handporn.net
História À procura de Jade - 2.5 - O verde domina tudo - História escrita por MandiSilver - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. À procura de Jade >
  3. 2.5 - O verde domina tudo

História À procura de Jade - 2.5 - O verde domina tudo


Escrita por: MandiSilver e CarolineSHesner

Notas do Autor


Boa leitura a todos.

Amo vocês.
#2triztk

Capítulo 5 - 2.5 - O verde domina tudo


Fanfic / Fanfiction À procura de Jade - 2.5 - O verde domina tudo

 

Viver e morrer.

 

Uma crise que rodeia os espíritos que carregam a bagagem de viver, não há motivo para as palavras tocarem devagar, elas precisam abraçar e sussurrar uma, duas, três vezes, até que os olhos se abram. Não havia luz, tudo escuro, que coisa difícil. Ele passou as mãos pela parede procurando a fechadura da janela até sentir e abrir. A luz entrou no quarto e ele pode ver novamente. Respirou fundo, enquanto levantava lentamente do leito e ajeitava os fios loiros, seus olhos estavam semicerrados e sentia o cansaço no corpo, parecia que nem havia dormido. Andou até sentar na cadeira em frente à penteadeira, viu sua imagem refletida naquele objeto, suas olheiras, as bochechas rosadas, os cabelos bagunçados e as ondas ainda ali, por fim, o seu precioso colar. Tocou-o e fechou os olhos ao sentir uma vontade de chorar, abriu rapidamente para que aquela sensação fosse embora tão rápida como tinha vindo.

 

Ele decidiu ocupar a mente em se arrumar. Segurou o pente e passou no cabelo, logo depois, retirou as roupas brancas com bordados verdes que usava para dormir. Mordeu o lábio inferior ao encarar os sapatos pretos, mas os calçou mesmo assim e, respirando fundo mais uma vez, parou para se admirar em frente ao espelho maior no canto da parede. Estava bonito. Suas roupas chiques de príncipe, o tom dourado dançando lindamente com o verde em meio aos desenhos no terno, deixava tudo mais harmônico. Saiu do quarto, andando pelos corredores que apenas tinham a presença de guardas. Seu colar estava escondido dentro dos tecidos, ninguém de fora podia vê-lo, caso vissem estaria em perigo. Desceu as grandes escadas ouvindo algumas falas na sala do castelo, imaginava que tinha visitas, todavia queria ir à cozinha comer algo junto de sua mãe. Não poderia fazer isso já que, ao chegar no ambiente, encontrou a família real do reino Siniy.

 

Taehyung curvou o corpo para eles, enquanto sorria educadamente, a princesa estendeu a mão para que o príncipe fizesse os devidos cumprimentos e, assim, ele beijou delicadamente a pele, esta que retribuiu o sorriso se dando por satisfeita.

 

— Bom dia, majestades E alteza. — Ao soltar a mão dela disse e eles curvam o corpo igualmente. — É uma surpresa tê-los aqui.

 

— Oh, viemos a convite de seu pai.

 

Rosett disse, a princesa de Siniy, sorrindo pequeno para o Kim, que olhou para seu pai ao lado direito.

 

— Irei tratar de assuntos políticos com o rei de Siniy, cuide de Rosett por enquanto. — Ele falou e Taehyung balançou a cabeça em positivo, mesmo que não quisesse fazer aquilo.

 

A princesa parecia muito feliz com as palavras do rei de Zelenyy, já que sorria abertamente, até mesmo seus olhos em um tom azul pareciam ganhar um brilho. Assim que os dois reis saíram, Taehyung olhou para Rosett e ela andou para o lado esquerdo dele. Ela era assim, se sentia livre em ser quem era ao lado do Korproff que não a impedia ou reclamava sobre. Ele não estava achando ruim ter a companhia dela, mas sim porque não iria comer. Taehyung esperou ela colocar o braço cruzado com o seu e ele começou a andar para a sala de jantar.

 

— Como estão as coisas no reino de Siniy?

 

— Eu diria que boas. Os Koldun estão cada vez melhores nas denominações dos poderes.

 

Uma senhorita passou por eles, se curvando e a princesa sorriu para ela, vendo-a seguir o seu caminho. Mope parou abruptamente, fazendo o Kim olhar para ela confuso, esta que foi para a frente dele e tocou nas roupas do príncipe.

 

— Alteza, gostaria que me ensinasse a usar o arco novamente, não estou treinando como gostaria.

 

— Seu pai não deixa?

