_ Entregar os pertences de Loki? Pertences dele uma ova! Ajudamos a pilhar isso tudo tanto quanto ele se esforçou para saquear esses objetos! _ Disse Fandral sem abaixar a arma nem perder a pose.
_ Estou lhe dando a chance de sair daqui com vida. _ Disse Don Luiggi.
Fandral esboçou uma expressão de desdém e deboche ao ouvir aquilo.
_ Mentira! O que você quer é levar pro Loki esses mimos todos, quer deixá-lo rico sozinho! Sei que você é louco por ele ainda, Don Luiggi, o que é uma pena. Sim, uma pena pois Loki NUNCA será grato a você por nada! Ele é incapaz de gratidão, de humildade, e é também incapaz de amar alguém. Você está fazendo papel de bobo! _ Havia uma ferocidade e um ódio imensos no rosto de Fandral ao dizer aquelas palavras todas.
_ Está descrevendo a si mesmo, ragazzo. _ Don Luiggi falou friamente, já pronto pra atirar. _ Loki nunca foi ingrato a mim, mas você foi ingrato a ele, quando o traiu junto com essa corja. Que coisa mais miserável de se fazer! Foi nojento até mesmo para você.
_ Corno! _ Foi tudo o que Fandral pôde dizer em sua fúria ao começar a atirar.
_ Chega!!!! Fogo!!!! _ Berrou Luiggi para os seus asseclas, enquanto começavam também a atirar. As armas de Luiggi e seus capangas eram superiores às dos Vampiros.
Balas voavam por todos os lados, furavam paredes, seu barulho profanando o silêncio do apartamento.
Sif e Heimdall esconderam-se atrás do sofá enquanto atiravam, cobrindo as costas de Fandral.
Uma das balas do 38 de Fandral atingiu a perna de um dos capangas de Luiggi. Os outros continuaram tentando alvejar os Vampiros com mais energia ainda.
Fandral se abaixava, se escondia atrás de sofás, cadeiras, e não parava de atirar. Já estava ficando cansado e temia ser baleado, quando por sorte, conseguiu atirar na barriga de um outro assecla de Luiggi, ferindo-o de morte.
Fandral berrou: _ Sif! A maleta com o cetro! Rápido! _ A moça, mais que depressa, agarrou a maleta que lhe havia sido solicitada, quando uma bala de um dos fuzis de Luiggi a atingiu no peito.
Heimdall gritou: _ Sif!!! Sif!!! Não! _ A moça caiu no chão, e com o impacto da bala, soltou a maleta aos pés de Fandral, que tomou imediatamente posse dela.
Orgulhoso, tomou o cetro em suas mãos.
Uma das balas de Heimdall atingiu Luiggi no peito.
Sif, com a pouca força que lhe restava, arrastou-se pela porta do apartamento afora.
*_*_*
Os vizinhos estavam ouvindo tudo atrás da porta, sem se animar a sair. Obviamente, já se ouviam viaturas aproximando-se do prédio.
Loki, Thor, Coulson e os investigadores e policiais que estavam com eles, aproximaram-se pelo corredor, seguindo o barulho das balas.
Instintivamente, Thor agarrou Loki pelo braço e o abraçou bem apertado aspirando seu perfume forte, almiscarado, e os dois uniram seus lábios num beijo, como para sentirem-se uma última vez antes que a noite do sono eterno os abraçasse.
Coulson e os outros policiais, enquanto se protegiam das balas e sacavam dos revólveres, vigiando a porta do apartamento onde ocorria o massacre, olharam ao redor e de repente surpreenderam o beijo de relance. Ficaram corados de vergonha. Estavam evidentemente sobrando ali. Nunca haviam visto dois homens se beijando com aquela intensidade, aquele ardor, e enquanto balas "corriam soltas", numa situação totalmente inusitada.
Interromperam o beijo e os policiais voltaram a olhar para a porta quando notaram alguém, uma moça, tossindo muito, se arrastando para fora do apartamento, toda suja com o que provavelmente era seu próprio sangue, e com a mão no peito.
_ Sif!!!! _ Berrou Loki ao vê-la naquele estado.
Abaixou-se e colocou a moça em seus braços. Apesar da traição, teve pena de Sif. Em breve provavelmente, ela não mais estaria ali. Não havia sequer tempo para a ambulância chegar.
Sif tentou falar, embora sua voz saísse num sopro:
_ Lo...Loki... Fandral... e...ele... Íamos... fugir... ele pode... ele vai fugir... o cetro ... impeça-o ... ele não merece... o cetro... tem que ser...seu... - A moça tossiu um pouco mais de sangue e seu corpo enrijeceu nos braços de Loki, que chorou com a cena.
Ela exalou o último suspiro no colo do homem a quem havia traído por medo de uma possível chantagem feita por Fandral.
*_*_*_*
Luiggi, ferido no peito, foi agarrado pelos asseclas que restaram, para ser levado ao hospital. Fandral foi atingido com tiros nos joelhos para que não corresse atrás deles. Fandral não largara o cetro desde que Sif o deixara cair perto dele. Heimdall atirou a arma no chão e fez um gesto de rendição. No chão, com a dor dos joelhos feridos impossibilitando-o de andar, Fandral indignado observava atônito enquanto Luiggi saía ferido mas ainda vivo, pela porta afora.
_ Vá atrás dele, seu maldito idiota! Se ele sobreviver, vai nos matar! Não vê? - Heimdall, que atirava muito bem, mas se desviava ainda melhor, conseguiu ganhar apenas arranhões no meio do confronto. Observava Fandral sem pena, nem medo. Observava-o friamente, como quem olha para uma cadeira vazia.
Era secretamente apaixonado por Sif, e achou que devia a ela o que iria fazer naquele momento. Ou ao menos, o que pensou em fazer.
Mas como que lendo a mente de Heimdall, Fandral tomou do cetro, e raios de luz azul o atiraram longe antes que ele pudesse atirar.
Heimdall caiu no chão e ficou desacordado, enquanto Fandral, achando-se livre, arrastou-se de cetro em punho para a porta. Seus olhos pareciam completamente vidrados e hipnotizados pela jóia da mente, que estava contida no cetro, e a dor dos joelhos inutilizados não parecia lhe incomodar tanto.
_ Então não é apenas uma lenda! A jóia da mente existe! _ somente naquele momento, Fandral pôde observar melhor o cetro. _ Ah... esses malditos vão me pagar... terei poder ilimitado!
CONTINUA...
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