História A fila anda - Eu te amo!

Camus e Saga se separam buscando ar. O francês confuso, tentava entender o que havia levado o outro a beijá-lo, não sabia se era efeito da confusão de personalidades ou se era o próprio Saga que teve a iniciativa.

Milo só faltava explodir de tanta raiva e ódio que estava sentindo naquele momento. Tinha raiva de si mesmo, de Camus por ter deixado ser beijado e mais ainda de Saga por ter seduzido seu ruivo. Num ataque de fúria e descontrole total, partiu para cima de Camus puxando seus cabelos com força, fazendo o francês gritar com a dor alucinante em seu couro cabeludo.

— Solta, Milo! — Ordenou Saga já nervoso.

— O Camus é meu, só meu! — Milo falou possuído pela ira.

Antes que Saga tomasse alguma atitude, Kanon pegou um dos vasos que enfeitava o salão e bateu na cabeça de Milo o fazendo desmaiar, com medo que seu irmão perdesse novamente o controle.

— Você está bem, Camus? — Perguntou Saga preocupado com o estado do seu amor secreto.

— Sim, estou! — Respondeu segurando a cabeça ainda dolorida pela força com que foram puxados seus fios.

Saori, após se recuperar do susto, se juntou aos dourados lançando um olhar decepcionado para Milo, que estava desfalecido no canto do salão.

— Cavaleiros, eu realmente lamento muito que as coisas tenham chegado a esse ponto. Sinceramente não imaginava que Milo pudesse se tornar uma ameaça para você Camus e muito menos para você, Saga. Sendo testemunha do acontecido, eu acho que o melhor a fazer é tirar o Milo daqui por um tempo, vou mandá-lo para o exílio. — Exclamou triste.

— Atena, por mais que o Milo tenha sido inconsequente, acho que o exílio seria muito pesado para ele, se me permite dizer.

— Mas Saga, ele poderá trazer problemas para você e o Camus, mesmo que vocês não tenham nada um com o outro, para o Milo vocês têm!

— Eu cuidarei da segurança do Camus, ele não irá nos causar problemas. — Falou seguro. 

— Eu sei me cuidar sozinho, não tenho medo do Milo, Saga.

— Atena, me desculpe intrometer, mas o Milo precisa ter limites. Precisa aprender a respeitar e a perder. O que ele disse aqui hoje nesse salão é um absurdo! Eu aconselho que deixe ele ficar, só assim ele vai crescer como pessoa! —  Disse Shaka firme.

— Bom, sendo assim, ele fica. Na verdade acredito que tudo isso também se deva ao estresse constante que passamos aqui presos nesse Santuário. O que vocês acham de fazerem uma viagem?

— Viagem? Para onde, minha deusa? — Perguntou Dite curioso.

— Bom, isso eu ainda não sei, talvez um lugar bonito com praias, pessoas ecléticas…Aldebaran costuma dizer que o Brasil é um lugar maravilhoso para se tirar férias, o que acham?

— É, galera! Lá é muito maneiro, acho que vocês vão gostar de comer um churrasquinho, dançar um pagodinho, um funk… — Animou-se o brasileiro.

— Funk? — Perguntaram em uníssono.

— Sim, o pessoal vai para o baile dançar funk, depois, se quiserem, eu explico com detalhes como é, se é que me entendem! — Falou dando uma piscada maliciosa fazendo os outros entenderem.

— Huuuum! — Falaram Kanon, Shura, Aiolia e Mask maliciosamente levando o último um tapa na cabeça de um furioso Afrodite.

— Então está feito? Providenciarei amanhã mesmo o embarque! — Concluiu Saori sorrindo.

— Boraa, galera!! — Gritou Debas eufórico.

— Tenha modos, Aldebaran! Respeite Atena!

— Pode deixar, Shaka, eu já estou acostumada. — Disse sorrindo docemente. — Arrumem as malas, que tentarei providenciar o voo para amanhã cedo e, tudo que disse aqui hoje prevalece, Saga é o novo Patriarca, tendo como vice, Camus de Aquário. Estão dispensados por hoje!

