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História A Quebra da Causalidade Parte 1 - O Lutador e o Negador - Perdido Na Escuridão - História escrita por mateuscristian - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Quebra da Causalidade Parte 1 - O Lutador e o Negador - Perdido Na Escuridão


Escrita por: mateuscristian

Notas do Autor


Olá pessoal, Mateus Cristian aqui. Obrigado por ler mais um capitulo. Por favor, deixem um comentario pra eu saber o que acharam, e até o proximo. Feliz Natal e um feliz ano novo.

Capítulo 6 - Perdido Na Escuridão


A água moveu lentamente na caverna. O canto dos pássaros ecoou pelas aberturas, os estalos da pequena fogueira aqueceram o ar, os últimos raios de sol brilharam em nos rostos de Guts e Griffith, despertando ambos.

- Ah! Graças a Deus! PESSOAL! GUTS E GRIFFITH ACORDARAM! ELES ESTÃO VIVOS!

Gritou Rickert, alegremente. Guts se levantou serrou seu olho esquerdo enquanto os flashes de luz e as silhuetas de Judeau, Pippin, Casca, Erica, Rickert e Godo o Ferreiro, corriam ao redor da visão borrada de seu único olho. Griffith também se levantou, olhando ao redor. Era uma caverna bastante grande, com muitos túneis, corredores e aberturas que iam para todos os lados.

- Guts... Você esta...

Disse uma voz feminina, entre gaguejos e soluços. Casca se aproximou de Guts, seus olhos brilhando com lágrimas de alegria, acariciando o olho Guts perdeu a protegendo:

- Outra ferida que você toma para mim... Eu achei que perdi...

Guts estava impaciente demais para ouvir as palavras de alívio de Casca, ele apenas agarrou pela nuca e a beijou, enquanto acariciava sua cabeça, sentindo o calor de seu corpo em seu peito. Uma lágrima rolou de seu olho bom, um sorriso de alívio e alegria iluminou seu rosto. Griffith olhou para a felicidade de seu irmão, enquanto o dia terminava, nuvens escuras trazendo raios e vento, o ciúme e a sensação de traição que ele uma vez sentiu deram lugar à compaixão.

- Como é a sensação?

Perguntou uma voz profunda. Todos olharam para a entrada, enquanto os olhos vermelhos e brilhantes do Cavaleiro Caveira brilhavam na luz fraca da caverna.

- Você de novo...

Disse Judeau, sentando-se.

- Como é a sensação, Negador? Estar livre da roda da Causalidade? Se tornar um curinga nos jogos do destino? Um peixe que manda a cachoeira subir, e ver ela obedecer?

Disse o Cavaleiro Caveira, olhando nos olhos de Griffith.

- Ah, puta que pariu, explicar as coisas é uma doença para demônios?

Disse Guts, farto das palavras enigmáticas do Cavaleiro Caveira.

- Eu não estou entre eles, Lutador. Eu sou um inimigo dos desumanos, assim como você.

Disse o Cavaleiro Caveira. Quando ele disse isso, todos os cinco sobreviventes sentiram uma sensação aguda e dolorosa.

- O que é isso…?

Disse Rickert, vendo uma mancha vermelha aparecendo na camisa de Casca. As Marcas começaram a sangrar, enquanto a chuva rugia lá fora.

- Eles encontraram vocês. Os espíritos dos mortos. Eles são atraídos pela vida que vocês ainda têm! Venham, Marcados, vejam.

Disse o Cavaleiro Caveira, apontando para fora. Guts saiu da cama, colocou a cabeça para fora da caverna e viu do que ele estava falando.

- Sacrifício... Sacrifício... Vida... Sangue... Dê-me vida...

Sibilando, estalando, rangendo e famintos, monstros sem rosto, criaturas etéreas, olhos tão vermelhos quanto o céu do Eclipse. Os outros quatro, Griffith com a ajuda de Pippin, também vão para entrada e viram as aparições.

- Prestem atenção, Marcados, pois este é o seu mundo agora. A fronteira entre os vivos e os mortos. O astral e o físico. O Interstício. Estes são os espíritos dos mortos que vagam por este lugar. Eles são atraídos pela Marca do Sacrifício que vocês carrregam. Eles são desesperados por vida, anseiam pelo calor de carne e sangue.

Eles assistiram, enquanto os espíritos vagavam, rosnavam, rachavam e giravam. Parecia o Eclipse para os Marcados, um chamado da morte. Exceto Griffith. Para ele, parecia um chamado para uma nova vida. A escuridão parecia extremamente atraente, mostrava flashes do que parecia pura grandeza para ele. Algo que ele deveria ser. Ele estendeu a mão, os ossos enfraquecidos estalando quando ele a esticou.

- VIDA!

