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Quero que todos leiam o aviso no final
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Narradora On
Após Draco mandar uma carta para seus pais explicando tudo que podia resumidamente (pois não queria revelar aonde iria a mãe de Amanda pelo fato de Voldemort possivelmente querer ler a carta antes), os pais aceitaram, agora só faltava Amanda conversar pessoalmente com a mãe amanhã.
Narcisa inclusive preparou um grande e enorme quarto ao outro lado do quarto do filho para Amanda, pois não podia deixar a menina dormir no quarto de visitas.
Estavam reunidos para o banquete de encerramento, e sua ficha caiu toda de uma vez: Voldemort voltou mesmo naquela forma horrível, perdeu seu melhor amigo, não verá mais sua mãe (talvez uma vez no natal e muito na espreita pra Voldemort não suspeitar), teria definitivamente de se afastar do trio de ouro ou de qualquer jeito eles se afastariam dela...enfim.
Amanda On
A decoração do salão estava tão deprimente e pesada quanto meu coração. Draco não me deixava de lado nenhum minuto e sempre pedia para minhas amigas ficarem de olho em mim, tinha medo de que eu pudesse tentar algo. E na verdade, eu também temo que acabarei fazendo isso.
Ontem para não acabar me machucando, surtei e fiz uma franjinha rala. Não tinha ficado feio, mas torço para crescer logo...
Estava sentada ao lado dele que sempre faz questão de me abraçar e consolar, mas não existe consolo no mundo para recuperar o vazio permanente que agora irá ficar. Daqui pra pior....
-Quando morarmos juntos...vou tentar te fazer o mais feliz possível.-me deu um beijo na bochecha.
-Não sei se vou conseguir ser feliz com ele morando lá...acho que passarei os dias no meu quarto. É melhor assim.
-Pois então, eu passarei também.-sorriu feliz.
O verdadeiro Olho-Tonto Moody estava à mesa, a perna de pau e o olho mágico nos lugares. Mostrava-se extremamente inquieto e assustadiço todas as vezes que alguém lhe falava. Não posso culpá-lo; o medo que Moody tinha de ser atacado com certeza havia crescido depois de ficar preso no seu próprio malão durante dez meses. O lugar do Prof. Karkaroff estava vazio.
Madame Maxime continuava em Hogwarts. Estava sentada ao lado de Hagrid. Falavam entre si baixinho. Mais adiante na mesa, ao lado da Profa McGonagall, estava Snape. Seus olhos se demoraram em mim por um momento quando olhei em sua direção. Sua expressão era difícil de traduzir. Parecia tão amargurado e desagradável como sempre.
Quando Prof. Dumbledore se levantou à mesa dos professores, tudo silenciou e meus olhos se encheram novamente...não aguentava a menção da morte de Ced. O Salão Principal, que por sinal tinha estado menos barulhento do que costumava ser em uma Festa de Despedida, ficou muito silencioso.
– O fim – disse Dumbledore olhando para todos – de mais um ano.
Ele fez uma pausa e seu olhar pousou na mesa da Lufa-Lufa e em mim que já tinha lágrimas silenciosas escorrendo pelo o rosto. A mais silenciosa de todas antes do diretor se levantar.
– Há muita coisa que eu gostaria de dizer a todos vocês esta noite mas, primeiro, quero lembrar a perda de uma excelente pessoa, que deveria estar sentado aqui – ele fez um gesto em direção à mesa da Lufa-Lufa e eu reprimi um soluço, sentindo a mão de Draco sobre a minha–, festejando conosco. Eu gostaria que todos os presentes, por favor, se levantassem e fizessem um brinde a Cedrico Diggory.
Todos obedeceram; os bancos se arrastaram e os alunos no salão se levantaram e ergueram
seus cálices e ouviu-se um eco uníssono, alto, grave e ressonante: Cedrico Diggory.
Quando falei, acabou saindo um soluço junto, mas pelo resto eu continuei segurando os mesmos e deixei apenas as lágrimas. Não gosto que me olhem com pena...
– Cedrico era o aluno que exemplificava muitas das qualidades que distinguem a Casa da Lufa-Lufa – continuou Dumbledore. – Era um amigo bom e leal, uma pessoa aplicada, valorizava o jogo limpo. Sua morte nos afetou a todos, quer vocês o conhecessem bem ou não. Portanto, creio que vocês têm o direito de saber exatamente como aconteceu.
