-Desculpa princesa, mas não consigo mais me segurar. Eu quero muito você...
Ouvi-lo dizer aquilo com os lábios contra os meus faz um arrepio correr meu corpo. Mesmo que eu tentasse esconder a verdade era que eu queria o mesmo que ele há muito tempo. E Deus sabia que eu não era nenhuma santa. Acontece que desde que fora trabalhar ali era tanto pra fazer que não sobrava muito tempo pra diversão. E com isso nada de homens.
Além de alguns olhares discretos que meus colegas de trabalho me davam JongSu era o primeiro homem que me fazia sentir desejada em um bom tempo e isso era muito bom.
Seus lábios são macios, mas exigentes. Parecem querer me provar, me conhecer e quando eu negava algo ele tentava me persuadir. Essa brincadeira é divertida e perigosa. Os dois sabiam onde isso daria. E nenhum dos dois se importa quando o cinto é solto e eu acabo sentada em seu colo.
Admito que não era algo muito confortável. O espaço era pequeno e o volante no meu traseiro incomodava um pouco, em compensação isso me fazia ficar mais perto dele. Jogo a cabeça pra trás dando-lhe mais acesso quando seus beijos descem por meu pescoço. Meus dedos entram entre os cabelos dele.
Naquele momento eu não estava nem aí para meu posto na empresa do pai dele, nem o que as pessoas podia falar de mim. Eu era eu, e ele era só ele.
O celular dele começa a tocar loucamente no bolso e JongSu não parece nem perceber.
-Não vai atender? – pergunto entre um arfar.
-Não. – suas mãos passeiam dos lados das minhas pernas entrando sob meu vestindo subindo levando o tecido pra cima junto – Tão perfeita...
O telefone volta a tocar e é ignorado com sucesso mais uma vez. Agora o zíper do meu vestido desliza até a metade das costas a boca de JongSu sobre meu colo agraciando a pele recém exposta com pequenos selares. Acabo soltando meu casaco que cai sobre os pés dele.
Quando o celular toca pela terceira vez vejo-o suspirar exasperado apoiando a cabeça no meu peito como se tentasse recuperar a paciência e enfia a mão no bolso tirando o aparelho.
-Weh... - coloca no ouvido e mesmo assim segue com uma mão acariciando minha coxa sob o vestido, sua mão para quando a pessoa do outro lado fala – Claro que não. Mas... Sabe que eu odeio isso tudo. Aish.
Desliga o aparelho e joga no banco de trás.
-O que foi? – toco seu rosto e selo seus lábios.
A mão dele vai para meu pescoço me beijando mais uma vez.
-O velho.
-O que ele queria? – me afasto olhando para seu rosto tenso.
-Que eu vá na sua casa e a leve para o aeroporto.
Minha vez de ficar tensa.
-Por quê?
-Tem um jatinho esperando por nós. – com um suspiro resignado ele fecha o zíper do meu vestido me ajudando a voltar para meu lugar – Consegue arrumar uma mala rápido?
-Sim. Mas eu... – tento me arrumar o melhor que consigo enquanto ele liga o carro e volta para o transito na direção da minha casa – Pra que isso tudo. Ele descobriu sobre a gente?
-Querida. – tira uma mão do volante para acariciar meu rosto – Ele não vai descobrir. Só quando eu contar.
-Então nunca vai saber. Por que você não vai contar.
-Imagina. Se eu contar a gente não vai precisar se esconder, vamos poder fazer o que quisermos sem ser julgados.
-E o que vai ser da minha carreira?
-Você não vai precisar trabalhar pra ninguém. – ele ri acelerando – Se estiver comigo vai estar com Deus.
-Sei. – dou um riso soprado percebendo que já estava bem perto de casa.
Uma vez lá dentro o deixo na sala e vou arrumar minha mala o mais rápido que consigo. Quando me viro ele está na porta me observando.
-O que foi?
-Nada. Você parece tensa. – caminha até mim e mexe nos meus cabelos – Agora sim. Estava um pouquinho fora do lugar. – sorri.
Corro na frente do espelho e termino de arrumar, havia me esquecido completamente dos cabelos que estavam todo desgrenhado.
-Acha que essa roupa está boa?
-Eu preferia sem ela, mas já que meu pai não dá um tempo...
Dou um soco no ombro dele, arrastando minha mala pela porta e pegando a outra sobre o sofá, mas ele se apressa a me ajudar.
