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História Academia Cross - O dia na Casa dos Tanaka - História escrita por SirenSong - Spirit Fanfics e Histórias
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História Academia Cross - O dia na Casa dos Tanaka


Escrita por: SirenSong

Notas do Autor


Gente, desculpa qualquer erro de digitação
Quando acordar eu reviso de novo

Soooooooooooono

Bom, espero que vocês gostem do capitulo
Não sei mais o que escrever aqui

Capítulo 17 - O dia na Casa dos Tanaka


Fanfic / Fanfiction Academia Cross - O dia na Casa dos Tanaka

{ ponto de encontro }

— Então é só olhar que você vê. — falou Himura apontando algo no celular para a Aisling, pouco antes de Bernard entrar na conversa.

— Então, do que estão falando? — Perguntou curioso.

— Dos pênis escondidos nos logos da Disney. — Respondeu o garoto sem qualquer pudor.

— Desculpe, o quê? — Talvez tivesse entendido errado

— Pênis. — Ele repetiu.

— Mostra pra ele. — Antecipou Aisling gesticulando enérgica — É muito louco, sabe aquelas coisas que estão lá o tempo todo só que você não vê? (Meu amor é um pênis da disney, então? )

— Quer ver? — Perguntou animado — Esse daqui é o Castelo da pequena sereia…

— Vocês dois poderiam conter os ânimos? — Interrompeu Hiro — Acho que esse não seja um assunto do agrado de qualquer pessoa...

— Koby!!! Você sabia que no filme do rei leão-

— Por que você mostra essas coisas pra ela? — Perguntando diretamente para o Himura e ignorando a garota.

— Porque é legal oras. Ela não conhecia ainda, tive que mostrar.

Hiro Respirou fundo e saiu andando na frente. Bernard acelerou o passo para o acompanhar, atras  deles, a o tagarelar dos outros continuou inabalado “Você sabia que um rato consegue passar mais tempo sem água que um camelo?”. A conversa prosseguiu animada até mudar para série que eles conheciam, Bernard pensou em puxar algum assunto com Hiro, mas não sabia o quê. Era meio estranho andar por ai simplesmente calado. Pensou no que Ningyo havia lhe falado sobre roupas, será que era verdade? Será que era falta de educação perguntar? Respirou fundo e enfiou as mãos nos bolsos enquanto caminhavam até a saída do colégio. Talvez fosse só melhor ficar calado... Não demorou para os dois que andavam mais atrás começarem a perturbar os garotos, envolvendo-os em perguntas e conversas sem muita profundidade, mas hey, saber que você pode mascar chiclete pra não chorar com cebola pode ser útil um dia.

As garotas já estavam esperando numa espécie de van, e acenaram quando o grupo se aproximou. Os garotos ficaram nas quatro cadeiras finais do carro, seguidos Asami, Isako e Aisling. Momo, Mia e Elena ficaram nas cadeiras da frente, antes do motorista.

A viagem foi tranquila, Hiro tentou dormir, ou pelo menos fingir que dormia pra não ser incomodado, mas não adiantou. Isako tentou ser comedida e não falar demais de si, mas Aisling insistia em perguntar sobre tudo de todo mundo. Elena não perdeu uma só oportunidade de soltar alguma piada ou implicar com alguém. Himura se dedicava a socializar com todos, particularmente com os mais quietos. Bernard estava meio perdido no meio de tanto falatório, lançava seu olhar preocupado vez ou outra sobre Azami, mas ela parecia melhor, isso lhe tranquilizou um pouco. Momo acabou se irritando com a euforia de Aisling, deu uma de “mãe” e mandou ela ficar quieta, a garota ficou emburrada encostada na janela até acabar caindo no sono. Mia estava ansiosa, fazia muito tempo desde a última vez que levara tantas pessoas a sua casa. Seu pai não estaria presente — como sempre, mas ainda assim, estava animada.

A van entrou por um portão largo, elétrico, que ficava ao lado de uma guarita. A entrada cheia de árvores como aquelas casas de fazenda. Havia um jardim silvestre na entrada e um chão de pedras. No primeiro piso havia as áreas sociais e no segundo, os quartos. O local todo em tons de sóbrios e deixou muito dos visitantes realmente impressionados.

