Depois que fizeram as perguntas, Lauren e Lisa, se despediram do pastor Johnson, indo embora da igreja. As duas precisavam discutir, sobre oque haviam descoberto. Lisa então, chamou Lauren para a sua casa. As duas garotas chegaram a residência dos Manoban, dando de cara com a mãe de Lisa, que estava saindo para o trabalho.
- Oi mãe, eu trouxe a Lauren para conhecer a nossa casa. - Disse Lisa.
- Sei, conhecer a casa. - Disse a senhora Manoban, piscando para a filha.
Lauren deu um breve riso, ao ver aquilo. Lisa queria entrar em um buraco, de tão sem graça que ela estava. Provavelmente a sua mãe, achava que a filha já estava de namorada nova.
- Então, a gente já vai entrando. - Disse Lisa.
- Podem ficar a vontade, a Pie está na casa de uma coleguinha, e eu só irei voltar do trabalho, daqui a algumas horas. Mas por favor, tranque a porta do quarto, pós eu não quero acabar vendo nada de traumatizante. - Disse a senhora Manoban.
- Okay, eu te amo mãe, tenha um bom dia no seu trabalho... - Disse Lisa, puxando Lauren para dentro da residência, antes que a senhora Manoban, perguntasse algo constrangedor para a outra garota.
- Gostei da sua mãe. - Disse Lauren, enquanto subia as escadas, em direção ao quarto da tailandesa.
- É a melhor mãe que eu poderia ter, meio doidinha, mas eu não trocaria ela por nada. - Disse a Lisa.
- Se a Rosé tivesse uma mãe como a sua, ela séria muito feliz. - Disse Lauren.
- Eu também queria que a Rosé, tivesse uma mãe melhor. - Disse Lisa, se entristecendo.
Ao chegarem no quarto, a tailandesa abriu a porta para Lauren entrar. A garota de olhos verdes, deu uma volta observando o lugar.
- Achei o seu quarto legal. Sábia que o Shawn, tem um poster igual ao seu? - Disse Lauren, apontando para o poster da Zendaya.
- Sim, Infelizmente. - Disse Lisa, se sentando em sua cama.
Lauren mexeu nós CDs da tailandesa, vendo que tinha um gosto musical, parecido com a outra garota.
- Nirvana, Blink 182, The Smiths... O seu bom gosto para a música, te deu mais uns dois pontos no meu ranking. - Disse Lauren.
- Eu estou com quantos pontos? - Perguntou Lisa.
- Cinco. - Disse Lauren.
- Cinco!? Fala sério, você me odeia. - Disse Lisa, fazendo um biquinho.
- Não sei se isso irá te consolar, mas o Shawn tem um ponto. - Disse Lauren, deitando na cama.
Lisa sorriu, se sentindo de uma certa forma especial.
- Quem tem mais pontos no seu ranking? - Perguntou Lisa.
- O Conan, e a Camila. - Disse Lauren, olhando para o teto.
- Quantos pontos eles tem? - Perguntou Lisa, curiosa.
- A Camila tem nove, e o Conan oito e meio. - Disse Lauren.
- Oito e meio? - Perguntou Lisa, não entendendo os números quebrados.
- Era nove, mas tirei meio ponto, por causa da raiva, que ele me fez passar hoje. - Disse Lauren.
- Você é muito exigente. - Disse Lisa, rindo.
- Não sou exigente, só escolho bem as minhas amizades. - Disse a outra garota.
- E a Rosé? Qual é o número dela? - Perguntou Lisa.
Lauren parecia está pensando, mas não respondeu aquela pergunta.
- Por que você tem essa dificuldade, de se abrir com os outros? - Perguntou Lisa, tentando entender melhor a outra garota.
- Eu simplesmente não consigo confiar nas pessoas. - Disse Lauren.
- Por que? - Insistiu Lisa.
Lauren soltou um longo e lento suspiro.
- Porque as pessoas mente e fingem. Elas se aproximam de você, dizendo que se importam. Elas ganham a nossa confiança, e quando resolvemos nós abrimos, e contamos sobre a nossa vida, elas nós julgam. As pessoas comparam as suas vidas e conquistas com as nossas, e nós questionam sobre os nossos medos e fracassos. Por isso que eu não costumo confiar em ninguém. É melhor a solidão do que a decepção. - Disse Lauren.
