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História A home for a hybrid - Casal escandaloso - História escrita por LolitaLoka26 - Spirit Fanfics e Histórias
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História A home for a hybrid - Casal escandaloso


Escrita por: LolitaLoka26

Notas do Autor


400 FAVORITOS AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Capítulo 24 - Casal escandaloso


— Jungkookie? — Jimin chamou baixinho enquanto apertava meu braço.

— Oi, neném. — Respondi me virando para encará-lo.

— Aqui só tem senhorinha... — Disse olhando ao redor do ônibus me fazendo rir.

— Realmente. — Yoongi disse ficando em pé. Ele estava sentado atrás de nós. Hoseok e Taehyung sentavam mais para trás, perto do banheiro, no final do corredor do ônibus. — Só falta eles entregarem um cartelinha de bingo para a gente jogar durante a viagem até o resort. — Brincou, voltando a sentar na sua cadeira.

Jimin agarrou meu braço com força e deitou sua cabeça em meu ombro, quando a moça da agência anunciou que já iríamos partir. Seriam 5 longas horas dentro do ônibus para então chegar no resort e finalmente curtir a praia que Jimin queria tanto visitar.

— Bom dia! — Anunciou a mulher. — Isso tá ligando? — Ela encarou o microfone que estava em sua mão enquanto dava batidinhas nele, emitindo um som nada agradável. — Todos estão me ouvindo? — Todos assentiram e ela continuou. — Oh, que bom. Certo, me chamo Yang MinHee e sou a responsável por vocês durante essa viagem. São apenas três dia no resort, portanto, peço que aproveitem bastante. Vocês vão estar livres para fazerem o que quiserem durante toda sua estadia no resort. — Terminou e todos aplaudiram. Inclusive Jimin, que era o mais animado com isso tudo.

— Jimin vai á praia!!! — Continuou a bater palminhas enquanto sorria animadamente olhando para a mulher na porta do ônibus.

— Ah, antes que eu me esqueça. O lanche logo será servido e em seguida teremos uma partida emocionante de bingo! — Anunciou e a maioria das senhorinhas e senhores vibraram. Até mesmo Jimin vibrou, ele nem tinha noção do porque estar fazendo isso, já que provavelmente nunca havia jogado bingo na vida.

Coloquei minha cabeça entre o banco para observar Yoongi no assento de trás, este que resmungava baixinho enquanto tinha os braços cruzados.

— Eu sabia! Eu falei para o Jungkook que era só comprar uma piscina pequena ou uma bacia que estava bom, mas não, o bocó tem que me fazer ficar 5 horas dentro de um ônibus com um monte de idosos. — Fechou a cara e só então percebeu que eu o observava pela fresta do banco. — Acho melhor tirar o rosto daí antes que eu fure seu olho, idiota. — Ameaçou e eu logo virei para frente novamente.

Essa viagem vai ser, sem dúvidas, inesquecível.

[...]

Primeira hora de viagem:

— Esse bolo é pior que as panquecas do Taehyung. — Yoongi murmurou do banco de trás. 

— TaeTae hyung vai ficar triste se ouvir isso, Yoonnie. — Jimin falou enquanto comia seu lanche animadamente. — E nem deve ser tão ruim assim... — Mordeu um pedaço do bolo e custou a engolir, fazendo careta logo em seguida. — Ok, comparado a isso, as panquecas do TaeTae são uma maravilha. — Eu ri enquanto jogava discretamente meu bolo no lixo ao lado da poltrona.

— Eu estou longe mais estou ouvindo. — Taehyung gritou do fundo do ônibus. — Bando de mal agradecidos, eu deveria deixar vocês morrerem de fome. 

— Melhor que morrer intoxicado... — Yoongi murmurou. — Ai! — Gritou. — Me solta senhor de idade que eu não posso xingar!

Me virei para trás e observei o senhor que sentava ao lado do Yoongi dar de ombros enquanto tinha a mão na orelha do meu primo resmungão.

— O rapazinho lá atrás disse que você estava de teimosia. — Apontou com o dedão para o fundo do ônibus. Taehyung sorria satisfeito e ao mesmo tempo debochado. Yoongi bufou.

— Ya. O Jimin também estava! — Apontou para o Jimin, que nesse momento estava de joelhos no banco assim como eu, para observar Yoongi e o senhor de idade no banco de trás.

— Eu não teria coragem de brigar com esse jovemzinho. — O senhor sorriu docemente para Jimin, que retribuiu logo em seguida. Yoongi bufou. 

Jimin e eu nos viramos para frente assim que o senhor soltou a orelha do Yoongi. 

— Você é um bom garoto, rapaz. Só me parece rabugento. É entediante, não é? Já sei! Sabe jogar baralho? — O senhor falou depois de algum tempo e só pude escutar Yoongi bufando novamente.

