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História A Ordem Paranormal - O Culto da Besta (Interativa) - 5. O que Ele deixou para trás (Interatívo) - História escrita por Hipstodd - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Ordem Paranormal - O Culto da Besta (Interativa) - 5. O que Ele deixou para trás (Interatívo)


Escrita por: Hipstodd

Notas do Autor


Alo, bem vindos a mais um capitulo.
Eu confesso que estava com MUITA SAUDADE de escrever sobre o Dylan. Espero que gostem desse capitulo. Varias respostas.
Sem mais delongas, boa leitura.

Capítulo 39 - 5. O que Ele deixou para trás (Interatívo)


Dylan Fox estava tremendo enquanto cambaleava pela floresta emergida nas trevas.

 

Ele teve sintomas de uma hipotermia severa. Vestia apenas calças molhadas e uma camiseta simples. As vestes do inimigo. Seus pés descalços estavam sangrando. Ele conseguiu se libertar do vilarejo onde um homem enorme acabara de tirar a vida de todos os seus aliados, mas não conseguiu vencer o gigante que o perseguia e fugira. Correu sem parar por dias e a floresta não tinha fim. Seus dedos não tinham nenhum tato.

 

Ele se sentia como se fosse a última pessoa na terra, abandonado por todos. Não tinha ideia se onde estava era de fato Roanoke. Estava escuro e ele não tinha noção de quanto tempo estava andando sem rumo. Ele ficou surpresa por ainda estar vivo.

 

E então, Dylan viu uma luz por entre as árvores e parou. Suas silhuetas esvoaçantes e fantasmagóricas surgiam um a um, ao longo da floresta. Por vários minutos ele não ousou se aproximar da luz. A voz de uma conhecida ecoou pela floresta. Ele queria chorar, mas não conseguia.

 

“...E eu sei que você iria entender, eu tenho pensado nele nesses últimos dias… Eu acho que foram as missões, mas ele é muito tímido pra tomar a iniciativa…”.

 

E assim, as vozes o guiavam para algum lugar. Surgiram como flashs em meio às árvores após horas de corrida. Ele percebeu que começara a ficar mais lento.

 

“...Eu sinto falta dela. É estranho falar isso? É estranho ver a nossa equipe sem ela e sem você. Bem, pelo menos o Ali é bem focado no objetivo. Já o novato… Eu estou subindo pelas paredes…”.

 

Ele empurrou alguns arbustos e parou novamente de frente a uma casa em meio ao vilarejo de Roanoke. Ele olhou em volta com espanto. Nem um sinal do maldito.

 

“...Eu estava com medo na nossa última missão. Eu tenho tentado colocar na minha cabeça que estou a páreo de enfrentar tudo o que vier pela frente. Estamos melhorando. O Senhor Mercer não nos deixa descansar…”.

 

Ele cambaleou até a porta e se virou para chutá-la com o calcanhar.

 

“...Eu sinto falta das suas piadas. Até das que me deixavam desconfortáveis. Se bem que não precisa muito pra isso acontecer… Eu tenho reparado em como a Aurora me trata. Não sabia se era interesse ou só simpatia… Até conversei com o pai sobre… Digo, com o Senhor Mercer, ele…”.

 

Além dela a voz de Kuyi Tatsuo. Ele sabia que estava morrendo. Kuyi tinha ficado no suvaco-seco enquanto ele estava às portas da casa onde Yen e Kassy sofreram o maior de seus traumas.

 

E a última voz que ouvia era a de Eric Mercer. Sempre com o mesmo tom cansado.

 

“...E ai, filho. Será que você consegue acordar hoje? Eles precisam de você aqui. Eu também preciso. Eu queria ouvir suas piadas enquanto converso contigo. Não só o seu silêncio” Eric disse. “Hoje nós vamos começar aquelas duas missões que comentei ontem. Então, vamos ficar um tempinho sem conversar. Eu estou apavorado. Não posso deixar a Shaypa escapar de novo. Coisas horríveis aconteceram em Roanoke quando eu…”.

