História A vida de Deidara - Akatsuki: Nem tudo é só maldade

Falámos que agora Deidara faz parte de nós, agora não, há um ano já, nee. E que deveria ter avisado de seu aniversário, e eu faria algo para ele. -Kisame.

Itachi ficou calado, não queria forçar uma amizade que não era bem-vinda. Deidara abaixou a cabeça e olhou para o lado. 

Quanto tempo fica pronto, Itachi-san? -Kisame.

Vou fazer um clone para cortar as batatas. -Itachi fez como havia dito. 

Vamos comemorar melhor? Vem Deidara, vamos à cidade comprar um vinho. -Kisame.

Quê? N-não! Isso é demais, não precisa, hm. -Deidara.

Eu insisto! -Kisame fica de pé. -Se não vier comigo vai fazer companhia ao Itachi. 

Deidara olhou para o Uchiha por trás e seguiu Kisame. 

Na entrada do esconderijo, antes de saírem encontraram com Konan.

Ah, Deidara! -Konan.

Sim! -Deidara.

Konan estendeu um buquê de rotas de papel para ele. -Felicidades! Parabéns pela maioridade! Espero que sua arte continue a evoluir, eu acho linda. 

Os olhos do menino brilharam ao ouvir aquilo. Ele pegou com delicadeza o buquê. -M-muito obrigado! Hm. -Deidara curvou a cabeça. -E-Estamos saindo para comprar vinho e beber um pouco, se quiser, hrum.

Sinto muito, não posso ficar. Espero que se divirtam, e não exagere. -Konan forçou um sorriso e saiu.

Os dois foram pelo caminho andando, trocaram muita conversa sobre suas vidas quando eram parte de suas Vilas. Obviamente, coisas superficiais.

Itachi é um menino bom, tem olhos tristes mas bondosos. -Kisame.

Hm. -Deidara fez bico.

Sua raiva deveria ter passado. Ele procura mostrar que não tem nada contra você.

Ele me humilhou, tá legal! Hm ainda me chamou de perdedor. Não tem como perdoar isso, um dia ainda vou desafiá-lo e matá-lo. Hm. -Deidara.

Kisame sorriu com a audácia dele.

Kisame… Por que Itachi matou todo o clã, incluindo seus pais? Hm. -Deidara.

Ah… Eu nunca soube. Nunca perguntei também e ele nunca me disse. Acho que é um assunto particular demais. -Kisame.

Hm. É. -Deidara. 

Quando voltaram, Itachi estava tirando o escondidinho do forno. Deidara colocou o buquê sobre a bancada.

Chegamos na hora certa, nee! -Kisame.

Compraram uma só? -Itachi.

Duas! Hm. -Deidara o respondeu sem olhar em seus olhos. 

Quer que chame mais alguém? -Kisame.

A-ah, não. Não precisava nem disso, hm. Eu sou muito grato! -Deidara agradece com a cabeça aos dois. 

Hidan disse que vinha. -Itachi cortava os pedaços. 

TÃO … Falando de mim é?! -Hidan entrou na cozinha.

Rsrsrs. -Deidara sorriu com os olhos apertados.

Eu vim só porque disseram que teria bebida. -Hidan colocou o braço por cima do pescoço de Deidara o abraçando de lado enquanto falava. -Aí, eu não sabia que você era tão novo assim. Pensei que tivesse uns vinte pelo menos, uma criança de dezessete não pode fazer o que você faz. 

Deidara o empurrou rindo. -Que criança o quê, hm. Babaca! Rsrs.

Hehehe! VAAAMOS ABRIR ISSO, KISAME! -Kisame.

Pare de gritar, e se comporte. -Kisame.

Hidan olhou para ele com olhos atentados, de um pisicopata, sorriu de lado e se sentou calado.

Deidara se sentou ao lado de Hidan.

Aí, você com esse cabelo todo parece até uma mocinha. -Hidan.

O que você disse? Hm. -Deidara ficou cômicamente estressado. Levantou o punho para ele.

Rsrsrs. -Hidan ainda estava com olhar de psicopata.

Hidan! Pare de querer arrumar briga com alguém. Ninguém aqui é o Kakuzu. Hoje é o aniversário dele, não o irrite. -Itachi.

Deidara emburrou a cara e fechou os olhos. -Eu vou te mostrar a mocinha que tem entre minhas pernas, hm. 