Jimin me encarou de modo cúmplice enquanto tentava prender o riso. 

— O hyung vai querer bater em você, Kookie-ah. — Soltou uma risada.

— É, eu sei.

Calma, Yoongi. Ainda pode piorar... 

[...]

Segunda hora de viagem:

— Hora do bingo! — Yang MinHee anunciou e todos vibraram.

— Era tudo o que eu queria... — Yoongi disse com uma voz de falsa animação. — Yupi...  

— Eba! Jimin adora bingo! — Disse batendo palminhas.

— Você já jogou? — Ele me encarou confuso.

— Jogar? Jimin pensou que era de comer... — Disse sério e eu comecei a rir. — Não ria, Jungkookie. Faz mal para o bebê Jimin. — Ri ainda mais da carranca que ele fez.

— Bebê? Você? — Ele me encarou com furia.— Certo, certo. Mas você não disse um dia desses que era crescido? Que fazia coisinhas... — Sua boca abriu e fechou diversas vezes enquanto ele tentava formular uma resposta.

— Jimin não lembra. Se o Jimin não lembra significa que não aconteceu. 

Depois da breve discussão, Yang MinHee passou entregando as cartelas do bingo. Eu só conseguia ouvir Yoongi reclamar no banco de trás enquanto chutava minha cadeira de propósito, mesmo estando sentado atrás de Jimin ele dava um jeito de colocar o pé na minha poltrona e empurra-la para frente.

— E eu achando que minha mulher era chata. Jovenzinho, você superou minha esposa. — O senhor disse, fazendo Yoongi ficar calado logo em seguida.

Ele odeia que o chamem de velho, mas essa é a verdade, um velho preso no corpo de um jovem, fazer o quê? É a vida.

— Agora que todos estão com as cartelinhas, nós vamos começar. — MinHee disse enquanto pegava um pote com pecinhas de madeira e se posicionava no centro do ônibus, onde era visível para todos. Pegou o microfone e iniciou o jogo.

Na metade dele, ninguém havia batido ainda, Jimin já estava impaciente.

— Tem brinde? — Perguntou.

— Eu não sei, meu amor. — Respondi.

— Número 15. — MinHee anunciou e eu rapidamente risquei o número da minha cartela, tendo o olhar de Jimin sobre ela.

— Se não tiver brinde não vale a pena... Jimin tá perdendo, Jungkookie... — Falou de jeito manhoso.

— Número 34. — Novamente risquei o número da minha cartela, para então, encarar Jimin.

— Bebê, se você não quer mais brincar, me deixe pelo menos ouvir o que ela diz, certo? — Voltei meu olhar para MinHee.

— Número 22.

— Então é assim? Jimin dá amor, carinho, alegria, e é assim que o Jungkook faz? Tá certo, Jimin vai mandar o papai noel colocar seu nome na lista negra. — Eu não olhava para ele, mas senti o impacto quando ele se virou para o lado oposto ao meu com brutalidade e tentou, só tentou mesmo, se afastar mais de mim, mas como estávamos no ônibus, em cadeiras lado a lado, não deu muito certo.

— Número 28. 

— GANHEI! BATI! HASHTAG BINGO! — Yoongi gritou. Minha única ação foi virar para encará-lo. Parecia feliz demais para alguém que não estava nem aí.

MinHee pegou a cartela dele para confirmar. Foi até a cabine do motorista, e voltou depois de alguns minutos segurando uma embrulho.

— Faça bom proveito. — Sorriu entregando o pacote para o meu primo, esse que soltou um sorriso gengival. — Nós vamos continuar até um terceiro lugar. — Voltou para o centro do ônibus e começou a anunciar novos números.

— Yoongi hyung, deixa o Jimin ver? — Ouvi a voz de Jimin depois de algum tempo. Ele estava de joelhos no banco e virado para trás.

— Número 54.

— Só com uma condição. — Yoongi falou. Eu não podia o observar porque estava muito atento ao jogo, mas tenho certeza que sua feição era sugestiva igual sua voz nesse momento.

— Número 12.

— Qual? — Eu só conseguia olhar tudo de relance. Yoongi levantou e cochichou algo no ouvido do meu gatinho. — Tudo bem, hyung. — Soltou um risinho e voltou a se sentar.

A partida encerrou logo, dois senhorzinhos ganharam os últimos prêmios.

 Eu estava tentando perguntar ao Jimin o que Yoongi havia dito a ele, mas o menor não queria me falar de jeito nenhum. 

Yoongi ficava de cochicho com o senhor ao lado, vez ou outra o homem soltava uma palavra com a voz mais elevada, como: "Namorado?", mas Yoongi pedia para ele falar baixo.

