Lauren havia usado as informações que Rosé enviou para ela, para conseguir entrar em contato com o consultório do psicólogo da senhora Park. A agenda do médico estava lotada, a garota marcou uma consulta mas, Infelizmente só séria atendida daqui a quatro dias. Lauren não tinha uma outra opção, aquele plano era o único que o grupo tinha no momento. Se ela conseguisse tirar fotos do prontuário da senhora Park, aquilo iria servir como prova contra a mulher.
Os dias passaram normalmente. A senhora Park continuou agindo de uma maneira estranha, sendo carinhosa com a filha. Rosé tentou não provocar a mãe, até que Lauren conseguisse encontar o prontuário da mulher, quando fosse na consulta.
No dia combinado, Lauren saiu cedo de casa. Ela havia marcado a consulta em um horário antes do colégio. Ao chegar no local, a garota entrou na clinica esperando na recepção, para ser atendida. Lauren estava ansiosa e nervosa, aquilo talvez fosse a única chance que ela teria de conseguir provas contar a senhora Park. A jovem sentia que não poderia falhar de forma alguma.
- Senhorita Lauren Jauregui, o psicólogo irá a atender agora. - Disse a secretária, que estava no local.
A garota saiu da recepção entrando na sala.
- Bom dia. - Disse o homem, que estava sentado em uma poltrona cinza.
- Bom dia. - Disse Lauren, se sentando em um pequeno sofá.
- Senhorita, Lauren Jauregui... - Dizia o homem, que lia uma ficha em suas mãos.
- Me chame apenas de Lauren. - Disse a garota, que olhava ao redor, analisando o consultório.
- Então Lauren, por que você acha que o seu pai marcou essa consulta? - Perguntou o psicólogo, enquanto ajustava os óculos no rosto.
Lauren havia usado os documentos do seu pai, para marcar aquela consulta. Pagando pelo atendimento, usando o cartão de crédito do homem.
- Meu pai marcou essa consulta, porque talvez ele me ache louca. - Disse a garota, mentindo.
- Por que você acha isso? - Perguntou o homem.
- Não sei, me diga você, pensei que esse fosse o trabalho dos psicólogos. - Disse Lauren.
O homem soltou um suspiro, mexendo nós óculos.
- Não é assim que funciona o trabalho de um psicólogo. Eu estou aqui para ouvir você, e tentar diagnosticar qualquer problema ou distúrbio, que você possa ter. Isso não significa que você seja louca ou algo do tipo. Muito pacientes vem aqui porque a algo neles, que nem eles mesmos conseguem compreender. Então, eu os ajudo e se precisarem eu dou início a tratamentos, que irão ajudar o paciente a ter uma vida melhor. - Disse o psicólogo.
Enquanto o homem falava, Lauren procurava por possíveis lugares, aonde os prontuários pudessem estar. Os olhos da garota se fixaram em um grande armário de metal, que se encontrava ao lado esquerdo da sala.
- Então, vamos dar início a nossa consulta. - Disse o psicólogo.
Lauren tentava distrair o homem, falando sobre a sua infância, e sobre a convivência com a sua família. Enquanto o psicólogo fazia algumas anotações, a garota ía bolando um plano, para conseguir ficar sozinha na sala. Lauren viu que havia uma xícara de café sobre uma pequena mesa que estava no centro. A garota deu um leve chute derrubando todo o café, que caiu nós sapatos do psicólogo. O homem se levantou com o susto sacudindo o pé.
- Me desculpe, eu esbarrei sem querer. - Disse Lauren, fingindo que havia sido um acidente.
- Tudo bem, não se preocupe. Eu vou até o banheiro limpar os meus sapatos e já volto. - Disse o psicólogo.
Assim que o homem saiu pela porta, Lauren se apressou se dirigindo ao armário, que possivelmente guardava os prontuários dos pacientes. A garota procurou várias vezes em ordem alfabética, mas nada de encontar os documentos da senhora Park. Lauren não conseguia entender por que o prontuário da mulher não estava alí. Ela vasculhou em outros lugares como as gavetas da escrivaninha, mas nada de encontar o tal documento. Com receio de ser pega, Lauren retornou para o seu lugar. Minutos depois o psicólogo voltou, retomando a consulta. O homem prosseguiu com as perguntas de praxe. Lauren sábia que aquilo não iria dar em nada, ela então decidiu tentar tirar alguma informação do doutor.
