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História A Madrasta - Camren - Last Time - História escrita por camrensapatona - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Madrasta - Camren - Last Time


Escrita por: camrensapatona

Notas do Autor


Nem precisa dizer porquê que estou demorando né? Me desculpa gente. Além de tudo este ano esta sendo bem difícil. Então pra quem acompanha desde o começo mil desculpas pela demora e espero não decepcionar vocês, não ando muito inspirada por motivos sentimentais kkkkkkkk.. Sou trouxa, eu sei. Mas é a vida, não posso mudar o que sou. Enfim, espero que gostem mesmo do capitulo e me digam o que estão achando.

Capítulo 37 - Last Time


POV Camila

 

- O que... você... – as palavras pareciam queimar minha garganta. Eu olhava fixamente para os olhos castanhos inchados que me encaravam com fúria.

- É melhor você não tentar nada – Diana diz. Seu rosto parecia cansado e sua pele tinha um tom pálido diferente da primeira vez que a vi. Antes eu que eu pudesse pensar em mais alguma coisa ela levantou seu braço direito apontando uma arma para mim.

- Meu Deus – sussurrei  – Dia...

- CALA A BOCA! – ela grita. Uma lágrima escorre pela sua bochecha. O sangue parecia não circular por meu corpo – Vem andando devagar, se você tentar alguma coisa eu juro que te mato – a voz dela falhou e mais lágrimas desceram por seu rosto.

- Para onde vamos? –  perguntei sem conseguir raciocinar direito.

- Para sala. Eu já falei se você tentar alguma coisa eu atiro na sua cara! – meu coração parecia bater na garganta. Meus joelhos e minhas mãos tremiam, e até minha visão se tornara tremula.  

Diana dava leves passos de costas sem abaixar a arma. A acompanhei com calma. Minhas pernas pareciam não me obedecer, era como se tudo estivesse em câmera lenta e meu corpo pesasse toneladas.

- Diana... – a chamei assim que ela parou próxima ao sofá. Eu estava agora estava de costas á grande porta de vidro que dava para varanda.

- Cala a boca, vadia – ela cospe as palavras, e com a mão esquerda secava algumas lágrimas, e ela ainda assim não parar de me encarar – Tudo deu errado e a culpa é sua. Só sua, por que você entrou no meu caminho?

- Eu não entrei no caminho de ninguém. Não foi você quem mandou a Lauren....

- EU NÃO FIZ ISSO! – a cada grito ela ainda chorava mais, e a arma tremia em sua mão. Eu tentava manter a calma. Meus olhos se alternavam entre a arma e a porta logo atrás de Diana –  Foi a Lauren quem quis se divertir com você... Se ela não tivesse pensado em comer você nada disso estaria acontecendo. Meu Deus! Se a Alexa não te odiasse tanto por você brincar com aquela outra ridícula isso não estaria acontecendo.

- O QUE? – era a primeira vez que minha voz se alterava – Como assim? A Veronica?  Isso é loucura! Eu nunca...

- CALA A PORRA DA BOCA VAGABUNDA! VOCÊ É IGUAL SEU PAI – Diana grita – Acha que eu o queria morto?

- Então por que o matou?

- Você me obrigou a fazer isso e agora minha vida está arruinada.

- Diana, por favor. Eu....

- Eu não queria tirar a vida de ninguém, nem daquele nojento que merecia morrer – suas bochechas estavam vermelhas e ela agora chorava compulsivamente – Eu só queria deixar ele sem nada, sem ninguém como ele me deixou.

- Eu sei....

- NÃO! Você não sabe de nada! Você sempre teve sua família perfeita eu nunca tive ninguém. Se não fosse a Lauren teria passado minha vida inteira sozinha.

- Qual seu problema? Se você ama tanto a Lauren por que a obrigou tudo isso? Por que não seguiu sua vida com ela e deixou meu pai em paz?

- Eu nunca obriguei a Lauren a nada. Pelo visto você não conhece a ela. Me diga, você faria o que se seu pai encomendasse a morte da sua mãe ou da sua irmã? Se ele fizesse isso te deixando sozinha jogada em um colégio interno. Onde o único parente que você tem está em outro país?

- Meu Deus... – eu não sabia o que dizer. Pior ainda: não sabia o que poderia acontecer.

- Ele acabou com minha vida antes mesmo que eu pudesse começar a viver.

- Eu não tenho culpa. Eu nem ninguém. Agora por favor, abaixa essa arma. Por favor, a gente vai tentar te ajudar – as palavras saiam automaticamente de minha boca e eu não conseguia pensar no que estava falando.