Nós paramos em uma lanchonete para comer e ir ao banheiro. Jimin literalmente cagou para mim quando descemos do ônibus, ele ficou junto a Yoongi. 

— Ora, ora. Quem diria? Jeon Jungkook observando o namorado com o primo hétero. Interessante. — Taehyung chegou junto a Hoseok na mesa em que eu estava sentado. 

— Não enche. — Falei. 

Observava de longe Jimin e Yoongi na fila para comprar salgado. Esse é o meu papel, meu gatinho, meu namorado. Eu já estava indo lá para acabar com a palhaçada e perguntar o que aconteceu de uma hora para outra. Se isso era porque eu não dei atenção para o Jimin quando estávamos jogando bingo ou se o Yoongi só queria me ver perder a paciência.

— Relaxa, o Yoongi deve estar pagando os pecados dando uma de bom moço. — Hoseok disse me puxando de volta para a cadeira. — Senta e come, no ônibus vocês conversam.

Queria eu. Quando eu fui procurar o Jimin para levá-lo ao ônibus comigo, ele já não estava mais na lanchonete. Taehyung e Hoseok falaram que o viram entrando no ônibus, e quando eu cheguei... Não é que ele estava lá mesmo? Porém, entretanto, todavia, no lugar errado. Ele estava sentando com Yoongi enquanto o senhor que sentava com o meu primo estava no lugar de Jimin.

Mas que caralhos? 

— Jimin, você pode me explicar? — Perguntei ao me aproximar do banco dos dois. 

— Yoongi disse ao Jimin que se o Jimin sentasse com ele, o Yoongi ia dar o brinde. — Jimin sorriu mostrando o pacote que tinha nas mãos. Yoongi sorria de modo debochado.

— Hoje eu descobri que o Jimin é interesseiro. Vou usar ao meu favor. — Yoongi disse dando de ombros. — Jungkook, seja uma boa companhia e cuide bem do senhor John. — Piscou para mim enquanto apontava para o banco da frente e sorria debochando.

Encarei o senhor e ele acenou com a mão para mim. Depois de algum tempo, MinHee anunciou que já iríamos sair. Bufei e me sentei no banco a contragosto.

— Você gosta de jogar baralho, jovem? 

Eu vou matar o Yooongi.

[...]

Terceira hora de viagem:

De saco cheio. Eu estava de saco cheio. Cara, sabe como é um ronco de um senhor de idade? Gente, esse homem tem um trator nas vias respiratórias, porque pelo amor de Deus, não tem condição uma pessoa normal e saudável roncar desse jeito.

Enquanto eu me matava para dormir, Sr. John já estava no décimo terceiro sono. Babava, roncava e ainda começava a rir do nada falando palavras aleatórias, tudo isso depois de jogar baralho, BARALHO! Aonde baralho cansa? Não cansa. 

Eu estava tentando dormir, quando o ronco do senhor de idade que eu devo respeitar atacou. Eu dei um pulo na cadeira e não consegui dormir mais. Foi tenso. 

— Pernilongo! — O homem gritou.

O encarei assustado. Ele ainda estava dormindo. Eu perguntei para MinHee se aqui tinham água benta, infelizmente não tinham. Chorei internamente.

— Ratoeira! — Eu desisto desse homem.

Só por curiosidade e para ferir meu orgulho, olhei para o banco de trás, colocando minha cabeça no corredor do ônibus para poder observar Jimin, este que sentava do lado da janela e tinha a cabeça apoiada no ombro do Yoongi enquanto ronronava. Seria fofo se não fosse trágico. Jimin segurava o brinde que Yoongi havia dado a ele, que no caso era uma caixa cheia de chocolates. Espero que os dois tenham uma diarréia bem forte. Mentira, espero que o Yoongi tenha um diarréia bem forte.

Para afogar as lágrimas resolvi tirar um cochilo. Bem, isso até o infeliz do meu amigo me acordar.

— Jungkook... — Sussurava. — Jungkook... — Me balançava pelos ombros. — Acorda viado!

— O que foi Taehyung? Não vê que eu estou deprimido? — Disse sem abrir os olhos.

— Deprimido? Por que? Quer saber, nem fala, eu não me importo.

Belo amigo esse que eu tenho. 

— Então o que você veio fazer aqui, desgraça? — Abri meus olhos para encará-lo e reparei que ele estava de joelhos no meio do corredor. — Que chá de demência você tomou, criatura? Levanta daí. — Tentei fazê-lo ficar de pé, porém não adiantou.

— Silêncio. Vai acordar todo mundo. — Olhei ao redor e percebi que apenas nós dois estávamos acordados. 

— Tá, tá. Qual problema?

— Tem uma senhora se insinuando para cima do Hoseok. — Falou sério e eu comecei a rir alto, recebendo um tapa na nuca e um olhar feio vindo de Taehyung. — Tá maluco? Para de rir, palhaço. Olhei ao redor e vi que alguns do senhorzinhos e senhorinhas haviam se mexido.