Cedrico Diggory foi morto por Lorde Voldemort.
Um murmúrio de pânico varreu o Salão Principal. As pessoas olharam para Dumbledore incrédulas, horrorizadas. Ele parecia perfeitamente calmo ao observar os presentes até pararem de murmurar.
Ele olhou de relance para mim como se já soubesse tudo. Bem, que se dane, se quiser me matar aqui mesmo seria indiferente.
– O ministro da Magia – continuou Dumbledore – não quer que eu lhes diga isto. É possível que alguns pais se horrorizem com o que acabo de fazer, ou porque não acreditam que Lorde Voldemort tenha ressurgido ou porque acham que eu não deva lhes informar isto por serem demasiado jovens. Creio, no entanto, que a verdade é, em geral, preferível às mentiras, e qualquer tentativa de fingir que Cedrico Diggory morreu em consequência de um acidente ou de algum erro que cometeu é um insulto à sua memória.
Atordoados e temerosos, cada rosto no salão voltava-se para Dumbledore agora... ou quase todos. Finn sorriu e eu lhe olhei indignada, então ele me pediu desculpas em voz baixa.
– Há mais alguém que deve ser mencionado com relação à morte de Cedrico – continuou Dumbledore. – Estou me referindo, naturalmente, a Harry Potter.
Um murmúrio atravessou o salão e algumas cabeças se viraram em direção ao garoto antes de tornarem a fitar Dumbledore.
– Harry Potter conseguiu escapar de Lorde Voldemort. E arriscou a própria vida para trazer o corpo de Cedrico de volta a Hogwarts. Ele demonstrou, sob todos os aspectos, uma bravura que poucos bruxos jamais demonstraram diante de Lorde Voldemort e, por isso, eu o homenageio.
Dumbledore virou-se solenemente para Harry e ergueu sua taça mais uma vez. Quase todos os presentes no Salão Principal seguiram seu exemplo e murmuraram seu nome, conforme tinham murmurado o de Cedrico, e beberam em sua homenagem. Mas, por uma brecha entre os que estavam de pé, vi que Malfoy, Crabbe, Goyle e muitos alunos da Sonserina, num gesto de desafio, tinham permanecido sentados, os cálices intocados. Dumbledore, que afinal de contas não possuía olhos mágicos, não os viu.
Quando todos se sentaram mais uma vez, o diretor continuou:
– O objetivo do Torneio Tribruxo era aprofundar e promover o entendimento no mundo mágico. À luz do que aconteceu, o ressurgimento de Lorde Voldemort, esses laços se tornam mais importantes do que nunca.
Ideia desgraçada e burra...era óbvio que daria errado. E isso afetou a melhor pessoa do mundo.
O olhar do diretor foi de Madame Maxime e Hagrid a Fleur Delacour e seus colegas de Beauxbatons, daí para Krum e os alunos de Durmstrang à mesa da Sonserina. Krum, parecia preocupado, quase temeroso, como se esperasse Dumbledore dizer alguma coisa desagradável.
– Cada convidado neste salão – disse o diretor e seu olhar se demorou nos alunos de Durmstrang – será bem-vindo se algum dia quiser voltar para cá. Repito a todos, à luz do ressurgimento de Lorde Voldemort, seremos tão fortes quanto formos unidos e tão fracos quanto formos desunidos.
“O talento de Lorde Voldemort para disseminar a desarmonia e a inimizade é muito grande. Só podemos combatê-lo mostrando uma ligação igualmente forte de amizade e confiança. As diferenças de costumes e língua não significam nada se os nossos objetivos forem os mesmos e os nossos corações forem receptivos.
“Creio – e nunca tive tanta esperança de estar enganado – que estamos diante de tempos negros e difíceis. Alguns de vocês, neste salão, já sofreram diretamente nas mãos de Lorde Voldemort. As famílias de muitos já foram despedaçadas. Há apenas uma semana, um aluno foi levado do nosso meio.”
“Lembrem-se de Cedrico Diggory.” Nessa hora eu já não estava mais segurando o choro, não queria nem comer então apenas abracei Draco como sempre.
“Lembrem-se, se chegar a hora de terem de escolher entre o que é certo e o que é fácil, lembrem-se do que aconteceu com um rapaz que era bom, generoso e corajoso, porque ele cruzou o caminho de Lorde Voldemort. Lembrem-se de Cedrico Diggory.”