Lisa entendia a outra garota, pós ela também já havia sido muito julgada, pelas pessoas da cidade.
- Mas você também não confia em mim? - Perguntou Lisa.
- Não, se você souber certas coisas sobre mim, você também irá me julgar. Contar algo para alguém e ser julgado, é uma das piores sensações que existe. - Disse Lauren.
- Eu nunca faria isso. - Disse Lisa.
- É oque todos dizem, antes de apontar o dedo, e julgar os outros. - Disse Lauren, começando a perder a paciência.
- Mas... - Dizia Lisa, antes de ser interrompida.
- Já chega de falar sobre mim. Nós viemos aqui para conversar sobre a senhora Park, e a doença dela. Você ouviu oque o pastor Johnson revelou. Aquela mulher provavelmente, tentou matar a Rosé afogada quando era bebê. Isso só nós confirma, o quanto ela é louca e sem limites. - Disse Lauren.
- Se o pastor Johnson, pedisse um exame psicológico da senhora Park ao juiz, você acha que ele iria comprovar que ela tem algum distúrbio? - Perguntou Lisa.
- Provavelmente sim, mas isso iria demorar muito. O pastor Johnson, teria que entrar com um processo, pedindo a guarda da Rosé, o juiz iria analisar o pedido, a senhora Park séria intimada, só então uma audiência séria marcada. - Disse Lauren.
- Mas isso é muito tempo, a Rosé não pode esperar mais. - Disse Lisa, angustiada com aquela situação.
- Por isso, que eu tenho duas idéias, que podem resolver isso. - Disse Lauren.
- E oque séria? - Perguntou Lisa, curiosa.
- Na primeira ideia eu dependo da ajuda de uma pessoa, e eu acho que ela não irá ajudar. Já a segunda ideia, será algo mais arriscado e perigoso. - Disse Lauren.
- Como assim, arriscado e perigoso? - Perguntou Lisa, apreensiva com o plano.
Lauren se virou, agora olhando para a tailandesa.
- Eu e a Rosé, já conversamos sobre essa possibilidade. Talvez a única saída, será deixar a senhora Park, machucar a filha. - Disse Lauren.
- Nem pensar, eu não quero que a Rosé se machuque. - Disse Lisa, nervosa com aquela opção.
- Séria a maneira mais rápida e eficiente, para livrar a Rosé da mãe. Se a senhora Park machucar a filha, nós levaremos o caso até a polícia. O juizado de menores terá que tomar uma atitude urgente. - Disse Lauren, explicando a ideia a tailandesa, que não parecia está, gostando nada daquilo.
- E se ela não apenas machucar a Rosé, mais sim acabar a matando. Nós não podemos correr esse risco. - Disse Lisa, expressando a sua preocupação.
- Você ouviu oque o pastor Johnson disse, que quando ele estava fora, a filha adoecia rapidamente. Agora que ele não está mais por perto, a Rosé está nas mãos da sua mãe. Mais cedo ou mais tarde, a senhora Park, irá a machucar. - Disse Lauren.
Lisa se sentou na cama, passando as mãos na cabeça, como se estivesse nervosa. A tailandesa odiava a possibilidade de Rosé ser machucada.
- Tem que haver um outro jeito. - Disse ela.
- Infelizmente talvez não tenha. Eu também não gosto nem um pouco, da ideia da Rosé se machucar. Mas ela mesma já deixou explícito, que faria isso para poder denúncia a sua mãe. - Disse Lauren.
- Por que deveríamos confiar na sua ideia? - Disse Lisa.
- Porque não há uma outra. - Disse Lauren.
Lisa ficou em silêncio por alguns minutos, como se estivesse pensando.
- Por que você resolveu ajudar a Rosé? Você nunca gostou dela, nem nunca demonstrou empatia. Qual é o seu real interesse nisso? - Perguntou Lisa.
- Só oque me faltava agora. Você está querendo julgar as minhas ações, e os meus motivos? Eu não te devo satisfação nem uma. Só a Rosé tem conhecimento dos meus motivos, e isso que importa. - Disse Lauren.
