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História A Mil por Hora - O passado de Helena - Parte III - História escrita por leonagoretzka - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Mil por Hora - O passado de Helena - Parte III


Escrita por: leonagoretzka

Notas do Autor


Vamos lá para saber finalmente a história completa da Hel...

Capítulo 22 - O passado de Helena - Parte III


Max saiu correndo atrás de Helena até alcançar a namorada. A brasileira estava chorando quando finalmente o encarou.
-Hel eu não tenho nada com a Dilara. - o piloto disse.
-Eu sou uma idiota! Passei a manhã toda correndo atrás de patrocínio para você, querendo te ajudar. Fazendo mil coisas e você estava com a outra!
-O quê?
-Se um eu sou uma trouxa!
-Hey não diz isso Helena eu te...
- Não termina essa frase! Qual é? Você não sabe o significado de amar alguém. Me usou como publicidade positiva na coletiva e como um meio de te ajudar a sair da crise. Eu fui muito idiota por cair nessa! - concluiu Helena chorando mais.
-Claro que não! Eu gosto mesmo de você.
-Não mente para mim. Você gosta de mulheres como a Dilara não é? Essas modelos e riquinhas que frequentam o paddock...eu devia ter percebido antes que você nunca ia se interessar de verdade por alguém como eu...
-Helena por favor eu não tenho mais nada com a minha ex.
-ENTÃO POR QUE DIABOS ELA SEMPRE ESTÁ AO SEU LADO?????
- A Dilara veio me contar umas coisas...
-Oh então vocês trocam informações, que nojo Max!
-Espera me deixa explicar. Ela veio com um monte de história sobre você e sua família, mas eu juro que não acreditei em nada...
Nesse momento a brasileira congelou.
-Como assim? O que ela disse?
-Espera então é verdade?
-O que ela disse?!!!
-Sobre seu pai poder me prejudicar...
- Como ela sabe sobre...
-Você é mesmo rica?
-Claro que não Max! Os Machado que são. Eu cresci num orfanato...a quer saber? Eu não te devo satisfações. Vá perguntar para sua namoradinha. Afinal você prefere ouvir a Dilara do que vir conversar comigo não é?
- Helena espera...
- Não vem atrás de mim. Vou trabalhar...
Então a brasileira saiu correndo para os boxes da Mercedes.
***

