisa descansar. - ele diz.
- Tá bom, boa noite soldado. -
- Boa noite leãozinho. - ele me beija.
Assim que durmo, Lee pega um cobertor e se deita no chão, na madrugada meu pai passa pelo quarto e vê a porta aberta e Lee dormindo no chão. Ele fica mais tranquilo ao ver isso e dormiu mais sossegado.
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