 

E Dylan olhou para trás. A lua púrpura reinou na noite. Dylan fitou o horizonte e contemplou a pintura de uma cena que nunca virá. Seus colegas estavam inconscientes no chão, a escuridão era palpável. Ele conseguiu ver seu próprio corpo. Ele se lembra daquela manhã. Ele perceberá a única figura ainda de pé. A reconheceu de imediato. Eric Mercer arfava com uma das mãos apoiada no joelho. A espada em sua mão era diferente de como ele se lembrava. A lâmina crescerá. Não era mais semelhante a uma faca. Ela em verdade se assemelhava a montante que era. Grudada a lâmina algo semelhante a uma mucosa de carne em tonalidade vermelha podia ser visto. Existiam os olhos e dentes grudados à ela. Dylan sentiu os olhos lhe encararem. Sentiu a sanidade o deixar.

 

Ele observou ao redor. Perceberá uma pilha enorme de cadáveres. Os meninos da cabana não existiam mais. O iluminado Ludvik havia sido desmembrado e suas partes lançadas para direções opostas. Emily teve sua camisola rasgada e tinha boa parte do corpo ferido e amostra para o vento. Ela chorava lágrimas de sangue e praguejava palavras para a besta.

 

“...Besta maldita… Como se atreve a... Entrar no caminho do rei mago…” Ela disse em seus últimos suspiros.

 

Eric .Ou o que estava alí, caminhou em direção a Emily. Dylan correu na direção do mentor. Novamente, a voz dele ecoou.

 

“...Eles estão melhorando. Estão ficando mais fortes. Eu acho que está chegando a hora…”.

 

Emily estava vendo a besta de baixo para cima. O momento em que Deus fora subjugado pelo descrente. 

 

“...Eles saberão do seu desaparecimento… Eles ouvirão o seu peito. Ouvirão sua respiração. Eles virão e destruirão você, besta… Essa será a vontade do nosso mestre e s…”.

 

A Shaypa desceu em direção ao rosto furioso de Emily o silenciado para sempre. Dylan ainda corria. A voz de Eric soou novamente.

 

“...Em 2002, eu falhei uma última vez. Helena e eu falhamos em destruir a besta. Eu tentei continuar com a missão, mas eu nunca consegui. E eu já não tenho mais tempo, Dylan. Eles ouviram o uivo… Eles sabem. Em breve eu não estarei aqui. Eu vou voltar para Caim Lake. E terminar a missão que eu não consegui cumprir…”.

 

Dylan estendeu a mão na direção do mentor. Ele era inalcançável. A espada o observou.

Eric levou o rosto em direção ao seu. 

 

O uivo invadiu o mundo. 

 

“...Adeus”.


 

Dylan abriu os olhos e viu uma luz no teto. 

Depois de um minuto, ele virou a cabeça e percebeu que estava usando um suporte para o pescoço. Tinha uma dor de cabeça forte. Estava um pouco surdo e com uma dor aguda no ombro esquerdo. Ele fechou os olhos.

 

Hospital, ele pensou. O que estou fazendo aqui?

 

Ele se sentia exausto, mal conseguia colocar seus pensamentos em ordem. Então as memórias voltaram correndo para ele. Por vários segundos, ele foi tomado pelo pânico quando as imagens fragmentadas de como ele havia chegado até ali e de seus sonhos vieram inundando-o. Então ele cerrou os dentes e se concentrou em respirar.

 

Ele estava viva, mas não tinha certeza se isso era bom ou ruim. Foi invadido por uma preocupação crescente que eclipsou suas dores que estranhamente, diminuía aos poucos.

 

Ele não conseguiu juntar as peças de tudo o que havia acontecido, mas convocou um mosaico nebuloso de imagens do vilarejo de Roanoke e como ele balançou uma sniper para atirar em um homem enorme em fúria. Ludvik. Ele estava vivo ou morto? As imagens de seu algoz com o corpo desmembrado o invadiram.

 

Ele não conseguia lembrar com clareza o que aconteceu com os colegas. Ele se lembrava de ter ficado surpresa por ele ter ouvido a voz deles na mata. Ao que parecia eles estavam vivos.