Decidiram estudar na sala de jantar, já que a biblioteca não uma mesa que acomodasse todos. Enquanto Mia falava com um dos empregados, e os outros se acomodavam, Himura chamou Hiro para conversarem em particular.

— Eu queria lhe pedir um favor. — Iniciou o rapaz. — Você poderia deixar a Okumura explicar e você só tirar as dúvidas do que ela não souber?

— Eu posso, mas tem algum motivo?

— É que você é horrível pra ensinar. Eu já te disse isso. — Confessou o rapaz num sussurro — Sua explicação as vezes é mais complicada que a do professor.

— Eu apenas uso os termos corretos. — Encostando na parede e cruzando os braços — O professor usa palavras erradas e alegorias que não existem.

— Nós estamos aprendendo... — Argumentou Himura respirando fundo — precisamos de termos fáceis de lembrar. Por isso o professor usa “palavras erradas”. Mas, sobre hoje, pode ser?

— Tudo bem. — dando os ombros.

Quando os dois voltaram todos já estavam acomodados. Elena soltou um “Hummm” insinuante e recebeu como resposta uma careta de Himura.

— Kobayashi, pode pegar aqueles que vão aprender com você e sentar na outra ponta da mesa. — Ordenou Momo — (vai... vai ...)

— Eu deixarei as lições de todos com a Okumura, estarei apenas para consulta.

— Se vai ser tão inútil, por que não ficou em casa, então? — Alfinetou a rosada.

— Eu acredito que você seja capaz de superar a minha presença e se concentrar nos estudos. — Sentando e pegando o notebook da bolsa.

A argumentação teria continuado se Isako não tivesse assumido. Estava um pouco nervosa e intimidada pela grandeza do lugar, mas, tinha ido ali para passar o conteudo e era exatamente isso o que iria fazer.

Rapidamente a mesa se tornou uma troca de ideias com cada um tentando explicar o que havia entendido a sua maneira.

Azami olhava tudo com uma certa estranheza. Nunca tinha participado de algo como aquilo, sair para estudar na casa de um colega, e tantos colegas assim. Sempre preferiu a solidão, era acostumada com ela desde pequena, mas aquilo… não sabia bem como reagir. Momo era arrogante e orgulhosa, Elena costumava fazer brincadeiras de mal gosto e falar o que vem a cabeça sem se importar em machucar. Não gostava de pessoas como elas, mas mesmo assim, estava alí; mesmo assim, talvez... gostasse da companhia delas. Isako explicava bem e no final, todos ali pareciam muito inteligentes, muito dedicados e disciplinados, bom, pelo menos, a maioria.

Elena gostava de estudar, mas já estava ficando cansada, pelo menos ela não parecia estar em agonia como Aisling, a morena vez ou outra enfiava a cabeça no caderno e o fechava chorosa, resmungando o tédio. Himura lhe assanhava os cabelos e a cutucava com a caneta pra ela voltar a estudar. A herdeira Fairchild aproveitava a “distração” da morena para se distrair ela mesma um pouco. Isso até Momo bater com a caneta em seu caderno, sutilmente mandando as duas voltarem a estudar.

Como haviam começado pelas matérias de humanas, Himura estava satisfeito. Era fácil entender, gostava desse tipo de matéria, a única parte chata era quando Isako precisava ficar repetindo a mesma coisa várias vezes, principalmente para Bernard que parecia ter muita dificuldade particular nesses conteúdos.

A dificuldade de Bernard apenas aumentava quando todos se propunham a falar com ele ao mesmo tempo e ele não sabia em quem prestar atenção. O fato dele ser um estrangeiro acabava sendo uma dificuldade a mais para a compreensão. Aisling começou a explicar as coisas pra ele em inglês, fazendo tudo parecer um filme de de cinema e até encarnando as falas de personagens históricos com gírias atuais e substituindo o nome de todo mundo que ela não lembrava por: “ai teve um cara...”. Hiro, um dos poucos que entendiam bem o Inglês cheio de sotaques dela, achou melhor interrompê-la e explicar ele próprio as coisas para Bernard em um local separado, para evitar que o garoto se complicasse mais no entendimento.

