New Orleans, Louisiana, agora
Os olhos da ruiva se franziram ainda fechados ao ouvir passos dados por saltos que entravam em seus ouvidos causando sensibilidade.
- Hora de acordar, Princesa Original. - Ouviu o irritante tom irônico da mulher antes de abrir os olhos e firmar seu olhar raivoso sobre ela. -Oh não me olhe assim... Me lembra um filhotinho de lobo órfão, solto na natureza sem sua matilha para protegê-lo.
Ela continuou a encarando com o mesmo olhar sem dizer nada.
- Sabe, eu sempre sonhei em fazer isso com o seu pai, mas infelizmente Klaus Mikaelson se foi antes do nosso épico encontro. - Ela tinha uma espécie de faca afiada em mãos. - Então estive pensando o quanto doíria nele, ver isso acontecer com sua filhinha. - Levantou o objeto afiado ao ar, enfiando-o na perna direita de Andrea.
Ela gritou. Aquilo ardia, doía. Podia sentir o sangue quente vazando para fora de sua pele quando ela retirou a faca prateada.
- Que corte feio! - Fez uma careta. - A boa notícia é que eu posso fazer isso quantas vezes eu quiser. A má notícia é que você não vai se curar porquê que estamos bloqueando sua magia. Então, vamos ser rápidas com isso. Onde está Freya?
A ruiva sorriu.
- Acha mesmo que eu vou te dizer alguma coisa?
A cacheada revirou os olhos, firmou sua mão no cabo detalhado da arma branca e agora a enfiou na barriga de Hope que deixou mais um grito escapar ao sentir a lâmina lhe perfurar.
- Onde. Está. Freya? - Disse próxima de seu ouvido ainda segurando a faca no local.
- Eu não vou dizer nada, pode me matar se quiser. - Tinha dificuldade para falar devido a dor.
- Você está começando a me irritar. - Girou a faca no corte provocando gemidos altos de dor da garota. - Na sua posição eu não faria isso. - Retirou o objeto pontiagudo enquanto sangue era derramado no chão.
A garota tossiu um pouco sentindo um gosto metálico em sua boca. Era sangue. Se continuasse naquele ritmo a mataria antes do sol se pôr.
- Deve ser difícil, não é? Ser responsável pela morte do próprio pai e até da mãe. Você sabe, Hope. No fundo é tão escura quanto toda a sua família, isso é ser um Mikaelson! Está no seu sangue. Você é a destruição deles, você é a queda do seu pai e dos seus tios.
Algo estava errado. Ouvir aquelas palavras por algum motivo estava mexendo com ela. Seus olhos estavam ardendo e sua garganta se embolando em um nó. Não demorou para que algumas lágrimas se escorressem.
- Ah, você está chorando? - A segurou violetamente pelo rosto, apertando suas bochechas enquanto a obrigava olhar para si. - Parece que você não é tão forte assim.
- Essa é a vingança de vocês? - Perguntou enquanto as lágrimas deixavam de se formar. - Me torturar já que não puderam fazer o mesmo com o meu pai? - Fez uma pausa enquanto sua respiração forte de raiva tomava conta do ambiente. - Acreditem, vocês deveriam entrar na fila.
A mulher a soltou levantando a faca mais uma vez, dessa vez mirava no peito da garota. Parecia estar prestes a mata-la.
- Érica! - Um grito masculino forte ecoou pelo lugar. A mulher se assustou e encolheu-se, saindo de perto da tríbida.
- Cannon... - Ela disse abaixando a cabeça virando-se na direção da voz.
- O que pensa que está fazendo? - Um homem de olhos azuis e cabelos negros emergiu da escuridão.
- Você mentiu pra mim. - Ela foi na direção dele com um estranho tom de inferioridade. - Disse que Elijah estava vivo!
Ele a encarou com um olhar sério e indecifrável.
- Eu também disse para não mata-la. O que acha que ia fazer?
- Você mentiu! - Ela repetiu praticamente gritando.
Ele franziu as sobrancelhas e lançou-lhe uma feição assustadora de raiva. Dava para ver que ele apertava o punho.
- Sabe, Érica. Acho que você está tão obcecada pelo Elijah que está consequentemente confundindo as coisas. Ao contrário dele, a minha palavra não tem um valor verdadeiro. Eu não sou um homem de palavras! - Aumentou seu tom que até agora parecia calmo. - Você está deixando suas emoções atrapalharem meus planos e... - Ele se aproximou dela lentamente, que recuou um pouco para trás com medo. - Isso é um probelma. Sabe o que eu faço quando há um problema interferindo nos meus objetivos? - Ele perguntou e ela receosamente negou com a cabeça. - Eu os extermino.
Ao terminar de dizer aquilo, ele ergueu sua mão na altura do ombro e a torceu, fazendo com que o pescoço da mulher se qubrasse e ela caísse morta no chão.
Hope se assustou com aquilo, sua respiração desregulou e ela engoliu seco.
- Me desculpe pelo transtorno, querida. - Ele depositou seu olhar agora embutido em uma expressão sorridente sobre Andrea. - Deveria ser um insulto tal falta de educação com uma jovem Mikaelson tão poderosa. É uma honra conhecer a junção das três poderosas espécies.
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