***
Na manhã seguinte, todos arrumados para irem embora e eu para ter a conversa mais horrível da minha vida, descemos para o saguão de entrada. Enquanto aguardava os elfos virem buscar minha mala e Hagrid nos levar até o trem, ouvi alguém me chamar:
-Riddle!
Me virei e era um dos amigos de Cedrico, os mesmos viviam juntos. Seu rosto transparecia tanta dor quanto o meu.
-Hm?-respondi desanimada e com sono.
Agora eu dormia mais do que comia, ou qualquer coisa. Sinceramente dormir evita problemas, e por sorte não estou tendo pesadelos/visões.
-É...pode vir aqui por um momento?
Olhei para Draco que concordou e fui para o pé da escada.
-Então.-continuou ele.-desde o quarto ano, Ced vinha escrevendo uma carta e falando que um dia lhe entregaria, apenas precisava ter certeza do que estava fazendo.-ele olhou para mim para ver se eu chorava, mas o vazio era tanto que eu não possuía mais sentimentos.-como ele...enfim...vou te entregar ela.
Ele me deu um envelope dourado, e eu tremi. Não iria ler tão cedo, mas é bom ter mais alguma coisa dele para guardar.
-Obrigada...
Assenti e voltei para junto de Draco, que não me fez perguntas pois sabia que o garoto era amigo de Cedrico e teria algo haver.
-Vamos.-disse Hagrid e o acompanhamos.
Quando o trem parou na plataforma, Draco lutou para me acordar pois como eu disse, aonde vou estou dormindo justamente para evitar “viver”. Nos veríamos logo então não tivemos uma despedida longa.
-Te vejo amanhã?
-Pode apostar.-sorri fraco.
Nos abraçamos fortemente e cada um foi para um lado. Não iria estender os dias com minha mãe apesar de querer muito, porém prefiro isso do que colocá-la em risco. Cansei de ver as pessoas machucadas por minha causa.
***
Eu e minha mãe conversamos bastante enquanto eu chorava descontrolada. Ela tentou me consolar, mas sabia que não conseguiria por eu ser extremamente apegada a ele. Agora, eu tinha de tomar a parte difícil...
-Preciso te contar uma coisa agora que você sabe quem voltou.-disse ela.
-Já sei de tudo.
-O que?
Falei para ela toda a história a partir do segundo ano com o Tom Riddle e coisas mais, e ela chorou se sentindo culpada. No início eu também a julguei por tê-lo abandonado, hoje eu vejo o quanto ela esteve certa e eu faria o mesmo. Eu falei mil vezes que a perdoava, até que ela se acalmou.
-Nunca deveria ter mentido...
-Agora, eu é quem tenho que contar uma coisa. É uma decisão que eu tive sozinha por motivos óbvios, e eu preciso mesmo que você obedeça.-falei em tom calmo.
-Diga.-olhou preocupada.
-Vou morar com os Malfoy e quero que peça transferência para a Austrália.
Ela passou algum tempo me encarando. Não iria fazer rodeios, precisava ser dura nisso.
-Ficou louca?-disse por fim.
Expliquei a ela o porque quero isso, segurando novamente as lágrimas. Ela brigou muito comigo quanto a isso pois a única família dela estava aqui, e ela me amava. Porém, só entendeu mesmo quando eu falei sobre Cedrico.
-Você não vê o quanto estou sofrendo por causa de Ced?-chorei.-não quero que aconteça isso com você!
Ela fez silêncio.
Conversamos sobre essa minha decisão, e no final ela aceitou para o meu bem. Iria pedir a carta de transferência amanhã, no mesmo dia que eu iria me mudar para a mansão Malfoy.
-Vai mesmo tentar me ver pelo menos no natal?-uma lágrima escorreu de seu olho.
Doeu tanto para mim ter essa conversa, eu só tinha ela e Draco, mas eu sabia que era o certo.
-Vou tentar.-nos abraçamos fortemente por alguns minutos.
-Vou...vou te ajudar a fazer as malas.-tentou sorrir e limpou os olhos.
Depois que arrumamos tudo decidimos fazer uma madrugada das garotas pois seria nosso último dia juntas. Vimos vários filmes e mesmo eu me sentindo triste e sem vida, esbocei várias risadas falsas por ela. Espero que fique tudo bem.
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Narradora on
Amanda fez questão de acordar cedo mesmo não tendo dormindo quase nada para passar os últimos momentos com a mãe, iria para os Malfoy após o meio dia.
