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História A Lenda das Espadas Gêmeas - Diagnose - História escrita por BeaCorchiero - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Lenda das Espadas Gêmeas - Diagnose


Escrita por: BeaCorchiero

Notas do Autor


Agora que a história se encontra em sua segunda fase o ritmo tende a aumentar. Espero que a treta não os decepcione.

Capítulo 11 - Diagnose


Cap 11 – Diagnose

He-man rolou para o lado se recompondo com um dos joelhos no chão, desviando da rajada de fogo sem aviso disparada pelo dragão, ambos sabiam de uma única coisa, aquele bicho não podia voar, se ele subisse no ar, eles estariam em maus lençóis. Ergueu rapidamente ambas as mãos acima de sua cabeça e bateu com seu punho no solo causando um tremor de terra que fez parte do chão ceder desequilibrando o dragão que teve uma de suas patas perdendo o apoio. She-ra aproveitou o salto que usou para se desviar da investida do dragão e arqueando todo seu corpo jogando as pernas e braços para trás tomando impulso antes de flexionar todos seus membros para a frente desferindo um potente golpe com sua espada deslocando o ar e lançando uma onda de energia furta-cor na direção da besta, que sentiu o impacto e precisou usar uma de suas asas para se proteger e proteger sua mestra.  A fera bateu sua cauda em direção de uma construção arremessando escombros em direção aos inimigos.

She-ra transmutou sua espada em escudo protegendo a si e a seu irmão.

            - Sério que você faz isso? – observou admirado o homenzarrão que não perdeu tempo em erguer uma carroça abandonada e arremessa-la na direção da besta.

            - A sua não se transforma? – rebateu a loira um pouco ofegante correndo em direção da besta que tentou abocanhá-la no caminho forçando-a a deslizar pela areia do chão dobrando seus joelhos e jogando as costas para trás até quase o limite do solo, para erguer-se em seguida usando sua arma agora transmutada em laço dourado para atar as patas dianteiras do dragão fazendo-o bater o peito no chão com um puxão que exigiu bastante de seus bíceps causando a sensação de queimação na musculatura pelo esforço.

Ainda não estava cem por cento recuperada aparentemente. A guerreira olhou de esguelha e percebeu que Evil-Lyn estava usando a fera para não precisar se envolver no combate, ela só estava observando com um sorriso malicioso no rosto e isso a irritou.

            - Não do jeito que você faz... – respondeu o bárbaro, retraindo sua espada em seu bracelete e saltando na cabeça do dragão desferindo golpes repetitivos na dura região entre os olhos um pouco acima do focinho, na esperança de desnorteá-lo. Quando a fera debateu sua cabeça, He-man teve apenas alguns segundos para invocar sua espada magica e finca-la entre as escamas do animal segurando-se como podia para não ser arremessado.

Com um poderoso chute She-ra lançou um pedaço de escombro quase de seu tamanho na direção da maligna feiticeira que prontamente o pulverizou com uma mão, fazendo subir poeira no ar sem esforço.

            - Quer dançar dona? -  Perguntou a princesa surgindo em desabalada carreira do meio da sujidade e investindo contra o corpo da moça com o ombro. Evil-Lyn arregalou seus olhos negros, mas conseguiu se desfazer em sombras no último instante antes do impacto. – Qual o problema? Não queria a She-ra?

A loira levou o punho a testa limpando o suor do rosto e olhando para a feiticeira em desafio.

He-man continuava investindo contra o dragão que se debatia atingindo as construções freneticamente na tentativa de se livrar do diminuto, porém poderoso incômodo que cada vez mais fragilizava sua couraça. Ele agitava seu pescoço e batia suas asas, batendo a cabeça contra as rochas e as construções na esperança de ferir o homenzarrão.

Evil-Lyn se permitiu olhar de cima a baixo a figura de She-ra com certa lascívia, não muito diferente dos olhares que lançava para He-man, ela bateu seu cajado no chão levemente e suas sombras começaram a brotar serpenteando o ar ao seu redor como serpentes vivas.

            - Eu já esperava que você fosse impressionante, mas definitivamente – ela lambeu os lábios vermelhos provocativa – superou minhas expectativas, garota.