Lisa odiava todo os mistérios e segredos, que rodeavam a outra garota. A tailandesa já estava cansada daquilo, ela precisava de respostas ou não iria confiar mais em Lauren.
- E se você estiver armando tudo isso, só para machucar a Rosé? - Disse Lisa, questionando.
- Você acha que eu séria capaz de brincar, com a vida de alguém desse jeito? - Perguntou Lauren.
- Eu não te conheço de verdade, eu não sei nada sobre você. Analisando essa situação, eu Infelizmente acho que você faria isso. - Disse Lisa.
Lauren olhou para Lisa, se sentindo injustiçada. A garota de olhos verdes, bufou se levantando da cama.
- Aonde você vai!? - Perguntou Lisa.
- Eu vou embora! - Disse Lauren.
Lisa tentou acompanhar a outra garota, que descia as escadas com raiva. Lauren abriu a porta, saindo da residência da tailandesa.
- Você não pode ir embora. - Disse Lisa.
- Vai se ferrar, Manoban! - Disse Lauren, indo embora.
Lisa observou a outra garota, que logo sumiu ao virar a esquina.
- Droga! - Disse a tailandesa, chutando a lata de lixo. A garota voltou para a sua casa, se trancando no seu quarto.
A tailandesa estava com raiva de Lauren, por esconder tantos segredos, e com raiva de sí mesma, por ter falado aquelas coisas, sobre a outra garota. Lisa se deitou em sua cama, sentindo a sua cabeça doer, de tanta preocupação. A todo momento, ela pensava em Rosé, e em como a outra garota estava correndo perigo.
Lisa colocou os seus fones de ouvido, começando a ouvir as músicas que sempre a acalmavam. Passou um tempo, quando o celular da tailandesa vibrou. Ao olhar, Lisa pode ver que se tratava de uma mensagem de Lauren. A garota ignorou aquilo, mas o seu celular vibrou outra vez. Lisa soltou um suspiro, pegando o celular para ler as mensagens.
Mensagem Lolo: "Vem urgente para a minha casa. Eu preciso te mostrar uma coisa, não demore."
Dizia a primeira mensagem, que Lauren havia mandado. Lisa então, resolveu ler a segunda.
Mensagem Lolo: "Vem logo, sua idiota! Eu não tenho a noite toda, sábia!?"
Lisa soltou um longo suspiro. Era bem tipo da Lauren escrever uma mensagem carinhosa daquelas.
A tailandesa não estava ligando muito para aquelas mensagens, mas algo dentro dela, sentia que precisava ir para a casa de Lauren. Lisa pegou o seu skate, sabendo que chegaria muito mais rápido, se fosse com ele. A garota de cabelos curtos, se jogou na noite fria de Canterbury, percorrendo as ruas desertas da cidade. Já eram oito horas, e fazia muito frio. Não demorou muito, para que a tailandesa chegasse a casa de Lauren. Lisa pegou o seu skate na mão, e caminhou até a porta da residência, apertando a campainha. A garota viu a porta se abrir, e Lauren a puxar para dentro.
- Finalmente, pensei que teria que te buscar a força. - Disse Lauren.
A garota de olhos verdes, levava Lisa para o seu quarto, com uma certa urgência. Parecia que ela estava querendo mostrar algo, para a tailandesa.
- Por que você está agindo estranho!? - Perguntou Lisa.
- Cala a boca, e não pira. - Disse Lauren, abrindo a porta do quarto.
Ao entrar no local, o coração de Lisa quase parou, quando ela viu alguém conhecido dentro do quarto.
- Oi. - Disse Rosé, que se encontrava sentada na cama.
Lisa estava em choque, mas logo correu, para abraçar a outra garota. A tailandesa praticamente puxou, a outra da cama, a apertando em seus braços.
- Oque você está fazendo aqui!? - Perguntou Lisa, emocionada.
- Eu vim conversar com a Lauren, sobre o plano que ela teve. Ela me contou que você estava muito preocupada, eu então achei que você precisava fazer parte dessa conversar. - Disse Rosé.
- Não temos muito tempo para perder, a Rosé precisa voltar logo para casa. Então, solta ela antes que você a deixe sem ar. - Disse Lauren.
Lisa soltou Rosé, sentindo vergonha, por ter exagerado no reencontro. A tailandesa se recompôs, se sentando na cama.