— Como assim, Taehyung? — Falei tentando parar de rir. 

— Ela senta do nosso lado. Fica oferecendo biscoito, perguntando do que ele gosta de comer, se ele gosta de gatos... Na minha época, os idosos eram menos atirados. — Disse bravo. — Absurdo. 

— Tae, e o que você acha que eu posso fazer sobre isso? — Falei.

— Me ajuda. O que eu faço?

— Doce de abóbora! — John gritou de repente, assustando a mim e a Taehyung.

— Não liga, depois você acostuma. — Disse. — Volta para sua cadeira e me deixa dormir.

— Não. Me diz o que eu faço.

— Eu sei lá. Beija na boca dele e diz para ela parar de ser safada. Agora volta para lá e me deixa dormir. — Disse virando de costas para ele e fechando os olhos.

— Onça! — John gritou novamente. Suspirei e bati com a mão na testa, mas logo caí no sono.
 
 

[...]

Quarta hora de viagem:

— Que menino malcriado! — Ouvi uma voz feminina falhada e alta vindo do fundo do ônibus. — Que pouca vergonha! 

Coloquei a cabeça para o lado, no corredor do ônibus, para observar de onde a voz vinha.

Basicamente, Tae resolveu me dar ouvidos. Chamou a senhora de safada e deu um beijão em Hoseok na frente dela. Parece que ela não gostou nadinha. Hoseok também ficou um pouco chateado com a atitude de Taehyung e pediu para trocar de lugar comigo. 

Antes de sair da minha cadeira para ir até a de Hoseok, lancei um olhar para Jimin, que havia acordado com a gritaria. Sorri sentido para ele porque queria mostrar que estava magoado. Jimin retribuiu com um olhar confuso e preocupado. 

Me sentei ao lado de Taehyung e bufei.

— Nós dois estamos na merda, porém, pelo menos estamos juntos. — Falei com um sorriso amarelo no rosto, mas Taehyung virou a cara para mim. — Ah não, o que eu fiz agora? 

— Me deu um conselho idiota, babaca. — E então ele se calou. 

Suspirei. Acho nunca fui tão xingado na vida como fui nessas últimas horas.

[...]

— Acorda, Jungkookie... Jimin que falar com você. Acorda. 

Ouvi Jimin me chamar e estranhei. Acordei e encarei Jimin ao meu lado sorrindo amarelo.

— Cadê o Taehyung? — Perguntei assustado ao ver que Jimin ocupava o lugar de Taehyung.

— Jimin pediu para trocar de lugar. Jimin quer ficar com o Jungkookie.

— Agora você quer, né? Há pouco tempo atrás nem falava comigo. — Jimin encarou seus pés enquanto brincava com os próprios dedos.

— Desculpa o Jimin, Jungkookie? — Peguntou enquanto voltava o olhar para mim — Yoongi hyung disse que Jimin só veria o brinde que ele ganhou se trocasse de lugar com o senhor chatinho. — Ri da forma que Jimin chamou o senhorzinho com quem a gente não simpatizou. — Como Jimin queira ver o brinde, aceitou. Mas o Jimin não queria sair de perto do Jungkookie, então para não sofrer e morrer de saudade, Jimin decidiu ignorar. 

— Você deveria ter me dito isso. Eu fiquei sem entender... 

— O Jimin tá dizendo agora, hyung bobão. Quando o Jimin viu você com olhar de cachorrinho tristinho, Jimin sentiu uma dor no coração. Jimin pediu para Taehyung deixar ele sentar aqui. Jimin sentiu tanta saudade. — Sorriu e pulou em cima de mim espalhando beijinhos estalados por todo meu rosto. 

— Mais outro casal sem vergonha. — A senhora do lado murmurou balançando a cabeça negativamente.

Jimin a encarou e estirou a língua para ela. 

— Meu Jungkookie, você pode ficar com o Hoseok. — Disse me agarrando com força e a senhora lhe estirou a língua de volta.

Eu só conseguia rir. 

[...]

Quinta e última hora de viagem:

Chegamos finalmente.

Após fazemos o check in para dar a entrada nos quartos, nós fomos para o restaurante do resort. 

Era enorme. Do tipo que você se perde e só se encontra 25 anos depois. Além de ter várias opções de comidas.

Jimin e Taehyung foram procurar uma mesa para sentar enquanto Hoseok, eu e Yoongi nos servimos.

Hoseok ainda estava meio chateado com Taehyung, mas eu tenho certeza que dessa noite não passa. 

Voltamos à mesa e eu me ofereci para ajudar Jimin a fazer seu prato. Talvez eu tenha ficado com medo dele se perder, já que isso sempre acontece, mas só talvez.

