História A Dama e o Vagabundo - Carai borracha, fudeo!

Matheus Martins POV

Cheguei em casa depois do baile e me joguei no sofá, o Ryan tava deitado no sofá do lado, contei pra ele da mina que eu tinha pegado e em como ela é gostosa, se loco.

-Você fala assim de todas

-Mas essa é diferente ta ligado, ela é das boa.

-Ta de brincadeira ,cê ta no baile, desde quando lance de baile é bom?

-Desde que aquela ruivinha derrubou aquela bebida em mim

-Se toca mané, a gente tem coisa melhor pra resolver.

-Tipo a mina que vai vir morar com a gente?

-É boca aberta, como que você deixou? E os nossos corres?

-Se liga, o pai dela me livrou de ficar em cana é o mínimo que eu posso fazer por ele.

- Ce que sabe, eu não sei não

-Vou dormir, boa pa nois

-Boa, aliado.

Subi pra tomar meu banho e enquanto tava tomando banho fui me lembrando de como tudo foi tão bom, lembrei da gente conversando, ela é mais nova, já terminou a escola, lembrei do sorriso dela, como é lindo, diferente de tudo que eu já vi.

Acabei meu banho e fui dormir, amanha tem a filha do Marcio que vai morar aqui, vai ser ótimo eu, dono de um morro, ser baba de patricinha,pensei irônico, apesar que pelo que ele fez por mim, vale a pena. Adormeci pensando em tudo isso.

Acordei, fiz minha higiene pessoal, tomei um banho pra disfarçar o sono, vesti uma bermuda de tectel e desci pra tomar meu café, quando estava quase terminando de comer os seguranças me avisaram que o Dr. Hackme havia chegado com a filha dele. Me aproximei do carro dele e quando a imagem da filha dele apareceu mais nitidamente eu gelei,eu vou morar com a mina que eu fiquei ontem, carai borracha, fudeo!

-Boa Doutor, essa é a sua filha?- ‘tem certeza’ eu pensei

-Bom dia, Matheus, é ela sim, você pode ajudar com as malas?

-Pode  deixar que as tias ajudam.- Fiz sinal pras tias que cuidam da casa, acho que empregado um nome muito feio, então chamo elas de tia,e elas lhe ajudavam.

Ela estava pálida, com certeza morrendo de vergonha, eu também estava mas não iria deixar tão na cara assim. O Doutor se despediu dela e ela entrou dentro de casa junto comigo.

-Tem dois quartos de hospedes na casa, você pode escolher, eu não moro sozinho, moro com o Ryan e qualquer coisa que você precisar pode pedir pras tias, elas estão a seu dispor, eu não costumo ficar aqui, então pode ficar suave.

-Ok- Ela me olhou mas desviou o olhar, que sensual.

-Ae, não precisa fica com vergonha de mim não, beleza?- Ela revirou os olhos- Cuidado que eu te faço revirar os olhos por outros motivos- Sorri malicioso e ela soltou um sorrisinho.

-Não pense que só porque a gente ficou ontem que você vai ter uma peguete mais acessível- Me olhou feio

-Pode pa, só não atrasa minha caminhada.

-Tanto faz- Ela respondeu e eu sai.

Mina mimada, se loco.

Thayla Hackme POV

Ele só pode estar de brincadeira achando que eu vou ficar ficando com ele quando ele quiser. Só pode mesmo.

Me organizei num dos quartos, não sabia qual pegar, então fiquei com o maior, no segundo andar.

Desci as escadas e sentei na sala, liguei a tv e comecei a assistir. Logo daria a hora do almoço e uma das empregadas daqui me avisaria.

A hora do almoço chegou e eu me sentei na mesa, me servi e comecei a comer logo ouvi um barulho de moto entrando, imaginei que seria o Matheus, mas me assustei quando ouvi mais de uma voz, eram três, me ajeitei na cadeira de forma que parecesse natural e comecei a entender melhor o que falavam, era sobre algum time.

-Ryan, o meu é muito melhor que o seu- Dizia o menino branquelo do cabelo castanho, ele tinha uma beleza muito natural

-Ta tirando, palmeiras nem mundial tem- foi vez do menino loiro dos olhos claros se pronunciar

-Todo mundo sabe que o timão é o melhor- Agora, era o Matheus

Eles pararam quando me viram. Eu gelei.

-Essa é a filha do Hackme, ela vai morar comigo, os mano da favela vizinha ameaçou e ele pediu pra nois cuidar dela- Eles prestavam atenção suficiente nele.

-Meu nome é Thayla- Revirei os olhos

-Eai, suave? Eu sou o Carlos Eduardo, mas pode me chamar de Dú.- Eu sorri e ele retribuiu, que sorriso.

-Eu sou o Ryan.- Eu sorri mas ele não retribuiu.

Continuei comendo, eles se serviram e foram comer na sala,eu tentei não prestar atenção na conversa deles mas foi impossível.

-Essa mina é igual a mina que você descreveu de ontem, no baile- Eu corei.

-Fala baixo, mané, ela vai te ouvir- Eles riram- É ela.

-Mano, sabia que ser baba de patricinha ia dar merda. Depois não fala que eu não avisei.

-Relaxa, se fosse você, faria o mesmo pelo Doutor.

Levei meu prato pra cozinha e passei pela sala morrendo de vergonha depois de ouvir isso, subi pro quarto e quando estava no fim da escada eu sem querer olhei pra trás e o vi me fitando, ele sorriu e eu corei.

-Eu vou sair com os muleque, volto só de noite, qualquer coisa, as tias tão ai, o dia todo.- Eu concordei com a cabeça e dei de ombros, o tempo vai precisar passar rápido.

Deitei na cama e esperei o tempo passar até que dormi.

Estava tão sonolenta que decidi tomar um banho pra acordar.

Entrei no banheiro mais próximo do meu quarto e me despi, me olhei no espelho e vi o quanto meu cabelo,ruivo natural, havia crescido, uau, ele estava quase na minha cintura. Fui acordada nos meus pensamentos quando vi a porta se abrir, tentei buscar a coisa mais próxima pra cobrir minhas intimidades mas falhei miseravelmente.

Ele me olhou de cima a baixo, me fazendo morrer de vergonha

-SAIII- eu gritei tentando empurrar ele

-Ta emocionada? Eu já vi, não precisa esconder

-Saaiii Matheus 

-Relaxa, to indo, depois desce la pa nois assisti um filme, os muleque ta tudo la.

-Ta, mas sai

-To indo- Saiu e fechei a porta, dessa vez, eu tranquei.

Tomei meu banho e desci pra sala. Eles estavam conversando mas quando perceberam minha presença trocaram o assunto.

Sentamos todos naquele sofá enorme, respectivamente Ryan, Dú, Eu e o Matheus.

Assistimos o filme e combinamos que quem pegasse no sono seria acordado com pasta de dente na cara. O primeiro a dormir foi o Dú, eu ri demais, até que eu dormi e também levei pasta na cara. Eu dormi de novo e dessa vez ninguém me sujou,pelo contrario, me levaram pra cima, no colo, eu não vi quem era, mas agradeci mentalmente.