História A Thousand Roses - Capítulo 1

Emma Swan

O domingo chegou com a confirmação de que era mais um dia que passaria junto dos meus filhos, normalmente aos domingos sempre fazíamos algo especial, ou almoçávamos com meus pais, ou dávamos uma passeada em algum lugar, ou um programa especial em casa mesmo. Hoje estava um pouco de frio, estávamos em pleno inverno em Los Angeles e apesar de não ser dos lugares mais frios dos Estados Unidos ainda vivíamos um Inverno com a temperatura baixa, no entanto decidi que faria bem às crianças sairmos um pouco de casa, depois do almoço. Assim que acordei segui para o quarto das crianças para ver se estavam bem e as duas estavam dormindo tranquilamente, ainda passava pouco das nove horas da manhã então os deixei dormir mais um pouco, segui para a cozinha e preparei um café da manhã especial, panquecas com leite achocolatado, algo que ambos gostavam muito, fiz o meu café também para acordar para o dia e logo ouvi passos pequeninos caminhando para fora do quarto, Violet havia acordado e parecia muito animada.

-Bom dia, princesinha, dormiu bem? – perguntei à medida que ela se aproximava de mim.

-Xim mamãe, tô com fome! - A peguei no colo para a sentar na banqueta alta da cozinha, para assim ela conseguir alcançar a comida e lhe entreguei um prato com panquecas e o leite em um copo especial. Logo Henry se juntou à irmã e os dois desfrutavam do café da manhã em silêncio.

-O que me dizem de sair um pouco depois do almoço para passear? E depois eu deixo vocês com a mamãe.

-Simmm, onde vamos mamãe? - Henry perguntou animado.

-Onde você quer ir?

-Podemos ir no parquinho? Ou na praia! -Disse animado.

-Está um pouco de frio para irmos passear na praia hoje, mas podemos ir no parquinho, o que você acha Violet?

-Eu quelo mamãe!

-Então parquinho será, agora vocês precisam fazer as atividades da escolinha!

Arrumei a loiça da cozinha e em seguida segui para a sala sendo acompanhada pelos meus filhos, Henry se sentou no chão perto da mesa e pegou o caderno para fazer as atividades, normalmente ele as fazia sozinho e depois eu verificava se estava tudo feito corretamente. Violet ficou esperando eu pegar o material necessário para o que ela precisava fazer.

Era raro ela ter alguma atividade em casa no final de semana, normalmente acontecia quando havia algum evento especial e pelo que entendi, o próximo evento seria o aniversário de um amiguinho e todos os alunos da salinha iriam fazer um desenho para lhe entregar, por isso a atividade seria feita em casa.

Violet pegou os marcadores e uma folha colorida e fez um desenho enquanto me contava o que estava desenhando, à maneira dela, com vários rabiscos aleatórios. No final ela ficou satisfeita com o que havia feito, eu escrevi o nome dela em um canto da folha juntamente com a data. "Violet Mills Swan" era um nome poderoso e lindo.

Quando terminei a atividade com a Violet corrigi o que Henry havia feito, como habitual tudo estava correto, o meu menino era um orgulho.

Ficamos os três brincando um pouco até dar a hora de irmos no parquinho, peguei nas duas crianças e saímos de casa, dirigi por cerca de 20 minutos, iríamos no parquinho mais perto da casa de Regina pois assim eles poderiam ficar mais um pouco brincando, o tempo estava um pouco frio, mas não tanto como deveria para pleno inverno.

As crianças ficaram correndo de um lado ao outro se divertindo um com o outro, eu amava a relação deles, quando Regina engravidou de Violet não esperávamos ser tão tarde, queríamos duas crianças com menos de dois anos de diferença mas depois de duas tentativas falhadas, à terceira conseguimos finalmente, já haviam passado quase quatro anos do nascimento de Henry, no entanto, a diferença de idades não era tão importante para eles, os dois era como melhores amigos, se ajudavam muito, brincavam juntos, se apoiavam, eram bastante companheiros um do outro.

 Acredito que boa parte dessa relação seja por conta da minha separação com Regina, eles precisam se amparar um ao outro, apesar de triste, não houve volta a dar com Regina, e agora eu sentia que ela estava muito melhor, mesmo que me odiando. Estava tão perdida observando as crianças e pensando em tudo que acabei perdendo a hora, apenas quando recebi uma mensagem de Regina perguntando pelas crianças que percebi que passava uma hora da hora prevista.

Chamei as crianças e fomos caminhando até à casa de Regina, visto que não ficava tão longe assim.

Não previsto, foi Regina quem apareceu na porta para atender.

-MAMÃE!!! - Violet gritou e foi correndo para os braços dela, Regina a pegou no colo e Henry a abraçou pelas pernas. Não podia negar que ficava com ciúmes e um pouco de tristeza sempre que os deixava e eles corriam para Regina, como se não gostassem de estar comigo. Engoli as lágrimas que insistiam em querer cair e afastei o pensamento ruim, tudo o que eu não queria era chorar na frente de minha ex-mulher.

-Tudo certo com as crianças? - perguntou se virando para mim.

-Tudo sim. Você está bem? - perguntei arriscando um pouco, Cora havia dito que ela estava se sentindo mal quando eu peguei as crianças e achei por bem perguntar, por educação.

-Tudo certo, apenas alguma virose que está demorando para passar. - As crianças correram para o interior nos deixando a sós.

-Cuidado para não ter um bebé nascendo daqui a 8 meses. - Joguei no ar, sem eu mesma entender o porquê de falar aquilo.

-Muito engraçada Swan, não é que tenha alguma coisa a ver com a minha vida, mas eu não sou uma idiota. – respondeu ríspida, cruzando os braços e revirando os olhos em seguida, aquela mania que nunca sairia dela, há coisas que nunca mudam.

-Nunca disse que você era uma idiota, mas pode acontecer quando se transa com homens.

-Você anda ouvindo muitas coisas e está começando uma fanfic na sua cabeça, mas pode esquecer isso. E agradeço que não fique pensando em minhas relações com outras pessoas, pode agoirar.

-Bem com toda essa amargura devo estar mesmo errada.

-Passar bem, Swan. – respondeu fechando a porta atrás de si e me deixando ali sem mais nem menos, virei costas e segui para o carro dando partida.

Voltei para casa mais irritada do que o normal, Regina não conseguia ter uma simples conversa comigo, e eu nunca entendi todo esse ódio dela por mim, nós não terminámos de forma horrível, foi algo amigável que ambas percebemos ser necessário, mas pouco depois ela passou a me odiar como se nada fosse... Um dia eu entenderia o motivo.

Cheguei em casa tarde da noite depois de fazer uma parada para jantar algo breve, aproveitei para tomar uma longa ducha e pensar em fazer uma mudança radical na minha vida, foi então que lembrei que faziam alguns anos que eu havia deixado algo que eu gostava muito, meses depois de começar a namorar Regina, ela estava louca porque aquilo me colocava em risco de vida então eu decidi deixar por ela, mas agora estava na hora de voltar para a ação. Adormeci com esse pensamento, e em como amanhã começaria a treinar de novo.