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História A Segunda Vida de Hyuna - Happy Hour e Diversão Virtual - História escrita por kkwans - Spirit Fanfics e Histórias
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História A Segunda Vida de Hyuna - Happy Hour e Diversão Virtual


Escrita por: kkwans

Notas do Autor


Desculpe a demora, as coisas na intercomic estavam uma correria só, mas vou ver se consigo colocar todas as minhas fics em dia💕

Capítulo 22 - Happy Hour e Diversão Virtual


Happy Hour

Quatro anos depois, Hyuna já fazia parte da equipe de virologia do departamento de pesquisa de compatibilidade. A dedicação e a atenção de Hyuna fizeram com que ela participasse de um dos setores mais importantes e perigosos da UniCom.

Por ser ciborgue, Hyuna era imune aos vírus que eram desenvolvidos, porém, a responsabilidade era muito grande: qualquer descuido poderia comprometer a saúde dos seus colegas de trabalho.

Eles estavam estudando vírus capazes de modificar o sistema imunológico para que não ocorresse a rejeição de peças artificiais implantadas.

A importância daquele trabalho era que grande parte dos custos de um implante artificial estava no controle da rejeição, que era feito com longos tratamentos químicos no usuário e utilização de materiais restritos nas peças.

Resolvendo os problemas da rejeição, os custos da cirurgia de implante diminuiriam muito, permitindo que mais pessoas consumissem os produtos na UniCom.

Mesmo não produzindo diretamente as peças robóticas, a UniCom tinha interesse nesse mercado, pois produzia as conexões que convertiam os sinais orgânicos do corpo em instruções para as máquinas implantadas.

A relação com os colegas de trabalho era muito melhor do que a que ela teve com os colegas de escola. Ela era respeitada pelo que ela fazia, sem questionamentos sobre o que ela era. O fato dela ser ciborgue era tratado com naturalidade nas conversas, pois além dela, outras seis pessoas também eram ciborgues totais, e outros dez eram ciborgues parciais.

Hyuna fez novas amizades na UniCom, mas as conversas geralmente eram apenas sobre o trabalho ou sobre diversões cotidianas; apenas com Minnie é que Hyuna estabeleceu um vínculo maior, elas falavam sobre a vida, as dúvidas e os segredos.

Fora da empresa, Hyuna saia com a turma do irmão dela. Ela aparentava a mesma idade que eles, ainda tinha diversões em comum, todos eram simpáticos com ela, mas Hyuna tinha dúvidas se aquela simpatia acontecia sinceramente ou só por respeito ao irmão.

Em um desses passeios ela encontrou aquele amigo de infância que havia sido mandado para a diretoria junto com ela por causa da “briga” no intervalo da escola. Eles não se falavam desde que Hyuna haviam trocado de corpo.

Foi ele quem a reconheceu, eles estavam saindo de um show sinestésico quando ele a chamou.

A princípio, ela achou que era algum dos amigos do irmão, mas ao estranhar a aparência mais velha, ela foi reconhecendo os traços do amiguinho da escola.

Ambos lamentaram a ausência de contato, ele perguntou onde ela estava estudando, e quando Hyuna estava orgulhosamente contando do cargo na UniCon, ele apresentou uma moça que o acompanhava: era a namorada dele.

Hyuna se decepcionou, mas manteve o sorriso enquanto ele contava para a namorada do dia em que ele apanhou da garota-robô.

A conversa terminou logo depois disso, combinaram de continuar o contato pelo comunicador e se despediram.

Hyuna ficou incomodada com aquilo, sentia falta daquela amizade, e sentia também que voltar o contato com ele não resgataria aquele sentimento.

No trabalho, ela esperou o horário de almoço para conversar com Minnie. Elas não precisavam se alimentar, mas aproveitavam o horário para descansar a mente.

Minnie sempre ia para um restaurante nas proximidades que tinha convênio com a UniCom. Ela tinha instalado um protótipo de digestor de líquidos para poder beber e assimilar alguns nutrientes.

Durante o almoço, ela sempre ficava fazendo hora com um refrigerante. Dava mais trabalho para a manutenção, mas o digestor permitia a percepção de alguns sabores e alguns efeitos das bebidas alcoólicas.

Hyuna ficava sem nada mesa, já estava acostumada a fazer companhia nas refeições para seu pai e seu irmão.

- Encontrei um amigo da época da escola no show de ontem.

- Hmm, e por acaso era um amiguinho “mais que amiguinho”?

- É, até que era...

- E por que essa carinha triste? Ele fez de conta que não te viu?