- Fiquei sabendo que o senhor atende várias pessoas da cidade, algumas até eu conheço. - Disse Lauren.
- É mesmo? - Disse ele.
- Uma amiga minha tem uma mãe que se consulta com o senhor. - Disse a garota.
- Isso é uma coincidência interessante. Quem é a mãe da sua amiga? - Perguntou o psicólogo.
- É a senhora Park. - Disse Lauren, vendo que a expressão do homem mudou, ao ouvir o nome da mulher.
- Sim, ela é a minha paciente, quer dizer era. - Disse o psicólogo.
- Como assim, era!? - Perguntou Lauren, surpresa.
- A senhora Park simplesmente não quis mais se consultar comigo, e decidiu mudar de psicólogo. Foi uma decisão repentina. - Disse o homem.
- Por que!? - Perguntou Lauren, não conseguindo acreditar naquilo.
- Não sei, também não posso ficar questionando a decisão de um paciente. - Disse o psicólogo.
- Quando foi que a senhora Park decidiu não se consultar mais com o senhor? - Perguntou Lauren.
- Uns dois dias atrás. - Disse o psicólogo.
- O senhor sabe para qual consultório ela foi? - Perguntou Lauren, aflita.
- Não, eu não sei. - Disse ele.
- Sabe, a minha amiga está muito preocupada com o estado emocional da mãe. Afinal de contas oque a senhora Park tem? - Perguntou Lauren.
- Sinto muito, mas eu não posso revelar esse tipo de informação. - Disse o psicólogo.
- Tenho medo de que ela possa machucar a minha amiga, por isso queria saber se oque ela tem é algo grave. - Insistiu Lauren.
- Isso séria antiético e eu estaria colocando o meu trabalho em risco. - Disse o psicólogo.
Lauren não estava acreditando no tamanho daquele azar. Parecia até que a senhora Park tinha um sexto sentindo. Ela sábia que se perguntasse sobre a doença da senhora Park, o psicólogo provavelmente não iria falar nada. Lauren passou o resto da consulta contrariada. Ao final do atendimento a garota saiu as pressas do consultório. Ela precisava dar aquela Infelizmente notícia a Rosé.
A jovem estava indo para o colégio bufando de raiva, enquanto xingava todos e tudo, que encontrava no seu caminho. A jovem ainda não estava acreditando que o plano havia falhado, aquela era a última esperança que elas tinham.
Enquanto isso Lisa e Rosé, esperavam impaciente por Lauren na frente do colégio, quando viram a garota que parecia está raivosa. A morena se aproximou das duas garotas, soltando um longo suspiro de decepção.
- Então, você conseguiu? - Perguntou Lisa.
- Eu fui para a consulta, mas a senhora Park mudou de psicólogo dois dias antes, o prontuário dela já não estava mais lá. - Disse Lauren, sendo direta.
- A bruxa deve ter pacto com o diabo, só pode ser. - Disse Lisa, com uma expressão de desanimo em seu rosto.
Lauren olhou para Rosé, que não havia esboçado nem uma reação. A garota loira tinha um olhar distante, enquanto parecia está pesando em algo.
- Me desculpe, eu achava que o plano daria certo. - Disse Lauren.
- Tudo bem, não foi culpa sua. - Disse Rosé.
Lauren e Lisa, vinham notando que a outra garota parecia está doente. Rosé tinha o rosto pálido, e parecia está sempre cansada. Elas perguntaram oque estava acontecendo, mas Rosé havia dito que estava apenas com uma gripe fraca.
- Oque nós vamos fazer agora? - Perguntou Lisa.
- Não sei. - Disse Lauren.
- Não há nada oque fazer. - Disse Rosé, parecendo está conformada.
- Então, nós iremos ficar paradas? Nós não podemos fazer isso, você precisa se livrar da senhora Park. - Disse Lisa.
- Nós só iremos dar um tempo até que encontremos um novo plano. - Disse Rosé, que parecia está passando um pouco mal. A garota estava com um pouco de dificuldades para falar.
- Nós podíamos ir falar com o pastor Johnson, já está na hora dele saber de tudo. - Disse Lisa.
- Se ele souber agora, ele irá atrapalhar tudo. - Disse Rosé.
- Atrapalhar oque!? Nós não temos mais nada contra a sua mãe. Nós estamos praticamente sem direção. - Disse Lisa, mostrando que estava inconformada, com toda aquela situação.