 

De repente, ela se lembrou de ter visto Eric Mercer falar com ele. Talvez ele tivesse sonhado tudo, mas se lembrou de cada detalhe das palavras que o mentor e os colegas diziam para ele. Ele pensou ter se lembrado de ouvir suas vozes vindo em sua direção. Sempre ao lado direito.

 

Os acontecimentos em Roanoke já pareciam um passado distante, ou possivelmente um sonho. Ele se concentrou no presente e abriu os olhos novamente.

 

"Acho que ele acordou", disse uma voz conhecida. Algumas sombras surgiram ao redor dele e um barulho desorganizado.

 

"Mmm", disse Dylan.

 

"Olá, meu nome é Marcela Geleerd. Você entende o que estou dizendo?"

 

Dylan tentou balançar a cabeça, mas sua cabeça estava imobilizada pela cinta.

 

"Não, não tente se mover. Você não precisa ter medo. Você acabou de despertar de uma temporada em coma."

 

Dylan percebeu a reação comedida de Marcela. Ela esperava que ele fizesse algo explosivo. Felizmente, ou infelizmente, Dylan entenderá sua situação. Ele se sentia terrivelmente observado.

 

"Posso beber um pouco de água?" ele sussurrou.

A enfermeira deu a ele um copo com um canudo para beber água. Enquanto ele engolia a água, viu outras pessoas aparecerem em seu lado esquerdo. Uma delas bem baixinha em comparação aos outros.

 

"Olá, dorminhoco. Você pode me ouvir?"

 

"Mmm."

 

"Eu sou a Kassandra. Lembra de mim? Você sabe onde você está?"

 

"Na cama."

 

Paulo sorriu. Kassandra respirou fundo, mas sorriu ao ver que ele parecia o mesmo.

 

"Você está no suvaco-seco em São Paulo. Você esteve em coma pelos últimos cinco meses e está na unidade de terapia intensiva."

 

"Umm-hmm."

 

"Não há necessidade de ter medo." Disse Marcela. Kassandra colocou a mão no ombro de Dylan com delicadeza. 

 

“Temos muito o que conversar…”.

 

"Eu ouvi tudo. Na minha cabeça." Dylan disse com clareza.

 

Kassandra hesitou por um momento, e por fim disse: "Então… Então você se lembra do que aconteceu?"

 

"O cara enorme que aguentou o tiro da minha sniper..."

 

Dylan percebeu Kassandra se encolher levemente. Com o canto do olho, ele reconheceu a silhueta de Theo, mais afastada. Ele se lembrava daquela manhã. Ele atirou para protegê-lo.

 

"Ah ... sim..."

 

"Em Roanoke..."

 

"Exatamente..." Ela sorriu amarelo.

 

"Estou muito ferido?"

 

Todos se voltaram para Marcela. Ela o encarou com curiosidade.

 

“Seu prognóstico é bom. Você estava muito mal, mas achamos que tem uma boa chance de se recuperar totalmente. "

 

“Acho que nós sabemos o que é…” Aurora disse olhando para Dylan com preocupação. Ele levantou a mão direita na direção da luz, eclipsando a claridade. Ele chegou a conclusão após alguns segundos.

 

O sobrenatural estava o curando.

 

Dylan avaliou essa informação. Então ela tentou fixar os olhos na médica. Sua visão estava turva, mas sentiu seus músculos pedindo por ação. Ele fechou seus olhos. Sentiu ainda os olhares sobre ele.

 

“...Nico?”. Ele chamou. “Posso te ver”?

 

Todos levantaram o olhar na direção da colega. Ela se aproximou devagar. Os olhos inchados e marejados. Ela se aproximou da cama e encarou o rosto de Dylan. Ele tinha um sorriso. Fazia pouco mais do que seis meses que se viram pela última vez.

 

“E vocês todos lutando lá fora? Nico está crescendo, pessoal!”.

 

Nico desabou em lágrimas. Ela se segurou para não abraçar o colega. A felicidade estava limpando alguns momentos. 

Mas naquele instante, Dylan parou de sorrir. Ele olhou arregalou os olhos.

 

“Cadê o Senhor Mercer?” Ele disse com urgência. Ele sentiu seu coração disparar. Tentou se levantar.