- Ajudar? Ninguém mais pode me ajudar, Camila.

- Diana... – comecei dando um passo em sua direção, e ela logo recua agora segurando a arma com as duas mãos.

- Mais um passo e eu te mato – engoli em seco levantando as mãos. Não sei por quanto tempo ficamos nos encarando até ela falar, novamente chorando – A Lauren te ama não é? – minha respiração parecia pesar e eu me sentia sufocada – Responde! Ela diz que te ama?

- S... – não consegui completar então apenas balancei a cabeça fazendo que sim.

- Eu pensei que a teria para sempre. Que independente de qualquer coisa ela sempre estaria comigo. Você não tinha de se envolver na nossa vida... – Diana continuou falando, porém eu não a ouvia. Lauren já está perto de chegar seja como for eu devo enrolar a Diana até a chegada de Lauren. Meu medo era que com a chegada dela a minha morte chegasse junto

- Você a ama? – perguntei a Diana.

- Se eu amo a Lauren? Por muito tempo não, eu só amava o jeito como ela era comigo, eu amava o amor que ela tinha por mim. Só que os anos foram passando e era sempre ela quem estava comigo aguentando minhas crises e meus problemas. Era sempre ela quem me abraçava quando eu acordava de madrugada gritando. Foi ela quem cuidou de mim quando as coisas fúteis pararam de fazer efeito e eu quis ir embora de todo esse inferno – eu agora ouvia atenta. Diana não parava de chorar. Ela parecia outra pessoa. Não conseguia se quer me recordar da garota arrogante e convencida que estive frente a frente semanas atrás. Ela parecia doente, muito doente.

- Quer saber a verdade? – comecei a falar agora olhando para o chão – Meu pai merecia morrer, ele fez mal a muita gente. E quer saber mais? Eu não me importo com ele, nenhuma de minhas lágrimas foi pela perda dele. Eu me sinto péssima por isso, pois ele é meu pai, mas eu não consigo...

- Sabe o que me mantinha firme? Meu sentimento de vingança – foi como se ela não estivesse se quer me ouvido – Com um tempo o amor da Lauren só me curava por instantes, foi então que comecei a planejar tudo isso. Nada saiu como eu queria. Primeiro eu perdi a única pessoa que me ama pra você e depois eu perdi o controle das coisas, minha raiva me consumiu e eu acabei deixando matarem aquele desgraçado morrer.

- O que?... Você...

- Eu não o matei. Mas isso não import.... – Diana parou subitamente quando ouviu alguém mexer na porta.

Em um piscar de olhos ela saltou em minha direção passando o braço direito ao redor do meu pescoço. Eu simplesmente perdi o ar, apenas fechei os olhos com força

- DIANA! NÃO PELO AMOR DE DEUS – os gritos de Lauren pareciam distantes.

- Fecha a porta Lauren! – Diana manda. Eu sentia sua respiração em meu ombro. Abri os olhos,  Lauren olhava pra mim com a respiração ofegante – Fecha a droga da porta merda!

- Pronto – Lauren diz fechando a porta lentamente – Presta atenção agora no que eu vou falar. A Camila não tem nada a ver com isso...

- Você sabe que ela é tão culpada como o pai.

- Di, você não é essa pessoa. Eu te conheço, você não é assim! – Lauren diz se aproximando lentamente. A cada passo de Lauren, a outra apertava mais meu pescoço.

- Você não me conhece, Lauren. Você me abandonou me deixou como todo mundo fez. Só foi encontrar outra vadia carente com o rabo grande. Eu sempre fiz de tudo pra você ficar comigo, pra você só ter olhos pra mim. Não precisou nem de um mês pra você se apaixonar por outra.

- Você sabe que eu não sou assim, Diana – Lauren diz calma. Ela não me olhava, seus olhos pareciam fixos nos de Diana.

- Então você é como? Eu não sei mais... – Diana diz com a voz ainda mais ríspida. Ela matinha a arma a pouco menos de 5 centímetros da minha cabeça.

- Eu acho que agora nos somos nós mesmas.  Tanto eu quanto você. Está na cara que você não é a mesma pessoa que eu expulsei do meu apartamento em Porto Rico á meses atrás – Lauren diz andando um pouco mais – Aquela garota nunca choraria, ela nunca apontaria uma arma para outra pessoa. A não ser eu.

- Lauren... – sussurrei. Meus joelhos falharam e eu estava prestes a perder o equilíbrio.

- Qual seu plano, Di? – Lauren pergunta me ignorando – Atirar na Camila e colocar a arma na minha mão? É este seu plano? Acho que você está assistindo filmes demais.

