- Você sabe muito bem quem eu quero - Asssim que eu disse isso, a beijei sentindo o gosto salgado das lágrimas dela no beijo. A puxei pela cintura aprofundando o beijo sentindo suas pequenas mãos irem para minha nuca, eu sentia que o que sentíamos não era só desejo tinha algo a mais e talvez com o tempo descobriremos o quê...
A maldita ar se fez presente e nós separamos ofegantes, ela sorriu tímida. Envolvi meus braços em seu pequeno corpo a abraçando e deixando um beijo em seus cabelos.
- E agora? O que vamos fazer? - Perguntou com a voz baixa com a cabeça em meu peitoral.
- Acho melhor eu te levar para casa - Disse e ela murmurou um "sim" -, o dia já deve estar amanhecendo e depois vemos o que fazer, pode ser?
- Pode - Assentiu, se afastando de mim. - E a Giovanna? Vai deixá-la aqui?
- Eu vou avisar a ela - Falei e começamos a ir indo em direção de frente da boate. - Você é mais importante.
A vi dar um sorriso e me fiquei calado...
[...]
Eu a observava sentado nos pés da cama, enquanto a mesma desgutava da bebida. Karol bêbada era uma coisa engraçada quando lhe dei um banho ela balbuciava cada coisa e não parecia aquela loira séria e determinada.
- Está parecendo uma criança desse jeito - Disse rindo.
- Mentalmente eu sou - Falou risonha. - Avisou a Giovanna?
-Avisei ela ficou meio furiosa ou triste não sei mas a convenci de que minha psicóloga precisava de mim já que bebeu muito - Sorri amarelo, mas Giovanna logo invadiu meus pensamentos...
- Você que exagerou eu conseguiria vir para casa sozinha - Disse convencida, eu a olhei -, está bem do jeito que eu me encontrava não chegaria nem na rua de casa. Bebeu mais gole do chocolate e coloco a xícara em cima do criado-mudo.
- Melhor você ir dormir já está tarde e sem contar que preciso ir para casa - Falei me levantando, ela se deitou na cama e se embrulhou -, boa noite gatinha! - Falei lhe dando um beijo na testa. já ia saindo quando ela segurou meu braço me parando.
- Dorme aqui hoje por favor - Disse me olhando. - É perigoso você sair assim tarde.
- Tudo bem eu durmo - Sorriu e se levantou.
- Pode deitar comigo não tem problema - Falei ficando meio receioso.
Assenti e sentei cama tirando, meus sapatos. Deitei na cama enquanto Karol foi ao banheiro. Senti o cansaço e fechei os olhos, sendo vencido pelo sono...
Acordei com os braços envolta da cintura de Karol, quando que eu fiz isso? Sorri e tirei os braços lentamente para não acordá-la, e levantei em silêncio e calcei meus sapatos. Dei um último beijo em sua testa e desci as escadas, tentando evitar algum barulho. Na sala, não havia ninguém o que era bom para mim.
Sai da casa e fui até o meu carro, adentrando e dando partida no mesmo, não estava bêbado bebi no mínimo um copo de whisky, mas nada que me fizesse bater em um outro carro... Era quase cinco horas, não tinha tanto perigo dirigir assim... Durante o trajeto, meus pensamentos foram para Karol;
- Eu não sei por que mais fiquei incomodada vendo você beijar a Giovanna - Disse tristonha o que me fez sorrir. Ela parecia tão desarmada ali a vontade era de abraçar e a proteger...
Vê-la daquele jeito tão desarmada, fora o cúmulo para mim nunca tive tanta vontade de proteger uma garota como tenho vontade de a proteger. Sorri com esses pensamentos, mas logo lembrei que Antonella pode estar a essa hora acordada preocupada comigo como sempre. Desde que comecei a trabalhar na empresa, tenho pensado muito em comprar um apartamento aqui por perto já estava mais que na hora de arrumar um lugar para mim ficar. Sai dos meus devaneios, assim que cheguei na mansão estacionei o carro na garagem. Adentrei a casa e subi as escadas devagar, sem paciência para responder as perguntas da minha mãe.
Abri a porta adentrando meu quarto, acendi a luz e me deparei com a loira deitada na minha cama dormindo. O que ela está fazendo ali? Menei a cabeça e tirei os sapatos, e a roupa ficando só de cueca. Fui ao banheiro escovei os dentes, voltei para o quarto e deitei na cama ao lado da Giovanna silenciosamente. Logo o sono chegou...
[...]
Acordei com um carinho sendo feito no meu peito, abri meus olhos me deparando com a Giovanna que sorriu;
- Bom dia amor - Disse me dando um beijo nos lábios.
- Bom dia - Respondi retribuindo o beijo, e passando as mãos no rosto. Olhei para o celular em cima do criado-mudo. 9:24.