Helena estava sentada no chão, num canto do box da Mercedes, chorando, quando Rescoe chegou devagarinho e começou a lamber a jovem. O cachorro fez Helena esboçar um sorriso em seu rosto pela primeira vez.
-Ah então ele achou você! - disse Lewis chegando logo em seguida.
-Oi - respondeu Helena com o rosto vermelho e inchado.
-Posso me sentar?
-Claro...
- Quer conversar? Sabrina veio atrás de você preocupada. Ela contou sobre o qie aconteceu com o Max.
-Estou me sentindo uma boba. Ele não quer nada sério comigo. E eu aqui toda apaixonada.
-Não acho que seja o caso.
-Ai não vem defender ele Lewis! Se fosse eu direto com o meu ex ele teria ficado chateado também. O Max quase terminou comigo por causa do Charles e eu nem tinha nada. Agora quando é a Dilara eu tenho que aceitar? Qual é?!
-Calma. Eu não estou defendendo o Verstappen. Só acho que o Max realmente gosta de você. A gente está aqui no paddock todos os dias. Acredite ele não agia com a Dilara como ele se comporta contigo.
-Então por que eu sempre encontro eles juntos?
-A Dilara está tentando acabar com o relacionamento de vocês. Não deixe ela conseguir isso.
-Eu estou cansada Lewis. Minha vida é sempre uma bagunça. Eu só queria ter um ano normal e tranquilo.
-Você quer desabafar ?
Helena suspirou cansada, mas ela resolveu que era melhor se abrir do que continuar guardando só para si.
-Eu sou órfã. Não conheci minha família biológica. Meus pais morreram em um acidente então tudo que eu sei é que os Amaro eram um casal de jovens portugueses e que praticavam esportes radicais. Eu cresci em um orfanato bem pobre numa cidade pequena do interior do Paraná. Até que uma família milionária de São Paulo começou a ajudar o lugar, eles tinham alguma projetos filantrópicos. E foi assim que eu conheci a Esmeralda Machado. Ela era uma pessoa muito boa e carinhosa. Nos apegamos fácil sabe? E ela acabou querendo me adotar. Mas eu já era adolescente. Tinha quatorze anos. Então o Marido dela, o Marcelo não queria.
-Adoção de adolescentes nem sempre é compreendida. - disse Hamilton se sentindo triste por Helena.
-Sim! A maioria das famílias preferem bebês. Mas a Esmeralda realmente criou um laço comigo. Então acabou convencendo o Marido e me levou para São Paulo. Mas eu nunca me acostumei com a vida deles sabe? Eu me sentia presa. Me colocaram num monte de aulas de etiqueta e comportamento, eu tive que parar de assistir e praticar esportes que eu gostava e andar só com quem eles queriam. Acho que eles pensavam que eu precisava de mais classe ou algo assim. E eu nunca me adaptei a isso. Gostava de ser livre.
-Realmente foi uma mudança radical. Imagino como deve ter sido difícil.
-Foi horrível. O Marcelo era um homem frustrado. Eles tinham um filho, o Bernardo. Mas o Be era doente e um rapaz super frágil. Então isso irritava o Marcelo. Ele queria que o filho fosse o homem da família e herdasse os negócios. Mas o Be não tinha condições. O câncer dele estava muito avançado. O rapaz mal aguentava frequentar a escola. Acho que isso irritava o Marcelo sabe? Eu era forte e decidida, e era a mulher, enquanto o filho homem era doente.
-Eu sinto muito.
-Era desumano como ele tratava o Be. Descontava toda a raiva ao invés de dar apoio. O Bernardo faleceu muito triste e sozinho. Foi uma perda que me marcou demais. E acho que marcou a Esmeralda também. Pouco tempo depois ela faleceu também. Acho que de desgosto sabe? Ela tentava mudar o marido, mas nunca conseguiu. Então, depois que a Esmeralda se foi minha vida virou um inferno. Eu sempre quis ser jornalista esportiva. Mas o Marcelo se convenceu que eu precisava assumir a responsabilidade do Be e queria me treinar para substituir o papel de negócios da família. Eu fiquei desesperada. Minha vida já era um inferno. Eu não queria passar o resto da minha vida trabalhando em algo que não gosto, para alguém que literalmente não gostava de mim, e não sendo eu mesma sabe? Então quando eu fiz 18 anos fugi de casa. Eu fazia una bicos numa rádio local, a Esmeralda que conseguiu para mim, então eu tinha um dinheiro meu guardado sabe? Peguei aquilo, meus documentos de antes da adoção, por isso que eu uso o nome Amaro e não Machado, e vim para a Europa. Foi bem difícil no início. Passei poucas e boas, trabalhava que nem uma louca e às vezes nem dava para a comida, mas eu estava feliz, correndo atrás do que realmente queria. Ai consegui começar a trabalhar na área, lutei por uma bolsa numa universidade e cheguei até aqui. É basicamente um resumo da minha história. Mas eu sempre sofri muito. Me sinto culpada pelo Be e a Esmeralda, sinto que poderia ter feito algo por eles. Além disso, sempre tive medo do Marcelo me achar e acabar com minha carreira. Eu sei que ele está sem herdeiros então pode querer me obrigar a voltar. Nunca soube dele casar novamente então acredito que ainda não tenha outros filhos. Imagina se ele descobre que a filha adotiva de um dos empresários mais ricos do Brasil trabalha de assessora de imprensa na Fórmula 1 e ainda está se envolvendo com um piloto. Ele me mata! E acaba com o Max.
Hamilton abraçou Helena enquanto ela chorava.
-Fique calma. Eu sei que você carrega muitos sentimentos. Mas você não tem culpa pela doença do seu irmão e nem pela morte da sua mãe adotiva. E não tem também culpa pelos sentimentos do seu pai adotivo. E muito menos precisa resolver a vida do Max. Você é uma grande mulher não se esqueça disso. A vida não foi fácil, mas você tem que focar em tudo de bom que já aconteceu. Que a sua vida deu certo. Por que você não se permite relaxar e curtir um pouco? Você se cobra demais! Sua família, o Max, o Charles, sabe você não precisa ser a super heroína! Você só tem que ser a Helena. E está tudo bem você ter sentimentos, falhas, dúvidas, faz parte do processo. Só tenta viver e ser feliz. Se não você nunca vai se sentir bem.
-Eu tenho que ser menos perfeccionista né? - disse Helena entre lágrimas e os dois alhos sorriram.
-Sim! E quanto ao Max. Só deixa o tempo rolar e ver o que acontece. E lembre-se você não é menos do que a Dilara. Você tem o coração do Verstappen então só relaxe e dê espaço para ele se achar nessa bagunça. Acho que que é mais ele que está perdido nessa bagunça que ele mesmo criou. Você está correndo atrás dos seus objetivos. Foque nisso e mostre ao Max a mulher incrível que você é.
Hamilton enxugou as lágrimas de Helena que deu um abraço no amigo.
-Você já pensou em ser pai? - Brincou a brasileira e Lewis sorriu.
-Posso adotar você?
-Olha eu ia amar! Você é bem melhor do que o Marcelo...
-Eu adoraria ter você na família. Mas dê uma chance aos Machado. Eles podem não ser perfeitos, mas eles são sua família do coração. Veja, pessoas que não são filhos adotivos também têm famílias complicadas, e nem por isso deixam de ser famílias. Então, dê uma chance para eles. Se não te aceitarem paciência, mas é importante que o seu coração esteja em paz. O resto é questão individual de cada um.
-É oficial você vai ser meu pai europeu! Viu Rescoe? Vou roubar seu pai para mim - Brincou Helena e o cachorro latiu como se estivesse respondendo, o que fez os amigos sorrirem.
-Ok, sem brincadeiras agora, obrigada Lewis. Você é demais.
-Você que é Helena! Não esqueça disso nunca.
***