- Não, foi até ele que chamou; eu demorei um pouco para reconhecer.

- Ele ficou mais bonito? Mexeu com você?

- Ele, é... acho que sim, está bonito, mas eu tive a impressão de que ele só me chamou para me apresentar para a namorada.

- Como assim! O que ele queria?

- Não sei, acho que só queria mostrar para a namorada que ele brigou com a “garota-robô” quando era criança e sobreviveu.

- E é por isso que você está assim?

- É...

- Ou é por que ele tinha uma namorada?

- Não, nada disso... – Hyuna percebeu que era exatamente por isso que ela estava incomodada. Sentiu que se ele estivesse sozinho, ela poderia ter esperança de uma reaproximação.

Minnie ficou estudando a expressão dela durante algum tempo e perguntou:

- Você está de olho em alguém?

- Não, você sabe que não...

- Alguém do escritório, algum amigo do seu irmão?...

- Não, Minnie, eu não estou de olho em ninguém.

- Tudo bem, tudo bem, você não está de olho em ninguém...

Minnie fugiu da expressão brava de Hyuna, bebeu de refrigerante, e enquanto Hyuna tentava disfarçar o desconforto olhando para as notícias no comunicador, ela voltou ao ataque:

- E ficaria mais feliz se estivesse de olho em alguém?

Hyuna estava “de olho” em alguém. Era uma silhueta, alguém que lhe faria companhia, alguém que lhe faria carinho, alguém que lhe faria rir. Ela estava interessada em alguém, só não sabia quem.

Ela resumiu todos esses sentimentos com um: - Talvez... – e com um risinho no canto da boca.

Minnie entendeu, e continuou sua “consulta”:

- E você não percebeu se tem alguém de olho em você?

- Não, os amigos do meu irmão me veem apenas como a irmã-robô do amigo deles, Eles me tratam bem, mas é só isso.

- E na UniCom?

-Ah, o pessoal é mais velho no trabalho, e... ei, o pessoal já está saindo, acabou o almoço.

- É, já deu a hora, mas essa conversa não acaba aqui, eu te pego na saída. – e brilhou seu olho direito, um truque que Minnie tinha aprendido com sua tela ocular.

Conforme o prometido, no final do expediente, Minnie chamou Hyuna para uma passada em uma coquetelaria. Hyuna não via sentido naquilo, pois não tinha um digestor de líquidos, mas diante da insistência da amiga, ela mandou um recado para o pai avisando que “trabalharia” até mais tarde.

As duas dividiram a cabine de transporte de Minnie, e chegaram em um ponto agitado do centro da cidade que Hyuna não conhecia.

Dentro da coquetelaria, ela percebeu um público mais adulto e uma música ambiente mais baixa do que as lancherias que estava acostumada a visitar.

Minnie já tinha alguns conhecidos lá, eles a cumprimentaram enquanto ela passava pelas mesas; alguns, assim como elas, ainda estavam com os trajes de suas empresas. Elas foram direto para o banheiro feminino.

Lá dentro, algumas mulheres conversaram animadamente, e cumprimentaram com beijinhos a Minnie e a Hyuna assim que ela foi apresentada.

Minnie pediu um maquiatubo emprestado, e começou a pincelar o rosto de Hyuna.

Mesmo concentrada no rosto de Hyuna, Minnie mantinha a animação na conversa com as amigas.

Uma pergunta dessa conversa deixou Hyuna tensa. Alguém perguntou para Minnie se ela era aquela menina do trabalho dela que tinha sido a primeira ciborgue total do mundo.

Ela não viu quem perguntou, estava com o olhar fixo em Minnie para não atrapalhar a maquiagem.

Sem alterar a expressão, Minnie confirmou a pergunta.

Hyuna ficou feliz e aliviada com a reação das mulheres: sem receio algum, elas tocaram em sua pele, compararam com a de Minnie, elogiaram sua aparência, fizeram perguntas sobre o cabelo, a alimentação e a manutenção.

Ela perdia a timidez a cada resposta que dava, até que Minnie anunciou: - Está pronta! – e a virou para um dos vários espelhos do local.

A surpresa deu lugar à admiração conforme Hyuna percebia o que Minnie tinha feito. Usando tons discretos e toques precisos, ela havia amadurecido as feições de seu rosto; agora ela parecia uma mulher, e não mais uma menina.

A conversa continuou enquanto Minnie fazia a maquiagem de uma amiga que tinha acabado de entrar. Hyuna estava impressionada com a igualdade com que ela era tratada lá; rapidamente ela deixou de ser o centro das atenções e trataram de futilidades como roupas ou propagandas.