Bernard ficou meio intimidado com a ideia. Hiro tinha uma postura muito severa, como aquelas pessoas que parecem olhar para tudo o que você fala como se fosse uma coisa burra para se estar falando. Isso assustava um pouco. Não foi à toa que Bernard ficou surpreso pela paciência que o garoto demonstrou ao lhe ensinar, repetindo e explicando o que quer que fosse quantas vezes fosse preciso, sem parecer se irritar com isso, ou repreender qualquer dúvida, ao mesmo tempo, ele era muito rigoroso e preciso nos termos e insistia até que Bernard aprendesse cada termo exatamente como era. Com o tempo o inglês se sentiu mais à vontade para perguntar de fato todas as suas dúvidas sem aquele medo comum de ser tachado de idiota ou coisa similar.

— Muito obrigado por tudo — Agradeceu Bernard com uma reverência antes da pausa para o almoço.

— Não há porque agradecer. — Esfregando uma mão na outra e respirando nelas para se aquecer.

— Eu pensei que você não fosse um bom professor.

— E eu não sou. — Respondeu direto

— Você é bastante paciente, você não parece paciente. — Comentou num sorriso pensando alto — (fuck, ele ouviu)

— Eu não tenho paciência com quem desperdiça o meu tempo. — Parando de frente para o garoto — Você está se esforçando de fato, então eu não sinto que perco o meu tempo com você.

{ Descanso }

Era por volta 16 horas quando resolveram fazer uma pausa Mia aproveitou para mostrar a casa. Mostrou o pequeno bar que ficava ao lado do salão de festas. Desanimou a Irlandesa quando informou que ali só serviram bebidas não alcoólicas.

— Nenhuma boa história começa com: “eu estava num bar bebendo do um copo de leite...”

— Você nem tem idade pra entrar num bar, criatura — Retrucou Elena.

Quando chegaram a parte do estábulo, todos ficaram animados. O lugar era amplo e tinha alguns cavalos soltos. Mia assobiou e um belo cavalo branco começou a trotar em sua direção.

— Essa é Ellen — afagando o animal. — Meu pai me deu ela de presente de aniversário.

— Meu deus!!! — Olhinhos brilhando pro cavalo — O máximo que o meu pai faz no meu aniversário é depositar 50 dinheiros na minha conta e dizer: “compraí algo que tu queira” — Comentou Aisling agarrada na cerca.

Himura pensou em comentar algo similar, mas achou melhor ficar calado.

Mia acabou pedindo para chamarem o caseiro para ajudar a quem quisesse montar. Já sentia que uma certa pessoa iria infartar se não pudesse montar neles. Honestamente, a Coelho se animava com cada coisa boba. Elena também entrou na onda seguida por Himura. Mia se lembrou de um capítulo da fanfic que acompanhava e se animou.

— Momo e Kobayashi, o que vocês acham de uma corrida de cavalos? Vocês sabem montar não?

(Ais: Eu quero competir também!!!)

( Lena: Sai da cena trambolho, você não sabe nem subir no cavalo )

Momo congelou por um momento. Não sabia andar a cavalo, nunca chegou a aprender pois seu pai não achava “algo decente para uma dama”, além disse, ela própria também nunca teve muita afinidade com a cavalaria, mas não podia simplesmente assumir isso…

— Eu sou linda amore. Não preciso de uma competição pra provar que eu sou melhor que alguém que obviamente já perdeu pra mim.

Mia ficou meio desanimada, mas fazer o quê? Não era como se toda a cena fosse acontecer mesmo. A cena da rainha do Verão indo até as últimas consequências para ganhar a disputa, perdendo o controle do cavalo, caindo e sendo salva pelo senhor do Inverno. Mia respirou fundo corando ao lembrar da cena, aquele era um dos seus capítulos favoritos.

— Vamos, vamos então. — Chamou enérgica. — Eu vou lhes mostrar minha sala de tecido acrobático.

Ela até chamou os outros, mas os garotos e Aisling preferiram ficar com os cavalos. Elena informou que iria apenas tentar dar uma volta e logo subiria.

{ Sala para atividades de ginástica }

A sala que Mia apresentou ficava no segundo andar, o chão dela tinha vários colchões, uma das paredes era um espelho alto e do teto desciam vários tecidos como pequenas cortinas coloridas e finas. A garota ligou o som numa música clássica, prendeu os cabelos e mostrou as colegas alguns movimentos. Ela enroscava-se, hora num dos tecidos, hora noutro, passava de um a outro, com habilidade encantando suas telespectadoras. Em certo momento ela pareceu despencar levando todas as garotas ao desespero, mas se prendeu no último instante numa pose teatral.