Uuuhhh! Deixa eu ver! -Hidan.

Deidara novamente mostrou os punhos a ele. Ficou desconcertado e com raiva. 

Beba logo isso, e pare de perturbar. -Kisame deu um copo exageradamente cheio de vinho para Hidan.

Que isso? Quer que eu fique bêbado logo? -Hidan.

Só assim você dorme. -Kisame.

Eles comeram juntos, beberam EM seguida, Hidan foi o primeiro a ficar bêbado e a falar coisas engraçadas, como os outros três ficaram levemente alterados, riam da situação. Ficaram juntos até tarde.

Kakuzu! -Deidara estava bem "alto".

O que foi? -Kisame.

Ele disse Kakuzu! Hehehe! -Itachi também estava do mesmo modo. 

Ué, disse? -Kisame.

Hahahaha! -Deidara batia nas costas de Hidan enquanto ria, este estava dormindo sobre a mesa e babando. -Eu disse KISAME! Hahaha!

Deidara você está alterado, fale baixo! Rsrsrs! -Kisame.

Eu tenho certeza que você disse Kakuzu! Disse sim! -Itachi.

Hehehe! -Deidara.

Vai deixar as costas dele vermelha de tanto bater. -Kisame.

Hidanzinho, quem é a mocinha agora? Hahaha! Ai, ai! -Deidara falou perto do ouvido dele.

Itachi ria baixo. -Aí, Kisame! É melhor levar o Hidan para o quarto. 

É! Ele babão! -Kisame levantou e o colocou sobre os ombros, saindo da cozinha em seguida.

Os dois que ficaram, continuaram rindo e foram parando aos poucos, cruzavam os olhares e desviavam até parar de rir e ficar sem assunto. Ficaram mudos. 

Er… Acho que vou lavar pelo menos a louça. -Deidara foi se levantando.

Não, deixe que eu faço! Foi seu aniversário. -Itachi.

Mas já passou da meia noite. Hm. -Deidara.

Ninguém vai te dar esses privilégios tão cedo de novo, deveria aproveitar. -Itachi.

Hm… Então tá! Boa noite. -Deidara saiu sem dizer obrigado a ele.

Boa… Noite! -Itachi.

O Loirinho entrou no quarto fazendo barulho. Sasori estava sentado sentado na cama lendo. 

Se eu dormisse, estaria muito irritado com você entrando assim a essas horas. -Sasori. 

Desculpe! -Deidara se jogou na cama, mas errou a distância devido à estar alcoolizado e caiu apenas com a metade do corpo na cama. -Aarh! Meus joelhos.

Está bêbado?! ...Claro que está, senti o cheiro quando passou na porta.

Sente cheiro? Achei que fosse um boneco. -Deidara.

Vou fingir que não me chamou de boneco, para não ter de matar você. -Sasori saiu do quarto. 

O jovem que agora tinha dezoito anos terminou de subir na cama e dormiu.

No dia seguinte saiu com sua dupla para recolher certas informações em uma vila como Pain havia pedido.

Eles estavam no pássaro quando inusitadamente Sasori, que estava dentro de Hiruko, puxou assunto. 

Por que vocês se embriagam? Não faz sentido, ficam vulneráveis e perdem o controle de si. -Sasori.

Eu não tinha a intenção de beber tanto. Foi sem querer, e eu já pedi desculpas. Hm. -Deidara.

Mas não entendo o porquê. -Sasori.

Você não entende nada sobre muitas coisas humanas, mestre Sasori.  -Deidara estava sentado.

Eu já fui totalmente humano um dia. Eu sei o que é dor e alegria. E fome, sede e sono.  -Sasori.

Sabe o que é se apaixonar por exemplo? -Deidara.

Princípio de acasalamento humano. -Sasori.

Não! Não fale desse jeito, já falei que é estranho, hm. E não é apenas isso. Se não, o que explica se apaixonar por outro homem por exemplo. Hm? -Deidara.

Isso não tem lógica e nem sentido, você deve ter um distúrbio. -Sasori.

Hahahaha! Está vendo! Você não sabe quase nada sobre interação humana, talvez se soubesse, suas marionetes ganhassem um pouco mais de vida, afinal você coloca sua alma nelas, se não conhece esse lado da vida, como amar alguém por exemplo. Ficam meio… Vazias. Hm. -Deidara.

Está falando mal das minhas marionetes, Deidara? -Sasori se irrita.