-Vai me dizer pra onde vamos?
-Japão e depois Jeju. Viagens de negócios. Meu pai ouvido que trabalhamos bem juntos e resolveu me dar uma oportunidade pra provar que sou capaz de algo sozinho e depois disso vai me deixar em paz.
-Mas o que eu tenho com isso? – pergunto entrando no carro enquanto ele coloca minha mala no banco de trás e recupera o celular que jogara lá.
-Você é a minha babá. – ele dá um risinho sapeca colocando o carro em movimento – Eu já disse que tenho tara por babás. – reviro os olhos – É serio. Meu primeiro beijo foi com minha babá.
-Que pervertido! – olho pra ele que ri.
-Eu avisei. - para na frente de uma loja de conveniência – Já volto. – logo está de volta com várias sacolas de plástico.
-O que é isso?
-Minha mala.
-O que?
-Não estou a fim de ir em casa. Então só comprei algumas coisas que preciso. O resto eu compro por lá.
-Você é louco. – acabo rindo.
***
Uma hora mais tarde estávamos em um jatinho a caminho do Japão. Não fazia ideia do que aconteceria naquela viagem e JongSu recebera um laptop quando chegamos ao aeroporto que devia ter as informações. Naquele momento ele estava com o mesmo sorrisinho de quando ele dissera que gostava de babás. O polegar roçava suavemente seu lábio inferior.
Tento não dizer nada e continuar em meu lugar no banco do lado. Havia me acomodado ali com as pernas sobre o acento e usado o casaco que ele me dera pra me cobrir. No final acabo na resistindo.
-No que está pensando?
-Em você. – a resposta é direta assim como o olhar masculino que passeia por você.
-Já imaginava. – se endireita no banco dobrando o casaco dele e colocando no apoio do acento – Sempre fica com essa cara de safado quando está perto de mim.
-Hum... Então você percebeu...
O sorriso torto naquela boca era puro pecado, não resisti e sorri também.
JongSu fechou o laptop e colocou no banco vazio do outro do corredor, sem me dar tempo pra recusar se inclinou sobre mim capturando meus lábios com voracidade.
No começo eu penso se ele pensou na possibilidade de terminarmos o que começamos no carro, mas quando sinto seu toque logo percebo que é exatamente isso o que ele pensa em fazer.
Me empolgo com a ideia extravagante. Qual sério o problema estamos muito longe de qualquer pessoa e duvidava que o piloto tivesse a audácia de deixar a cabine dele. Não com tantos acidentes aéreos acontecendo ultimamente.
Me puxa pra que eu me aproxima mais de si. Meu casaco deslizando dos meus ombros e indo para o chão junto com o dele que estava entre a gente.
Correspondo o beijo e não o censuro quando sua mão entra sob meu vestido e começa a abaixar minha calcinha. Com habilidade a peça desliza por minhas pernas e acaba no bolso da calça dele. Os lábios de JongSu raspam de leve na minha orelha me fazendo arrepiar e antes que possa impedir, um gemido escapa por minha garganta.
-Eu quero você agora... – sussurra abrindo o zíper do meu vestido que se abaixa até um pouco abaixo dos seios expondo o top preto de renda – Meu Deus como você é deliciosa... Eu nunca cansaria de prova-lá.
Sorrio com as palavras dele. Era bom ouvi-lo falando o que vinha na cabeça. A boca desce por meu pescoço assim como as pontas dos dedos passam suavemente por meu colo fazendo cócegas até o top que é abaixado devagar. Em instantes JongSu está ali sugando, mordiscando. A língua brincando com o ponto entumecido pelas carícias dele.
Não satisfeito ele me ergue colocando sobre seu colo. Uma mão segura minha cintura me pressionando contra ele a outra brinca em minha coxa exposta já que o vestido subira. Sob mim posso sentir seu membro rijo preso pela calça e rebolo sobre ele.
JongSu geme contra meu seio, se afastando um momento pra me olhar. Ofereço meus lábios a ele que não recusa e os toma faminto. A mão desliza por minha coxa. Primeiro na parte externa depois passa para a parte interna o dedo deslizando por minha intimidade que já estava molhada só por pensar que estávamos prestes a transar em um avião.
-Parece que já está pronta pra mim... – ele sorri, se afastando um momento pra abrir o zíper da calça e abaixar a cueca.