Elena chegou a tempo de pegar Momo xingando a garota e começou a rir quando lhe contaram a cena. A Tanaka explicou a base dos movimentos e ajudou Momo e Elena a tentarem os exercícios.

Depois de algum tempo a anfitriã sentou entre Isako e Azami.

— Então, não vão tentar? - Perguntou cortês

Azami apenas balançou a cabeça negando enquanto Isako negou verbalmente mesmo.

— Mas o que estão achando da visita? Está tudo bem? Estão precisando de algo?

— Eu estou bem, sua casa é bem incrível. — Comentou a monitora.

— Quê isso… aposto que minha casa não vai ser a mais “incrível” que nós vamos ver. — sorrindo meio  sem jeito — Mas e você, como é a sua casa?

— Normal, sala cozinha, os quartos ficam no segundo andar. — Resumiu sem muita animação. Parou um pouco como que lembrando algo mais que pudesse ser dito — Meu quarto que fica no sótão.

— Sério? — Perguntou Mia animada — Eu já vi alguns filmes que mostram quartos assim, sempre quis ter um.

— Por favor... não me ofenda. — Aquela garota só podia estar tirando sarro, ela tinha um quarto só para pendurar panos no teto, e agora vem com essa de que queria morar num sótão… só podia ser brincadeira

— Não, não longe de mim. Não estou lhe diminuindo. Você pode não acreditar, mas as eu acho bem inventivo e até charmoso.

— Meu quarto não está no sótão por inventividade ou charme, ele está lá porque a casa não tinha outro cômodo e nós não temos dinheiro pra construir.

— Hey, eu entendo que você tenha problemas. Mas nós também temos.

— Vamos mudar de assunto — Pediu Isako educadamente. Sabia que aquela conversa só iria trazer um desentendimento.

— Mas é verdade, não são os mesmo problemas que o seu. Mas nossa vida não é perfeita como vocês imaginam.

— Desculpe, mas eu não vou ter pena da pobre garota rica.

— Nem eu quero isso… Eu estou apenas querendo dizer que todos carregamos nossas cruzes a certo modo. Ninguém pode ter tudo.

— …

—  No meu aniversário, meu pai sempre me dá presentes caros para compensar o fato que ele nunca está presente. No seu aniversário, sua família deve bater os parabéns pra você, talvez se esforçar para comprar um bolo. Pelo menos isso é o comum. Os pais chegam do trabalho e dão algum tempo aos filhos. — Parou respirando fundo — Meu pai não foi um pai ruim, ele apenas… nunca chegou do trabalho. Mesmo quando sai do prédio da companhia ele continua trabalhando em casa. Nunca tira férias ou coisas assim. E eu sinto falta dele, verdadeiramente eu gostaria de ter ele mais presente em minha vida, por deus, ele é o meu pai... Graças ao esforço dele, eu nunca precisei me preocupar com não ter o que comer, por exemplo. Eu tento me esforçar para dar orgulho a ele em troca… Mas as vezes eu penso. Será que realmente vale a pena? Será que se nós tivéssemos um pouco menos de luxo, nós não seriamos mais próximos?

— E aí? — Momo se aproximou depois de cansar os braços  — O que estão conversando pra estarem com essas caras?

—  Estamos discutindo se dinheiro realmente é tudo. — Respondeu Mia

— É claro que é, se você não tivesse dinheiro você não teria essa sala fantástica.

— Eu digo que, se meu pai trabalhasse menos, talvez nós estivéssemos mais tempo juntos.

— Não mesmo. Se seu pai fosse pobre, ele seria um alcoólatra estressado se matando pra trabalhar e criar a filha com o mínimo de conforto, e sem saber como fazer para pagar as contas e ainda comprar um sapato novo porque o dele furou. Você estudaria numa escola pública, com  professores sem preparo, com pessoas sem preparo. Viveria invejando as garotas de revista, estaria grávida aos dezesseis de um playboy que não iria assumir, ou de um outro pobre como você.

— Quer papel e caneta pra anotar o enredo da novela? — Perguntou a morena com um certo tom de ironia na voz.

