História A filha de Negan - As armadilhas do destino. Capítulo 3.

A noite correu tranquilamente e ela não teve como não pensar na proposta do pai. Apesar de ser atraente a ideia de ter Daryl sempre ali, ela já havia prometido ajudá-lo. Ela poderia até lembrar algumas vezes o pai, mas manteria a promessa feita ao arqueiro. Tudo o que precisava era de uma oportunidade.

O dia já raiava e dessa vez ela não deixaria que o homem a visse naquele pijama. Muitas vezes ela ficava irritada com o fato de ser o pai a escolher suas roupas. Ela pegou uma calça jeans e uma camisa preta. Ao abrir a porta percebeu que o arqueiro não veio trazer o seu café e sim D.

– Onde está Daryl? – Anna perguntou.

– Bom dia para você também! – Dwigth respondeu. – Ele está trabalhando na cerca com os outros.

– Pensei que era ele que viria. – Ela disse dando de ombros. – Meu pai já tomou café?

– Sim ele está catalogando o que ganhamos. – Ele respondeu a contragosto.

– Coloque a bandeja em cima da mesa e pode sair. – Ela ordenou.  –

Ah, D! Se usar esse tom comigo novamente eu mesma marco o outro lado da sua face. – Ela avisou e abriu a porta para ele sair.

         Hoje ela teria que tomar o café sozinha então assim que terminou desceu e decidiu ir procurar o pai. Ela iria ver o que ele trouxe e aproveitaria para ver como o arqueiro estava no caminho. Seu plano estava montado, ela deixaria a chave na moto e assim que o pai saísse arranjaria uma forma de abrir sua cela.

         Anna desceu as escadas e foi observar o que o pai havia trazido. Além de alimentos e doces ela percebeu que haviam outras objetos sem valor além de muitas armas.

         – Vejo que se divertiu bastante! – Ela disse observando a alegria do pai observando as coisas.

– Olá princesa! – Ele sorriu para filha como fazia sempre. – Trouxe alguns doces para você.

– Obrigada! – A garota agradeceu. – Por que não pediu para Daryl levar o meu café?

–Pensei que você não tivesse gostado do meu plano. – Negan respondeu a provocando. – Então decidi retornar ao meu plano original e tortura-lo como antes.

A garota sabia exatamente o que ele queria, o pai a usaria para dobrar o prisioneiro. Então se ela quisesse ajudar o arqueiro teria que fingir aceitar a proposta do pai.

– Tudo bem. – Ana respondeu. –Então eu vou buscá-lo lá fora.

A morena pegou uma das armas em cima da mesa e foi para a entrada da comunidade. Ela viu o arqueiro tendo que controlar os errantes apenas com uma corrente e um pedaço de pau. Sem pensar muito no que estava fazendo saiu se desviando dos walkers presos nas grades e foi atrás do arqueiro. De repente ela tropeçou e caiu a ultima coisa que ela viu foram os errantes indo em sua direção e o arqueiro também.

Daryl viu a menina ir em sua direção e também viu ela prender o pé em uma das armadilhas. Ele correu e evitou que ela fosse mordida, mesmo sem forças ele pegou a arma da mão dela e abriu caminho a levando de volta em segurança para dentro da comunidade. Ele poderia ter fugido, mas por alguma razão não conseguia deixa-la para traz. O arqueiro viu quando entrou com ela no colo mais de vinte homens correrem em sua direção e até o próprio Negan veio na direção da garota. Eles o desarmaram e iam pegar a garota, porém o líder ordenou que Dwigth o conduzi-se até o médico.

Ele a levou nos braços até o médico que ficou admirado com a cena que viu.

– O que aconteceu com ela? – O médico perguntou olhando para Dwigth.

– Eu não sei. – Ele respondeu. – Pergunte a ele.

– Ela saiu até pelos portões e tropeçou em uma das armadilhas. –

Daryl informou ao médico.

– Avise a Negan que ela está bem. – O médico informou. – Foi só um arranhão.

O loiro saiu e deixou o arqueiro lá com a garota que continuava desacordada. Ele não entendia porque não tinha deixado aquela garota para lá. Ele não queria admitir, mas se importava mais com ela do que imaginava.

– Se eu fosse você não ficaria muito perto dela. – o médico alertou o arqueiro. – Negan não vai gostar de ver você andando com ela.

– Eu sei que ela é a favorita dele. – O arqueiro disse deixando o médico confuso com o comentário. – Não sei como ele consegue ter tantas mulheres com ela por perto.

– Como assim? – O médico perguntou. – Do que você está falando.

– Ela é uma das esposas dele certo! – O arqueiro afirmou

– Não ela não é a esposa do Negan. – O médico disse. – Anna é filha dele.

Naquele momento tudo fez sentido, por isso tantas regalias. Por um momento ele teve raiva da garota desacordada e quis odiá-la. Contudo não conseguia pensava em como ela havia sido seu anjo nos últimos dias e ele se lembrou também sobre o que ela disse sobre o pai. Naquele momento Negan entrou no consultório.

– Como está a minha princesa? – Ele perguntou ainda preocupado.

– Ela está bem. – O médico disse. – Ela teve sorte do rapaz estar por perto.

– É Daryl se você fosse um dos meus homens teria ganhado muitos pontos por salvá-la. – Negan disse. – Poderia até mesmo ficar com ela, mas você não é. – Ele comentou. – Acho melhor levarem ela para o quarto dela, meu bichinho ficara cuidando dela até ela acordar.

Anna foi levada para o quarto e o arqueiro ficou cuidando dela o resto do dia. Com a chegada do crepúsculo ela despertou e percebeu que já não estava mais do lado de fora da comunidade. Tudo poderia ter sido um sonho se a dor na sua cabeça não lhe fizesse lembrar que não era.

– Oi! – O arqueiro disse para que ela não se assustasse.

– Oi! – Ela disse. – Você está aqui?!

– Precisamos conversar sobre o seu pai.