Depois de se recompor e descansar no trailer de Hamilton, Helena voltou ao trabalho. Ou tentou, por que logo foi invadida pelo abraço de urso de Ashley.
-O quê você está fazendo aqui loira? Meu Deus você quase me matou com essa fuga com o Charles! Nunca mais faça isso tá?
-Eu vim te ver!!!! Olha não fica chateada com o Leclerc tá? Mas...ele me contou do rolê da sua família.
Helena congelou.
-O Charles não fez por mal - explicou Ashley- ele está preocupado com você. Então, depois que eu sobe de tudo com vocês voltei correndo para ver como você está. Vocês bebês me dão muito trabalho.
Helena riu e abraçou a amiga novamente.
-Não sei o que eu seria sem você e o Lewis.
-A nem me fale do moreno. Estou de olho nele, quem é aquela que eu vi com ele quando cheguei?
-Para com ciúmes Ash, deve ser a Sabrina! Vem, vou apresentar todos vocês. E daí conversamos todos juntos. O Lewis e a Sabrina sabem da história toda. Aliás, preciso te atualizar das últimas que o Max aprontou...
-Espera...o bebê holandês fez o que? Vou matar esse filhote de cacatua!
Helena sorriu.
-Amiga você não existe. Mas venha, vamos conversar todos juntos e eu atualizo todo mundo. Aliás...o Charles voltou também né? Será que ele viria?
Ashley revirou os olhos.
-O monegasco está só de pose. Você tinha que ver como ele estava preocupado. Vem, vamos lá chamar esse teimoso.
***

Max estava se sentindo confuso e derrotado. Ele sabia que tinha decepcionado Helena, além disso, ainda estava perdido sobre quem ela realmente era.
-Dia difícil? - perguntou Ricciardo se aproximando do amigo.
-Nem me fale...
-Deixa eu adivinhar...mulheres ?
Max sorriu enquanto Daniel balançava a cabeça.
-Eu preciso te ensinar tudo né?
-Dany não começa. A Helena é sério.
-E você seria louco se não levasse aquele mulherão a sério! Não iria achar alguém inteligente e linda como ela, você é um homem de sorte.
-Então por que as coisas não dão certo?
-Porque você está agindo como uma criança mimada. Pelo amor de Deus homem. Não vai perder a Helena por causa de uma bobagem. Eu vi você e a Dilara...
-Não rolou nada pelo amor de Deus! A mulher é uma cobra.
-Então não de espaço para ela te picar...
-E o que eu faço Dany?
Ricciardo revirou os olhos.
-Ok vamos lá para o curso "Daniel Ricciardo" de como conquistar a mozão...
-Mozão?
Daniel apenas riu enquanto Max revirava os olhos. Porém, o holandês sabia que Daniel tinha razão. Ele não iria perder Helena de jeito nenhum. 


Notas Finais


E aí? Como será que vai ser o reencontro de Helena e Charlie?


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