Sentei no acento de trás, enquanto o Jungkook, no acento da frente. Suas mãos agarraram o guidão de sua moto, ligando-a em seguida.
– Posso dar a partida? - O mesmo estava sem proteção alguma.
– Cadê o seu capacete? - Perguntei.
– Está com você. - Sorriu, enquanto se endireitava.
– Mas... Eu... Você precisa usar capacete, Jungkook-ah. - Praguejei ao perceber o que havia dito.
De repente, eu estava a falar com o próprio, como se já fôssemos íntimos. Para piorar, a minha voz estava a soar manhosa demais.
– O que disse? - Se endireitou, desta vez, para me olhar nos olhos.
– Nada... - Meu olhar desviou-se do seu; indo parar logo embaixo.
Percebi que estava mirando em seu membro coberto pela a sua calça jeans preta. Me leva, Senhor! Que vergonha...
Jungkook riu nasalado com a situação; se colocando novamente de costas para mim.
– Segure-se em minha cintura. Já estamos indo. - Uma de suas mãos seguraram a minha, me guiando até o seu abdômen coberto.
– Hum... Ok. - Engoli em seco.
– A propósito; me sentiria horrível se algo de ruim lhe acontecesse. - Meu vizinho deu a partida logo depois.
Meu coração estava a bater a mil; eu estava muito assustado. Abraçava, vez ou outra, o seu corpo. Jungkook parecia gostar do medo que estava me causando, já que acelerava repetidas vezes.
– Pode ir mais devagar?! - Gritava para que o mesmo pudesse escutar.
A velocidade em que o vento batia em nossas peles era impressionante. Me pergunto, se o mesmo estaria a se sentir sufocado. Será?
– Por favor... - Apertava cada vez mais o tecido de sua blusa, esta que agora, estava amarrotada.
– Já estamos chegando.
[...]
Jungkook retirava o meu capacete com um certo cuidado. Eu estava completamente irritado e trêmulo.
– Você é um babaca! - Me alterei, enquanto apontava para si.
– Foi divertido, não foi? - O mais alto estava debochado.
– Não... - Minhas pernas estavam bambas; a minha respiração estava falha.
Lhe dei as costas e fui andando até o gramado, mas meus movimentos se cessaram, no mesmo instante em que minha visão ficou turva.
– Jimin! - Se aproximou.
– Fica longe de mim, seu maluco! - Minha mão direita estava em meu peito.
~ Coof Coof! Coof Coof!
Jungkook me observava um pouco assustado; via em seus olhos o arrependimento. Minhas mãos alcançaram a minha mochila, tirando de lá, uma bombinha de ar.
[...]
~ Dez minutos depois...
– Você está melhor? - Insistia em saber do meu estado de saúde.
– Estou.
Estava envergonhado; irritado e triste com toda aquela situação. Em meu primeiro dia de aula, pude já mostrar a todos, como Park Jimin poderia ser uma pessoa frágil.
– Não fala comigo. - Me levantei, ajeitando as minhas coisas.
– Jimin... Me perdoa. Eu só queria te dar uma lição, por ter faltado a refeição de ontem... - Jungkook parecia entender agora, o quão idiota ele podia ser.
– O quê?! - Eu estava enojado. – Nossa... Tchau, Vizinho. - Lhe dei as costas e sai a andar apressadamente.
Me pergunto se todo garoto bonito tem neurônios a menos, que nem o Jeon Jungkook. Aish!
Não, Jimin... Não chora.
Após chegar atrasado na sala de aula, me sentei em um dos lugares vagos. Detestava o horário em que havia chegado, pois sempre fui um aluno exemplar.
+ Papel +
Oii... Meu nome é Jung Hoseok. Como está?
A folha foi passada para mim, assim que a mesma foi escrita pelo o meu colega de classe, este que estava sentado ao meu lado.
Eu estou bem... O meu nome é Park Jimin. Perdi muita coisa? Me refiro a aula.