- Eu não sei o que eu estou fazendo. Eu sinceramente não sei – Diana diz – Eu só não vou pagar por isso sozinha...

- Você não vai. Solta a Camila. Isso não tem nada a ver com ela mais. Seu plano não vai dar certo.

- Do que você está falando? – Diana pergunta me apertando ainda mais.

Quando Lauren abria a boca para responder a porta foi escancarada. Antes que eu pudesse ver quem era ouvi forte estrondo próximo ao meu ouvido esquerdo. O som ecoava por minha cabeça e quando me dei por mim estava no chão e minha visão estava completamente esbranquiçada. Meu ouvido queimava e doía, eu não conseguia ouvir nada além de um alto apito. Ainda no chão me virei e vi Lauren caída sobre Diana. Ela gritava algo, mas eu não conseguia ouvir. Institivamente coloquei a mão no ouvido que praticamente pegava fogo.

- Camila! Corre! Sai daqui agora! – ouvi a voz de Lauren como se ela estivesse à milhas de distância de mim.

Me levantei com dificuldade me apoiando no sofá. Quando olhei para próximo à porta vi dois corpos no chão. Não consegui identificar nada além de sangue sobre eles. Passei pela porta correndo e em segundos cair nos braços de uma mulher alta de cabelos escuros. Ela olhou fixamente em meus olhos e me colocou sentada no chão. Logo atrás dela, passaram três policias armados. Eles entraram no apartamento, enquanto isso a mulher me sacudia com força, eu ainda não ouvia direito, porém conseguia identificar alguns gritos e então mais um estrondo.

Outro tiro. Ela me largou e correu para o apartamento. Eu a acompanhei. Entrei passando por ela ignorando tudo e todos.

- LAUREN! – gritei quando a vi se levantar do chão. Me joguei em seus braços a abraçando com força. Olhei sobre seu ombro e vi a grande porta de vidro completamente despedaçada, e em meio aos cacos vi Diana sentada no chão sendo levantada por um dos policiais – O que...

- Acabou, Camz! – Lauren diz carinhosamente segurando meu rosto.

- MILA! – ouvi a voz da Dinah atrás de mim. Quando me virei e a vi, reparei toda sua blusa estava encharcada de sangue.

- MEU DEUS! DINAH! – eu já não sentia as batidas do meu coração.

- Ela não acertou em mim. Você está bem? Ela te machucou? – Dinah pergunta pegando em minha mão.

- Eu... – minha cabeça doía como nunca. Olhei para o canto da porta e vi apenas um corpo estirado no chão virado de costas – Quem é?

- A Alexa – Dinah responde  – Fica calma, eu vou explicar tudo.

Em poucos segundos uma equipe de paramédicos chegaram colocando Alexa sobre uma maca.

- Vocês foram feridas? – a mesma morena de antes se aproxima nos perguntando. Eu agora me lembrava dela, era a delegada que nos interrogou sobre o desaparecimento do meu pai. Lauren balançou a cabeça em negativo, eu e Dinah apenas fizemos o mesmo – Acho melhor vocês irem para o hospital só por precaução. Eu vou precisar de vocês duas na delegacia ainda esta noite. Então é melhor descerem – ela diz. A esta altura eles já haviam levado a Diana.

- Espera! Lauren? – perguntei assim que vi que ela não nos seguia. Novamente, Lauren me olhou e apenas balançou a cabeça.

- Vamos – Dinah diz me puxando. Lauren ficou sozinha com a delegada no apartamento. Entramos no elevador junto com o policial que permanecia calado o tempo todo.

Dinah me analisava e eu só queria saber como ela chegou acompanhada da Alexa e, principalmente, o que a Lauren ainda estava fazendo lá em cima junto com delegada. Assim que chegamos ao térreo fomos cegadas pela quantidade de luzes.

- Vocês vão ser examinadas naquela ambulância e em seguida volto a falar com vocês – o policial diz andando em direção a uma ambulância com o fundo aberto. Eu me sentia dentro de uma cena de qualquer serie policial.

Enquanto aguardávamos, aproveitei para fazer minhas perguntas a Dinah:

- Vai me explicar agora o que está acontecendo? Por que você chegou junto com a Alexa? – Dinah olhou profundamente em meus olhos e se sentou no fundo da ambulância.

- É uma longa histó...

- GENTE! O QUE ACONTECEU? – Normani chega gritando seguida por Ally. Nós nos abraçamos por alguns instantes. Ally me apertou de uma forma que jamais pensei que ela fosse capaz. E Normani praticamente se jogou em cima de Dinah.