O ministério da magia havia aprovado a transferência de Rhose, iria se mudar já na semana que vem. Mandy ficou aliviada de ver que sua mãe estaria longe de toda a bagunça que estava envolvida.
Elas se divertiram pelo resto das horas e a mãe fez as comidas que elas mais amavam. As duas da tarde, pegaram as malas e foram para a plataforma que levava até o vilarejo rico e esquisito dos Malfoy.
Numa chorosa despedida, Rhose Lana disse para sua única e amada filha;
-Nunca se esqueça que eu me orgulho muito de você. Sei que ele vai ser derrotado e você está fazendo o que pode para não ver as pessoas amadas feridas. Eu te amo, muito, nunca se esqueça disso e não desista. Mesmo estando longe eu estarei sempre aqui por você.
Amanda limpou as lágrimas do seu rosto e os da sua mãe, sem conseguir falar nada apenas lhe deu um beijo na bochecha e um dos elfos da mansão aparatou com suas malas. Ela entrou no trem tentando assimilar que agora viveria o real inferno e que tudo seria diferente. Só não queria que as pessoas que amava se ferissem...
Amanda on
Cheguei depois de pouco tempo na rua da Mansão e fui andando pelo caminho que já conhecia até a mesma. Foi duríssimo dizer adeus a minha mãe, mas assim como tudo agora eu deveria guardar para mim mesma e parar de chorar por aí. Chorar apenas quando estiver sozinha, e farei muito isso nessas férias.
Um dos elfos abriu o portão da mansão e eu caminhei até a porta, aonde demorei a criar coragem pelo simples fato da versão inumana de meu pai estar morando ainda. Por favor que se mantenha muito longe de mim e só fale comigo durante reuniões...seria pior encarar essa versão horrorosa dele do que o bonito Tom Riddle a quem eu felizmente puxei a beleza.
Apertei a campainha e fui atendida felizmente por Narcisa que sorriu abertamente ao me ver.
-Mandy, querida!-ela me abraçou forte e eu retribui.
Pelo menos eu teria ela para suprir essa distância de minha mãe. Eu gostava muito de Narcisa, era totalmente o oposto daquele marido nojento.
-Olá.-sorri educadamente.
Desde o dia da morte dele eu já percebi que sorria apenas por educação. Podia ser a melhor situação do mundo ou a mais engraçada, eu não me sentia completa.
-Seja bem vinda.-entrei.-não tenha vergonha de nada pois aqui é oficialmente sua casa também.
-Obrigada por me receber.
Vi Draco descendo as escadas e sorriu animado para mim, quase correndo para me abraçar. Bobão, nem parece que me viu literalmente ontem.
-Bem vinda.-ele disse.
-Pequena Riddle.-ouvi uma voz fria que me fez arrepiar e Draco tremer.
Virei para olhar da onde vinha a voz e...graças a Narcisa que me ensinara a controlar emoções e reações não esbocei nada, mas por dentro estava me contorcendo agonizada e enojada. Um voldemort corroído com uma aparência de outro mundo me olhava sorridente e friamente. Como ele conseguiu se tornar isso? Como conseguiu ir de Tom Riddle para esse bicho?
Ele abriu os braços e eu me forcei a dar-lhe um pequeno sorriso, indo em sua direção segurando as ânsias. Ele me deu um abraço com suas unhas longas e eu lhe abracei com apenas uma mão, torcendo para que me soltasse logo. Por sorte, me soltou rapidamente.
-Cada vez mais bonita.-arqueou os olhos estranhos.-sinto muito pelo seu amigo.
Naquela hora uma fúria entristecida tomou conta de mim, então eu disse:
-Não sente, se não o teria poupado.
Ele riu friamente o que me fez fechar a cara. Uma feição que lembrava um furioso Tom.
-Não fui eu que matei seu precioso amigo, tolinha.
-Quem foi?
-Ora, Rabicho Pettigrew.
Ouvi um guincho atrás dele e vi que o desgraçado Peter se escondia atrás de seu mestre. Uma fúria incandescente se apossou de mim e sem ao menos pensar se era certo ou não, eu disse:
-Crucio!
Pettigrew começou a se contorcer e a gritar alto enquanto Voldemort ria. Eu não queria parar com aquilo, queria fazê-lo sentir a maior dor do mundo e morrer enlouquecido.