— Não seja irônica. Qualquer coisa entre o que eu descrevi e o que você está agora, estaria invejando e ambicionando o estilo de vida que você está tendo agora. E se pobreza fosse sinônimo de amor entre família, não haveria nos jornais os casos de violência que há.

— Eu estava apenas colocando meu ponto de vista. — Acrescentou a garota se levantando.

— Você é uma romântica. Mas eu ainda te amo — Brincou momo.

{ Estábulo }

— Vamos lá, o que é o pior que pode lhe acontecer? Cair? Pelo menos você vai ter uma cicatriz pra contar uma boa história. — Argumentava Aisling do lado de dentro da cerca, tentando convencer Bernard. — Você não pode contar boas histórias se não vivê-las.

— Tecnicamente ele pode — Implicou Himura.

— Não atrapalha!

— Vem — chamou Hiro se afastando.

— Mas, mas a Callaghan… — Bernard oscilava o olhar entre a garota e o Kobayashi.

— Você é apenas a vítima da vez, se a Okumura ou a Mori estivessem aqui ela estaria insistindo da mesma forma.

— Hey onde vocês vão? Koby você não vem com a gente? — Se pendurando na cerca.

— Eu vou conversar com o Waller. Tenha bom senso, não invente de sair com esse cavalo e cuidado para não cair dessa cerca. Hoje é só o primeiro dia. — Advertiu o moreno antes de sair com Bernard.

Caminharam até a casa em silêncio, até Bernard perguntar o que o moreno queria conversar com ele. Hiro parou um pouco como se ainda estivesse pensando em algum assunto. Ele não tinha de fato, queria apenas deixar Aisling e seu possível paquera juntos, mas não queria espalhar isso. “O que está achando do japão?” terminou perguntando quando se sentaram em um dos sofás da varanda, e se surpreendeu com o quanto Bernard, que até então tinha se mostrado bastante quieto, desatou a falar sobre tudo o que havia encontrado de diferente.

Ele tinha uma mania de se atropelar nas palavras quando se animava, ou de começar a falar inglês. Depois dava conta de si, ficava vermelho e começava a pedir desculpas. Hiro apenas gesticulava para que ele continuasse falando, não importasse em que idioma.

No estábulo Himura tentou montar no cavalo, mas sua falta de equilíbrio comum dificultou sua permanência sobre o animal. Desanimado ele se ateve a ficar na cerca. Não queria correr o risco de cair e se machucar, não quando estavam se preparando pras disputas de primavera. Aisling estava animada como sempre, era sua primeira ver lidando com cavalos, então ela estava radiante.

— Hey, eu vou atrás dos garotos ver o que eles estão fazendo. Beleza?

— De boas, quando eu tiver "correndo com o vento, voando no ar" eu vou lá encontrar vocês.

— Tá Corcel Indomável, mas é correndo com o rio* — Corrigiu a letra da música pulando a cerca.

— Eu adaptei — Retrucou ela rindo.

Quando chegou na sala Bernard parecia estar falando animado de algo que o rapaz não entendeu bem. O Kobayashi estava sentado com a mão apoiando o rosto e sem muita comoção no rosto, mas ele ainda estava ali, o assunto devia estar interessante. Himura se jogou sobre o moreno de qualquer jeito com um: “Cheguei!” chamativo assustando Bernard que quase sentiu a alma esvair do corpo. Hiro reclamou pelo rapaz ter-lhe amarrotado a roupa, mas apenas isso e cedeu um lugar. Bernard agora se regulava mais para não ficar trocando de idioma já que o Himura não compartilhava da mesma fluência que o Kobayashi.

Depois de algum tempo o grito de Aisling foi ouvido. Os rapazes correram, mas pelo porte atlético Himura foi o primeiro a chegar, o caseiro estava afastando o cavalo enquanto a garota chorava encolhida próximo a cerca.

Quando chegou mais perto, o rapaz notou a perna num formato completamente distorcido. Aisling estava agarrada a ela chorando como uma criança. Chegava a doer no coração. Himura tentou acalmá-la mas quando tocou na perna ela gritou novamente. Pelo que podia notar a perna estava bastante deslocada.

— Hey! Hey! Calma!

— Tá... doendo mui-to — Reclamou tentando conter o choro como pôde.

