Capitulo 11: Antes de escurecer.
De olhos azuis claros, que se destacavam, já que tinha seus cabelos castanhos, inteligente, justo e educado, mas também, muito charmoso, garoto rico, bondoso, ótimo em esportes, o filho, o garoto perfeito nos olhos de muitos, Henry James Schreave, seu pai morreu quando ele tinha 4 anos. No começo, ele não entendia muito bem, então quase não se importava, mas quando chegou na adolescência, a falta de um pai, se refletiu na personalidade do garoto, o tornando frio para estranhos. A mãe, sempre deu tudo do bom e do melhor para o filho, mas as vezes, objetos e viagens não recompensam a falta de alguém amando-o. Então, quando ele tinha 13 anos, sua mãe se casou novamente, e este, realmente virou o pai que precisava, mas isso não mudou muito a personalidade do garoto.
O Pobre garoto agora estava largado na mansão, deixado lá de helicóptero, ainda permanecia descansando no quarto com cobras sobre a vigia de Meg e Steffany.
Via-se no espelho, ele era alto, apesar do físico não muito atlético, ele era forte, arrumou seus cabelos pretos, seus olhos igualmente escuros como o cabelo, vestindo a camisa branca e a jaqueta jeans surrada que sempre usava. Tirou seus olhos do seu próprio reflexo, olhando para ver o que tinha atrás de si, através do espelho, a arma brilhando apontada para sua cabeça.
–Vamos, vamos! – Vibrou Nicolas. Eram vizinhos mais nunca se deram bem. Axl Kiamotto Willians, vinte e três anos, mas cheio de histórias de muitas vidas. De onde estava podia ouvir as crianças chorando, e uma mulher gritando. As paredes do sobrado eram finas. Nicolas chutou a porta. Um homem sem blusa sentado na mesa, recolhia a mercadoria. Sua mercadoria. Pó. Tão valioso, tão destrutivo.
–Seu safado! Cadê a grana? – Mais uma semana por favor... – Nick agarrou seus ombros e arremessou o homem para trás. Caído no chão, era presa fácil. Socou duas vezes seu rosto. Cuspiu sangue.
– A grana? – Axl respirou fundo, pulou a perna daquele pobre coitado e foi até a janela, olhando para fora puxou um cigarro de seu maço. Acendeu. Ouvia o homem chorar e apanhar. Já estava morto antes deles invadirem, já tinha experiência naquilo.
– Axl vasculha, vamos levar tudo. – Jogou o resto de seu cigarro fora.
– Não precisa me dizer o que tenho que fazer, seu doente. – Passou de novo pelo corpo agora sem vida. Sua face coberta de sangue. Foi até o quarto e puxou tudo, achará o resto da mercadoria não paga, relógios e carteiras roubadas. – Deve cobrir o prejuízo. – Falou Axl pronto para sair dali.
– Vamos procurar mais. – Nick gostava de contrariar, queria mostrar que era melhor, mais não passava de um maníaco. Quando ele subiu para abrir as postas de cima do armário, um gemido assustado preencheu seus ouvidos. Significava uma coisa.
Respirava fundo, estava aterrorizada, sua vida passando como um filme. Não podia morrer ali, logo agora, que se arrependerá. Ouvia seu namorado, sabia que ele partirá. Os homens entraram em seu quarto, tentava vê-los pela brecha, pareciam dois monstros destruidores e assassinos. Deus, iria morrer ali? Tentava de tudo controlar seu choro, agarrava suas pernas querendo diminuir. Estava com muito medo. Pensará em sua mãe, seu pai. A fundou sua cabeça em seus joelhos encolhidos. Rezava. Subiu à cabeça e por uma fina brecha viu os homens, agora bem perto. Reconheceu. A porta se abriu, fora descoberta.
– Não por favor eu não vou contar! Eu juro. – Suplicava. O homem agarrou seus cabelos com força e arrancou dali, jogou a na cama.
– Vadia! Você vai morrer! – Axl termina. Nick saiu do quarto. Sabia para onde fora, ouvia o barulho de armários e talheres na cozinha. Estava cara a cara com a garota. Ele em pé e ela na cama, olhando o com aqueles olhos amendoados e claros, olhos que viu muitas vezes. Aquela era Clara sua namorada do colégio, a primeira.
– Me poupe Axl, me poupe por favor …olha eu não conto nada por favor. Agora estava bem mais perto dele, deslizou até a beirada da cama e ficou de joelhos. Tentando o convencer, ela não contaria, mesmo que aquele que um dia sentiu algo, havia acabado de assaltar sua casa, e matar seu pai.
Ele olhou para o lado. Não podia fugir de Clara como também não podia fugir de sua responsabilidade. Regra número um, sem testemunhas. Ele queria aquilo era a vida dele.