- Ajudou a sua psicóloga ontem? - Perguntou com sarcasmo. - Aproveitou e ficou um pouco por lá?
- Ajudei - respondi sem alterar a voz -, ela estava muito embrigada Giovanna queria que eu a deixasse na boate? Fiquei um pouco lá para conformar que ela havia dormido.
- Teria feito isso comigo caso fosse eu? - Perguntei e eu confirmei com a cabeça. - Acha que eu sou burra, Ruggero? Tá na cara que está rolando algo entre vocês dois.
- Não viaja Giovanna eu faria isso com qualquer um - Falei levantando da cama. - Olha não quero brigar.
- Quer saber, eu vou embora que eu ganho mais - Disse vestindo suas roupas e saiu do quarto e a batendo forte.
Fui para o banheiro, fiz minha higiene e tomei um banho frio. Vesti uma calça jeans e uma camisa azul, calcei meus sapatos, dei uma bagunçada no meu cabelo, coloquei o celular no bolso e desci as escadas.
- Pensei que tivesse dormido fora querido - Disse minha mãe, na sala.
- Em parte sim - Falei me jogando no sofá.
- Como "em parte sim"? - Perguntou.
- Antes de vim para cá tive que ajudar uma pessoa que exagerou demais na bebida - Respondi lembrando da loirinha.
- Haha os jovens de hoje em dia - Riu e a acompanhei.
- Cadê o velho?
- Foi para o clube dizendo que precisava relaxar e se divertir pelo menos hoje - Disse meneando a cabeça.
- E você? Vai ficar em casa?
- Não. Vou sair com umas amigas e depois passar no clube onde seu pai está - Disse mas logo prosseguiu -, aliás, você e a Giovanna brigaram? Ela saiu furiosa.
- Uma briga boba - Falei desanimado.
- Espero que se resolvam querido - Disse sorrindo docilmente. - Bom, agora tenho que ir. Tchau filho!
- Tchau mãe - Disse, e a mesma saiu fechando a porta.
Escuto meu celular tocar, pego o mesmo sem nem olhar no visor quem era.
- Alô? - Atendo sem demostrar nada.
- Eai cara? Onde você tá? - Escuto a voz de Mike.
- Em casa. Porque?
- Eu e o Agus vamos ai, tamo levando umas bebidas.
- O que? Você é louco cara, beber uma hora dessa - Falo. Esse cara só pode tá louco mesmo.
- A qual é Ruggero? Vai dá um de santinho agora? Esquece que hora é e espera que estamos chegando aí, se quiser podemos levar até umas gatinhas - Disse e sabia que o mesmo sorria perverso.
- Não traga ninguém Mike.
- Tá bom - Disse e desligou na minha cara.
Coloco o celular na mesinha de centro e continuo do mesmo jeito, esperando. Acho que o Mike tá doente, pra beber uma hora dessa se fosse á tarde ou á noite tudo bem agora de manhã? Não né, esses amigos que eu tenho são todos loucos.
Não demorou muito e os dois chegaram, com muitas bebidas alcoólicas. Mike deve tá sofrendo por alguém, não tempo lógica...
- Eai cara - Fala Agus que se aproxima e fazemos os toques de sempre e faço o mesmo com Mike.
- Eae - Respondo.
- Vai querer uma? - Fala Mike se referindo ao wiskey.
- Não.
- Só uma Ruggero. Não irá te deixar bêbado - Fala e vai até a cozinha trazendo consigo um copo, despejando whisky e me entregando o copo. - Toma aí Ruggero - Pego a bebida. Uma não vai me fazer mal.
- O que tá acontecendo com ele Agus? - Pergunto e tomo um gole da bebida sentando no sofá onde os dois já estavam jogado. Mike pegou o controle da TV e a ligou, colocando onde passava um jogo de futebol.
- Não sei Ruggero. Desde de ontem que ele tá assim, e ele disse que não é nada.
- É sim ele que não quer contar.
- Agora mudando de assunto, e você e a Giovanna?
- Brigamos hoje - Falei bebendo um longo gole -, ela estava com um ciúme bobo só por que ajudei minha psicóloga ontem que exagerou na bebida.
- Será que é só cíume bobo mesmo meu amigo? Desde que você começou a ir nessa psicóloga você não para de falar dela. -Disse Agus sorrindo divertido.
- Concordo com o Agus, Rugg. Essa psicóloga está mexendo contigo não se sabe falar em outra coisa a não ser ela. - Disse Mike, entrando na conversa.
- Será? - Perguntei pensativo.
- Está na cara Ruggero só você não quer ver.
- Chega desse papo por que estamos parecendo três meninas falando assim - Disse Mike, nos fazendo rir.
A conversa fluiu em meio a risadas, mas o que eles disseram não saia da minha cabeça. Será que estou sentindo algo pela Karol? Ela mexeu tanto assim comigo?
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