 

Ela piscava os olhos lentamente, com um sorrisinho e ele se mantinha sério. Era o Korproff.

 

— Não, sabes que não — Os ombros dela caíram, se afastando dele e cruzando os braços com um bico. — Diz que sou uma mulher e princesa, e nós não aprendemos essas coisas.

 

— Eu acho isso uma bobagem — Taehyung disse, voltando a andar e ela bateu palmas com um grande sorriso no rosto, agarrando o braço do Korproff, que olhava para a frente.

 

— Obrigada, Taehyung. Vosmecê alimenta meu espírito aventureiro. Por isso, admiro tanto o reino Zelenyy e seus grandes feitos.

 

O Korproff balançou a cabeça em negativo.

 

— Não precisas agradecer, sempre vou lhe ajudar.

 

 

O pirata estava fechando os botões da roupa verde, preparado para ir até a cidade e esperava conseguir passar dos guardas no grande portão e assim descobrir mais sobre o reino. Puxou o capuz, saindo da casinha e indo as escadas de madeira, segurou-se nas cordas e começou a andar por ela. A água que passava em baixa fazia um pouco de barulho pela correnteza que tinha, provavelmente seria impossível passar por aquele caminho quando estivesse chovendo. Assim que atravessou toda a escadaria e estava com o pé firme no chão, respirou fundo para seguir caminho até a cidade. Seguiu bem até chegar na ponte de pedras que liga tudo.

 

Jungkook levantou a cabeça quando começou a caminhar, lembrando-se do dia anterior em que foi tratado como nada por aquele loiro e isso o fez repuxar os lábios em desgosto.

 

— Tsc, ele vai ver só — acelerou os passos com os punhos fechados, entretanto teve que relaxar o corpo quando chegou em frente aos guardas. — Bom dia, senhores.

 

— Bom dia! — Um deles respondeu, deixando Jungkook passar sem impedir nada.

 

Jeon tinha engrossado mais a voz ao falar, só que não imaginava que seria tão fácil passar pelos guardas usando aquela roupa. Queria descobrir o segredo daquele uniforme em específico. Alguns aldeões olhavam para ele curioso, não imaginavam que um guardião estaria andando pelas ruas do reino Zelenyy naquele momento. Eles paravam, olhavam para Jungkook, conversavam entre si e voltavam aos afazeres antes de Jeon perceber os olhares. Jungkook respirou fundo ao entrar em um beco da cidade, entre duas grandes casas, e retirou o capuz, também começando a abrir os botões e tirar, não queria chamar atenção. Olhou ao redor, escondendo a roupa entre algumas pedras e saiu de lá pelo caminho contrário ao que havia entrado.

 

Assim que ele pôde observar melhor a cidade, viu as barracas com comidas e outros tipos de mercadorias; de carne a bijuterias, estava mais para uma feira bem movimentada. Aquele povo andava livremente pelo lugar, comprando as coisas com a moeda daquele reino. Jungkook viu uma bandeira balançando no topo de uma estaca de madeira, verde e com um desenho de uma cobra, era o símbolo de Zelenyy.

 

Um barulho alto inundou o lugar, algumas coisas foram derrubadas e Jeon virou recebendo o baque forte de um corpo ao seu. Caiu no chão junto do ser e viu que era um homem, ele estava fugindo de alguém, na verdade de vários guardas, Jungkook o empurrou para o lado com brutalidade e este levantou rápido. Jeon olhou para a frente, vendo os guardas correndo na direção dos dois.

 

— Foi ele que roubou as joias. — O ladrão gritou, apontando para Jungkook, que o direcionou um olhar de ódio. — Foi ele!

 

— Não, não fui eu. Esse animal estava correndo e bateu o corpo em mim.

 

Os guardas estavam perto dos dois já, olhando para a briga que se iniciava. Jungkook se xingou mentalmente por ter o cabelo parecido com aquele ladrãozinho.

 

— Vosmecê não sabe com quem está se envolvendo.

 

Jungkook sussurrou próximo dele e este levantou a mão com a joia, como se tivesse tirado do bolso de Jeon que o olhou incrédulo. O pirata ia avançar sobre ele para o bater, todavia os guardas foram mais rápidos em segurar os braços de Jungkook, colocando para trás.

 

— Seu mentiroso! Não fui eu quem roubei nada. — Conseguia ver o sorriso pequeno de satisfação daquele ladrãozinho enquanto Jungkook era arrastado pelos soldados para o castelo da família real.

