• Autora Narrando •
Yang Mi sempre foi uma menina bem educada e compreensiva; antes e até mesmo depois de se tornar uma figura angelical.
Seu nome tem como significado: Rosas.
A garota, desde que foi enviada juntamente com alguns outros jovens e adultos, para ficar sobre os cuidados e orientações da Senhora Eunbyul, vem demonstrando uma certa hostilidade para com os demais.
Ela sempre se mantinha isolada e a sua timidez à prejudicava socialmente.
O seu coelhinho rosa de pelúcia, este dado a ela em seu último dia de vida; aliás, nos seus últimos minutos, era um de seus únicos amiguinhos.
Mais apesar de tanta discrição, a garotinha ainda sim era uma boa menina. Conversar com ela não era difícil, mas prolonga-lá que era o complicado.
Costumava sempre sentar em uma das pedras que cercavam um riacho, este que era acompanhado, por uma linda cachoeira. O ambiente era completamente maravilhoso!
O arco-íris se banhava próximo à cachoeira, enquanto a mesma, pousava-se nas margens.
A cantoria dos pássaros em volta das árvores de médio porte trazia suavidade ao local. Tudo parecia fantasioso.
– Você está bem Cooky? - A garotinha falava com o seu coelhinho rosa.
Sentada na pedra próxima à margem do rio, enquanto as suas pernas estavam mergulhadas até a altura de seus joelhos, naquela água morna.
Seus olhinhos pequenos, gordinhos e inocentes estavam a lacrimejar; já o seu nariz, estava avermelhado e escorrendo devido ao choro recente.
Yang Mi limpava as pálpebras e as bochechas ruborizadas com as costas de suas mãozinhas livres, quando sentiu a presença de alguém próxima a si.
– Yang Mi... Você está aqui. - A mais velha se sentou ao lado da pequena; na margem daquele riacho.
– ... - O nariz avermelhado denunciava o estado que a jovenzinha estava. – Eu sempre estou aqui.
O timbre de sua voz, saía quase como um segredo para a garota mais velha; conhecida como: Kim Dahyun.
– Por que brigou com as outras crianças, hum? É verdade que você puxou o cabelo daquela garota nova?
Brincava com o seu coelhinho remexendo incansavelmente, como se estivesse-o fazendo dançar.
Yang Mi se sentia feliz por ter a mais velha como a sua aliada. Dahyun estava naquela tragédia que ocorreu a alguns anos atrás, junto com a garotinha.
– Uhum... - Assentia em confirmação. Mentiras eram algo que a garota não gostava de praticar.
– Que travessa... E como foi a sensação? - A outra observava a baixinha brincar com o seu bichinho de pelúcia. – Você irá receber uma punição por ter sido uma garota leviana. Sabe disso, não é?
– Unnie... Pegaram o meu Cooky; e eu não gosto quando pegam as minhas coisas! - Um biquinho se formava nos lábios da pequenininha.
– Hum... A Superiora Eunbyul não vai ser compreensiva, não desta vez. - Os fios de cabelo da menor eram afagados pela a mais alta.
[...]
Quando a baixinha se sentia triste, costumava a ficar deitada debaixo de uma árvore, enquanto sentia a brisa tocar em sua pele pálida.
Todos esses anos ela se pegava observando o seu irmão mais velho. Como isso era possível? Bom... Digamos que naquele mesmo riacho que a garotinha passava todo o seu tempo, ela conseguia ver o seu irmão; assim como qualquer outra pessoa que a mesma desejasse.
O reflexo que a água transmitia próximo às pedras da qual ela se sentava todos os dias, lhe proporcionava a visão do que estava acontecendo no mundo.
Mundo este que a garota não mais existia ou habitava.
– Meu Jeongguk está tão bonito...
Saber lhe dar com os problemas é uma dádiva; infelizmente, a garotinha não conseguia lhe dar com as mudanças e a falta de sua família.
Não importava quanto tempo se passasse, ainda sim, a Yang Mi não sabia como se comportar mediante todos os acontecimentos ocorridos a anos atrás.
A garota deveria estar com os seus dezesseis anos, enquanto o seu irmão Jungkook; vinte e um anos. Compreendem?
Desde que a menina partiu, ela mantinha a mesma aparência de sempre; não importava quantos anos se passassem.
A garota deveria agir como uma criança ou uma adolescente? Era nisto que a mesma pensava todos os dias.
[...]
– Por que eu serei a única castigada? - A garotinha leviana mostrava em seus lábios um biquinho fofo, porém descontente.
– Eu te alertei.
A Superiora Eunbyul revisava algumas papeladas em sua mesa; ora ou outra, preenchia lacunas de algumas tabelas impressas em uma folha de oficio.
– Você voltará para a Terra, mas não será a passeio.
– Como assim? - A menor parecia confusa e assustada.
– Você será uma pequena cupido.
Yang Mi estava com a boca entreaberta; se aconchegava naquela poltrona, enquanto suas pequenas pernas se sacudiam de ansiedade.
– Você terá a ajuda do Park Chanyeol.
A garota não pode esconder a sua satisfação ao ouvir aquilo, afinal, Chanyeol era um de seus poucos amigos. Saber que iria tê-lo ao seu lado a alegrou.
– Pelo o sorriso em seu rosto, acredito então, que tenha gostado. - A mais velha se pôs a falar.
– Hum. Eu gostei sim, pois ele é o meu oppa.
Além de amigo; o rapaz também era o seu protetor. Ambos se conheceram naquela tragédia; então, passaram quase todos os seus tempos juntos, depois disso.
– A Dahyun também irá para te ajudar. - Acrescentou.
– Wow! Sério!? - Não conteve a sua satisfação. A garota estava muito feliz.
