handporn.net
História A Faculdade - Revelações - História escrita por trishakarin - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. A Faculdade >
  3. Revelações

História A Faculdade - Revelações


Escrita por: trishakarin

Capítulo 19 - Revelações


Fanfic / Fanfiction A Faculdade - Revelações

As aulas estavam começando a cansar. Quando iniciam, costumamos ir com todo gás, empolgados em aprender, emocionados em conquistar. Mas quando o tempo vai passando, toda aquela animação vai se perdendo pelo caminho e apenas disciplinas que nos empolgue ou nos dê prazer parecem realmente merecedoras de nossos esforços. 

O quarto ainda estava vazio. Jennifer estava fazendo todos os trabalhos de casa, mas provavelmente não teria condições de fechar o período dessa maneira. Sentar naquele quarto e estudar, sabendo que minha colega de quarto não estava mais ali me causava um pouco de remorso. Eu mal havia passado um dia nas mãos daqueles animais, mas parecia uma eternidade. Que dirá Jennifer, que passou dias presa nas mãos daqueles homens, sofrendo torturas e coisas que ela prefere até hoje não contar.

Peguei um dos livros de história e comecei a ler. Mas eu já não conseguia ler direito, as palavras se perdiam em pensamentos aleatórios. Olhei pela janela, o céu azul brilhava lá fora, pedindo para um dia de parque, tranquilidade, relaxamento. Por mais que o tempo passasse e que os dias fossem cada vez melhores, a surpresa deliciosa do relacionamento com Sam, a reconciliação com Jennifer e por mais que já não aguentasse mais os livros, ainda assim eu tinha boas notas, as coisas que aconteceram ainda permaneciam em minha mente, desfilando, dançando, rindo da minha cara. 

Eu não conseguia mais. Eu não conseguiria mais estudar, minha cabeça estava borbulhando diversas informações e eu já estava começando a ficar louca com tudo aquilo. Peguei uma camiseta, calcei o tênis e saí do quarto. Só correndo para tentar aliviar os pensamentos. 

O parque estava vazio naquela manhã. Algumas pessoas corriam, outras poucas conversavam encostadas às árvores. Mas duas pessoas me chamaram a atenção. Fui parando de correr e forçando um pouco a vista para conseguir enxergar de quem se tratava e quase travei quando percebi ser Alan e novamente o aluno com quem já o vi conversar de forma estranha. Desconfiada, caminhei em passos lentos, cuidando para não chamar atenção. Fiquei entre duas grandes árvores, ouvia suas vozes, mas não conseguia compreender muito bem o que falavam. 

- Eu não quero saber, Gabriel - Alan dizia revoltado - Eu pedi mais atenção, eu não te dei aquela grana para você gastar com prostitutas, eu te dei pra você resolver meu problema.

- Mas cara, a gente fez o que tu pediu. 

- Eu quero que vocês deem um susto bem dado.

- Já foram lá pegar, não vai demorar até você ter o que quer.

Meu coração parou. Alan tinha alguma coisa com tudo o que estava acontecendo e talvez Sam tivesse razão em dizer que ele tinha algo haver com o sequestro. Infelizmente era muito difícil conseguir confiar na polícia da cidade, levando em consideração que eles não acreditavam e nem trabalhavam como deveriam. Todo testemunho dado tanto por mim quanto por Jennifer não deu em nada. As informações foram valiosas, eles poderiam encontrar os culpados em pouco tempo, se tratando de uma cidade tão pequena. Mas eles insistiam em demorar e ignorar pontos importantes para a descoberta e a prisão deles.

Me afastei silenciosamente. Seja lá em quem eles quisessem dar um susto, tinha que pensar que Sam era uma forte vítima do susto de Alan, já que ele agora crescia um ódio por ela, sabendo que eu estava ao seu lado e não ao lado dele. Quando estava afastada, corri em direção aos dormitórios. Meu ouvido chegava a zumbir tamanho nervosismo. Eu precisava encontrar ela o mais rápido possível, tinha que avisá-la, pedir por cuidados. Não adiantaria muito contar minhas "suspeitas" para aqueles policiais. Eles claramente não levavam a sério tudo o que eu tinha passado. 