Segurando firmemente minha cintura me faz levantar um pouco e se sentar sobre ele. Ao sentir a invasão do membro rijo o ar me falta e estremeço agarrando os ombros dele.
A sensação era estranha. Meu vestido estava com a parte de cima na altura da cintura preso pelo cinto, os seios expostas e ainda úmidos pela boca dele, os mamilos apontando para ele como se quisesse mais do que tiveram. A saia do vestido também não cobria muito, deixando a parte rendada da meia no meio da coxa aparecendo. Ao contrário de mim JongSu estava todo vestido e isso era frustrante, mas de um jeito bom.
Me ajuda a me mover sobre ele segurando meu quadril. A boca volta a minha sugando meu lábio inferior.
-J-JongSu... – gemo quando ele mordisca minha orelha.
-Sempre imaginei como seria você gemendo meu nome... – a língua passa pelo arco da orelha até parar brincando com a perola do meu brinco – Mas ouvir de verdade é melhor ainda... Faz de novo pra mim? Por favor...
Faz com que eu me mova mais um pouco sobre ele e mesmo se ele não tivesse pedindo em pouco tempo estou gemendo e chamando seu nome involuntariamente, juntamente com um monte de palavras desconexas.
O clímax vem rápido pela adrenalina do lugar inapropriado e faz nós dois estremecemos nos braços um do outro. JongSu deixa um beijo no meu pescoço depois um sobre meus lábios, quando recuperamos o fôlego.
Damos um pulo quando a voz monótona do piloto avisa que vamos pousar em alguns minutos e pedindo para colocarmos o cinto de segurança.
JongSu ri me ajudando a colocar o vestido e como da outra vez tenta colocar meus cabelos no lugar.
-Por que essa preocupação com meus cabelos?
-Não sei. – o sorrisinho satisfeito nos lábios dele me dá vontade de pedir o piloto pra dar mais uma volta pelo ar pra gente repetir a dose – Acho que gosto deles.
Sento no meu lugar e coloco o cinto assim como JongSu que continua com aquele sorriso sapeca me olhando de tempos em tempos.
***
-Por que eu tenho que ir nessa maldita festa? – reclamo - É uma da manhã.
Minha voz sai como se estivesse fazendo manha, mas eu só não queria ir a uma festa com velhos bêbados à uma da manhã. Chegamos à poucos minutos e já fomos direto para um pequeno restaurante tradicional, tipo aqueles que vimos nos animes, com mulheres de quimono e todo mundo sentado no chão.
Olho pra fora mais uma vez encarando a construção com um suspiro contrariado. Será que o velho não percebia que era sexta, tudo bem agora já era sábado, e que tecnicamente eu nem trabalhava nesse dia?
Se queria matar o filho dele que mandasse só o filho dele.
-Você precisa vir comigo. – ajeita o casaco social que tirara de uma das sacolas dele – Prometo que ficamos o mínimo possível e voltamos.
-Mas eu... – passo as mãos pelo vestido e cabelo – Estou uma bagunça.
-Está sexy. – diz baixinho – Vai deixar os velhos babando e vão nos dar tudo que quisermos.
-Vai me usar pra fechar negocio com os japoneses?
-Se for preciso pra terminar isso logo. – encolhe os ombros e desce do taxi abrindo a porta pra mim, paga o motorista e para na minha frente arrumando meu casaco – Está pronta?
-Espera... – me lembro de algo – Onde está minha calcinha?
Ele ri enfiando a mão no bolso da calça.
-Essa? – gira a peça preta no indicador, tento pegar, mas ele levanta o braço – Vou ficar com ela.
-Pra que? – seguro o vestido – Está estranho aqui sem ela.
Mas ele só balança a cabeça negando.
-Vou guardar de lembrança. – coloca no bolso novamente e segurando meu pulso quando tento pegar – Preciso ter certeza que isso realmente aconteceu, então vou guardar. Um dia eu te devolvo. Mas... – começa andar em direção ao lugar parando e olhando sobre o ombro pra mim que ainda estava parada ali pensando em como pegaria minha roupa com ele – Você está tão preocupada com uma coisa tão insignificante que nem se lembrou de algo que pode ser importante.
-Serio? – dou um risinho sarcástico, antes ele me seduzia agora me irritava como sempre, esse cara tinha que se decidir - E o que é?
-A gente não se protegeu lá no avião.
Com essa frase de efeito me deixa parada ali e entra no restaurante.
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