Gritou um espírito distorcido, agarrando Griffith e puxando-o para fora da caverna.

- GRIFFITH!

Gritaram Guts e Casca, ambos correndo para escuridão, enquanto o enxame de espíritos vinha para eles. Os espíritos agarraram, lutaram, giraram, estalaram e se lançaram, passando por Griffith, Guts e Casca, uma sensação de frio e dor tomando seus corpos a cada passagem.

- Não desistam, ou eles vão consumir vocês! Aqui!

Disse o Cavaleiro Caveira, jogando sua espada para Guts.

- Ugh... O que é essa espada ...?

 

Disse Guts, enquanto os espinhos da espada do Cavaleiro Caveira cravavam em sua mão. Ele começou a atacar os espíritos, raiva e a frustração crescendo cada vez mais, como se ele tentasse cortar e socar água. Outro espírito foi em direção a Griffith, ele engasgou e convulsionou quando a besta etérea tentou toma-lo. “NÃO”, ele gritou em sua mente, a aparição saltou em direção a Casca, enviando uma sensação de agonia e horror para ela.

- CASCA, NÃO!

Gritou Judeau da caverna. Ele e Pippin deixaram a caverna, os espíritos rapidamente começaram a cercar os dois, girando e mordendo.

- Continuem lutando, Marcados! Continue lutando, Lutador! Continue negando a escuridão, Negador, pois esta luta eterna que vocês cinco enfrentam agora só pode ser superada resistindo.

Disse o Cavaleiro Caveira. Os cinco Marcados grunhiram, atacaram, agonizaram, sofreram, lutaram, dando tudo o que ainda tinham, até que tudo escureceu.

- Vocês devem ficar mais fortes, se vocês cinco desejam sobreviver ao que está por vir.

Todos os cinco acordaram rapidamente com as palavras do Cavaleiro Caveira e a escavação de Godo ecoando do outro lado da caverna, seus peitos pesados ​​e frios, como se tivessem acordado de um pesadelo. Eles estavam de volta à caverna, encostados nas paredes.

- Os espíritos serão mantidos à distância pelo fogo e desaparecerão ao nascer do sol. Fiquem aqui dentro. Eles não podem entrar. A energia dos elfos que antes perambulavam por aqui ainda é forte. Da mesma forma, o que salvou o Lutador e o Negador da morte foi o pó de elfo que a criança tinha.

Disse o Cavaleiro Caveira, indo para a entrada.

- Espera! Você pode pelo menos dizer se tem um jeito pra a gente curar o Griffith?

Perguntou Casca, levantando-se.

- Nada a respeito do Negador é mais certo, Marcada. Toda a sua vida foi tecida para o momento em que ele ascenderia à posição de Rei da Ambição e, ainda assim, ele ainda é Griffith. A Marca do Sacrifício nele exige que cada gota de sangue e pedaço de carne dele seja levado pelas trevas, e ainda assim, ele vive.

Disse o Cavaleiro Caveira, voltando-se para o grupo.

- Você pode sentir isso, não pode, Negador? As peças restantes do destino que você se recusou a trilhar. Você pode ter quebrado a roda da Causalidade, mas você não a apagou e ela pode ser consertada. Portanto, preste atenção ao meu aviso, Negador, pois a Mão de Deus não parará por nada ter você entre eles, ou entre os mortos. Eles temem você agora.

Griffith e Guts entenderam as palavras do Cavaleiro Caveira. Embora não tenha se tornado real, Femto ainda existia dentro dele. “Foi real, aquela visão... Então Casca esta...”, Guts pensou.

- Existe um lugar, de magia e sabedoria. A bruxa que está lá pode ser capaz de lhe dar as respostas que vocês desejam. Continue lutando, Lutador, agora você luta pelas vidas de todos os que desafiaram a morte ao seu lado. Continue negando a escuridão, Negador, agora você carrega o poder de escolha, então escolha sabiamente, ou o Rei da Ambição usará sua alma como uma coroa. Até nos encontrarmos novamente, Marcados, Lutador, Negador.

E o cavaleiro caveira saiu da caverna.

- Puta merda, PELO MENOS NOS DÁ ALGUMAS INSTRUÇÕES!

Gritou Guts, irritado, mas tudo o que eles ouviram do Cavaleiro Caveira foram os cascos de seu cavalo, desaparecendo na noite. Todos ficaram quietos, a chuva, os espíritos fora rugiam e chamavam.

- E agora? O que nós fazemos…?

Perguntou Judeau, olhando para o chão, tão perdido quanto todos os outros. Casca suspirou, seus olhos começaram a lacrimejar, olhando para seu amante e líder:

- Guts... Olha... Eu preciso ficar com Griffith! Procurar o lugar que… aquela coisa falou! Você ainda deve querer buscar seu próprio sonho, né? Suas próprias batalhas... Você é como ele, então eu sei...