— Hyung... — Jimin chamou enquanto se servia.

— Oi, neném.

— Você já ouviu a música "atirei o pau no gato"? — Assenti sem entender. — O que o gatinho fez para essa violência toda? E porque no lugar na dona Chica ajudar ela só se admirou? Por que cantam esse tipo de música? — Terminou de falar seguindo a caminho da nossa mesa. Apenas ri.
            — Não sei, Jimin. acho que deveria parar de ouvir esse tipo de música. São ofensivas. — Jimin assentiu em concordância.

Taehyung já havia colocado seu prato, portanto todos começaram a comer.

— Isso é bom. Qual o nome mesmo? É cappuchico? — Taehyung perguntou enquanto bebia um cappuccino. Hoseok levou a mão até a testa e balançou a cabeça negativamente.

— Pobre é uma desgraça mesmo. 

[...]

Todos já estavam em seus respectivos quartos. Hoseok com Taehyung, Jimin e Yoongi comigo. Até tentei conseguir um quarto apenas para Yoongi, mas não constava no pacote.

Foi instantâneo, assim que chegamos Yoongi se jogou ma cama e dormiu. Jimin e eu apenas ficamos conversando esperando Taehyung e Hoseok ficarem prontos para explorarmos o resort. Até que um som estranho foi ouvido. 

— Credo. O que foi isso? — Perguntei encarando Jimin.

— Jimin acha que foi o Petûncio. — Encarou o porco de pelúcia sentado na mesinha do quarto, em frente a cama que estávamos. O barulho soou novamente enquanto encaravamos o porco. — Tá, não foi o Petûncio.

Olhamos para a cama de Yoongi e o vimos se mexer e dá sua boca sair um ronco bem alto, o barulho que estavamos ouvindo a pouco. 

— Yoongi hyung engoliu um porco? — Jimin disse me fazendo rir.

[...]

Na praia, Hoseok e Taehyung já estavam grudados novamente. Suspeito que a demora que tiveram para se arrumar e o fato de estarem todos cobertos na praia tenha algo a ver com isso.

Jimin corria pela areia animadamente. Me arrastou com ele para o mar e me fez fazer castelo de areia com ele. 

Yoongi havia ficado dormindo no quarto, mas ele logo apareceu dizendo que queria pegar um bronze.

— Realmente, você tá muito branquelo. — Taehyung provocou.

— Pelo menos eu não estou todo roxo e preciso esconder! — Retrucou Yoongi apontado para o pescoço de Hoseok que tinha um puta chupão. — Cara, eu nunca imaginei que...

— Sem comentários, por favor. Tem uma criança aqui. — Falei.

— Mas o Jimin está todo entretido com o castelo de areia. — Yoongi apontou para Jimin que brincava na areia um pouco afastado da mesa em que estávamos.

— Eu estava falando de mim. 

— Ata. — Os três disseram juntos.

Quis me fazer de ofendido e fui para longe deles ficar com Jimin.

— Jungkookie! Veio ajudar o Jimin? — Assenti me sentando a sua frente. — Você pode fazer um muro de terra aqui e...

— Eu gosto mais de olhar você fazendo, gatinho. — Sorri. Jimin me encarou levemente envergonhado e sorriu abaixando a cabeça e se concentrando no castelo de areia.

— Jimin não gosta quando fala essas coisas, Jimin se sente envergonhado. — Disse após um tempo. Ri.

— Sabe meu amor, lembrei de algo que queria te perguntar há algum tempo. — Disse após perceber o jeito que Jimin falara.

— Pode falar. 

— Por que não fala com seus amigos em terceira pessoa? — Jimin arregalou os olhos.

— Você percebeu? Jimin pensou que era mais discreto... Kang hyung disse para Jimin agir assim, ele não queria que ninguém chamasse Jimin de estranho ou fizesse bilíngue com ele.

— Bilíngue? — Perguntei.

— É. Xingar, bater... Sabe? — Ri novamente.

— É bullying, Jimin. — Vi Jimin ficar vermelho e pedir desculpas. — Não se preocupe, não tem nada errado trocar as palavras, gatinho. — Acariciei seu queixo o vendo soltar um sorriso.

[...]

Fodido era o que Jimin estava. E não no sentido literal da coisa, no bom. Ele inventou de ser ninja enquanto voltávamos para os quartos. Subiu em uma árvore que nem era alta, caiu e ralou o joelho, não contente com o pequeno corte, ele se ''trepou'' em um balanço de pneu que tinha perto da praia e caiu, batendo o queixo no chão.

Sangrou, ele chorou e eu me desesperei. Isso até ele começar a rir e dizer que cansou de ser ninja por hoje.

