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História A Faculdade - O retorno de Jennifer - História escrita por trishakarin - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Faculdade - O retorno de Jennifer


Escrita por: trishakarin

Capítulo 18 - O retorno de Jennifer


Fanfic / Fanfiction A Faculdade - O retorno de Jennifer

- Bom dia!

Abri os olhos e a primeira coisa que avistei foi aquele sorriso dengoso e aquele par de olhos verdes que me encaravam com doçura. Eu me estiquei, espreguiçando-me e me sentindo leve. Sam se aproximou e beijou meu rosco com carinho, e sentou na cama me puxando.

- Anda, temos que levantar!

- Eu não quero - disse manhosa.

- Mas tem! A Jennifer está voltando hoje e nós vamos buscá-la.

- Falando em Jennifer, precisamos conversar, Sam - fiquei séria e a loira me olhou surpresa - Podemos? Antes de sairmos, eu espero que seja rápido.

Ela sentou com a coluna ereta, visivelmente preocupada ou incomodada. Mas eu sorri, tentando tranquilizá-la. Me aproximei dela e acariciei sua perna antes de encarar aqueles olhos que tanto me tiravam de órbita. 

- Quando eu estava naquele lugar... com a Jennifer...

- Ela te contou.

- Contou. 

- Sobre a gente? Quero dizer... tudo?

- Não, ela não me contou tudo. Ela não queria falar sobre isso.

- Você quer que eu conte?

Eu olhei para ela sem saber. No fundo eu queria entender o que tinha acontecido com as duas. Principalmente depois da linda declaração de Sam para mim. Eu sabia que queria ela do meu lado mais do que qualquer coisa, mas eu tinha que entender como lidar com minha colega de quarto que claramente ainda guardava alguma mágoa dela que eu não conseguia entender.

- Eu só queria saber como lidar com Jennifer quando ela voltar, Sam. Parece que ela tem alguma mágoa do relacionamento de vocês.

- Eu fui muito imatura com ela, Ash. Eu errei muito, mas ela não poderia ter feito o que fez.

- O que ela fez?

- Eu preferia não falar sobre isso, mas eu compreendo que você precise saber do que houve. Quando estávamos juntas, eu estava apaixonada por ela. Éramos bem parecidas, gostávamos de uma festa, curtíamos uma saída. Foi quando ela acabou ficando com aquele cara - percebi como se uma sombra passasse pelo rosto de Sam - Eles estavam quase tendo relações sexuais encostado numa árvore perto da festa onde estávamos. Aquilo me quebrou por dentro, Ash. Me rasgou. 

- Meu Deus.

- No outro dia ela disse que se arrependia do que fez, que não foi certo e me pediu perdão.

- E você aceitou?

- Não. Eu fiquei com outras garotas e ela resolveu espalhar para todo mundo que eu era lésbica e que queria dar pra todas as mulheres...

Eu levei as mãos a boca. Eu sabia do gênio forte de Jennifer, mas não a ponto de causar uma humilhação tão incorrigível. Uma história na boca do povo não tem fim, é como se ficasse pro resto dos dias até uma alteração drástica. Eu não imagino nem de longe como Sam se sentiu, mas eu tenho noção do quanto machucou. 

- Foi difícil lidar com aquilo. Mas eu consegui e isso a irritou. No final das contas, não interessa se ela transou com um cara antes que eu terminasse tudo, o que importa é que eu não a perdoei e que por conta disso eu seria algo ruim. As pessoas não entendem quando erram. Se elas acreditam que não é um erro, então errei antes e terminei e fui insensível por não voltar quando ela pediu.

- Agora você é a grande vilã - ela confirmou com um aceno - O que você acha que ela dirá sobre nós?

- Ela vai ficar com raiva. Mas ela não pode dizer muito, porque se ela me conhece como diz que conhece - ela se aproximou de mim e beijou meus lábios com doçura - Ela vai saber o quanto é diferente o que sinto por você.

- Que frase machista - sorri - Todos dizem isso.

Ela sorriu em resposta e seguiu até a porta com sua toalha, acenando em despedida. Eu balancei a cabeça e me levantei da cama. Tinha que pegar minhas coisas em meu quarto.

- - - - - - - - - - - - - - - -

Sam estacionou de frente para o portão do hospital, avistou os pais de Jennifer também estacionando o carro e eles acenaram em cumprimento. Ela seguiu até eles enquanto eu ainda tentava equilibrar a bolsa e o celular. 

Em poucos segundos, quase como um raio, senti meu braço ser puxado para o lado e meu corpo jogado com as costas pro carro, enquanto uma mão pressionava minha boca impedindo que qualquer som saísse dela. Fui conduzida para baixo e com os olhos esbugalhados avistei Alan. 