 

Jeon não imaginava que novamente estaria sendo preso, isso o trazia lembranças passadas, quando era uma criança e cometia crimes na cidade para poder sobreviver junto de seus pais. Quantas vezes foi pego pelos guardas e teve sua orelha puxada até a sua casa. Porém, naquele momento, só queria ter conhecido mais da cidade, sem se meter em nenhum tipo de confusão, entretanto, parecia que Jungkook tinha um imã para isso.

 

Respirou fundo, ao ser brutalmente jogado na madeira da carroça, sabia que gritar não iria servir, teria que conversar com a autoridade que iria o interrogar. Então, começaram a se mover e com pouco tempo o caminho ficava mais bonito, um campo verde aberto, com cavalos correndo por ele, Jungkook sabia que estava perto do castelo. À direita estava o lindo mar de que tanto sentia falta e que o fez baixar os olhos para as mãos presas por uma corda.

 

Apenas levantou a cabeça quando atravessou os portões dourados do castelo. Seus olhos curiosos foram correndo por toda a arquiteta riquíssima daquela fortaleza. A decoração com tons de verdes, as flores bem cuidadas, a fonte no centro limpa, chegava a brilhar, as paredes de pedra muito bem encaixadas e brilhantes e o grande castelo. Em todos os lugares tinha a logo do reino, a cobra. Até mesmo tinha uma estátua de uma cobra na ponta da fonte de água.

 

Jungkook saiu de seus devaneios ao ser puxado pelo guarda, que o levou para um caminho diferente da porta principal, ficava à esquerda e era um pouco estreito para chegar aos fundos. Assim que o colocaram perto da parede, observou o grande campo que tinha, o chão de barro e as atalaias que estavam treinando.

 

— Chamem o senhor Park.

 

Jungkook olhou para o guarda quando ouviu o sobrenome, mordendo o lábio em nervosismo, sentiu em sua orelha esquerda que iria receber um grande sermão.

 

Quando o Park entrou naquela parte, Jungkook olhou em sua direção, ele estava caracterizado como um guarda real, suas roupas verdes com desenhos dourados, suas botas pretas, ao lado esquerdo uma espada e ele carregava um olhar sério. Os seus olhos castanhos foram para Jungkook, ele arregalou um pouco, até conseguir voltar ao normal e sussurrar algo para o indivíduo à sua esquerda, que saiu daquele ambiente. Jimin caminhou até estar de frente a Jungkook, que sorriu um pouco torto.

 

— Bom dia, senhor Park. — O pirata curvou um pouco a cabeça e o guarda respirou fundo.

 

— Bom dia? Não tem bom dia. Eu lhe disse para não se colocar em situações assim. Qual foi o problema? Eu pensei que poderia confiar um pouquinho em um pirata que perdeu tudo.

 

Jimin cuspiu rápido e Jungkook o mirou nos olhos, engolindo a seco as últimas palavras.

 

— Trouxeram-me por engano, mas do que adianta eu tentar me defender, já que aquele ladrãozinho de merda me usou para se livrar de suas façanhas — Jungkook disse entre dentes e Jimin levantou a sobrancelha.

 

— Como assim?

 

Ele balançou a cabeça para que Jungkook continuasse sua fala.

 

— Eu entrei no reino para entender sobre, conhecer mais, entrei em um beco seguindo para uma rua que parecia uma feira com muitas coisas e um homem bateu o corpo em mim, me derrubou no chão. Ele estava fugindo dos seus guardas, eu ao menos pensei e ele já estava me acusando de ter roubado joias.

 

Jimin ouviu tudo em silêncio, suspirando e olhou para os lados. Jungkook tinha uma cara séria, estava frustrado com aquilo, sentia como se estivesse em um dia de azar e perdendo suas habilidades de pirata. Jimin balançou a cabeça em positivo, mas antes de falar alguém entrou dentro da sala, Jimin olhou para o lado, curvando o corpo para o ser, enquanto Jungkook olhou para ele por último.

 

— Alteza, bom dia.

 

O príncipe apenas balançou a cabeça para o guarda que voltou a postura normal, vendo que a alteza estava olhando para o pirata na parede, que não tirou os olhos dele por nenhum segundo, a mandíbula chegava a ficar marcada com a força que Jungkook apertava os dentes. Isso era tudo porque o loiro tinha o tratado mal antes.

 

— Ele é o pirata.

 

— Sei quem és ele, Jimin — disse Taehyung, aproximando-se. — O que aconteceu?