-Chega.-disse meu pai e eu parei de torturar seu servo.
Fui para o lado de Draco que para minha surpresa olhava tao satisfeito quanto sua mãe. Também odiavam Pettigrew..
-Não precisa se incomodar com minha presença, querida.-disse para mim.-não irei olhar na sua cara diariamente, se é o que acha. Prefiro sair do meu recinto apenas para assuntos importantíssimos.
Narcisa concordou. Ótimo, prefiro assim. Ele virou de costas e se encaminhou por um corredor.
-Draco, vá mostrar o quarto para ela, vou fazer um lanche.-disse Narcisa.
Concordamos e subimos as escadas. Draco me levou até o quarto a frente do dele, enquanto o de visitas que eu dormia era ao lado.
-Preparada?
-Com certeza.
Ele abriu a porta e eu encarei boquiaberta: era muito lindo e elegante. O quarto era em tons verdes, pretos, pratas e dourados. Havia uma cama de casal grande com vários detalhes almofadados na cabeceira com um mini banco acolchoado na ponta da cama. Uma TV grande a frente e duas portas dentro do recinto.
-Gostou? Eu ajudei a decorar mas não sei se ficou bom...
-Tá brincando? Ficou lindo! Obrigada.-lhe dei um beijo na bochecha.
-Aquela porta ali é o banheiro e a outra o closet.
-Closet?
-É. Mamãe disse que você tem muitas roupas e como todos temos um closet você também tem.
Uau, essa era boa. O closet e o banheiro eram na mesma paleta do quarto, eu adorei. Viveria com mais elegância e classe do que sempre vivi. Infeliz, porém tendo dinheiro.
***
Passei o dia todo assistindo filmes com Draco na sala de cinema pois estava com receio de ficar na sala e Voldemort aparecer apesar dele ter falado que só sairia para eventos importantes. Quando eu já estava cansada, de madrugada, pedi para irmos dormir, no caso eu iria.
-Eu vou também.
Draco on
Ela estava com meu suéter por cima do pijama, e mesmo estando sempre triste continuava linda. A franjinha ficou fofa nela embora ela tenha dito que odiou e nunca mais faria.
“Gostei de ver ela torturando Rabicho, esse bosta choraminga o dia todo”
Eu também! Além de que ele mereceu por diversos motivos.
Subimos para nossos quartos, mas antes dela dizer boa noite e fechar a porta, eu entrei junto.
-Seu quarto é lá na frente.-se sentou na cama e eu ri.
“Que cara de abatida”
Cérebro...
“Calma, não é uma crítica. Estou querendo dizer que ela só dorme e faz isso para evitar viver os problemas”
É...realmente. Mas é melhor ela estar dormindo do que estar fazendo alguma bobagem que a machuque. Não a deixo sozinha nunca.
-Só quero garantir que você está bem.-me sentei ao seu lado.
-Bem, não. Mas não posso fazer nada, certo?
Olhei para ela e vi que estava com lágrimas nos olhos ainda. Ela as segurava a todo custo, a quem diga que é drama mas quero ver se ficassem um dia em seu lugar. Annabeth me disse um dia que ela sempre preferiu chorar antes de dormir...
-Pode chorar se quiser.-falei.
-Já chorei muito na sua frente.
-Então...vou ir me deitar, aí você pode chorar.-sorri triste.
Não queria deixar ela aqui chorando mas sei que ela precisava desses momentos. O amigo de Cedrico lhe deu uma carta que o mesmo escreveu uns anos antes, ela não teve coragem de abrir ainda.
Afastei sua franja e lhe dei um beijo na testa e me levantei, mas ela segurou meu pulso e eu me virei.
-Fica comigo?-uma lágrima escorreu lentamente de seu olho.
Concordei e ela se cobriu, eu fui apagar a luz e então me deitei do seu lado, a abraçando e a ouvindo fungar: não queria chorar nem mesmo na minha frente. Ela abraçou meu corpo e eu seus braços, e lentamente fomos dormindo num silêncio triste porém confortável.
Eu vou te fazer feliz de novo, pequena.
🐍🐍
Gente, o próximo capítulo vai ser um resumão sobre o quinto ano (o mais detalhado possível) pois eu não quero estender demais, ainda mais que nesse ano ela vai estar mais na dela e é um ano super focado na ordem da fênix, etc. então vou fazer um capítulo grande sobre aquele ano.
Boa semana ;)
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