- Tá tudo bem gente – Dinah as tranquiliza. Eu realmente estava mais preocupada em saber o que havia acontecido.

- Dinah... – inclinei a cabeça a fim de que ela continuasse.

- Enfim. Estava contando a Camila o que aconteceu. Eu estava na sua casa – ela diz virando para mim e me encarando duramente. Meu coração já estava batendo acelerado – Eu estava com a sua mãe conversado, a Sofi já havia dormido. Subi para o seu quarto, pois pensei que você iria precisar de alguma coisa ou sei lá. Então quando ia te ligar para perguntei olhei pela janela e vi o carro da Alexa parado do outro lado da rua. Eu o reconheci na hora. Desci as escadas e sai pela porta dos fundos... Pulei o muro e sai na varanda do seu vizinho, se a Alexa me visse ela iria embora e também eu estava com medo de ir de uma vez e não for ela. Dei a volta por trás do carro e pelo retrovisor a vi. Antes que ela pudesse me notar abri a porta do motorista e a puxei do carro a jogando no chão.

- Dinah! Você é louca? – a cena passava em minha cabeça como um filme.

- Foda-se! Então, segurei ela pelos cabelos, dei uns três tapas naquela cara de plástico dela até ela dizer o que tava fazendo lá.

- E ela te contou assim tão fácil? – Ally pergunta abismada.

- Você sabe que quando disse três tapas foi uma metáfora não é? Eu dei a ela a surra que merecia. Ai ela confessou que a Diana estava tentando ter um encontro final com você, porém como você e a Lauren sumiram o dia todo elas não sabiam onde as encontraria por isso cada uma estava nos lugares mais prováveis. Então comecei a ligar pra você, claro ainda segurando os cabelos da outra lá, a Lauren atendeu e veio correndo pra cá.

- E você veio junto com a Alexa? – perguntei, minha cabeça doía como nunca e meu ouvido ainda me incomodava muito.

- Claro! Eu ia deixar ela lá na porta de sua casa? Vai saber o que aquela maluca seria capaz – concordei com a cabeça. Dinah tinha completa razão, não dava para confiar em alguém como ela – Sendo assim, a trouxe para levar um tiro.

- O QUE? – os olhos de Ally saltaram das orbitas.

- Não ta achando que todo esse sangue é meu não é? – Dinah retruca sem qualquer traço de humor – Eu pensei que havia pegado em mim, juro que pensei que estava morta.

- Não fala isso – só de pensar nos possíveis acontecimentos eu sentia meu estômago se revirar. Uma das enfermeiras encosta perguntando como estávamos e pedindo para que contássemos o que havia acontecido lá dentro para que ela nos liberasse para irmos à delegacia. Olhei sobre o ombro dela e vi Lauren saindo de cabeça baixa ao lado da imponente delegada. Corri ao seu encontro empurrando todos ali presentes. A abracei forte novamente, era como se tivéssemos ficado longe uma da outra por uma eternidade.

- Calma! Eu... estou aqui – ela diz próximo contra meu pescoço. Sua não direita acariciava meus cabelos de forma terna.

- A gente tem de ir pra delegacia não é? – perguntei com as mãos em suas bochechas mantendo seu corpo próximo ao meu.

- Camz... – Lauren respira fundo, suas mãos colocavam meus cabelos para trás e ela não olhava para os meus olhos.

- Lauren! Por favor, o que houve? – perguntei prestes a desabar.

- Eu me entreguei, amor – Lauren diz agora também segurando meu rosto.

- O que? Se entregou? – eu não conseguia entender o que estava acontecendo.

- Me desculpem interromper – a delegada diz se aproximando de nós – Eu sei que vocês precisam conversar, no entanto receio que este não seja o lugar apropriado.

- Dá pra alguém me dizer o que está acontecendo? – meus olhos se alternavam entre Lauren e a outra. Por um instante, a maior se virou para Lauren e depois voltou se para mim.

- Lauren entregou todo o plano dela com a Diana. Ela me contou tudo, e eu preciso leva-la. Pelo menos até....

- O QUÊ?? – meu corpo todo tremeu.

- Se acalma! – Lauren me puxa com força – Por favor, se acalma! Está tudo bem. Vamos! – Eu não consegui dizer mais nada. Lauren me segurava pela cintura. Quando andei em direção à ambulância tudo o que eu queria era que o mundo desaparecesse – Eu te amo... – Lauren sussurra e caminha em direção a um carro preto com uma sirene no teto. Eu simplesmente fiquei sem palavras.  