Chegamos no quarto e Yoongi foi tomar banho para jantar com Hoseok e Taehyung. Pra quê vela quando temos Yoongi como tocha olímpica?

Eu resolvi ficar com Jimin no quarto para banhá-lo e depois o ajudar com os recém machucados.

[...]

— Ai! — Jimin reclamou.

— Aqui também dói, neném? Sinto muito. — Falei.  

Havia acabando de banhar Jimin e estava o secando. Jimin senteva na ponta da cama e eu estava de pé passando a toalha pelos seus ombros que ele aparentemente também machucou.

— Ya, deixa o Jimin ver o desenho, Jungkookie. — Falou me afastando da sua frente para que ele pudesse enxergar a tv.

— Que malcriado. Eu aqui, todo preocupado com você e você só querendo saber do desenho. — Jimin riu balançando os pezinhos que nem alcançavam o chão.

— Faça uma massagem no Jimin que o Jimin vai se sentir menos dor nos ombros.

Bufei.

— Seu gatinho aproveitador. — Subi em cima da cama e me posicionei atrás de Jimin, começando a massagear seus ombros.

— Ah... — Espera... Isso foi um gemido? — Isso é bom demais, hyung. De-deveria fazer mais ve-vezes.

Ele certamente estava gostando, mas não era para tanto, era apenas uma massagem afinal. Se bem que...

— Gosta? — Jimin assentiu jogando a cabeça para trás, ato que eu consideraria pornográfico se não estivesse vindo dele. 

— Você é bo-bom, Jungkookie. Isso me alivia e faz a dor pa-passar. — Disse com dificuldade. Ele estava extasiado. A cada vez que eu mexia minhas mãos sobre seus ombros fazendo a massagem, Jimin soltava um murmúrio confuso, mas aprovador.

— E disso... Gosta? 

Aproveitei que seu pescoço estava exposto e deixei um leve selar. 

— Ah.. Hm, o Jimin gosta. Faz de novo. — Pediu. Sorri de ladino.

Parei com a massagem em seus ombros apenas para observar cada detalhe do seu rosto. Cara, eu achava ele lindo, mas assim ele é maravilhoso. Sua cabeça se chocou contra o meu peito  e um bico foi tomando conta dos seus lábios.

— Por que parou? — Disse, mas sem abrir os olhos — Jimin ainda quer...

— Jungkook vai fazer outro tipo de massagem, certo? — Jimin assentiu ainda que confuso.

Voltei a encarar seu pescoço branquinho e sem nenhuma marca aparente. Mudanças são, em sua maioria, boas. Por que não dar cor ao que se é tão sem graça? 

Voltei a distribuir beijos por todo o pescoço de Jimin. Seu rabo já se animava e começava a passar por minhas coxas.

— Ju-Jungkookie... O que... 

— Shhhhh... Quietinho. 

Deixei alguns beijos mais demorados no pescoço de Jimin, o vendo de arrepiar por inteiro. Também deixei leves chupões, que nem eram tão perceptíveis agora.

Cansado de brincar com a pele macia e sentir que meu gatinho queria mais, porém não sabia nem como e nem o que, o deitei na cama com delicadeza e me posicionei em cima dele. Jimin abriu os olhos assustado.

— Nós vamos dormir agora, hyung? — Perguntou confuso. Ri e deixei mais um leve selar no seu pescoço, agora, não tão exposto.

— Nós vamos amar, Jimin. 

— Amar? É uma brincadeira? Tem brinde? — Ri mais. Jimin conseguia me fazer rir até em situações que eu deveria morrer de nervoso.

— A gente não brinca de amar. É de verdade e é um sentimento muito, muito bom. E não, não tem brinde. Você tem que parar de ser interesseiro, gatinho levado. — Fiz cócegas na barriga dele, vale lembrar que ele tinha apenas uma toalha envolvendo seu corpo devido ao banho recente. 

Jimin se encolheu e soltou algumas gargalhas. Parou ao perceber meu olhar fixo no seu.

— Algum problema? — Neguei. — Então o que houve?

— Você é lindo, Jimin-ah. — Jimin sorriu envergonhado.

— Você também, Jungkook-ssi. 

— Eu te amo. — Beijei sua testa, depositando nela toda carinho e admiração que sentia por ele.

— Eu também amo você, Jungkook-ah. — Sorriu e fez o mesmo que eu. — Até a gente ficar bem velhinho, perder os dentes e andar de bengala. — Sorriu colocando um dos meus fios de cabelo que caía sobre meu olho para trás da minha orelha. — Jimin quer brincar de amar com o Jungkook. 

Sorri. 

Levei minha boca até a de Jimin e iniciei um beijo calmo. Depositei amor, confiança, afeto carinho e tudo de bom que Jimin me fazia sentir. Enquanto aumentava o ritmo do beijo, Jimin acariciava minha nuca e eu acariciava suas bochechas gordinhas.