Subi as escadas de dois em dois degraus. Alcancei a porta de Sam e bati insistentemente. Batia sem parar, com pressa, com força. Ela não estava ali, tentei controlar minha respiração, pois precisava encontrá-la. Corri para meu quarto, busquei por meu celular e tentei encontra-la pelo telefone. Chamou, chamou e deu na caixa postal. Guardei o aparelho no bolso e sai correndo novamente. Correria por todo o Campus, por toda a cidade, mas a encontraria.

A frente vi Luciano rindo com mais dois amigos. Ele me viu correr em sua direção e seu olhar apresentou certa curiosidade e surpresa. Parei a sua frente, erguendo o braço. Eu já não controlava mais a respiração, com a pressa que eu tinha. 

- Ash? O que aconteceu?

- Onde está a Sam? 

- A Sam? Acho que na aula de Biologia. Por que? Aconteceu alguma coisa?

Eu nem fiquei para ouvir nada, sai correndo novamente. Cada passo agora fazia meu coração pesar. Procurei pelo departamento, olhei no mural onde era a sala e mais uma vez subi as escadas com pressa. Eu já não respirava mais de forma alguma, precisava parar, caso contrário desmaiaria.

- Oi?

Olhei para cima e uma garota da minha altura, tipo latina americana. Cabelos lisos, negros, óculos de grau forte. Mas muito atraente. Ela me observava preocupada, se aproximou lentamente, como se eu fosse um animal que estava prestes a fugir diante a aproximação. 

- Você é amiga da Samantha, não é?

Acenei confirmando sua pergunta e engolindo seco.

- Desculpa me intrometer, mas você está bem?

- Sim... você viu a Sam? 

- Um rapaz a chamou na secretaria. Acredito que ela esteja lá - ela respondeu cuidadosa.

Balancei a cabeça negativamente, rezando para que não já fosse algo grave. Desci as escadas, agora devagar, pois já não tinha mais forças para conseguir correr. A secretaria ficava próximo a saída. Era toda transparente e as lágrimas subiram meus olhos quando tive a certeza de que ela não estava ali dentro.

- Meu Deus, onde você está? 

A noite estava caindo, o sol estava se pondo e aquilo me causava uma angústia ainda mais forte. Caminhei pelo Campus, tentando descobrir onde ela estaria. Tentei ligar novamente, sem sucesso. Seu carro estava na vaga de costume, o que me fazia ter certeza de que ou ela ainda estava por perto ou algo de grave aconteceu. 

"Disseram que ele se meteu em uma briga e foi espancado dentro do parque."

Lembrei do garoto que foi assassinado. Alan estava no parque, o garoto estava lá. Corri em direção ao parque, eles poderiam estar nos lagos. Não sentia mais as dores no músculo da perna, quanto mais se meus pulmões estavam recebendo a quantidade essencial de ar. Corri como nunca corri na minha vida e a velocidade era tanta que parecia estar flutuando. As pessoas me olhavam curiosas, outras cochichavam sabe-se lá o que, mas não me interessava.

Próximo aos lagos, procurava insistentemente por algum sinal de que eles pudesse estar por ali. 

- FICA QUIETA - ouvi um grito.

Olhei para o lado em pânico, mas o som veio de muito perto. Abaixei-me como se estivesse em um tiroteio e entrei por entre as árvores. Fui me aproximando de onde ouvia pequenos sons de movimentos. O desespero tomou conta do meu corpo quando vi o mesmo garoto que conversava com Alan, com o braço esquerdo envolto da cintura de Sam enquanto a outra mão cobria seus lábios, impedindo-a de fazer qualquer som. Ele olhava para os lados preocupado, enquanto outro garoto mexia dentro de uma mochila negra. Ver o objeto com ponta afiada quase me fez desmaiar. Eu precisava tirar Sam dali.

- O que a gente vai fazer com ela? - o que Alan chamou de Gabriel perguntou - Cara, a gente vai se meter em encrenca.

- Todo mundo faz trotes nessa faculdade. E não vamos machucar você, né, garotinho? 

Sam se debatia violentamente, e estava ficando difícil para Gabriel segurá-la firme nos braços. 

- Pára quieta, sua puta - ele disse apertando-a com mais força.

- Deixa que eu resolvo isso.