 

— Ele foi pego por um dos meus guardas, porém foi por engano, já que ele não roubou nada, apenas um espertinho o acusou de fazer algo injustamente.

 

— Tem provas? — Taehyung perguntou, olhando de Jimin para Jungkook, que apertou os punhos para balançar a cabeça em negativo. — Teremos que lhe dar um castigo mesmo assim.

 

Korproff falou, cruzando os braços e Jimin olhou para Jungkook que estava com o rosto vermelho de raiva. Não sabia o que aqueles dois tinham feito um ao outro, contudo se o pirata estava irritado com Taehyung, não era boa coisa. Park lentamente se aproximou de Taehyung e próximo ao ouvido, sussurrou:

 

— Taehyung, pare de ser tão duro.

 

— Eu lhe havia dito que não quero piratas dentro do meu reino, que mantivesse ele lá fora, sabe muito bem o motivo. Temos que proteger… — olhou Jungkook, esse que o mirava como um leão raivoso. — Tu sabes.

 

Taehyung disse baixo, próximo a Jimin, que suspirou frustrado.

 

— Deixe eu levá-lo de volta para a floresta, não adianta o punir injustamente — Jimin pediu, Taehyung olhou para ele de canto de olho e não respondeu, pois olhou para o pirata que tentava se acalmar.

 

— Vosmecê vai embora, mas eu não quero o ver aos arredores do meu castelo ou do meu reino, entendido? — Taehyung disse, apontando para Jungkook que prontamente balançou a cabeça em positivo.

 

— Está bem, alteza.

 

Jungkook baixou a cabeça, curvando-a para Taehyung, que sem demora saiu dali e Jeon olhou para a direção que o príncipe estava indo e sorriu pequeno. Esse pirata não vai ficar quieto.

 

Jimin se aproximou dele, retirando as gordas e dizendo a ele que o levaria de volta para a floresta de Zelenyy. Naquele momento Jungkook sabia o nome do reino e poderia se situar melhor, seu instinto o dizia que havia muitas histórias por trás de tudo aquilo. Jimin fez o pirata subir no cavalo, este que não sabia cavalgar, tendo que segurar muito bem para não cair com o rosto no chão com a velocidade que o guarda andava no animal. Lembrou-se da roupa que tinha escondido, mas Jimin já havia passado da ponte de pedras e foi diretamente ao caminho de escadas. Park ajudou Jeon a descer do cavalo.

 

— Tenha mais cuidado, Jungkook. Dessa vez Taehyung teve piedade de vosmecê, mas na próxima eu não sei — Jimin disse, voltando a subir no animal e Jeon balançou a cabeça em positivo. — Passar bem.

 

Jimin virou o corcel, correndo pela floresta de volta ao reino. Jungkook olhou para o lugar mais alto que sua casa ficava, logo depois chutando umas pedrinhas que tinham no chão, puxou os cabelos para trás e olhou para o céu azul.

 

— Porra!

 

Gritou, pulando com força no chão e só parou ao ouvir uma risada conhecida por si.

 

— Yoongi, pare de rir de mim.

 

— Força do hábito, capitão. Está com má sorte? Ou aquele bonitinho te tirou do sério novamente?

 

Jungkook olhou com raiva para Yoongi que estava encostado na árvore e de braços cruzados.

 

— Vais a merda — virou-se para Yoongi, andando para o rio.

 

— Dias difíceis sempre existem, Jeon. Não seja assim.

 

Yoongi estava o seguindo, o pirata pisava com força, parando brutalmente e virou o corpo para o Min.

 

— Tsc, eu não quero ouvir mais nada hoje, me deixe sozinho. — Jeon virou as costas para o contramestre que apenas balançou a cabeça em positivo mesmo que o capitão não estivesse mais olhando.

 

Jungkook chegou próximo ao rio, retirando suas botas com rapidez e sentando em uma pedra, onde pudesse colocar seus pés na água e sentir a tensão indo embora como a velocidade da luz. Fechou os olhos, apoiando as mãos para trás e o seu peito subia e descia mais devagar, ele precisava se acalmar, apreciar o frio da água para que seu corpo quente não explodisse. Não sabia como iria resolver sua vida, se viver estava sendo tão pesado assim, era melhor ir de encontro com a morte mais rápido. Ele não conseguia se livrar de suas cargas pesadas e também não conseguiria tão rápido assim.

 

Os pássaros faziam barulho, a água correndo no rio deixava seus músculos menos tensos e até os peixes chegavam próximos a sua pele, fazendo cócegas. Ele sabia que no final iria dar um jeito de resolver aquele problema, sempre conseguia, mesmo que demorasse mais tempo para analisar os princípios.