- Shhh - ele disse - Não tinha outro jeito de falar com você, não é? - os olhos vermelhos, as pupilas dilatadas, mostravam que ele estava sob efeito de alguma coisa - Eu amo você, Ashley - seus olhos agora brilhavam competindo com lágrimas, que ele forçava não deixar cair - Eu não sei o que aconteceu com você, por que razão você mudou tanto e terminou algo que era pra sempre. Eu vou descobrir, eu vou esperar você perceber que o que tínhamos era tão gostoso, tão perfeito. 

- Ashley?

A voz de Sam soou do outro lado e ele olhou para cima. Me soltando com violência. Eu não gritei, não disse nada, fiquei sentada ali olhando ele se afastar correndo pelo estacionamento. Sam deu a volta pelo carro e me encontrou no chão com o olhar perdido e assustado. Ela correu ao meu encontro segurando meu rosto.

- O que aconteceu? - eu não conseguia responder - O que houve?
- Alan está completamente descontrolado querendo voltar - disse grunhindo. 

- Esse cara deve ter algo com esse seu sequestro - Sam disse me ajudando a levantar e visivelmente furiosa - Não sinto nada de bom vindo dele. Nada!

- Não sei se devemos nos preocupar. Ele está se sentindo abandonado, traído. 

- Você já tinha terminado quando nos conhecemos?

- Não lembro.

- Ashley - ela se aproximou tocando meu rosto - Independente de achar que não deve se preocupar, tome cuidado. Sua expressão era de pavor e não de compreensão.

Ela tinha razão. Eu fiquei apavorada e ainda sentia o coração disparado. Sam me ajudou e entramos no hospital. Os pais de Jennifer estavam na sala de espera, sua mãe com as mãos no peito e uma expressão esperançosa. Em questão de minutos o médico surgiu com a jovem ao lado. Ela estava linda, como sempre. As marcas roxeadas desapareceram, ainda parecia sentir algo nas costelas, pois inclinava um pouco, mas nada muito notório. Ela abraçou a mãe, que desabou em um choro convulsivo e seu pai acariciava sua cabeça com carinho.

Jennifer ainda abraçada a mãe me viu e olhou também para Sam. Ela sorriu educadamente e assim que se afastou da mãe, seguiu em direção a mim. Com um olhar doce, tocou meu rosto.

- Quanto mais eu penso naqueles dias, mais eu vejo que se você não tivesse se arriscado tanto, poderia ainda estar lá ou já estar morta - ela disse com os olhos brilhando - Eu posso ter dito coisas horríveis a você, Ash, mas acho que no fundo minhas razões eram outras e eu tenho que te pedir desculpas. Obrigada por estar aqui - ela olhou para Sam que estava sem saber o que fazer.

Jennifer parecia um pouco surpresa com a presença de Sam, a olhou por quase um minuto e aquele silêncio e encaramento parecia durar uma eternidade. Apertei a mão da loira, que parecia nervosa.

- Samantha... - Jennifer balbuciou - Esse tempo aqui, sem ter o que fazer, nos obriga a pensar em tudo que a gente prefere fugir à ter que lidar com isso. Eu não sei como pedir desculpas por todo mal que lhe fiz.

- Passado... - Sam disse com a voz embargada.

Jennifer baixou os olhos e viu minha mão colada a de Sam e voltou os olhos para mim e para ela com um sorriso satisfeito.

- Eu não vou dizer que estou orgulhosa, até porque perdi alguém que não dei valor suficiente. Mas eu acho que com os erros a gente pode aprender e ver que você encontrou alguém que pode te preencher, me tranquiliza, Samantha. Acho que não me perdoaria se você estivesse com alguém que lhe fizesse sofrer! Me sentiria mais culpada ainda.

- Jennifer...

- E eu prefiro que não conversemos mais sobre isso.

Sam sorriu e concordou com um aceno. 

- Volta ao Campus hoje? - perguntei meio insegura, sem saber se devia.

- Ainda não, preciso terminar minha recuperação e achei mais apropriado fazê-lo de casa. Eu vou... - ela pegou um papel e uma caneta que estava em cima da recepção e escreveu alguma coisa. Entregou a mim sorrindo - Esse é o meu telefone, então sabem onde me encontrar.

- Obrigada.

- Obrigada por terem vindo, foi um gesto muito fofo. 

Ela se afastou, seguindo em direção aos pais. 

A forma como ela se expressava era muito diferente da baladeira que conheci no primeiro dia. Ela estava bastante serena, bastante confiante. Era bom ver que ela estava conseguindo lidar com tudo aquilo com tamanha naturalidade. O que ela passou não foi nada fácil, não foi justo, não foi correto. Mas ela estava saindo disso de forma surpreendente e eu estava feliz por ela, por mim. Mas só sossegaria quando pegá-los e eu iria conseguir. 

 



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