 

No caminho, ainda assim de forma relutante, eu contei ás meninas o que Lauren havia dito, ou melhor, o que eu havia entendido de tudo o que acabara de acontecer.

- Fica calma está bem?! Vai dar tudo certo – Dinah me tranquila.

- Impossível eu ficar calma – respondi girando o frasco com um remédio que foi dado por um dos socorristas. Nem a dor em meu ouvido esquerdo incomodava tanto quanto a insegurança que sentia.

Ally e Normani partiram na frente, ficamos para trás. Eu só queria ver a Lauren e me certificar de que nada aconteceria com ela. Quando chegamos à delegacia minha mãe correu ao meu encontro e me abraçou com força, ficamos abraçadas por um tempo sem dizer praticamente nada. No fundo eu me sentia meio envergonhada por tudo o que havia acontecido.

- Você está bem, não está? – ela pergunta segurando calmamente meu rosto.

- Sim, mama.

Ela não me pediu para descrever o que acabara de acontecer, muito menos falou alguma coisa. Apenas segurou minha mão e entramos na delegacia juntas.

- Por favor, vocês podem aguardar por um instante nesta sala – diz um homem alto de cabelos grisalhos.

A sala era fria assim como os assentos dispostos junto á uma parede pintada de cinza. Eu não queria me sentar, mas era o que tinha de fazer. Na nossa frente havia uma mesa de madeira grossa, comprida e repleta de pastas. A porta, também de madeira, se abriu. Um homem alto de meia idade chamou por Dinah. Ela seria a primeira a dar esclarecimentos. Ou a segunda? Lauren a está altura também já deveria ter passado pelo processo.  

Eu não queria saber de nada, só queria vê-la. Me levantei, meu coração na descansava por um segundo. Eu sabia que logo seria minha vez de relatar tudo o que havia acontecido desde o começo, só não sabia como iria fazer isso.

 

POV Lauren

 

- O que vai acontecer a ela? – perguntei a Shay.

- Vai ser trazida até aqui assim que sair do hospital, ficara em custodia, será julgada e é bem provável que fique presa por um tempo – ela me responde seria.

- E a mim? – pensei em não perguntar isso, mas precisava saber.

- Então! Vai ser processada e julgada, porém pelo fato de ter cooperado ficará em liberdade, entretanto impossibilitada de sair de Miami até o julgamento e a sentença.

- Eu irie poder ver a Diana?

- Não posso te responder isso agora.

- Claro!

Continuamos a conversar, ela me fez mais perguntas. Minha cabeça doía, minhas mãos e pescoço soavam. Eu só queria poder respirar um pouco. Quando terminou, pude sair. Passando pela recepção do distrito olhei para um mediano relógio de parede prateado. Os ponteiros marcavam 4h09 da manhã. As portas de vidro estavam abertas sai sem olhar para ninguém. Do lado de fora me sentei no chão próximo á grama do jardim. Respirei fundo o cheiro da madrugada. O vento gelado penetrou por meus pulmões, apoiei os cotovelos sobre as pernas e enfiei as mãos nos cabelos desdenhados e completamente molhados de suor. Jamais havia me sentido tão fraca em toda a minha vida.

- Lauren?! – ouvi uma voz firme me chamar. Levantei os olhos sobressaltada.

- Sinue? Está tu...

- Está tudo bem sim – responde. Ela olhava firmemente nos meus olhos – Eu... – assim que ela começou a falar fiquei de pé – Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente entre você e minha filha, acho que nem vocês sabem. Mas desde já eu espero que dê tudo certo e a única coisa que te peço é que a faça feliz e cuide dela, cuide dela como cuidou esta noite. Não deixe-a sofrer. Não a faça sofrer!

- Eu a amo muito – foi a única coisa que consegui dizer.

- Eu sei – ela responde fria. Queria abraça-la, mas ela já havia se virado e andava de volta para a delegacia.

Sentei-me novamente, dessa vez olhando para o céu a procura de um sinal, uma direção, uma pista para qual decisão tomar.

Camila nunca vai me perdoar, eu nunca vou me perdoar. Mas amar é fazer escolhas difíceis.”


Notas Finais


Obrigada por estarem lendo ainda gente, de verdade muito obrigada nem sei o que dizer a vocês. Por favor, por favor, por favor comentem. Nunca pedi nada pra vocês. Preciso muito saber o que vocês estão achando se estão gostando ou não da fic e me desculpa a falta de criatividade e os erros que estão sempre presentes, mas falem comigo pelo amor de Deus.
É so mandar sdv no twitter que eu sigo de volta
https://twitter.com/DINAHDALAJE


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