– Eu não posso. – Puxou a pistola da cintura. Voltou a fita-la. Era tão bonita. Havia dito para ela sair daquele estrume de cidade, mais como todos ali era só mais uma viciada.
– Axl você me conhece... – Apontou a arma, ela ainda suplicava.
– Não tem mais nada aqui, vamos embora. – Mantinha a jovem na mira. Respirou fundo. – Anda Axl! – O desgraçado do Nick não calava a boca. Clara não saia de sua visão. Meiga. Doce. Não mudara; porém, uma maldita viciada.
– Axl, Axl.... – Ela sussurrava seu nome. Fechou os olhos por um momento. Lembrou. Atrás da escola, para onde corriam, onde ele a possuía, ela sussurrava seu nome. Empurrava a garota mais baixa que ele na parede, beijava sua boca com urgência. Suas mãos rápidas sabiam o caminho por baixo de sua roupa. Entre suas pernas, em contato com sua pele, acontecia, várias vezes. Sempre naquele local. “Axl...Eu te amo” Esperava o dia todo para ouvi lá sussurrar em seu ouvido.
– Vamos logo! O que está fazendo!? – Nick apareceu na porta, tirando o de seu devaneio momentâneo.
Axl se aproxima da garota e a beija, sente o gosto de lágrima. “Me perdoe...” fala baixo, em seguida aperta o gatilho.
Descia as escadas do corredor, estava apressado, havia muitas coisas a se fazer. Não esperava o babaca. Não iria se despedir, para ele, Nicolas não era ninguém.
– Ficou com tesão naquela viciada? Porque não estuprou? Ela nem iria perceber...– Aquela risada encheu o de um ódio que só podia vir do inferno. Nick fazia de propósito no fundo ele sabia que Axl era promissor e que ele não passaria de capanga.
Girou, agarrou o rapaz pela camisa, bateu as costas dele na parede. Tomou um pequeno espaço e socou sua boca, sentiu em seu punho quebrar seu dente. Não parou. Outros dois homens capangas vieram em sua defesa. Axl apanhou até perder a consciência. Desde pequeno teve uma vida muito difícil, aprendeu a se virar.
Ele continuava desacordado.
Outro helicóptero deixou mais alguma coisa, lá fora começava a chover. Ninguém ainda havia percebido que mais alguém, havia sido deixado do lado de fora da mansão.
Estar sozinha em casa, era uma delícia, a menina de longos cabelos lisos castanhos com mexas roxeadas, e de olhos verdes sorriu, ela amava ficar assim, rica, cheia de dinheiro e empregados que faziam tudo que ela quisesse, ela não podia pedir mais. Luna Scott tinha dezenove anos, e jamais iria precisar trabalhar, ela tinha tudo em suas mãos.
A empregada lhe trouxe sua sobremesa açucarada exageradamente, ela pegou a colher e deliciou-se com a guloseima doce, até começar a se sentir meio tonta, confusa, sua visão embaçando, ela balançou o sininho dos empregados, e quem se aproximou foi uma mulher que ela não tem certeza se trabalhava ali. Ela apagou.
O soco que deu fez até suas mãos doerem, o homem a sua frente implorava com sangue por toda face. Kurt Rey Reynolds, tinha vinte e dois anos, alto, com olhos verdes e de cabelos loiros, num corte militar, tatuada, vestindo seus cartuns do exército, do qual ele pulou fora. Agressivo como sempre, socou de novo o homem, estavam atrás de um bar. Ele era capaz de tudo para atingir seus objetivos.
– Eu juro que não sei! — Implorava o sujeito caído no chão com sangue ao lado de sua boca.
– Mentira! — Kurt dá um chute no rosto do sujeito.
– Argh! — O sujeito cuspe o sangue — E-eu n-não estou mentindo.
– Em diz, Onde. Está. A. Porra. Dos. Arquivos! – Kurt deferi três socos no sujeito, o homem finalmente desmaia devido a dor e ferimentos, Kurt o solta. Suspirando, ele se abaixa na altura do corpo, mexendo em sua jaqueta afim de pegar a carteira de cigarro que ele havia visto, pegou um isqueiro junto e acendeu, dando uma tragada. Olhou com desprezo o sujeito desacordado ali no chão.
– Hum... imprestável. – Kurt percebe alguém atrás de si, quando se vira recebe uma paulada na cabeça e acaba caindo desacordado.
– Por favor! Não me leve! – Ela gritou, se debatendo, estava tudo escuro, era claustrofóbico, ela odiava a vida que tinha não podia negar, mas não significava que desejava sequestrada. Sentiu um cheiro estranho, o ar ficou pesado e ela não conseguia respirar, Mel Lima Blosfield, uma jovem garotinha de doze anos, quase treze, ela diria, com seus olhos cor de mel, ela os fechou para a escuridão.
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