O sinal havia tocado, a aula logo iria começar.
- É melhor eu ir para a minha sala, vejo vocês depois. - Disse Rosé, entrando no colégio.
- Oque deu na Rosé? Por que ela está tão conformada? Até parece que não quer mais se livrar da senhora Park. - Disse Lisa, chateada.
- Vamos deixar isso para depois, hoje eu já passei raiva por um mês inteiro. É melhor eu ir para a sala de aula, aconselho você fazer o mesmo. - Disse Lauren, adentrando o colégio.
A garota morena também não estava gostando da atitude conformista de Rosé, ela então resolveu ter uma conversa com a outra garota. Lauren foi até a sala de aula da loira, entrando no local a sua procura. A jovem de olhos verdes, viu que Rosé não se encontrava na classe. Ela então estranhou aquilo, saindo a procura da outra garota.
Lauren procurou por Rosé no pátio, e no refeitório, mas nada de encontar a outra garota. A morena foi então ao banheiro feminino, para ver se encontrava a outra garota por lá. Ao entrar no local, Lauren pode ver a mochila de Rosé sobre uma das pias do banheiro. A garota então pode ouvir um barulho vindo de dentro de uma das cabines.
- Rosé, é você? - Perguntou Lauren.
- Não entre aqui, eu já estou terminando... - Disse Rosé, que parecia está vomitando.
Mesmo preocupada Lauren obedeceu o pedido da outra garota. Minutos depois Rosé saiu da cabine mais pálida que antes. A jovem andou devagar até uma das pias, abrindo a torneira e jogando água sobre o rosto.
- Você está bem? - Perguntou Lauren.
- Sim, eu estou bem. - Disse Rosé.
- Acha que eu sou idiota? - Disse Lauren.
- Você confia em mim? - Perguntou Rosé.
Lauren soltou um longo suspiro, antes de responder.
- Sim. - Disse ela.
- Então tente não se preocupar. - Disse Rosé.
- Você não parece está nada bem, quer descansar em algum lugar? - Perguntou Lauren.
- Poderia me acompanhar até a biblioteca? - Perguntou Rosé.
- Claro, vamos. - Disse Lauren, pegando a mochila de Rosé, enquanto segurava a outra garota pela cintura, a apoiando em seu corpo.
Rosé estava mesmo muito mal. A garota tinha uma respiração estranha e cansada, como se estivesse com dificuldades para respirar. O corpo da loira estava muito frio e trêmulo. Lauren queria entender oque estava acontecendo, mas Rosé insistia que estava tudo bem.
Ao chegar na biblioteca, Rosé pediu para que Lauren a ajudasse a se sentar no chão. A loira se encostou em uma das estantes do local, descansando as suas costas. Lauren se sentou ao lado de Rosé, deitando a cabeça da outra garota em seu ombro.
- Você não vai mesmo contar oque está acontecendo, não é? - Perguntou Lauren, preocupada.
- Só peço que você confie em mim. - Disse Rosé.
- É difícil confiar quando as coisas estão ruins. - Disse Lauren.
- Eu sei, mas se preocupar não irá resolveu nada. - Disse Rosé.
- É meio difícil não se preocupar com você. - Disse Lauren.
Rosé deu um leve sorriso, ao ouvir aquilo.
- Promete que sempre vai está do meu lado quando eu precisar, e que nunca irá me deixar sozinha? - Perguntou Rosé.
- Claro que eu prometo. - Disse Lauren.
- Então, nós não iremos precisar nós preocupar. - Disse Rosé.
A garota loira se aninhou nós braços de Lauren, descansando um pouco. A morena não entendia oque estava acontecendo, mas sentia uma sensação muito ruim, que estava a incomodando profundamente.
Depois de passar as duas primeiras aulas na biblioteca, Rosé se sentiu melhor para retorna a sua classe. A garota pediu para que Lauren não contasse a ninguém que ela havia passado mal e vomitado no banheiro. Ao final da aula, Rosé ficou esperando por Lisa no lado de fora do colégio. A garota precisava pedir um favor a tailandesa. Lisa saia do colégio na companhia de Lucas, quando viu Rosé acenando para ela.
- Acho que ela quer falar com você. - Disse Lucas.
- Eu vou ver oque a Rosé quer, depois a gente se fala. - Disse Lisa, se despedindo do amigo.