De volta ao salão, foram convidadas para uma mesa com funcionários de uma empresa de design, três rapazes e uma moça, puxaram duas cadeiras e se encaixaram ao redor da mesa.

            Hyuna foi apresentada rapidamente e o assunto continuou, estava falando de uma nova descoberta, capaz de reverter o vício em qualquer substância: a polêmica estava no fato de que esse remédio também poderia gerar dependência.

            Vários assuntos circularam pela mesa, como custo de vida, fofocas sobre colegas de trabalho e sucessos do sensorama.

            No começo, Hyuna até pensou em pedir uma bebida para disfarçar, mas com a descontração da conversa, ela ficou à vontade e até deu sua opinião sobre alguns assuntos.

            Só quando um recado do pai chegou no comunicador é que Hyuna percebeu que já era tarde da noite (pelo menos para ela).

            Assim como qualquer pai, o pai de Hyuna se preocupava quando a filha não voltava no horário combinado, e no caso dele, apesar da idade adulta da filha, a preocupação era maior por causa de seu corpo robótico; ele achava que sua filha não estava pronta para o mundo, e o mundo não estava pronto para ela.

            Hyuna contou no ouvido de Minnie a sua situação. Minnie concordou, avisou os amigos que iria acompanhar Hyuna até a cabine. Hyuna se despediu, eles trocaram contatos pelos comunicadores, e ela voltou para casa, recebendo uma brilhada de olho de Minnie.

            O pai estava vendo notícias na tela da sala quando ela chegou e contou do passeio para ele. Conversaram sobre o lugar, sobre as pessoas que ela conheceu. Depois falaram um pouco sobre seus trabalhos e assistiram o final de uma reportagem sobre a crise financeira.

            Ele percebeu a maquiagem adulta no rosto da filha, sentiu que mais mudanças viriam. Com tristeza e alegria ele via sua menininha crescendo.

           

 

                        Diversão Virtual

            Minnie era uma mistura de mãe com amiga adolescente para Hyuna, só que com bem mais “amiga adolescente” na mistura.

            Os convites para as coquetelarias e para os virtuats continuaram, e Hyuna mudou seus programas de fim de semana.

            Ela começou adicionando os amigos de Minnie, e aos poucos, começou a fazer seus próprios contatos, principalmente nos virtuats.

            Minnie preferia o clima calmo e descontraído das coquetelarias, com suas conversas e seus sabores, mas ainda assim, reservava os sábados para acompanhar sua “aprendiz” nos virtuats.

            Hyuna gostava daquela imersão virtual, o som, a ação, a fantasia.

            Na primeira visita ela ficou encantada com o conceito de passear com outras pessoas em um ambiente totalmente virtual. Na entrada, ela escolheu um avatware de sorvete, uma das opções gratuitas para visitantes.

            Depois de vestir o imersor e ajustar as lentes, ela olhou para o espelho e viu uma grande bola de sorvete de morango sobre uma casquinha em cone. Quando ela afastava um braço ou uma perna do corpo, uma pazinha escorria rapidamente do sorvete e ocupava o lugar deste membro em movimento.

            Ao virar para o lado e contar a novidade, Hyuna viu uma versão cartunesca sensual de Minnie, com brilhos nos lábios e no vestido.

            Minnie explicou que havia comprado aquele avatware, e estava usando uma opção de customização que permitia trocar o vestido, os saltos, e até mesmo o cabelo.

            Depois de alguns instantes para se acostumar com aquela interação, elas foram até uma porta espelhada. Minnie foi na frente, ela tocou no espelho e o atravessou. O reflexo ondulou por um segundo e voltou ao normal. Hyuna fez o mesmo, tocou com sua mão/pazinha no espelho, sentiu algo sólido deslizando lateralmente, mas a imagem do reflexo continuava lá. Seu tato não era muito preciso, mas ela tinha certeza de que não havia nenhuma barreira física no espelho naquele momento.

            Ela deu dois passos e atravessou a porta. Assim que sua cabeça passou pelo reflexo, um som inundou seu ouvido. Era um som que ela só conhecia em sensoramas, em cenas de mergulho, mas desta vez o som foi dentro da sua cabeça.