E com um comando de dedos as sombras foram arremessadas como projéteis em uma chuva na direção da loira que se defendeu com os punhos e a espada refletindo o que pode, sentindo o impacto de cada golpe sem tempo de transmutar a arma em escudo. O ataque ricocheteou espalhando destruição ao seu redor. He-man com o dragão não estava muito melhor visto que de tanto ser chacoalhado e debatido o bárbaro acabou caindo ao chão todo dolorido se desviando das investidas da fera com a bocarra em sua direção. Quando chegou a um limite encontrando rocha sólida atrás de si e a cabeça da fera investindo contra ele de boca aberta usou suas poderosas mãos para agarrar as presas do animal impedindo-o de fechar sua mandíbula. O gigante brônzeo sentia seus músculos tremerem e queimarem na disputa feroz de força entre homem e animal, começou a suar por todo o corpo conforme um brilho quente começou a se formar no fundo da garganta exposta da fera, e com tudo que tinha gingou para o lado deixando-o morder em falso e engolir o próprio fogo.

Evil-Lyn disparava uma onda ininterrupta de projéteis mágicos na direção da She-ra, observando com certo prazer o contrair de seus músculos enquanto buscava uma brecha para contra-atacar.

            - Que bom que gostou. Se foi com a minha cara, espera até ver a minha namorada!  - Esnobou a guerreira defletindo com sua espada um projétil sombrio na direção da feiticeira que o absorveu com a mão esquerda sem dificuldade traçando no ar com o cajado em sua mão direita um círculo de luz  negra que disparou uma rajada sólida de treva grossa como um tronco a guerreira mal teve tempo de transmutar seu escudo dourado e fincar os pés no solo recebendo o impacto diretamente e sendo arremessada a alguns metros para trás.

            - É um convite? – sorriu lasciva e debochada a maligna com uma sobrancelha erguida. – Você é mais abusada do que nosso amigo ali, o sempre tímido He-man.

Enquanto isso o loiro caia no chão todo dolorido depois de ser atingido pela cauda do dragão sendo arremessado contra uma barraca abandonada, mal teve tempo de se recuperar e rolou no chão fugindo da bocarra enorme que investia contra ele violentamente novamente. O dragão estava totalmente desorientado, o guardião brônzeo estava sujo, dolorido e todo ralado. Mas teve tempo de se pôr de pé com um sorriso selvagem no rosto suado antes de abrir os braços ostensivamente alongando totalmente seu tórax apenas para bater as palmas de sua mão com toda sua força, deslocando o ar e criando um zunido que fez sangrar os ouvidos da fera que cambaleou para trás agitando seu longo pescoço desorientado abrindo sua enorme boca para o céu. Neste instante Teela surgiu, jogando-se de um dos andares superiores arremessando um explosivo potente goela abaixo da fera, aterrissando nos braços de He-man que aparou sua queda.

            - Sempre na hora certa! – disse o loiro com em um flerte desajeitado.

            - Um de nós dois tem de ter responsabilidade, não é? – retrucou a ruiva sendo colocada no chão já sacando sua espada – bateu bastante na cabeça?

Ele assentiu. Evil-Lyn não parecia irritada com o dragão que caiu soltando fumaça por todos os orifícios de sua cabeça, após uma explosão controlada e precisa, que deveria tê-lo matado, era quase como se ela esperasse por isso. A presença da ruiva por outro lado parecia lhe causar irritação.

            - Teela, sempre forçando sua presença aonde não é solicitada. – Observou com desprezo a feiticeira. – Estava me divertindo com essas duas belezinhas aqui.

            - Parece que as coisas saíram do seu controle, não é? – Perguntou She-ra com um pouco de empáfia apontando sua espada mágica para a feiticeira que apesar de parecer encurralada não demonstrava nenhum sinal de estresse, na verdade, para a surpresa de todos ela riu.

            - Ah! Minha doce princesa deliciosa.... logo você vai aprender que raramente algo foge ao meu controle. – Tirou de suas vestes um pequeno dispositivo e o apertou o único botão que ali havia, mas nada aconteceu. Irritada apertou novamente, uma, duas três vezes, mas ainda assim nada acontecia, deixou escapar um suspiro resignado e concluiu. – Então você também tem seus truques...

She-ra sorriu, limpando o rosto com as costas da mão encarando os olhos da feiticeira com satisfação. 

            - Como eu disse... Se você gostou de mim... – Ela ofegava pelo esforço feito até o momento, mas não perdia a confiança nem a firmeza em sua voz – espera até conhecer minha namorada.

Catra pousou graciosamente ao lado de She-ra com um pedaço de uma placa de controle destruída nas mãos.

            - Você nunca teve chance de implodir a cidadela inteira com a gente dentro sem que eu percebesse. – A felina apontou para o próprio nariz.

            - Suponho que vocês sabiam desde o começo que eu estava sozinha com Shadow Wing. – Deduziu calmamente Evil-Lyn.

            - Senti seu cheiro de piranha de longe! – respondeu a felina numa voz meio rosnada, as garras a mostra.