Saori se retirou, deixando os dourados pensativos em relação a Milo. Alguém teria que levá-lo até Escorpião, mas ninguém havia se prontificado.

— Quem vai levar o aracnídeo para a toca? — Questionou Shura pensativo.

— Deixa que eu levo, afinal, essa confusão toda foi por minha causa. — Camus pegou o grego nos braços e desceu sendo seguido por olhares surpresos e incrédulos dos demais.

— Acho que por mais idiota que o Milo seja, o Camus gosta dele de verdade. — Shaka comentou com Mu. 

—Camus sempre foi apaixonado pelo Milo... — Observou — Espero que ele fique bem. 

Já na oitava casa, colocou Milo sobre a cama friamente e iria se retirar quando um murmúrio o fez retesar.

— Camus… Me perdoa… Eu machuquei você, me desculpa. — Milo falava com os olhos entreabertos e marejados.

— Milo, não torne as coisas mais difíceis, o que está feito, está feito, eu estou bem, só não faça isso novamente que não responderei por mim. Ah, arrume suas coisas que iremos viajar.

— Eu e…você? —  Perguntou esperançoso.

— Não, todos nós. Ordens de Atena. 

 Dito isso se virou para ir embora, mas Milo segurou seu pulso o impedindo de prosseguir.

— Camus… Volta pra mim! Eu prometo que serei fiel e um bom namorado para você... Eu te amo e sei que você também ama. Fui um idiota, confesso, mas vamos tentar de novo, por favor. 

Camus olhava para Milo confuso. Seus olhos demonstravam sinceridade, mas suas atitudes eram duvidosas.  Não conseguia entender como alguém que se dizia amar, poderia trair. 

— Você falava isso para o Misty também, sem falar nos outros e outras que eu não sei. — Respirou fundo — Você agora está livre para ficar com quem quiser sem ter que se preocupar em mentir para ninguém. — Retrucou indiferente.

— Eu não quero ninguém, eu quero você!

— Não é verdade… Eu não fui suficiente para você!

— Eu sei que errei! —  Se afastou um pouco, olhando nos olhos do francês. —  Vai, me bate, me espanca, faz o que quiser comigo, mas por favor, não me deixa! — Desesperou-se o grego.

— Milo, pra que insistir no que já morreu? Não há confiança e muito menos respeito, como você deixou bem claro agora há pouco lá no salão. Acabou, segue sua vida que seguirei a minha! —  Disse Camus irredutível.

— Nosso amor acabou também, Camus? Eu fui um trouxa, te ofendi sem razão, mas é que eu perdi a cabeça! Eu sei que você ainda me ama, diz  que não! Me xinga, me bate, me ofenda como quiser, desconta sua raiva, eu deixo, mas não minta dizendo que não me ama mais!

— Eu te amo sim, Milo, aliás, nem sei mais. — Suspirou tristemente — Amava o Milo que eu pensava conhecer, mas agora vi que ele não existe, era só uma capa, pois o verdadeiro foi aquele que vi hoje, agressivo, hipócrita e egoísta. Ah, e mentiroso!

— Ele continua aqui, Camus, o seu Milo está aqui. — Olhava para o francês tristemente — Eu não sei o que aconteceu comigo, mas vou voltar a ser o que eu era. 

— Agora já é um pouco tarde para isso, Milo... 

— Eu não acredito… É o Saga! — Falou enfurecido. — Aquele beijo! O que vocês dois tem um com o outro? O que foi aquele beijo?

— Não é o Saga, é você! Entenda que foi você mesmo que causou tudo isso! — Esbravejou Camus. — Aquele beijo? Bom… Eu...Eu… Não sei! Quer saber? Eu não te devo mais satisfações, sou um homem livre! 

 Dito isso saiu deixando um incrédulo e furioso Milo para trás, que ao perder o aquariano de vista, esmurrou um móvel o partindo ao meio.