Mas ela foi cortada novamente. Guts a abraçou, seu braço direito mantendo-a perto.

- Eu te amo, Casca! Eu quero abraçar vocês dois milhares de vezes! Você não tem que escolher, eu vou ficar aqui, com meu irmão, meu amor, e meu filho!

Disse Guts, seu rosto enterrado docemente no pescoço de Casca. Casca ficou chocada. Griffith começou a mover a mão, como se estivesse escrevendo em um caderno invisível.

- Papel!

Disse Rickert, indo até sua bolsa, pegando um caderninho e um pedaço fino de carvão. Griffith pegou o carvão, colocou o caderno no toco do braço esquerdo e, lentamente, um tanto vacilante, escreveu no papel e mostrou o papel a Casca, Pippin, Judeau, Erica e Rickert. “Casca está grávida com o filho do Guts.”, Estava escrito no papel com uma caligrafia rústica. Todos ficaram surpresos.

- Como? Como vocês sabem?

Perguntou a ela, com medo do que o conhecimento geral de sua situação poderia causar.

- Não importa! O que importa é que eu vou ficar. Ficar com Griffith, ficar com você, até o fim.

Disse Guts, soltando Casca e a beijando. Ele não queria que ela soubesse de Femto. Nem Griffith, não com seu conhecimento do que o Rei da Ambição faria com ela.

- Você disse que não queria se agarrar ao sonho de outra pessoa novamente.

Disse Casca, relembrando a conversa deles após o primeiro ato de amor.

- Eu não quero. Esta é outra situação completamente. Eu escolhi essa batalha! Você não estava lá, Casca! Você não ouviu o que aqueles demônios estavam oferecendo pra ele. Tudo o que Griffith sempre quis, na palma da mão, e ele escolheu morrer com a gente! Depois que ele praticamente desistiu do sonho que ele passou a vida toda lutando pra conseguir, pelo nosso bem, eu não posso simplesmente deixá-lo pra tras... De novo...

Disse Guts, levantando-se. Ele veio em direção a Griffith, segurou o coto frágil e fino de seu braço esquerdo:

... O que eu disse pra eles continua valendo, Griffith! Nas profundezas da escuridão em que você está perdido, saiba que nunca vou te abandonarr. Vou encontrar a resposta...

Guts puxou Griffith pra perto, abraçando-o. Griffith não sabia o que pensar:

... O sacrifício do seu sonho não foi à toa. Em nome de todos os que não estão aqui, Gaston, até mesmo o Corkus, prometo te salvar, como você me salvou, e salvou o amor da minha vida, daquele buraco do inferno. Eu te prometo isso, até o dia em que eu morrer! Obrigado, Griffith!

Disse Guts, e Griffith sentiu uma única lágrima caindo em seu ombro. Griffith esticou os braços, abraçando Guts: “Valeu a pena”, disse a si mesmo, com os olhos marejados. "Valeu a pena".

- Então, acho que temos o caminho para nós, não é? Quando começamos?

Perguntou Judeau, tirando uma faca da bota.

- Você quer vir com a gente, Judeau?

Casca perguntou. Judeau brincou com a faca nos dedos:

- No dia em que Guts deixar o bando, eu disse que eu não sou o melhor em nada, então decidi servir o melhor. E agora, o matador de cem homens, o melhor espadachim que já conheci, está em uma missão para salvar o melhor amigo. Por que eu não deveria entrar? E, além disso, aquele esqueleto gigante disse ele mesmo; essas coisas lá fora vão nos caçar até que a gente morra. Eu não posso ficar nesta caverna pra sempre, então é melhor a gente ficar junto. Já funcionou duas vezes.

Disse Judeau, sua personalidade calma e despreocupada voltando, depois dos momentos de desespero.

- E você, Pippin? Vai vir?

Perguntou Guts.

- Claro!

Disse Pippin, levantando-se.

- Eu também vou!

Disse Rickert, ao lado de Pippin.

- Rickert, essas aberrações que vamos enfrentar estão muito além das piores batalhas que o Bando do Falcão já lutou antes! Não podemos contar com Zodd, ou aquele esqueleto vindo para nos salvar toda hora. É melhor você ficar.

Disse Casca, preocupada com o Falcão mais novo.

- Não! Eles eram meus irmãos também! Griffith é meu líder, meu amigo também! Por favor!

Disse Rickert, sério. Pippin colocou a mão no ombro do menino, dando um aceno caloroso.

- Tá bom. Agora, a gente descansa. No final do mês, a gente vai embora!

- Disse Guts. A fogueira brilhou e girou, suas chamas fracas, mas vivas, como as esperanças dos Falcões. Dúvida, medo, preocupação e perguntas pairando sobre eles enquanto finalmente dormiam.



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