Evil-Lyn crispou a boca de raiva, mas não se prestou a responder, apenas bateu seu cajado no chão novamente e se desfez em sombras espalhando-se na atmosfera. O dragão caído tentou se erguer, mas estava incapaz no limiar da morte.

            - Adorei a brincadeira, mas na próxima não esperem tanta gentileza. – A voz maligna ecoou no ar.

            - Um a zero para nós. – Se gabou He-man cruzando seus braços poderosos sobre seu peitoral largo. Catra lhe deu um soco no braço dolorido sem aviso.

            - Se toca! Isso é só um teste, os problemas só estão começando! – bufou a gata.

            - Ouch, me deixa comemorar vai! A gente ganhou! – respondeu He-man alisando o local do soco como se de fato aquele fosse seu pior ferimento, fazendo graça – você não relaxa nunca?

            - Você relaxa demais Adam! – repreendeu Teela. – Evil-Lyn nem suou e vocês estão terríveis!

            - Quer saber por que eu não relaxo? Por que eu sei o que ela está fazendo, eu já estive no lugar dela! – Catra pressionou seu indicador no peito de He-man de forma séria e ameaçadora, ignorando os protestos de She-ra atrás de si. – Ela nos atraiu para saber se você estava de volta a ação, e para observar a forma da She-ra. Ela queria testar vocês e saber o que podem fazer, ela deixou um dragão pra trás de presente por que sempre planejou descarta-lo e eu realmente recomendo que larguemos ele aqui pra morrer.

Catra levantou sua mão esquerda e mostrou o dispositivo destruído, mas percebeu que nem She-ra e nem He-man acompanharam a importância daquilo.

            - Tá falando sério? Ele ta abatido, não dá pra simplesmente deixar ele morrer – Teela falou com certa censura moral na voz. – Não que me agrade a ideia de aceitar um presente da maligna

            - Você lembra que alguns minutos atrás enfiou um explosivo na goela dele né? Deixa de falso moralismo, isso aqui é guerra! – respondeu Catra com simplicidade.

            - Catra, calma, já foi e você desarmou a armadilha toda, ta tudo bem comemorar uma pequena vitória – She-ra colocou sua mão forte no ombro da gata com delicadeza fazendo-a acalmar. – E você sabe muito bem que vamos acabar tentando salvar o lagartão por que é o certo a se fazer.

            - Você não entende mesmo, não é? – Bufou a gata um pouco mais calma se deixando aninhar no corpo de She-ra – Sua idiota!

            - Claro que entendo! É frustrante achar que tinha acabado e de repente termos um segundo round dessa guerra estúpida, mas a gente vai dar um jeito. A gente sempre dá um jeito. – As formas de She-ra sumiam conforme sua voz ficava mais doce, e Adora abraçou Catra. – Eu também estou com medo, mas vai ficar tudo bem.

            - Sério... por que você não aprende uma coisa ou duas com a sua irmã? – observou Teela acertando um soco no outro braço dolorido de He-man.

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Lua Clara.

 Bow tentava resolver com Duncan o problema de como conter um dragão de forma segura. Por mais que Adora e Adam reforçassem a ideia de que ele estava moribundo, Catra e Teela insistiam em tratar o animal como uma ameaça iminente que precisava ficar isolado. A felina sequer disfarçou que por ela a fera deveria ser abandonada a própria sorte sendo esta, a única divergência, entre a morena e a ruiva.

O mentor e o arqueiro por outro lado evitavam se envolver nesta discussão, e se preocupavam em como trazê-lo, contê-lo e alimentá-lo. Hordak estava ocupado com a missão de descobrir como trata-lo e a Aliança das Princesas discutira o que fazer com ele depois disso.

As rotas comerciais e de abastecimento que ligavam a Terra Vermelha ao Reino de Plumeria estavam sendo atacadas, e outros dragões haviam sido vistos, mas nenhum grande como Shadow Wing.

Scorpia tinha sido fundamental estes dias, agrupando ex-soldados da Horda e recuperando parte da tecnologia bélica da Zona do Medo para combater as hostes de bestas aladas que atacavam sem dó diariamente, Entrapta estava trabalhando em melhorar os equipamentos recuperados pela princesa do cristal negro. Mermista estava focada em reconstruir o portal de Salíneas, mas relatou tremores estranhos nas profundezas, assim como Frosta havia percebido os mesmos tremores no Reino das Neves.

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Em questão de uma semana quase metade da Terra Vermelha era território de Evil-Lyn, e muitas pessoas eram levadas nos ataques que eram liderados por asseclas que os forasteiros chamavam de Homem-Fera, Kobra Khan e Mandibula, além disso, antigos membros da horda estavam vendo na feiticeira maligna sua chance de se integrar em algo que compactuava os valores distorcidos com os quais cresceram.