De um beijo calmo, passei para um afoito e repleto de desejo. As nossas línguas pareciam dançar juntas com um sincronia inexplicável. Os carinhos que Jimin fazia em minha nuca começaram a se tornar um pouco mais intensos e com certa brutalidade como se ele tentasse controlar a si mesmo.

Eu já podia sentir sua ereção de formando, entre minhas pernas, mas eu não estava em um estado muito diferente.

Parei de beijá-lo aos poucos, deixando mordidas leves em seu lábios inferior.

— Jungkookie... Por que o Jimin sente que quer tanto você? — Disse confuso assim que paramos os beijos. — O Jimin precisa.

— Você vai ter, meu amor. — Beijei seus lábios novamente e me levantei da cama para então tirar minha camisa. 

Jimin começou a me encarar de um jeito estranho.

— É... Jungkookie... 

— Algo errado, meu amor? — Perguntei preocupado.

— O Petûncio... Ele tá olhando a gente. — Apontou com o dedinho e eu olhei para trás. Encarei a pelúcia e sorri.

— Mas é só um boneco. 

— Não, não. Ele tá falando para o Jimin que suas costas parecem macias. — Um pouco atordoado com a informação, peguei Petûncio e coloquei dentro do banheiro.

Quando voltei Jimin se encontrava sentado, encarando a própria intimidade.

— Jungkookie... Dói. 

De novo isso? 

— Já vai passar meu anjinho. 

Me aproximei de devagar e o posicionei em meu colo.

Agarrei forte a cintura de Jimin tendo certeza de que amanhã ela estaria com a marca dos meus dedos.

Por instinto, enquanto nos beijávamos, insinuei algumas estocadas e ouvi Jimin gemer baixo durante o beijo. 

— Jungkookie... Por favor... 

Deitei Jimin na cama novamente e passei a distribuir beijos de seu pescoço a seu umbigo. Jimin tinha a respiração rápida. Arfava alto e afoito. Ao me aproximar de seu membro soltei um riso sacana. Ao tocar ali, Jimin se arrepiou e impulsionou o corpo para cima. Sorri, apesar de ser algo obsceno, Jimin ainda conseguia tornar algo fofo. 

Enquanto com a mão esquerda massageava seu pênis, com a direita fazia carinho em toda sua coxa esquerda. E cara, eu poderia me desfazer apenas com o som de Jimin gemendo.

— Jung... JUNGKOOK! — Gritou e se desfez na minha mão. Sua respiração ficou descompassada. 

Eu não estranhei. Jimin era todo sensível, então imaginei que ele rapidamente chegaria ao seu limite. Ainda mais com a pouco experiência que nós dois temos.

Subi até chegar perto do seu rosto e deixei um beijo na sua testa. 

— Tudo bem, gatinho? — Ao vê-lo assentir, desci a mão até minha box e a retirei, já estava cansado de enrolação.

Não vou mentir, era frustrante namorar Jimin há meses e quase nunca ter momentos assim. Não que eu fosse um viciado em sexo, nem nada do tipo, mas eu nunca tinha  oportunidades e quando tinha não tinha coragem.

Assim que retirei a única peça de roupa que me faltava, voltei a beijar Jimin com mais velocidade, excitação e desejo. 

— Kookie-ah... Você está no cio? — Jimin perguntou em meio ao beijo. Ri balançando a cabeça negativamente enquanto encerrava o beijo com uma sucção na língua do menor. 

— Eu estou nas nuvens. Morto pelo amor, bebê. — Acariciei sua bochecha rosada e sorri, logo sendo correspondido.

Desci até o membro de Jimin, dessa vez meu alvo era algo mais em baixo. Observei sua lubrificação natural já sendo expelida. Ele não estava no cio, então isso me pareceu estranho de começo, mas nem tentei entender.

Mesmo com sua lubrificação natural, eu queria evitar ao máximo fazer Jimin chorar. Só de lembrar da primeira vez, de como foi doloroso para mim vê-lo chorar de dor, eu me sinto péssimo.

Com meu dedo, rodiei a entrada de Jimin, esse que arfou e soltou um gemido sôfrego. Logo impulsionei meu indicador com delicadeza. Vi Jimin se mexer em claro desconforto, mas logo foi se acostumando a passando a se movimentar, então tive a confirmação para colocar um segundo dedo.

Após sentir que Jimin já estava preparado o suficiente, posicionei meu membro rígido na sua entrada. Olhei para ele como se pedisse permissão, ele apenas balançou a cabeça positivamente e eu fui o penetrando aos poucos. 

Foi necessário alguns segundo para que Jimin se sentisse confortável e começasse a procurar por mais atrito, mas assim que ele se acostumou, começou a impulsionar a cintura sobre mim e eu comecei a me movimentar devagar dentro dele.