“Vamos ver Camus, se você não vai voltar pra mim, vamos ver!”

Camus ouviu o estrondo em Escorpião, mas já conhecendo bem Milo, sabia que era apenas mais uma de suas crises nervosas. Continuou seu caminho até Aquário mas com um certo cavaleiro em sua mente, o autor do beijo magnífico que em toda sua vida nunca havia experimentado igual.

“Saga…”

Em Gêmeos um eufórico Kanon sacudia Saga desesperadamente, ansioso por uma atitude do irmão.

— Então, mano! Já beijou o cubo de gelo, não vai se declarar pra ele?

— Não, ainda não é o momento.

— Pqp! Que lerdeza! — Bufou — Quer que eu me passe por você e fale com ele?

— NEM PENSAR! FICA LONGE DO CAMUS! — Exasperou o mais velho.

—Tá bom, ciumentinho, mas agora aqui entre nós, ele beija bem?

— Bem? Maravilhosamente bem! Eu não consigo entender como Milo pôde trair um homem daquele. Foi o melhor beijo da minha vida! — Suspirou apaixonado.

— Xiiiii! Tá fudido! Tá gamado no geladinho mesmo e pelo jeito é irremediável!

— Kanon, não há palavras que expressem o que eu estou sentindo nesse momento, mas uma coisa é certa, nessa viagem eu me declaro, pode ter certeza disso! — Falou decidido.

— Hum... Tá me batendo uma curiosidade aqui, você bem que podia deixar eu dar uns beijos no Camus no seu lugar! Só pra eu ver se ele é isso tudo mesmo... — Disse Kanon vendo Saga ficar furioso.

— Kanon, nem brinque com isso, seu pervertido!

— Tô brincando, mas…é só unzinho! — Falou rindo tacando uma almofada no mais velho que se levantou indo atrá o acertando com outra, dando início a uma deliciosa guerra de travesseiros.

Na manhã seguinte os cavaleiros se dirigiam a saída do Santuário, onde os carros alugados por Saori os levariam para o aeroporto.

Aldebaran era um dos mais eufóricos, estava ansioso para mostrar para os amigos sua terra natal.

Mu conversava animadamente com o taurino quando viu Shaka descer com suas malas, pedindo licença e se aproximando do virginiano na intenção de ajudá-lo com as malas. Desceu os últimos degraus ao lado dele tentando segurar o riso, coisa que fez o loiro se irritar, o questionando sério :

— Do que tanto ri, Mu de Áries? Tem algum palhaço aqui?

— Hahahaha! Palhaço não, mas tem um cavaleiro decepcionado por não ser o ajudante do Saga! Hahaha! 

— Como é, Mu? — Perguntou Dite se aproximando juntamente com o namorado, fazendo o virginiano ficar mais nervoso.

— Não é, nada Afrodite… Hahaha! - Desconversou o ariano não aguentando segurar o riso.

— Eu ouvi que Shaka está mordido por não ser o escolhido do Saga? Shakira querido, eu sei que o Saga é um pedaço de mau caminho… Ai, nossa! Me deu até calor! — Se abanou exageradamente. —  Mas, devemos respeitar a vez do coleguinha, e agora é a vez do Camus… — Falou consolando Shaka que colocava fogo pelas ventas.

— Hahahaha! — Gargalhou Mu alto.

— Por falar nisso, cadê ele? Preciso apurar os detalhes daquele beijo maravilhoso! — Disse Dite saindo à procura do francês.

Camus descia com suas malas quando Milo se prontificou a ajudá-lo sendo dispensado friamente pelo mesmo.

— Eu carrego sozinho.

O escorpiano se afastou irritado ficando isolado dos demais.

— Olha, Mas! O Milo tá putinho, bem feito, ninguém mandou trocar o Camyu por aquela mocreia, agora ficou sem ninguém!

— Dite, deixa ele quieto! Chega de confusão!

— Eu quero mais que ele se exploda e minha bunda cresça, meu amor! Vou ali falar com o Camyu! —  Saiu jogando beijo no ar.