Na sala de treinamento Catra golpeava sem dó os inimigos simulados num campo de batalha programado para se adaptar. A gata saltou para trás evitando um disparo pousando atrás de outro inimigo que acabou atingido como um escudo vivo, ela agarrou o corpo inerte e o jogou na direção de dois que investiam contra ela, atrapalhando-os e permitindo que ela rasgasse a face sem rosto de um enquanto enfiava o pé na orelha do outro. Ela era ágil, era esperta e difícil de prever, mas estava cansada. Sentia os músculos tremendo e as juntas doloridas, observou o contador eletrônico com números em vermelho vivo. Cinquenta e cinco. Se agachou evitando um golpe por trás e rolou colocando-se em posição de bote e investindo como uma fera contra seu atacante enterrando-lhe as garras nas entranhas. Cinquenta e seis. Aterrissou de mal jeito, sentindo a coxa puxar, mas não se deteve. Entrapta havia programado o sistema para enviar inimigos ininterruptamente, Catra puxava o ar pesadamente, seus pulmões queimavam. Outro inimigo sem rosto, dessa vez com porte avantajado que investia com violência usando uma espada. Ela desviou gingando para o lado e enterrou suas garras na costela exposta do inimigo, que respondeu golpeando de lado desengonçado atingindo a gata com força no rosto e lhe deixando desorientada. A simulação desligou.

            - Droga! – praguejou a gata levando sua mão direita no local da bofetada sentindo ainda a sensação do impacto.

            - Você está exagerando – disse Glimmer se aproximando com uma garrafa cheia de água gelada para a gata que agora pegava uma toalha para enxugar o suor. – Vamos precisar de nossa nova General viva pra ganhar essa guerra.

            - E quem disse que eu quero esse título bobo, brilhinho? – respondeu a gata bebendo um gole generoso da garrafa e se largando sentada no chão, escorada em uma parede.

            - Acontece, que a rainha sou eu por aqui! Escória da Horda. – respondeu a rainha se sentando ao seu lado. – A Adora gostou da ideia.

            - A Adora toma decisões questionáveis. – Retrucou a gata oferecendo um gole de sua água pra rainha.

            - Mas a Aliança das Princesas também achou uma ótima ideia, e a Scorpia está se saindo bem com o novo cargo dela. – Concluiu Glimmer – Você já está exercendo a função, é só uma formalidade.

            - Antigamente eu arrancaria o olho de alguém por esse título, tecnicamente eu arranquei algumas coisas pra virar Mestre da Horda. – Catra se lembrava de como havia arrancado o cristal que mantinha a armadura que sustentava o corpo de Hordak em um piscar de olhos. Chacoalhou a cabeça tentando afastar o passado.

            - O dragão não tem melhorado, Entrapta disse que existe uma pequena fonte de magia batendo forte embaixo das escamas do peito, mas ele não apresenta nenhuma melhora física, não importa o quanto a She-ra tente curá-lo.

            - Trazê-lo aqui é um erro. -  Catra insistiu.

            - Ele está morrendo, não apresenta ameaça. – Tranquilizou a cintilante.

            - Se ele não apresentasse ameaça ela não teria permitido que nós o trouxéssemos. – respondeu Catra já cansada, não era a primeira vez que tinham este diálogo. – Eu sei por que é o que eu faria no lugar dela.

            - Você não é como ela. Mas se te deixa mais tranquila, eu pedi pra George e Lance ajudarem a Entrapta a entender aquele bicho. Eles têm muitas informações dos Primeiros sobre isso e até um vaso com um desenho da She-ra montada num dragão. – Glimmer tentava tranquilizar Catra – Acham que essa fonte mágica no peito dele seja interligado no coração, mas Entrapta não conseguiu explicar ainda por que a magia se fortalece, mas o corpo não acompanha.

            - Chamou os sogrinhos pra ajudar é? – Provocou a gata deixando a rainha vermelha.

            - Eles queriam fazer por vídeo, mas o Bow insistiu que eles viessem, assim podemos contar que estamos namorando pessoalmente. – Glimmer pareceu um pouco nervosa. – Não sei se eles vão gostar da notícia....

            - Se eu posso aguentar os olhares de todo mundo sempre que a Adora faz alguma boiolagem em público, você também pode. – Observou Catra se levantando e estendendo a mão pra ajudar a amiga a fazer o mesmo. – E se der ruim, você é a rainha só dar uns gritos que todos te obedecem.

As duas riram.



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