 

Marcela foi em sua direção, o fazendo permanecer deitado, mas ele lutou.

 

“Eu estou bem, Marcela…” Ele disse se apoiando nos cotovelos. “Cadê o Eric, Nico?”.

 

Os olhares da equipe confirmaram a pior das expectativas de Dylan. Ele olhou desesperado para Nico que não conseguiu o encarar.

 

“Ele… Ele desapareceu… Nós estamos…”.

 

Ele se moveu com força na cama. Agora, Dylan estava sentado.

 

“A quanto tempo?”

 

Os colegas se entreolharam.

 

“Er.. Alguns dias, mas…” Aurora começou. “... Nós não temos muita…”.

 

Dylan começou a tentar retirar a amarra do pescoço.

 

“Pessoal, eu sei onde ele está…” Dylan disse “Droga, alguém tira isso do meu pescoço…”

 

As palavras de Dylan foram breves e rápidas, mas o bastante para incendiar o espírito da equipe. Subitamente, eles foram da sensação de angústia para a de alerta total.

 

“Dylan… O que você disse”? Kassandra perguntou. Existia urgência em sua voz.

 

“Eu não estava completamente inconsciente. Eu consigo lembrar o que vocês disseram pra mim. Missões. Treinamento. Novos colegas de equipe. Sentimentos…” Ele olhou para baixo, mas focou no que dizia. “Não era como se vocês estivessem lá. Mas as vozes de vocês me ajudaram… Me… Me mantiveram vivo…”.

 

Ele prosseguiu.

 

“E o Senhor Mercer me disse muita coisa. Ele contou o que houve em Roanoke”. As expressões de choque o deixaram confuso. “...Ele… Ele não confessou?”.

 

Nico se aproximou. Kassandra a observou pelo canto de olho.

 

“O que ele confessou”?

 

“...Ele aniquilou os meninos da cabana, mas no processo, deixou a besta escapar. E alguém ouviu. E agora, elle está a caminho de um lugar chamado Caim lake para terminar uma missão ou coisa do tipo…”.

 

Aquilo caiu como uma bomba no colo do time de reconhecimento. Por alguns segundos a maioria não soube como reagir. Praga (Alisson) foi quem quebrou o silêncio.

 

“...Caim lake?” Ele perguntou sem encarar ninguém. “Eu nunca ouvi falar desse lugar…”.

 

Kassandra voltou-se para Theo com urgência.

 

“A história do ocultista… O culto da besta… onde a história se passava?”

 

Theo piscou algumas vezes. Seu semblante era de alerta total. 

 

“...Finlândia… Eu tenho quase certeza, mas… ”. 

 

“Sim… Eu pensei o mesmo” Aurora completou o raciocínio. Dylan percebeu aquilo e desviou o olhar rapidamente. “O que ele quis dizer com deixou ela escapar?”.

 

Nico se endireitou. Ela respirou fundo.

 

“...Eu acho que já sei…” Ela encarou Kassandra, que dessa vez parecia um pouco mais receptiva. Ela prosseguiu. “...Esse é o maior segredo do senhor Mercer. Mas é exatamente a peça que vocês não sabem…”.

 

Ela prosseguiu.

 

“...O Eric e a Helena planejavam parar em 2002. Não se envolverem mais com a ordem. Durante toda a vida dele juntos, ela sempre negou essa ideia. Mas ela estava disposta a aceitar se ele aceitasse o último pedido dela. Era uma última missão. Ela tinha que ir para um lugar longe… Enfrentar algo que ela não poderia explicar o que era… E também não poderia pedir ajuda. Eric não podia deixar ela ir sozinha nessa missão. A missão onde ela se foi. A missão onde eles falharam. A missão onde ele herdou a Shaypa, a espada que pertenceu a Helena”.

 

“...” Paulo abaixou a cabeça e cruzou os braços. O Eric Mercer que conhecera era imparável em missão. Ele perguntou-se o que teria feito ele sucumbir.

 

“Nico, qual era a missão?” Dylan perguntou.

 

“A missão era destruir o que vimos em Roanoke. A Besta”. Ela repetiu as palavras de Eric.