A Superiora ao chamar os outros dois em sua sala, se pôs a explicar o que eles estavam permitidos e proibidos a fazer na Terra.
– Não se esqueçam de nenhuma dessas regras. - A mais velha estava com o seu timbre rígido.
– Ok. - Falaram os três em um único sonoro.
[...]
A garota, após ser dispensada pela a mais velha, foi em direção ao seu dormitório.
A sua moradia parecia um dormitório de uma universidade. A quantidade de quartos em um único corredor extenso, era difícil de ser contado.
– Eu preciso arrumar a minha mochila. Eu tenho que estar pronta! - Falou empolgada.
– Não precisamos de tanta bagagem, então só leve o necessário. - Disse a mais velha.
A cúpido colocava em sua mochila pequena o que lhe era necessário, como: Algumas mudas de roupas, um pequeno estojo de higiene pessoal e o seu diário.
– Por que está levando um diário?
– Hum... Eu escrevo tudo nele. - A menor arrumava a sua cama para que pudesse dormir.
– O que está escrito na capa? Eu vi algo. - A Dahyun foi em direção à outra.
– Está escrito: Best of me! - Deitou na cama, se aconchegando com a ajuda da mais alta.
A garota se deitou de lado, enquanto ainda, estava por debaixo daquela coberta fofa e quentinha.
– Unnie. - As palmas de suas mãos agarraram o pulso esquerdo de sua amiga.
– Hum? - Sorriu meigo.
– Conta uma historinha? - Os olhinhos da pequena anjinho estavam a brilhar.
Difícil resistir aos encantos. A Dahyun suspirou pela as ações da garotinha sonolenta para conseguir as coisas.
– Esta bem... Esta bem... Eu conto. - Encostou suas costas na cabeceira da cama; iniciando a história em seguida.
Existe uma lenda de um menino, que em uma noite iluminada, apenas pela brilhante lua cheia caminhava para casa. No caminho, o menino encontra-se com um velho homem embaixo de uma árvore sob o luar. Este velho na verdade tratava-se do Deus Xia Lau Yue, responsável em unir os casais predestinados através de um fio vermelho amarrado em seus tornozelos.
O velho disse então ao menino, que ele estava conectado a uma jovem e que esta futuramente seria a sua esposa. Sendo ainda, muito jovem e sem nenhum interesse em se casar, o menino não lhe dá muita atenção. O velho então diz que amarrou seu tornozelo com uma corda e que ele se casaria com a moça que estivesse do outro lado da mesma; a sua então, alma gêmea.
O menino olhou para o seu tornozelo e conseguiu ver a corda amarrada. Na outra ponta desta, estava uma jovem menina, sentada à porta de sua casa, observando o céu escuro da noite.
O menino não queria acreditar no que os seus olhos enxergavam, pegou então, uma pedra e atirou-a ao rosto da garota com o objetivo de mantê-la longe para sempre.
Em seguida, correu em disparada, passando por tortuosos caminhos e deixando completamente emaranhada a corda vermelha que continuava amarrada ao seu tornozelo, mas que por algum motivo, já não conseguia a vê-la.
O menino cresceu e se transformou em um belo homem. Estava na idade de se casar, mas não conseguia encontrar nenhuma moça que lhe agradasse.
Certa noite, passando por uma das casas da região, viu a silhueta de uma mulher e pressentiu que aquela seria sua alma gêmea. Esta jovem era conhecida como sendo uma das mais belas mulheres da vila; contudo, raramente saia de casa por ter vergonha de uma cicatriz em seu rosto. Os jovens acabaram comprometidos, através de um arranjo feito por seus pais.
No dia do casamento, a jovem tinha seu rosto coberto pelo tradicional véu. No entanto, no fim da cerimônia, quando se encontravam sozinhos, o homem perguntou-lhe por qual motivo ela ainda cobria o seu rosto. Ela disse que tinha vergonha por causa de uma horrível cicatriz sobre a sobrancelha, causada por uma pedra que foi jogada por um menino a anos atrás.
O rapaz imediatamente lembrou-se daquela fatídica noite, em que falou com o velho, o Deus Xia Lau Yue e do fio vermelho invisível. E com um suave movimento retirou o véu da sua esposa, deparando-se com a mulher mais bela que já viu em toda a sua vida. Nesse dia, o jovem percebeu que não adiantava fugir, pois o destino do Akai Ito será sempre cumprido.
– Uau... - Bocejou, em seguida.
Já no Japão; Segundo a lenda, o fio está amarrado em torno do dedo mindinho dos casais que são almas gêmeas. Não importa quantos relacionamentos tenham durante a vida, a “verdadeira experiência de amor”, será de fato com a pessoa que está no outro extremo do fio vermelho. Quanto mais longo e emaranhado for o fio, mais distante e doloroso será esse encontro; quanto mais curto for o fio, mais próximo e mais feliz será o encontro dessas almas gêmeas.
– Você acredita nessas lendas, Unnie? - Coçava os olhinhos. A mesma estava exausta e em seu limite.
– Acho que sim. - Sorriu ao perceber que a baixinha ao seu lado havia adormecido.
—
• Jungkook Narrando •
Acordei novamente no meio da noite, devido a um sonho que vem me “atormentando” a anos. Para ser bem mais exato... Começou desde quando a minha irmãzinha mais nova faleceu.
Me levantei de minha cama um pouco zonzo e cambaleando, por ter acordado recentemente. Fui em direção ao banheiro para as minhas higienes matinais.
Após estar de banho tomado e dentes escovados, me pus a olhar em meu espelho, logo acima da pia.
– Por que não perguntei o seu nome naquele dia? Aish! - Os dedos da minha mão direita, passavam pelos meus fios morenos e molhados. Eu estava frustrado.
Até quando eu irei sonhar com ele? Me pergunto isso quase todos os dias.
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