Assim que os portões explodiram o xerife e o arqueiro correram para dentro e abrindo caminho com as armas entraram no Santuário. No momento em que entraram Rick deu o sinal para que todos pudessem atirar. Dentro do prédio eles precisaram de muita concentração para ignorar os gritos vindos de fora e seguir pelos corredores.
– Você não deveria ter vindo atrás de mim. – O xerife disse.
– E deixar você com toda a diversão. – O arqueiro respondeu.
– Anna precisa de você. – Rick comentou. – Não posso ser responsável por mais uma criança sem pai.
– E os seus filhos. – Daryl falou. – Eles também precisam do pai deles. Faço isso por ela também, ele nunca vai deixá-la em paz.
–Vamos logo então. – O xerife pediu. – Esses portões não vão aguentar muito tempo. Logo esse prédio vai estar cheio de errantes.
O arqueiro concordou com um aceno e os dois seguiram pelo corredor e subiram as escadas. Quando estavam perto do escritório que pertencia ao vilão eles ouviram um som. Era aquele assovio, o mesmo que ouviram na noite em que Gleen e Abraham morreram, o mesmo que o arqueiro ouviu todos os dias e noites em que foi prisioneiro.
– Eu sei de onde vem esse som. – Daryl falou. – Vamos, ele está lá em cima.
Rick seguiu o amigo até o alto das escadas, lá eles encontrarão um quarto. O vilão os aguardava lá e estava com uma nova versão de sua arma preferida.
– Ora, ora, o que temos aqui. – Negan disse olhando para eles.
– Sua comunidade está tomada por errantes. – Rick falou. – É melhor você se render.
– Gostou da Lucille? – O vilão perguntou. – Ela precisou de uma repaginada após nosso ultimo encontro. Acho que ela está mais linda ainda.
– Acabou. – Daryl disse.
– Só acaba quando eu disser. – Negan disse atacando os dois.
...
Eles já andavam algum tempo pelos corredores do Santuário. Não podiam deixar de observar que os corredores estavam vazios. Eles sabiam que logo encontrariam alguns dos capangas de Negan. Um grande estrondo foi ouvido e gritos de pânico foram ouvidos do andar de cima.
– Droga! O que está acontecendo aqui? – Dwigth perguntou.
– Os errantes entraram no prédio. – O rei disse.
– Vamos rápido. – Carol pediu.
Quando chegaram ao final do corredor ele estava infestado de walkers. Eles correram atrás de Dwight.
– Por aqui, vamos pela passagem secreta. – Anna disse abrindo uma passagem que dava pelas escadas. – Vocês ouviram aquilo? – Ela perguntou fechando a passagem.
– O que? – Carol perguntou.
– Pensei ter ouvido um dos errantes falar. – A garota comentou assustada.
– Você passou muito tempo presa naquele quarto e isso afetou a sua mente. – Dwigth comentou.
– Deve ser de família. – Anna disse. – Vamos logo.
Eles subiram pelas escadas e ouviram o barulho dos walkers pelos corredores. Eles iriam continuar até ouvirem um barulho de luta e a morena sabia exatamente de onde ele vinha.
– Droga eles estão no meu quarto. – Anna disse.
– Acho que não é hora de você se preocupara com a decoração. – O rei comentou.
– O corredor do quarto dela não tem saída. – O loiro disse.
– Não vou deixar eles morrerem. – Ela disse. – Carol, você e o rei vão por este corredor e peguem as armas tem algumas granadas e um lançador. Depois voltem por aqui e vão atrás de nós.
– Leve Shiva com você. – Ezequiel pediu. – Ela protegerá você.
Anna e Dwigth correram até o topo das escadas e quando chegaram ao quarto da garota uma luta estava sendo travada. Ela viu Negan e Rick lutando enquanto o arqueiro segurava as portas.
– D ajude-o a travar as portas. – A garota gritou e correu ficando entre os dois. – Precisamos sair daqui agora ou vamos todos morrer.
– A filha pródiga retorna ao lar. – Ele disse. – Se arrependeu do que fez e veio me pedir perdão.
– Eu não vim pedir perdão, pois não acertei você. – Anna respondeu. – Mas se não formos agora todos morreremos.
– Ok, vamos agora. – O vilão concordou. – Resolvemos isso lá fora, certo Rick.
Assim que a porta estava travada eles saíram pela passagem e fecharam. Ao descerem as escadarias encontraram com o Rei e Carol, que lançou um olhar questionador ao ver Negan junto com eles.
– Os corredores estão todos tomados. – O rei informou. – Não acho que essa passagem vá aguentar muito tempo.
– Então vamos abrir caminho. – Negan disse.
– Não acredito no que vou dizer. – Daryl falou. – Mas ele tem razão.
– Sempre tenho meu genro. – O vilão disse.
– Vamos descer para o primeiro andar. – Anna sugeriu. – Será mais fácil para irmos para o carro.
– Vamos então. – Rick concordou.
Quando chegaram no primeiro andar e abriram a passagem com muita dificuldade eles abriram caminho. Por mais que matassem os errantes sempre apareciam mais. Por um momento a garota achou que seria o fim deles, mas Carol jogou uma granada e abriu caminho. Contudo a explosão abalou a estrutura do prédio e algumas partes do teto começaram a cair. Antes que uma das partes caísse em cima de Anna seu pai a tirou do caminho e teve a perna ferida.
– Tirem ela daqui agora. – Negan gritou, mas a garota se recusou.
– Não vou deixá-lo morrer assim. – Ela respondeu. – Por favor, alguém me ajude.
– Vamos sair logo daqui. – O arqueiro falou apoiando o vilão em seu ombro.
Quando o arqueiro o levantou viu a amada ser puxada por um errante. Mas antes que ela fosse mordida a tigresa se soltou e começou a rasgar as gargantas dos walkers. Eles correram, porém Shiva não obedecia as ordens do rei. Ela já havia sido cercada pelos mortos.
– Shiva! – O rei gritava. – Preciso ajudá-la.
– Não podemos deixá-la morrer assim. – A morena suplicou.
– Precisamos ir agora. – Carol ordenou. – Ou o sacrifício dela terá sido em vão.
Eles correram para o carro e conseguiram fugir em direção a Alexandria. Aquilo que um dia foi chamado de Santuário pelo vilão, hoje estava em chamas e destruído. A única coisa que ele tinha agora era sua filha e ele a olhava fixamente até seus olhos se fecharem.
...
Negan não reconhecia muito o local, mas sentia que a perna já não doía tanto. Ao levantar-se do colchão notou que suas mãos e seus pés estavam algemados. Ele já estava ficando irritado até vê-la entrando na cela.
– Oi pai. – Anna disse. – Que bom que acordou.
– Oi, você cuidou de mim? – Ele perguntou.
– Cuidei sim. – A garota respondeu. – Como se sente?
– Bem melhor. – O vilão comentou. – Onde estamos?
– Em Alexandria. – Ela disse. – Você apagou e o trouxemos para cá.
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