 

Kassandra fechou seus olhos e respirou fundo. Nico continuou o seu relato.

 

“O Eric disse algo sobre um ritual. Enfrentá-lo em sua forma mais fraca e uma arma para, como ele foi bem específico, liderar a caça…”. Ela respirou fundo. Percebeu que estava tremendo levemente. “...O Senhor Mercer, ele… Ele tem carregado essa besta dentro de si. Aprisionada dentro do seu próprio corpo por um ritual. Uma criatura maldita. Imparável e invencível. Ela não permite que ele morra enquanto estiver presa dentro dele… Por isso… Ele sempre se recupera. De um disparo... De um câncer... Ele não pode ser ferido por arma alguma que não seja a dos caçadores…”.

 

Theo olhou para o chão. Uma onda de sentimentos conflitantes o invadiu. As coisas começaram a fazer sentido.

 

“...Em Roanoke… O Ludvik o perfurou no peito com a própria Shaypa…”.

 

Dylan se contorceu na cama.

 

“No meu sonho… No meu sonho, a espada tinha carne, olhos e dentes… Eles me encararam. Olharam diretamente para mim”.

 

“...Então aquilo é…” Aurora começou.

 

“...Eu acredito que sim…” Nico completou.

 

“...A Besta. Se manifestando na Shaypa. O suficiente para destruir todos os ocultistas em Roanoke…”.

 

Nico virou-se para o grupo.

 

“Então… O Eric… Ele já sabia… Quando eu o encontrei em sua casa e ele me disse tudo isso, ele já estava com o relógio na mão. Foi quando ele começou a repetir que não tinha mais tempo…”.

 

Alisson deu um passo a frente.

 

“A urgência dele em nos tornar mais fortes… Ele tinha pouco tempo sobrando depois disso…”.

 

Dylan olhou para os pés.

 

“...Ele me disse. Ele se sentia em dívida conosco. Ele nunca foi bom em se perdoar…”.

 

O silêncio ressurgiu. Aurora o quebrou.

 

“...Mas, o que exatamente ele vai fazer agora? Os caçadores ouviram o uivo da Besta, então, ele vai…”

 

“Se entregar?” Paulo parecia aflito.

 

Theo negou com vividez.

 

“...Não. M…” Ele corrigiu. “O Eric que eu conheço é um sobrevivente. Ele não desiste sem lutar”.

 

“Droga, velhote…” Kassandra encarou o grupo. “Ele vai até o inimigo. É uma missão suicida. Antes que eles venham atrás dele…”.

 

“...Ele vai até eles. Enfrentar o inimigo no próprio campo deles… Sozinho…”.

 

“...Bem, eles estão fudidos, então…” Paulo disse. Aurora lançou a ele um olhar de censura. (Mais pelo palavrão do que pela opinião em sí). “Ah, foi mal. Mas sinceramente, vocês já viram o Senhor Mercer lutando. E se a situação ficar tensa, ele joga essa tal besta contra eles, vocês viram o que ele no vilarejo não é”?

 

Kassandra negou com a cabeça.

 

“Não é tão simples. Ele foi claro ao dizer que essa tal besta pode ser ferida por armas de caçadores. Isso significa que eles podem derrotar o velhote”.

 

Theo prosseguiu.

 

“Ludvik conseguiu pegar a Shaypa e atingir o Senhor Mercer. Essa ferida está lá, até hoje”.

 

E Nico disse.

 

“E não se esqueçam do que sabemos sobre a Helena. Eric disse que nunca conheceu uma agente mais poderosa do que ela e Veríssimo confirmou a poucas horas atrás. Ela era uma caçadora. E hoje eles são o culto da besta”.

 

O Silêncio se instalou novamente. Eles perceberam ali, que a área hospitalar estava vazia. Existia um norte agora. Eric estava cruzando o oceano indo direto para o olho da tempestade.

Theo caminhou indo em direção a saída. Aurora o parou.

 

“Theo, onde você está indo”?

 

“Pegar as minhas coisas”. Ele disse. “Eu vou atrás dele…”.

 

Paulo o encarou.

 

“Você vai atrás do Mentor…?”.

 

“Ele está na Finlândia.'É o que eu preciso saber…”.