— Kookie-ah.... mais...

Entendi o que ele quis dizer e fui aumentando a força e o ritmo das estocadas. Jimin agarrou minhas costas e friccionou as unhas com força, me causando um pouco de dor, mas acho que não mais do que ele já havia sentido.

Encostei minha cabeça no vão do seu pescoço e me senti ludibriado pelo forte cheiro de baunilha que ele exalava. O suor escorria pelos nosso corpos por inteiro, mas não era uma sensação ruim, era calorosa, era boa. 

— Ji-Jimin eu... 

Não me segurei e acabei me desfazendo dentro do menor. Esse que não demorou muito para sujar meu peitoral com seu esperma. 

Caí na cama ao lado de Jimin com a respiração descompassada. Jimin se virou para mim e deixou um beijinho estalado na minha bochecha. 

— Jimin precisa de outro banho, Kookie-ah. — Esticou os bracinhos para mim e grudou seu corpo suado ao meu. 

Abracei seu corpo de deixei um beijo em seu ombro, já que meu rosto se encontrava em seu pescoço. Jimin acariciava minhas costas com uma mão e meus cabelos com a outra.

— O Jungkook ama muito o Jimin, sabia?

— O Jimin também ama muito o Jungkook, sabia?

[...]

Após um banho breve e de termos arrumado o quarto rapidamente, pois já havíamos demorado demais, saímos do quarto e ouvimos  vozes conhecidas por nós no quarto ao lado, como a porta estava aberta, nós entramos.

— Vocês não iam jantar? — Perguntei confuso ao encarar Hoseok, Taehyung e Yoongi sentados em uma das camas de casal jogando cartas (Nem sei como Yoongi aceitou isso).

—  E nós fomos... —  Taehyung falou enquanto puxava uma carta de um bolo de cartas. — Vocês demoraram muito. E quando voltamos, ouvimos um casal escandaloso.  

Hoseok levou o as cartas que segurava até a boca para abafar o riso.

Jimin me encarou levemente corado.

— Pensei que ia precisar de um exorcista. —  Yoongi disse tranquilamente colocando um carta no bolo de cartas. —  Espero que não tenham feito mal nenhum a minha cama. Ganhei. Boa noite. — Se levantou e passou entre mim e Jimin, que tinha a mão entrelaçada com a minha e retirou para Yoongi passar. Ao chegar na porta ele se virou para nós e sorriu. — Espero que tenham arrumado tudo, babacas. 

E saiu.

Hoseok então soltou uma risada escandalosa. 

—  Ta..Tadinho do...do Ji...Jimin —  Hoseok tentava falar em meio as risadas.

— Ele tá pior que você, amor. —  Tae falou acompanhado o namorado. Encarei Jimin e pensei se não era a pantera cor de rosa no lugar dele.

Hoseok, ao perceber o que Taehyung falou, tacou uma almofada nele e os dois começaram a discutir.

—  Nós... Nós vamos comer. — Falei depois de algum tempo.

— Cuidado para não acabar comendo outra coisa que não é a janta, viu?! —  Taehyung gritou assim que Jimin e eu saímos do quarto.

Eu mereço.

No caminho para o restaurante, Jimin jurou ter visto um colega de escola e me fez ir atrás dele. Resultado: Jimin achou o coleguinha, pulou em cima dele e o abraçou. Juro como tentei me conter, mas não deu muito certo. Puxei Jimin e disse que precisávamos ir para o restaurante pois estava com muita fome, o que nem era verdade mesmo.
            — Quem era ele, Jiminnie? — Perguntei como quem não que nada.

— Um colega do Jimin... — Respondeu chutando as pedrinhas que tinham em seu caminho.

— Ah, sim.

— ... Se chama Taemin, é um pouco mais velho. Talvez uns sete anos... Sem problemas, né? O Jimin acha ele tão legal. — Sorriu colocando as mão nos bolsos da calça jeans.

— Não tem problema nenhum, Jimin. Você pode ser amigo de quem quiser... Até de um mané mais velho. — Falei tentando controlar a raiva que sentia. Jimin sorriu e segurou minha mão.

— Jimin! — Uma voz desconhecida gritou de longe, mas logo de aproximou. — Esse é o número do meu quarto. Apareça lá depois, trouxe alguns jogos que você vai gostar. — Entregou um papel a Jimin, esse que sorriu. Taemin passou a mão no ombro de Jimin e sorriu se despedindo.

— Ele não é fofo, Hyung?

Fofo vai ser o socão que eu vou dar na cara desse atirado. Onde já se viu? Jimin é comprometido.

— Apenas vamos jantar... — Puxei Jimin para que me seguisse em direção ao restaurante.



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