Não, estou te dando um toque para evoluir elas, Hm. -Deidara.

Eu não pedi a sua opinião, minhas obras são perfeitas, e podem acabar com você em um piscar de olhos. Criança atrevida. -Sasori se irritou.

Tá, só estava dizendo. -Deidara.

Não diga! Um tolo calado se passa por sábio… Alguém como você que não entende o que é a verdadeira beleza da arte, não tem motivos para me dar opiniões. -Sasori.

Hm. Vai começar é? Hm. Se você fosse um pouco menos orgulhoso, talvez fosse esse tal de "tolo calado". -Deidara.

O que disse? -Sasori desembainhou o ferrão. 

Deidara fez outro pássaro e os dois sobrevoaram separados.

Depois dessas conversas, passaram-se dois meses. Dentro desses meses, Sasori da areia vermelha ficou com aquelas palavras na cabeça. Saiu para observar o mundo e as crianças, e tentou interagir, mas acabou matando duas por não saber lidar com as relações. Começou a ficar muito pensativo sobre o que o colega havia dito e tentava provar para si, que sabia sim. Mas começou a olhar suas marionetes e achá-las sem vida. 

Deidara! -Sasori entrou no quarto depois de cinco dias sem sair da sala de marionetes. Ele nunca ficava no quarto dentro do Hiruko.

Deidara estava deitado de bruços lendo um pergaminho. -Hm? Apareceu. 

Sasori se sentou em sua própria cama e ficou olhando para ele.

O loiro achou estranho. -O que foi? Por que está me olhando? 

Sasori continuava encarando ele sem dizer nada. O colega ficou assustado com o olhar de "nada" e nenhuma palavra, se sentou.

Aí, para de me olhar assim, está me assustando! Hm. O que que é? Tá querendo me matar é? Hm. Não vou virar sua marionete não. -Deidara.

Droga. -Sasori virou o rosto para o outro lado.

O que, que foi? Hm. -Deidara.

Estava tentando fazer contato visual. -Sasori.

Você fez, só foi medonho. O que é? O que te deu, hm? -Deidara.

...Quero… Aperfeiçoar minhas marionetes. Deixá-las mais… reais. -Sasori olhou emburrado para o lado. 

Deidara sorriu de canto lembrando da conversa. 

Se falar qualquer gracinha eu mato você! -Sasori.

Aí, ó! Já errou. Deveria ser mais educado. -Deidara.

Sasori não olhava para ele devido ao seu orgulho.

Bom… Acho que deve começar a interagir com pessoas. Você só fala comigo porque é obrigado, deveria tentar socializar com outros. Hm. -Deidara.

Não gosto de pessoas, não gosto de ouvir. Não gosto que me deixem esperando. Não suporto crianças. -Sasori.

É… Talvez seja mais difícil do que deveria. Hm. Bom, tente comigo então. Já que sou a pessoa mais próxima no momento. Mesmo que forçado. -Deidara.

Estava tentando mas você disse que fracassei. -Sasori.

Não… Quero dizer… Vamos tentar um diálogo para começar, hm. O que você comeu hoje? -Deidara.

Você sabe que eu não como, idiota! -Sasori.

Rsrs, realmente. Certo! O que fez hoje em sua sala, específicamente. O que estava fazendo lá? Hm. -Deidara.

Por que quer saber isso? -Sasori.

Porque estamos tendo uma conversa, uma troca, uma relação e interação humana normal hm. -Deidara.

Eu não gosto dessas perguntas. -Sasori.

Aff… Certo. Que tal sairmos então? Hm. Vamos caminhar e então tentamos conversar. -Deidara.

Está bem! -Sasori foi saindo do quarto.

Ei! Espere! -Deidara.

Estou indo pegar o Hiruko. -Sasori.

Não! Sem Hiruko! Hm. -Deidara.

Mas é minha armadura. -Sasori.

Não vamos sair em missão. E seu corpo inteiro já é uma arma mais potente que ele. Hm. Olha eu vou levar só o básico de argila dentro das mãos. Nem bolsa não vou levar. E vamos com roupas normais. Hm. -Deidara.

Não gosto assim. -Sasori.

Tá, mas você quer minha ajuda, e eu estou dizendo que é melhor assim. Hm. -Deidara começou a trocar de roupa. 

Sasori o observou e em seguida pegou uma roupa comum também.