 

“Theo…” Dylan disse. O rapaz voltou e encarou os colegas de equipe. Seus olhos brilhavam com a convicção que eles conheciam. Ele lembrou o pai.

 

“Dylan, eu não consigo colocar em palavras o quanto eu estou feliz em te ver acordado de novo, mas o Senhor Mercer está indo para a finlândia sozinho lutar com as únicas pessoas no planeta que podem o ferir. Eu não vou ser impedido por nada que vocês disserem. Eu vou atrás dele. Ele foi mais do que um mentor, pelo menos para mim. Ele me mostrou que eu não sou um erro. Ele me deu uma família de novo. Ele pode ter nos ensinado por se sentir culpado pelas ações dele. Mas eu decido o que fazer com o que ele me deixou. E eu vou usar toda a força que eu tenho para estar ao lado dele. Eu não vou perder alguém novamente”.

 

Silêncio. Kassandra circundou a cama de Dylan. O ocupante da cama prosseguiu.

 

“...E quem disse que nós vamos te impedir”? Dylan disse com um sorriso.

 

Ele encarou os colegas.

 

“Acho que ninguém poderia…” Veríssimo disse, caminhando lentamente na direção da equipe de reconhecimento.

 

Ele encarou um a um.

 

“...Seis meses atrás, essa equipe era apenas uma ideia vaga e eu mesmo pensei e repensei se era o certo a se fazer…” Ele suspirou. “Novamente, Eric fez por mim, mais do que eu pude fazer por ele… Eu não pude ajudá-lo nem ajudar a Helena na epoca…”.

 

Ele encarou a equipe de reconhecimento.

 

“Façam isso por mim”. Veríssimo disse. E deu as costas para a equipe.

 

Kassandra encarou Nico. Era o momento. Havia chegado a hora. Nico respirou fundo. Assentiu com a cabeça. Kassandra tomou a frente do grupo. Ela fechou os olhos e respirou fundo.

 

“Nós temos um norte agora. Provavelmente a missão mais perigosa que vamos enfrentar em nossas vidas. Nós nunca estivemos tão longe de casa quanto estaremos agora. Cruzar o oceano, ir até a Finlândia para ajudar o velhote. Ele nos trouxe até aqui. Ele não quer a nossa ajuda, posso garantir…”.

 

Kassandra encarou Theo.

 

“...Mas é como o Theo disse. Somos nós que decidimos o que fazemos com o que ele nos deixou. Eu vou falar com o Veríssimo. Preparem-se para a luta... Dito isso, Despeça-se de quem você ama e voltem prontos para viajar. Nossa partida é daqui a vinte e quatro horas”.

 

Aquela sentença final. A frase que nos últimos seis meses foi proferida por Mercer. Nico respirou fundo. Ainda existiam perguntas em sua mente. Porque o cadáver adquiriu a tipagem sanguínea do mentor? O que era aquele maldito relógio? E quanto Helena Mercer? Seus sentimentos entravam em conflito ao pensar nela. Até poucos dias atrás, Nico tinha certeza de que gostaria ter conhecido Helena. Agora, já não tinha mais certeza.

 

Ela voltou sua atenção para Dylan.

 

“...Preciso ligar para o Tatsuo. Ele ainda não sabe da grande noticia”.

 

Dylan voltou-se para Nico com uma expressão preocupada.

 

“Não, por favor! Vai ser difícil explicar que estou indo viajar amanhã e…”.

 

Dylan recebeu um abraço de Nicole. Um abraço sonhado por quase seis meses. Ela não disse nada, mas não era preciso.

 

As vozes deles já haviam o salvo muito antes.

 


Notas Finais


INTERATIVIDADE: (A interatividade deve ser enviada por DM).
DEJA VU.
-Informar ao autor como o seu personagem passará sua ultima noite antes da missão: (O que faz, com quem faz e onde fará).
-Pertences/Itens que seu personagem levará consigo para a expedição. (Não será possível compra de munição de arma de fogo durante a expedição).
BONUS: TRANSCENDER ESTÁ AUTORIZADO!

Obrigado por ler. Nos vemos novamente em breve.


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