            O som acalmou, era apenas um borbulhar suave, e a Minnie cartoon estava na sua frente, sorrindo e balançando. E não era só ela que estava balançando. Grandes ondulações distorciam levemente a visão, como se ela estivesse embaixo d’água, aliás, ela parecia estar embaixo d’água, juntamente com Minnie, com plantas aquáticas, balançando suas folhas, três grandes pinguins coloridos, cardumes de peixes, robôs de combate, recifes de corais, um anjo, um tubarão, um peixe dourado com pernas, uma grande ostra com uma pérola colorida dentro, um pequeno dinossauro, outro sorvete saltitante... nada daquilo fazia sentido.

            Hyuna levou alguns instantes para entender aquele ambiente virtual, e perceber que aquelas criaturas andando por lá eram outras pessoas utilizando avatwares.

            Era como um passeio em um mundo fantástico, com vários ambientes; viram um fantasma e alguns alienígenas deitados nos corais, descobriram que aquela área era totalmente acolchoada; viram algumas criaturas dançando em uma área cheia de gêiseres coloridos sincronizados, quando elas entraram na área, começaram a ouvir a música, as erupções acompanhavam seu ritmo, e assim que saíram daquela área, a música sumiu.

            Hyuna já tinha passeado por ambientes virtuais antes, eventualmente as apphouses faziam esse tipo de evento, mas nenhum dos que ela tinha participado era tão grande, tão intenso e tão maluco quanto esse.

            A curiosidade fez com que ela soltasse a trava do imersor e espiasse o ambiente sem a lente. Ela viu um ambiente totalmente escuro, com pontinhos de luz na cabeça dos vultos e em alguns cantos do cenário. Uma sirene soou em seu fone, ela ouviu também algumas ofensas das pessoas que estavam por perto.

            Um vulto, que Hyuna imaginou ser Minnie, se aproximou e a ajudou a recolocar o imersor.

            De volta à visão virtual, ela viu um peixe com cara de bravo na sua frente, segurando uma plaquinha com o valor de uma multa. Minnie lembrou-a de que era proibido tirar o imersor dentro do habitat.

            Essa bronca não tirou a empolgação de Hyuna, que andava sem parar, tentando descobrir todos os segredos daquele lugar.

            Achou uma sereia segurando um grande espelho; provavelmente ela era um ser virtual, Hyuna não arriscou tirar o imersor para confirmar essa suspeita. A diversão estava no espelho, que atrasava e acelerava os reflexos.

            Foi lá que ela viu que, quando andava, sua aparência de sorvete pulava com sua casquinha entortando para amortecer a queda e tomar impulso, deixando um rastro de pingos moranguinhos.

            Um bando das mais variadas criaturas passou correndo atrás de um cardume de peixes coloridos que estava nadando mais baixo. Quando alguém encostava em um dos peixinhos, ele virava moedinhas que estouravam como bolhas.

            Minnie explicou que vários mini-eventos aconteciam num virtuat; muitos eram jogos que davam bônus nas compras de itens. Durante a explicação, um tubarão desceu sobre o bando que perseguia o cardume: aquele era um evento em que alguém perdeu alguns bônus.

            O efeito que mais impressionou Hyuna foi uma cabeça gigante que apareceu lá no alto. Ocupava quase que toda a totalidade do teto, e a ondulação da imagem era bem maior. Parecia uma criança gigantesca, por cima d’água, olhando toda aquela ação.

            Essa visão foi compreendida depois, quando Hyuna chegou até uma das paredes e conseguiu distinguir, à distância, como se estivessem do outro lado dessa parede transparente, os móveis de uma sala. Era como se todos estivessem dentro de um aquário gigante.

            Depois de uma hora de encantamento, um pequeno mergulhador apareceu na frente de Hyuna, indicando a saída e avisando que seria perigoso continuar lá dentro.

            Ficar muito tempo naquele ambiente virtual poderia interferir nos reflexos e na percepção dos usuários, por isso era determinado um limite para a diversão, principalmente para os iniciantes.

            Hyuna reclamou, queria ficar mais, mas Minnie insistiu e elas saíram por uma densa cortina de bolhas.

            Mais uma vez, o som de mergulho, e ao atravessar aquela parede, o imersor se desligou e ela voltou a enxergar o mundo normal.

            Mesmo enxergando seu corpo real em uma sala real, Hyuna teve dificuldade em identificar algumas distâncias e se desequilibrou por alguns instantes. Minnie já estava sentada esperando esse efeito passar. Ela já sabia que era mais difícil se adaptar ao mundo real do que ao virtual.

            Outras pessoas estavam naquela sala, esperando a readaptação ou fazendo companhia para os amigos.

            A readaptação era geralmente rápida, menos de um minuto, mas ainda assim pessoas passavam mais tempo lá, conversando sobre suas experiências e sobre o desempenho do D.M. e os eventos que ele criou.