Sorrimos um para o outro. É divertido conversar por papel.
Não... Nada em que você deva se preocupar.
Você é o garoto que passou mal? Jeon Jungkook esteve com você?
O quê?! Como você soube?
As notícias correm rápido por aqui; ainda mais, quando algo tem haver com Jeon Jungkook.
Eu devo me preocupar?
Creio que não. Hahaha... Me passa o seu número? Não estou dando em cima de você, ok? Só quero alguém para lanchar comigo.
Hahaha... Ok.
[...]
Estávamos andando pela praça de alimentação do campus de ciências humanas, já que ambos, estudávamos sobre psicologia.
Hoseok, havia me chamado para ir até o refeitório. Podíamos aproveitar o tempo vago entre as aulas para lanchar.
– Acho que vou pegar um especial do dia. - Seu olhar estava fixo em um painel pendurado, acima de uma das barracas de alimentos.
– Também irei. - Sorrimos um para o outro novamente.
[...]
Credo... O especial do dia é um horror. Me pergunto quem comeria esse tipo de coisa ao saber do gosto? Doido.
– Eca... Que negócio horrível... Servir algo ruim assim deveria ser crime. - Meu novo amigo brincou.
Gargalhávamos juntos, até ver o Jungkook surgir na mesma pracinha em que estávamos a lanchar.
– Aish... Tantos lugares para ele comer. Tinha que ser justo aqui? - Revirava os olhos.
– Oh! Ele faz medicina, Jimin. É normal encontrarmos ele aqui, já que o seu campus fica ao lado do nosso.
– Aaah... Eu estou sendo punido, só pode ser isso. - Soava um pouco irritado.
—
• Yang Mi Narrando •
~ Uma semana atrás...
Vestia o meu casaco quentinho. Eu estava ansiosa para iniciar a minha missão, esta que todos vocês já sabem... Devo levar amor à Terra.
Dahyun ajudava-me com a minha mochila. A mais velha era muito gentil comigo; tinha sempre o costume de colocar a mochila em minhas costas pré-maturas.
– Aonde está o meu arco, Unnie? - Eu estava eufórica.
– Hum? Ah... - A mais alta sorria.
– Deixar em suas mãos? Não é uma boa ideia, pequena. - Chanyeol se fez presente.
Todos nós, estávamos vestidos de forma adequada e discreta. Carregávamos nossas mochilas em nossas costas; além do arco, que por sinal, estava preso em um suspensório no ombro esquerdo do mais velho.
– Quando for preciso, eu te darei o arco. - Me informou.
– Oppa, a missão é minha. Me dê! - Pulava algumas vezes, tentando alcançar o meu arco que estava sendo segurado no alto.
Aish! Por que o Oppa tinha que ser tão alto? E eu tão... pequenininha? Apesar de eu ter dezesseis anos, ainda sim, me mantinha com o corpo de uma garotinha de seis anos.
– Oh! Não fica assim... - Meus cabelos eram afagados pelo o outro. Minhas bochechas estavam coradas ao sentir um beijinho ser depositado bem ali.
– Oppa... - Minhas mãos pequeninas, encostaram em minhas bochecha cheinhas.
Elas estavam quentinhas... Chanyeol Oppa, era o meu príncipe encantado. No entanto, ele me tirava do sério, as vezes.
– Eu posso até ser pequenininha, mas eu tenho dezesseis anos. - Estava com uma expressão emburrada.
– Oh, claro! Minha pequenina de dezesseis anos. - Minhas bochechas eram apertadas pelo o mais velho.
– Insuportável! - Bati um dos meus pés no chão, como uma criança birrenta.
– Oh! Eu também te amo. - Riu.
– Yaaah! Aish! - Saí do quarto em passos profundos; escutando os outros dois rirem.
~ Uma hora depois...
– Não me faça intervir nas suas escolhas, Yang Mi. Eu estarei de olho em você. - Disse a Eunbyul.