Máscara aproveitou que estava sozinho e foi falar com o escorpiano que estava com uma péssima cara.

— Ou, Milo! Fica assim não, vida que segue! Te avisei tanto…

— Qual é? Vai querer me dar lição de moral agora? Eu esperava mais de você, Mask!

— Por que está dizendo isso?

— Por que? Pensa que eu não ouvi a puta do Afrodite falando de mim coisas que só você sabia? Fofoqueiro do car@#&$!!

— Peraí, Milo! Você está falando do meu namorado! Respeita, porra!

— Respeitar o car@$&#!!Eu quero é que vocês se fodam! Bando de viados !

Todos os presentes ao ouvirem as vozes alteradas dos dois cavaleiros se puseram em alerta. Afrodite que ouviu muito bem o que Milo havia dito, furioso entrou no meio dos dois.

— Puta é aquela sua peguete, Misty! Milo, eu nunca na minha vida pensei que poderia sentir nojo de alguém como estou sentindo de você…

— Grande coisa, tô nem aí para sua opinião!

— E eu muito menos para sua existência! Pessoas bem resolvidas não se importam com coisas pequenas, meu amor, e é isso que você é, um nada! VAMOS MASK! — Saiu puxando o namorado que olhou uma última vez para o grego decepcionado.

Saga e Kanon assistiam a discussão de longe. Se entreolharam e reprovaram a atitude de Milo, que estava cada vez mais estava sendo recriminado pelos demais, fruto de suas próprias atitudes. O mais velho procurou por Camus com os olhos, cruzando com as orbes avermelhadas inesperadamente, recebendo um belo sorriso do aquariano.

— Mano, senta ao lado dele no avião! — Sugeriu Kanon vendo o clima entre os dois. 

— Se o Milo deixar, né? Esse cara está arrumando confusão com todo mundo, não que eu tenha medo dele, só não quero que o Camus fique mal. 

— Se ele vier de graça, a gente resolve! — Kanon falou arregaçando as mangas, fazendo Saga rir. 

Outro que também notou a troca de olhares foi Afrodite, que depois de se aborrecer, encontrou um motivo para sorrir.

— Camyu, você está afim do delícia do Saga?

— E...Eu? Não! De onde tirou isso? — Desconcertou-se.

— Aff! Não acredito que você vai deixar uma tentação dessa para outro!? O cara é lindo demais! Imagina como deve ser ele sem essa roupa!? Ui ui!

— Dite! — Repreendeu Camus sentindo seu rosto esquentar.

— E eu tô mentindo? Só digo verdades, meu amor! Agora falando sério, repara como ele te olha, ele quer seu corpo nu! Vai com tudo, Camyu! Vai por mim, o encaixe será perfeito! — Saiu piscando para o ruivo que ficou da cor dos cabelos.

—Vamos, galera, os carros chegaram! — Anunciou Aldebaran animadamente, fazendo todos olharem para si e seguirem viagem.

Passado algum tempo já no aeroporto, havia chegado o momento de embarcar. Como era um avião particular puderam escolher os lugares que melhor lhe adequassem. Mask e Afrodite sentaram ao fundo, Shura e Aiolia nas duas poltronas seguintes. Shaka, emburrado, escolheu sentar na janela sendo acompanhado por Mu.

— Se você veio sentar aqui para ficar rindo da minha cara, é melhor ir para outro lugar!

— Acha? Já ri o suficiente. Eu só quero ficar perto de você, posso?

— Hum… Depende.

— Fica tranquilo que eu não irei te agarrar, nem mesmo encostar em você. Está bom assim?

— Hum…Está ótimo!

— Engraçado que não é isso que seus olhos dizem? Aliás, por que está de olhos abertos?

— Porque eu quero! Não se preocupe que ninguém corre riscos, eu sei muito bem o que faço!

— Eu nunca disse o contrário!

— Mas pensou!

— Opa! Não sabia que lia mentes agora! Quero ver o senhor sabe tudo adivinhar o que estou pensando nesse momento.