            Já na sua segunda visita a um virtuat, Hyuna comprou um avatware de coelhinha pink, com camiseta decotada, pompom pra fora da sainha e lacinhos nas orelhas.

            Esse virtuat estava com o tema mansão assombrada: vários cantos escuros, fantasmas atravessando as paredes e um evento de resolver enigmas nos quadros.

            Divertindo-se com os detalhes, Hyuna ficou intrigada com uma criatura que estava em um canto escuro: era um grande urso de pelúcia, com um par extra de braços cinzentos entrando e saindo de seu corpo, ela via, mas não conseguia entender, parecia uma mistura de urso com felino, em sentidos opostos, rostos se misturavam de um modo líquido.

            Ela já estava se aproximando para investigar aquele “evento” quando foi interrompida por Minnie: - Ei, sua xereta! Deixa o casalzinho namorar em paz!

            Só então Hyuna entendeu que por trás daquela mistura de avatwares estava um casal se abraçando e fazendo sabe-se lá o que mais. Aquele era um dos motivos pelos quais menores de idade não eram permitidos em virtuats.

            Hyuna se afastou, e quando percebeu que o urso estava encarando-a, ela desviou o olhar e seguiu outro caminho.

            Em um destes virtuats, um ninja de espadas prateadas a abordou, depois de segui-la por alguns instantes.

            Conversaram sobre o cenário do virtuat, trocaram dicas sobre o evento que estava acontecendo.

            Depois conversaram sobre shows, pontos turísticos da cidade, e quando passeavam por um labirinto de portas, ele começou a tocar o rosto dela, dizendo que estava tentando adivinhar como ela era, e que pela voz, ela parecia ser muito bonita.

            Aqueles olhos de mangá, emoldurados pela máscara negra, se aproximaram das bochechas pinks da coelhinha; os toques se prolongaram, e viraram carícias, que deslizaram para o pescoço e a cintura de Hyuna.

            Ela encostou a mão no peito dele, a princípio, para afastá-lo, mas depois, começou a gostar daquela situação, e tentou imitar os toques do ninja.

            Mesmo sem ter o tato desenvolvido, aquele sentimento agradava Hyuna; ela não tinha certeza do que seu parceiro poderia estar sentindo, mas tentava imitar seus gestos.

            A boca dele se aproximou do rosto dela, começou pelo pescoço, embaixo da orelha, e foi seguindo para a boca.

            Hyuna percebeu a manobra, pensou nalguma maneira de afastá-lo sem ser rude, virou o rosto, pensou em beijar o rosto dele, mas lembrou que não era capaz de um beijo normal, lembrou do pai, que dizia gostar muito das imitações de beijo dela.

            - Meu pai! – Ela disse se afastando num pulo, e conferindo o comunicador: - Não sei como ele adivinha essas coisas, me mandou um recado avisando que está tarde.

            Ela não conseguiu entender se o ninja acreditou ou não naquele improviso. Despediram-se trocando contatos e ela foi procurar Minnie.

            Minnie estava por perto, aparentemente, tinha visto tudo.

            Elas correram para dentro de uma chaleira gigante e Minnie, com uma cara séria, começou:

            - Que feio, senhorita Hyuna, ficando de “esfregação” com um desconhecido num canto do salão.

            Envergonhada, Hyuna tentava se explicar, quando Minnie, rindo, a interrompeu: - Eu sei, querida, eu sei. A curiosidade foi maior, né? E então, o que você achou?

            - Ah! Eu gostei... acho...

            - E por que parou?

            - É que, bom, eu não sabia direito se eu estava fazendo do jeito certo...

            - Ha ha; não tem jeito certo ou errado de fazer isso, é só seguir a sua vontade e fazer.

            - Mas eu percebi que ele iria beijar minha boca, e...

            - Sim, eu sei, eu sei...

            Hyuna tinha passado da euforia para a melancolia, e Minnie se preparou para uma conversinha difícil:

            - Hyuna, é muito bom ter uma companhia, é uma coisa mágica quando a gente começa a namorar e passa a amar alguém, mas você tem que entender que para..., como é que eu posso te explicar, para se unir completamente com alguém, ...

            - Eu sei Min, não tão bobinha assim.

            - Eu sei que não, mas é uma decisão que você precisa tomar. Você vai ter que virar uma mulher.


Notas Finais


Desculpe caso eu tenha esquecido de alterar algum nome, mas eu me empolgo tanto relendo esse livro que esqueço de mudar alguns nomes


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