— Sua perna deslocou, eu vou tentar colocar no lugar.

— O que aconteceu? — Perguntou Hiro chegando com Bernard em seu encalço.

— Vai doer muito, mas vai passar. Eu tenho só que achar … — Tentando encontrar uma posição adequada. Mas toda vez que tentava mexer na perna a garota soltava um grito abafado.  

— Pelos Deuses Aisling! Eu te disse pra ter cuidado! Quem não sabe montar, não sabe cair! — Hiro soltou nervoso — Você pode ter quebrado um osso! Poderia ter sido pisoteada pelo cavalo!

O choro da garota aumentou.

— Ela só deslocou a perna. — Antecipou Himura, que estava parado tentando entender como colocar a perna dela de volta no canto sem correr o risco de fraturar o osso.

Dessa vez! O que vai ser a próxima? Vai pular no mar sem saber nadar?

— Kobayashi você não está ajudando… — falou Humura ficando nervoso com o nervosismo do outro.

— Você precisa pensar mais nas coisas, Aisling! Você não pode agir sempre como criança! Isso não é viver a vida! É causar preocupação aos outros! —  Andando de um lado a outro —   Isso cansa!

— Dis-culpa — Soltou entre o choro.

— Calma — Pediu Bernard — Ficar nervoso agora n-

— Por favor! Não me peça calma!

— O que é que você está aí todo exaltadinho?! — Berrou Momo em resposta a Hiro acompanha pelas outras garotas e o caseiro que trazia uma um kit de primeiro socorros. Aisling continuava tentando pedir desculpas e em meio ao seu esforço de não gritar quando Himura movia minimamente sua perna. A discussão entre Momo e Hiro escalou tendo vários olhares tensos como plateia, isso até Himura gritar com eles pra eles pararem.

— Ais! Olhe pra mim! — Chamando a atenção da garota

— O Koby ta com raiva de mim... — Resmungou chorosa

— Esquece isso, me escuta. Isso vai doer muito, muito mesmo, mas você precisa aguentar.  Eu sei que você consegue.

— Eu vou ficar sem andar? Eu to com medo...

— Vai dar tudo certo, confie em mim! Mas eu preciso que você não se mova.

— Tá...

— Vai dar tudo certo. — Repetiu como se repetisse para si buscando lembrar do que sua mãe lhe ensinou. — Isso vai ser só mais uma história pra você contar, tá bom?! Agora vamos lá! No três ok?

Himura reposicionou o osso no “um”, o grito de Aisling foi alto e profundo, seguido pela falta de ar causada pela dor. Bernard havia fechado os olhos e tampado os ouvidos, não gostava dessas coisas de sofrimento. Elena olhava a cena sem emitir qualquer comentário enquanto Azami chorava, por empatia, próxima a Isako. 

No fim, Elena e Himura levaram a garota nos ombros até um quarto que Mia separou. Todos resolveram dormir por ali aquela noite. Apesar de toda a tensão final, aquele era apenas o primeiro dia.

— Pelo menos ela vai ficar quieta pelos próximos dias — Brincou Elena quando saiu do quarto, mas não conseguiu nenhuma risada — nossa... vocês estão com humor péssimo.

— Seria bom alguém dormir no quarto com ela pra caso ela precise de ajuda. — Lembrou Isako

— Ué, o Mamãezona 2.0 não vai ficar não?

— O Kobayashi ele parece ter ficado bastante chateado com ela. Será que ele vai ficar?

— Hey Momo, o que você acha? — perguntou Elena cutucando a garota.

— Eu lá sei da vida daquele indigesto, eu estou preocupada com outra coisa.

— Tipo o quê?

— Que amanhã é o dia de vocês irem pra minha casa.


Notas Finais


Esse deu trabalho

1. E aí o que acharam? (Desculpa se ficou muito grande, se tiver ficado algo ruim é so falar também tá.)
(Para os autores: Qualquer ajuste no comportamento dos personagens é so falar )

2. No final da casa da Momo vai ter um "Verdade ou desafio", sugiram aí 3 prendas ou perguntas pra saírem no jogo (Lembrem de colocar o nome do personagem para quem vai a prenda ou pergunta, tá)

Aleatoriedades
Spirit, o corcel indomável - melhor trilha sonora kkk
Escutem as musicas do musical Hamilton


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