— Não sabia que era tão debochado, Mu!

— Tem muita coisa que você não sabe sobre mim, Shaka de Virgem! Então, vai tentar adivinhar?

— Acho que não seria má ideia eliminar um dos seus sentidos, você não para de falar!

— Você não seria tão cruel com seu melhor amigo. Bom, já que você não quer dizer, eu digo. Eu estou pensando em te beijar novamente, o que acha?

—Que? Você não seria tão indecente, estamos num avião! Eu nunca permitiria um impropério desse!

— Então acho que deveria manter seus belos olhos fechados, pois eles dizem que você gostou da ideia, estou errado?

— Está sim, redondamente enganado! Já disse que sou uma divindade, não sou um qualquer pra você beijar quando der na telha!

— Mesmo se eu te pedisse em namoro?

—Na…Namoro? Por Buda, Mu! Você sabe que eu nunca aceitaria um absurdo desses! Agora cale-se e me deixe quieto!

— Como quiser, vou me sentar em outro lugar então! — Disse rindo do jeito do amigo.

Shaka, ao ver Mu se levantando, sentiu um vazio dentro de si, não queria admitir mas ficar longe de Mu fazia se sentir incompleto. No impulso e, com medo de que ele se fosse, agarrou o seu pulso, recebendo um olhar assustado do ariano.

— O que foi, Shaka?

— Hum… É que…Bem...Fica…. — Murmurou a contragosto.

— O que? — Perguntou o ariano sorrindo.

— Fica! Se não quiser, não se sinta obrigado!

— Eu fico, seu virginiano marrento! — Se sentou sorrindo entrelaçando os dedos, vendo-o ficar corado.

Milo se sentou ao lado de Aldebaran por ser a poltrona que ficava ao lado da que estava Camus e Saga para sua infelicidade. Kanon se sentou com Ikki atrás, sendo seguidos por Seiya e Shiryu ao lado e Shun e Hyoga atrás destes.

Camus e Saga se sentiam desconcertados depois do beijo trocado. O geminiano olhava de soslaio para o francês que permanecia imerso em pensamentos. Curioso resolveu puxar assunto.

— Em que tanto pensa?

— Hã!? Na vida, em como as coisas mudam do dia para a noite.

— Sim, a vida é inconstante, por isso devemos aproveitar todas as oportunidades que ela nos dá.

— Verdade, nunca se sabe o dia de amanhã. Saga, você se arrepende de alguma coisa?

— Sim, das coisas que fiz dominado pela minha outra personalidade.

— Entendo, desculpa te fazer lembrar disso.

— Não se preocupe, está tudo bem.

Camus olhou para as mãos nervosamente, queria acabar com aquela dúvida que estava lhe tirando o sono, mas não sabia como iniciar o assunto. Olhou para Saga e respirando fundo tomou coragem :

— Tem uma coisa que quero te perguntar, mas não sei como…

— Pergunte o que quiser, Camus. — Respondeu docemente o geminiano.

— Bom, é só uma curiosidade. Aquele dia que…me...me beijou, era mesmo você ou foi seu lado maligno?

— Eu poderia mentir para você e dizer que eu estava dominado por minha má personalidade, mas não vou fazer isso. No início era ele, mas você conseguiu a proeza de dominá-lo, foi como se você tivesse o poder de quebrar o feitiço, entende? Você me trouxe de volta, coisa que ninguém nunca conseguiu fazer, então respondendo a sua pergunta fui eu que te beijei. — Falou sério olhando Camus nos olhos.

— Eu? Por quê ? Por que me beijou, Saga? — Perguntou confuso.

— Só você poderia ter realizado aquele grande feito, Camus. Só o amor é capaz de modificar alguém, a ponto de extinguir o mal e deixar somente o bem, e foi isso que você fez comigo… Bom, eu acho que já está na hora de você saber a verdade.

— Que verdade?

—Camus de Aquário, eu estou completamente apaixonado por você. Eu te amo!

Continua…