 

 

Korproff entrou dentro do quarto, removendo os sapatos e afastando-os com o pé para longe, respirou fundo ao sentir sua pele tocando o chão e olhou para a porta da varanda, que estava entreaberta, franziu o cenho. Lembrava de ter fechado, por isso, andou em passos lentos até que estivesse próxima ao objeto e abriu, encontrando alguém muito importante para si, sentado na cadeira, com uma xícara na mão e uma mesinha com comida pronta. Taehyung logo lembrou que não havia comido nada quando seu estômago fez barulho, ela olhou para ele, sorrindo pequeno e fez sinal com a mão para que o príncipe sentasse. Ele andou rápido, sentou na cadeira e sorriu ao analisar as comidas. Ela também tinha um sorriso de canto ao depositar a xícara na mesa.

 

— Kim — chamou de forma serrana e Taehyung levantou a cabeça, sua mão estava segurando um pedaço de bolo. — Estava sem comer esse tempo todo?

 

— Desculpe-me, mãe. Apareceu muitas coisas que tiraram a minha atenção. — Ele mordeu um pedaço, fazendo bico enquanto mastigava e ela olhava satisfeita para ele.

 

— Sabes, meu filho. Tudo nessa vida é conquistado de forma lenta e com muita dedicação, mas poucas coisas são nos dada ao nascimento.

 

Colocou mais um cubo de açúcar no chá, mexendo a colher pequena até que se desmanchasse no líquido. O chá estava com um cheiro ótimo, que agradava ela e também a Taehyung, que puxou o cheiro de erva doce devagarinho pelas narinas.

 

— Recebeste um colar, esse colar te trouxe um grande peso e eu sinto muito por isso. Porém sei que se teu espírito recebeu essa missão é porque ele é capaz de cumpri-la.

 

— Onde queres chegar, mãe?

 

Ele olhou para ela com o cenho franzido e Aninska sorriu, mirando seus olhos com heterocromia bonitos sobre os azuis de Taehyung.

 

— Quero lhe dizer que vosmecê faz de tudo para proteger Jade, faz cada coisa, tenho orgulho, pois faço o mesmo para o proteger. Só que devias ter cuidado para não se perder no personagem que criou na frente do povo. Não quero que tenha que se esconder para ser um guardião. — Ela depositou a xícara sobre a mesa novamente e Taehyung suspirou, encostando as costas na cadeira. — Eu estou ao seu lado para proteger a Jade também, sempre estive. Todos os reinos sempre querem que seus filhos nasçam como um guardião dela, mas ao menos pensam na grande responsabilidade que vem com isso. Diga-me, meu filho, quantos guardiões já não morreram para que Jade não fosse pega?

 

— Muitos, mas sabes que todos eles foram para proteger de algo maior — Taehyung disse, limpando as mãos no guardanapo e ela cruzou os braços. — E eu não serei diferente, não adianta entrar nesse assunto novamente.

 

— Filho, eu tenho orgulho que tu és um guardião.

 

Ela levantou suas mãos longas tão semelhantes com as dele até o rosto macio e liso e fez carinho, sorrindo brando e Taehyung suspirou se agradando do toque.

 

— O problema é se esconder por trás do que criou sobre o sobrenome Korproff.

 

— Sabes que é necessário, achas mesmo que iriam estar ao lado de um homem para lutar por uma causa se ele se mostra sensível às coisas ao seu redor e ter manias diferentes de todos?

 

Ele disse, encarando a íris de cor azul e o outro de cor verde dela. Aninska deixou a mão sobre a mesa e mirou o mar que estava um pouco distante do castelo.

 

— Não adianta, mãe. Eu preciso continuar sendo quem eu mostro ser e apenas ser quem eu realmente sou ao lado de quem me ama de verdade.

 

Aninska o fitou de canto de olho, vendo a determinação presente nos olhos azuis do seu querido filho, era aquele homem quem ela havia criado, sabia que ele era capaz de fazer tudo para que as coisas se mantivessem bem, que seu povo não se ferisse. Que nenhuma gota de sangue de pessoas inocentes fosse derramada mais. E mesmo sentindo orgulho dele, seu coração doía.

 

Ela levantou devagar, andando até o lado de e depositou um beijo nos fios loiros antes de sair, deixando-o só. Taehyung respirou fundo, voltando a apreciar a culinária do castelo.

 

[...]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...