O outro se levantou e se aproximou dos dois, dando um tapa forte no rosto da loira, que parou imediatamente. Meu coração doeu tanto que pensei que ia ter um troço. Eu precisava achar um jeito de tirar ela dali. Olhei em volta, tentando encontrar alguma ideia, alguma forma de livrá-la dali. Uma pedra média próxima me deu uma ideia. Peguei um pedaço de madeira que estava próximo a árvore onde me escondia e segurei a pedra com força. Eu precisava agir certo, eu jamais teria condições de enfrentar os dois. O Gabriel era grande, tinha braços fortes e com certeza seria rápido. Levantei a pedra e joguei o mais longe que pude. 

Os dois rapidamente olharam para o lado onde ela caiu. 

- Que porra foi essa?

- Alguém. Vai ver, Maurício - Gabriel disse sem soltar Sam.

- Não se mexa, seu estúpido. Eu tô ligado que você vai fazer merda!

O outro seguiu cuidadosamente em direção a pedra e eu, segurando forte o pedaço de pau nas mãos, me aproximei devagar, fazendo o máximo de esforço para que ele não me visse. Já estava escuro, não havia nenhuma luz e sua atenção estava voltada para onde o seu comparsa havia ido. Com toda força que um dia já veio em meu corpo, eu bati o tronco em sua cabeça. Gabriel soltou Sam imediatamente, e cambaleou no chão. A loira me olhou assustada, tentando levantar-se novamente. Eu, sem saber o que fazer, bati novamente, dessa vez nas costas dele. Que caiu de barriga. 

Sam se levantou e correu em minha direção e quando dei a volta para corremos, senti um puxão forte em meu cabelo que me fez cair de costas no chão. Avistei Sam voltar e com isso ser pega pelo outro.

- Que palhaçada é essa aqui? Gabriel? - ele não respondeu - Gabriel? O que vocês fizeram com o garoto.

- O que vocês querem com a gente?

- O que eu quero não, vocês irritaram alguém que parece que não vai parar até ter o que quer. Eu estou nem aí para vocês duas. Eu só preciso da grana e o mano paga muito bem pra fazer o inferno com vocês.

Gabriel se moveu, com dificuldade, mas acabou sentando no chão. 

- Agora o que porra vocês fizeram? Ele é só um garoto.

- Um garoto que estava machucando quem não devia.

- Olha aqui, piranha. Eu tô me lixando pro que vocês fizeram com o cara...

Quando ele se aproximou eu estiquei a minha perna com velocidade e força bem no meio das pernas dele. Avistei Sam ficar surpresa e no instante que o rapaz caiu no chão, se contorcendo de dor, a loira me puxou com força para que levantasse e corremos para longe dali o mais rápido que pudéssemos. A gente tinha que alcançar a parte iluminada. Não demorou muito, logo estávamos entre os outros estudantes que passavam por ali naquele instante.

Olhei para trás e nem sinal de qualquer um dos dois, Sam também os procurava. Até que seus olhos deram de encontro aos meus e ela me abraçou com toda força. Parecia que nossos corpos se fundiriam ali mesmo. Senti seu coração acelerado, sua pele estava gelada. Ela afastou o rosto e segurando o meu entre suas mãos frias, beijou suavemente, quase que como quisesse se certificar que eu estava ali. 

- Obrigada, obrigada, obrigada - ela dizia entre um beijo e outro - Vamos sair daqui. 

- Espera. Temos que avisar a polícia. Um deles é estudante aqui...

- Avisar a polícia? - Sam disse - Sinceramente? Eu avisei a eles de Alan, denunciei ele depois daquela ameaça e não os vi fazer absolutamente nada. Você viu o que aquele cara disse, seria comparado a um trote e ponto final. 

- Mas Sam...

- A gente vai resolver isso e eu já sei como. 

Sam estava com os olhos vermelhos, a pele corada. A raiva transbordava naquele rosto tão delicado e belo. Ela pegou minha mão e foi puxando em direção ao estacionamento. Seja lá o que ela estava pensando, eu tinha certeza que não seria nada tão inocente quanto deveria ser. 


Notas Finais


Pessoal, eu estou com um pouco de pressa e sem tempo para correções ortográficas. Portanto, que encontrar alguma coisa, me avisa que eu corrijo!
Fica aí mais um capítulo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...