A tailandesa foi em direção a outra garota, com uma certa urgência. Parecia que ela estava curiosa para saber oque Rosé queria com ela.
- Oi. - Disse Lisa, que ficava nervosa quando estava a sós com a outra garota.
- Oi, eu preciso te pedir uma coisa. - Disse Rosé.
- Pode pedir. - Disse Lisa.
- Você poderia emprestar o seu celular, por alguns dias? - Perguntou Rosé.
- Meu celular? - Disse Lisa, confusa.
- Sim, por favor. Preciso dele só por alguns dias, eu acho que o meu aparelho está com defeito. - Disse Rosé.
- Okay, sem problemas. Você pode ficar com ele o quanto quiser. - Disse Lisa, pegando o aparelho no bolso do seu moletom. A tailandesa entregou o celular a Rosé, que deu um leve sorriso.
- Obrigada. - Disse a loira, dando um beijo no rosto da tailandesa.
- Posso acompanhar você até a sua casa? - Pediu Lisa.
- Até em casa acho melhor não, mas você pode me acompanhar até a metade do caminho. - Disse Rosé.
- Okay, então vamos. - Disse Lisa.
A tailandesa ficava feliz só em está na companhia da outra garota. Lisa parecia está preocupada com o bem estar de Rosé. Ultimamente ela vinha notando que a outra garota aparentava está doente. Talvez a senhora Park estivesse fazendo algo que Rosé não queria contar.
- Você está mesmo bem? - Perguntou Lisa.
- Sim, eu estou bem. - Disse Rosé.
- A senhora Park não está te machucando, não é? - Perguntou Lisa.
- Não, para falar a verdade ela até que está me tratando bem ultimamente. - Contou Rosé.
- Sabe que se algo estiver acontecendo você pode me contar, okay? - Disse Lisa, preocupada.
- Eu sei, mas não se preocupe, não está acontecendo nada. - Disse Rosé.
Lisa não quis insistir, ela não queria parecer chata. As duas garotas caminhavam enquanto conversavam sobre outras coisas, como o jogo importante que Conan teria em breve, e sobre a apresentação de Lucas com as líderes de torcida. Depois de chegar em um certo trecho do percurso, elas precisaram se despedir.
- Acho melhor a gente se separar aqui. - Disse Rosé.
- Okay, te vejo amanhã. - Disse Lisa, dando um triste sorriso.
- Até amanhã Liz. - Disse Rosé, se despedindo.
As duas garotas tomaram os seus rumos. Rosé voltou para casa, sendo recebida pela sua mãe, que estava na sala a esperando.
- Como foi o dia no colégio. - Perguntou a senhora Park.
- Normal. - Disse Rosé.
- Você me parece um pouco cansada. - Disse a mulher.
- Acho que eu estou doente, talvez seja uma gripe. - Disse Rosé.
- Deve ser culpa do inverno que está chegando. Quer que eu prepare uma sopa para você? - Disse a senhora Park.
- Sim, eu iria gostar. - Disse Rosé.
- Então, suba para o seu quarto e tome um banho quente, que logo eu irei levar a sopa. - Disse a mulher, dando um beijo na testa da filha.
Rosé sorriu, obedecendo a sua mãe. A garota subiu as escadas calmamente, até o seu quarto. Ao entrar no local a garota rapidamente correu para esconder o celular de Lisa. A jovem desligou o aparelho para não correr o risco dele fazer algum tipo de barulho, e o guardou debaixo do seu colchão. Rosé respirou fundo indo tomar o seu banho. A garota torcia para que a sua mãe não encontrasse o celular, pós o aparelho era a sua última esperança.
Depois de alguns minutos, a senhora Park entrou no quarto, trazendo a sopa. A mulher viu que Rosé se encontrava deitada, lendo a bíblia.
- Trouxe a sua sopa. - Disse a mulher, se sentando a beira da cama.
- Obrigada. - Disse Rosé.
- Posso dar a sopa a você? - Perguntou a senhora Park.
Rosé apenas balançou a cabeça em afirmação.
- Espero que você goste, eu coloquei um ingrediente especial. - Disse a mulher, enquanto dava a sopa a filha.
- Está ótima. - Disse Rosé, forçando um sorriso.
Enquanto fingia, a garota torcia para que tivesse forças para aguentar até o final. Todo o seu plano dependeria do quanto, ela iria conseguir suportar tudo aquilo.
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