– Hum... Ok. - Não dei muita importância.
– Vocês não serão os únicos na Terra; então, nem pensem em confrontar os outros durante a missão de vocês.
– A missão é minha... “De vocês”? Não existe isso. - Murmurei.
– O que disse, garotinha? - A superiora me olhou desconfiada.
– Nada...
Antes que pudéssemos finalmente iniciar a minha missão; a mesma havia nos explicado algo, que consistia em: Toda ação feita por nós na Terra, poderia acarretar consequência boas ou negativas.
As nossas intenções eram muito importantes, pois nos ajudariam a guiar as pessoas para o caminho certo; sem precisarmos utilizar o arco.
Fiquei satisfeita ao saber que eu poderia usar o meu arco. A sua aparência era um tanto que maravilhosa! Claro... Eu a decorei; antes mesmo de saber que ele seria meu um dia.
Achei que as atividades como punição por ser uma garota leviana, em que a rabugenta me ordenava a fazer, seria algo desagradável para mim. Se eu soubesse antes, teria aprontado mais cedo ou com mais frequência. – Risadinha sapeca –.
– Eu vou poder ou não usar o meu arco? - A olhava um pouco tristonha.
– Não use, só em medidas extremas.
– Mimi... Você se lembra da lenda que lhe contei antes de dormir? - A Unnie, ajoelhou-se em minha frente.
– Lembro... A lenda do cordão. - Sorri.
– Você gostaria que as pessoas vivam um amor como aquele, certo? - Sua mão direita acariciava uma de minhas bochechas cheinhas.
– Sim... Eu quero.
– Pois então; vamos deixá-los seguirem o fluxo das coisas, da forma mais natural possível. Ninguém nasceu para ficar só, pois todos nós temos a pessoa certa.
Minha boca se abria, formando um “o” maiúsculo e fofo. A Unnie estava certa? Eu tenho o meu príncipe?
– Unnie... Eu já encontrei o meu. - Eu estava alegre.
– Quem? - Parecia confusa.
– Chanyeol Oppa. - Minhas bochechas estavam coradas; minhas mãozinhas estavam escondidas atrás de meu corpo, enquanto me balançava de forma envergonhada.
Todos ali me olhavam surpresos. O que é?! Aaah... Por que eu tenho que ser tão infantil às vezes? Parece até que eu tenho dupla personalidade; isso me irrita.
O que eu posso fazer? Parti muito cedo; no entanto, venho estado nessa situação a dez anos. Significa agora que eu tenho dezesseis anos, mas com duas mentalidades e comportamentos diferentes.
– Que fofinha. Vem aqui, minha princesinha. - O Chanyeol estava com os seus braços abertos para mim.
– Tá bom. - Sorria largo. Corria rapidamente para os seus braços.
[...]
Estava no colo do garoto, enquanto discutíamos os últimos detalhes e regras a serem cumpridas ao pé da letra.
– Então, se a minha intenção for que duas pessoas fiquem juntas, isso se concretizará? - Perguntei ansiosa.
– Sim... O destino delas estarão traçados a ficarem juntos.
Sendo assim, eu aceito não utilizar o meu arco. As minhas intenções estão mais do que claras para todos, não é?
Meu Jeongguk Oppa, tem que ficar com o Jimin.
—
• Jimin Narrando •
Aish! Parece que o universo está conspirando contra mim. Não importa para aonde eu vá, aquele babaca sempre estará lá.
– Para de me seguir! - O olhava furioso.
Minhas bochechas inchavam, toda vez que me colocava nesse estado; os meus lábios carnudos, ficavam a fazer um biquinho muito fofo.
– Eu não estou te seguindo... Eu juro. - Disse o Jungkook.
– Então o porquê de estarmos nos encontrando o tempo todo? Aish! - Franzi a testa.
– Eu sei lá... Deve ser o destino... - Sorriu, um pouco brincalhão.
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