- Eu acho que a Lauren já falou da ideia que ela teve, de deixar a minha mãe me machucar, não foi? - Disse Rosé.
- Sim, ela falou. - Disse Lisa.
- Bem, eu decidi que iremos fazer isso. - Disse Rosé.
- Nem pensar! Não podemos colocar a sua vida em risco. - Disse Lisa, se levantando da cama.
- A minha vida já está correndo risco, Lisa. - Disse Rosé.
- Mas esse plano é muito arriscado. - Disse a tailandesa.
- Eu sei disso, e sei dos riscos que estarei correndo. Mas eu já tomei a minha decisão. Eu irei dar início a esse plano, o mais rápido possível. - Disse Rosé.
- Já está decidido, Lisa. Nós só queríamos que você ouvisse isso, da própria Rosé. - Disse Lauren.
Lisa se sentou novamente na cama, cobrindo o rosto com as mãos. A garota sábia que aquilo séria uma missão suicida, e que as chances de tudo dar errado, eram muito grandes.
- Ei, não fica assim. Você tem que confiar mais em mim, e na Lauren. Se ficarmos todas juntas, iremos conseguir as provas necessárias. - Disse Rosé, se sentando ao lado da tailandesa.
A loira tocou nós cabelos curtos da tailandesa, acariciando as madeixas rebeldes da outra garota. Rosé sentia tantas saudades de Lisa, que chegava a doer. Ela só queria que todo aquele pesadelo terminasse, para poder se aproximar sem medo da tailandesa.
- A minha mãe pode machucar não só a mim, mas também as outras pessoas ao meus redor. Eu não irei conseguir ficar tranquila, enquanto ela não for para uma clinica receber tratamento. Isso será o melhor para ela, para mim, e para todos. Por isso eu peço que você confie nesse plano. - Disse Rosé, abraçando Lisa.
A tailandesa soltou um longo suspiro, sabendo que não teria uma outra opção, a não ser aceitar aquele plano, por mais arriscado que ele fosse.
- Não deixe de mandar notícias, eu quero saber de tudo. - Pediu Lisa, com um olhar aflito.
- Não se preocupe, a Lauren irá te passar todas as informações. Mas agora é melhor eu ir, não posso ficar muito tempo fora de casa. - Disse Rosé.
A loira abraçou Lisa novamente, deixando um beijo em seu rosto. A tailandesa tremeu ao sentir os lábios da outra garota, tocarem a sua pele.
- Tchau, e obedeça a Lauren. Nada de festinhas, ou bebidas alcoólicas. - Disse Rosé, dando uma singela bronca na tailandesa.
- Daremos oficialmente iniciou ao plano, então tome muito cuidado. Nós iremos fazer isso juntas. - Disse Lauren, abraçando Rosé com força.
Lisa observava aquilo, vendo que Lauren parecia realmente está preocupada com toda a situação. Dava para ver o carinho, e o cuidado que ela estava tendo com Rosé. Era algo comparável com o amor que Lisa sentia.
- Vejo vocês amanhã no colégio. - Disse Rosé.
Lauren acompanhou a loira até a porta. Rosé então foi embora, voltando para casa.
- Está mais calma agora? - Perguntou Lauren, retornando ao quarto.
- Não diria calma, mas estou um pouco mais confiante. - Disse Lisa, relembrando do abraço e do beijo, que havia levado de Rosé, minutos atrás.
- Eu disse que me preocupava. - Disse Lauren.
- Eu vi, e peço desculpas por ter falado aquelas coisas sobre você. - Disse Lisa, que ainda não conseguia entender, o carinho que Lauren tinha por Rosé.
- Okay, só não pira outra vez. Agora não temos mais tempo, para dúvidas e crises. Nós precisaremos ficar unidas, para enfrentar oque está por vim. - Disse Lauren.
- Vai ser difícil. - Disse Lisa.
- Eu sei, mas não temos escolha. - Disse Lauren.
O trio de garotas estariam desafiando o perigo, e as consequências daquilo, poderiam ser irreversíveis mas elas não tinham uma outra escolha. Agora as três, teriam que enfrentar, o lado mais sádico e perturbado, da senhora Park.
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